domingo, 21 de agosto de 2022

MERCENÁRIOS RUSSOS VÍTIMAS DE REDE SOCIAL

Quando os americanos invadiram o Iraque em 2003, fotos e vídeos feitas por seus soldados mostrando prisioneiros sendo torturados, inclusive por uma militar do sexo feminino, deram a volta ao mundo rapidamente, gerando um volume de propaganda extremamente danoso aos interesses americanos.

Agora, um fato ocorrido na Ucrânia mostra que as redes sociais não são apenas
armas de propaganda, como mostra o ataque sofrido pelo grupo de mercenários Wagner, que atua em defesa dos interesses do governo de Vladimir Putin, tendo lutado na Síria, Mali, Líbia e em outros países da África, frequentemente sendo alvo de acusações de crimes de guerra e violações dos direitos humanos.

Os mercenários participam da guerra na Ucrânia, baseados na cidade de Popasna, onde receberam a visita do jornalista russo Sergei Sreda, que fez diversas fotos de componentes do grupo entre 8 e 11 de agosto. Essas fotos foram postadas pelo jornalista em um grupo do Telegram, a partir do qual passaram a circular pelas redes sociais.

Mas o russo esqueceu-se de borrar o fundo das fotos, o que permitiu à inteligência ucraniana, analisando as imagens de edifícios e vias públicas, identificar com precisão o local onde os mercenários estavam abrigados. O resultado foi o previsto: no dia 14, a artilharia ucraniana destruiu os alojamentos dos paramilitares, matando muitos deles.  

Para o bem e para o mal, as redes sociais estão cada vez mais presentes.