domingo, 29 de julho de 2018

NOVOS USOS PARA AS CÂMERAS DOS SMARTPHONES

Houve um tempo em que ao lançar um novo modelo de smartphone os fabricantes procuravam superar os concorrentes na resolução das câmeras, que é medida em quantidade de megapixels. Chegou-se ao ponto de haver um aparelho da linha Nokia Lumia com câmera de 41 MP, lançado em 2013.

O frenesi em torno disso ficou para trás depois que o consumidor aprendeu que quantidade de megapixels não é suficiente para garantir boas fotos, e que uma resolução muito alta pode até atrapalhar, gerando arquivos enormes que tomam toda a memória do aparelho. Agora, os smartphones top de linha estacionaram em resoluções que variam de 16 MP a 21 MP e a busca dos fabricantes pela diferenciação entra em uma nova fase: a adoção de inteligência artificial.


Isso acontece porque a câmera deixou de servir  apenas para tirar fotos, mas tornou-se uma ferramenta inteligente com várias funcionalidades. Nessa nova fase, a inteligência artificial está sendo aplicada às câmeras com dois objetivos básicos, melhorar as próprias fotos e transformar a câmera em uma espécie de visor inteligente para a realidade ao redor do usuário, a partir de mecanismos de reconhecimento de imagem e realidade aumentada.

Para o primeiro objetivo, um bom exemplo é o recém-lançado G7 ThinQ, da LG, cujo chipset Snapdragon 845, da Qualcomm, foi treinado com redes neurais para identificar 19 tipos de objetos em cena e, assim, configurar automaticamente os ajustes da câmera para melhorar as fotografias. Paisagens, bebês e comidas são alguns dos tipos identificados. O reconhecimento de imagem é feito offline, ou seja, não precisa de conexão à Internet.

Na Sony, merecem destaque as funcionalidades de auto-foco preditivo e de auto-foco híbrido, presentes nos novos modelos da série Xperia. O auto-foco preditivo consiste na câmera perceber um objeto em movimento e tirar fotos antes mesmo de o usuário apertar o botão. O smartphone analisa e apresenta as melhores fotos para o usuário escolher quais quer salvar. O auto-foco híbrido, por sua vez, rastreia automaticamente o objeto que está sendo fotografado quando ele se move, garantindo que fotos de crianças ou animais sejam tiradas com nitidez.

As maiores inovações, contudo, aparecem na combinação da câmera com o conceito de realidade aumentada. No S9, top de linha da Samsung, a câmera traz uma série de recursos desse tipo. Um deles é um tradutor automático, que converte textos em cena para a língua do usuário em tempo real. Outra funcionalidade é a exibição de pontos de interesse sobre a imagem captada, também em tempo real. Se o usuário apontar a câmera para o céu, ela informa a previsão do tempo; se apontar para o chão, mostra o mapa do local. Há ainda um botão para reconhecimento de imagens, que informa o que a câmera está vendo e oferece links relacionados. Se for um produto à venda na Amazon, permite ir direto para a página de compra. A tecnologia de reconhecimento de imagens do S9 é fornecida pelo Pinterest. O tradutor, os mapas e os pontos de interesse são fruto de uma parceria com o Google.

Motorola, LG e Sony também têm parcerias com o Google, mas para a integração da câmera com o seu recurso de reconhecimento de imagens, o Google Lens.

Para o futuro, é esperado que as câmeras fiquem ainda mais inteligentes e ofereçam uma série de novos recursos, como por exemplo fazendo com que as câmeras sirvam como manuais de instrução. Ao apontar para um produto, este seria reconhecido e instruções de como manuseá-lo ou consertá-lo apareceriam na tela. 

A Sony fala sobre uma pesquisa realizada pela empresa que indica que os consumidores gostariam que a câmera fosse capaz de medir seu corpo para avaliar o tamanho ideal de uma roupa. Uma extensão desse uso seria poder provar virtualmente um vestido, aplicando-o virtualmente sobre a imagem do seu corpo na câmera.

Nessa área, parece que realmente o céu e o limite, e como dizemos, se há 20 anos tivéssemos dito a um fabricante de câmeras que seu produto seria substituído por um telefone, seríamos considerados loucos...

segunda-feira, 23 de julho de 2018

TREM MOVIDO A HIDROGÊNIO ESTREIA NA ALEMANHA

Um trem de passageiros movido a hidrogênio, fabricado pela Alstom, deve começar a rodar em breve na Alemanha, dando sequência aos esforços para eliminar gradualmente o uso do diesel.
O estado alemão da Baixa Saxônia encomendou 14 modelos Coradia iLint da Alstom, segundo o website da empresa, que tem sede em Saint-Ouen, na França. Os trens podem transportar 300 passageiros, chegam a 140 quilômetros por hora e tem autonomia de cerca de 800 quilômetros.
A Alstom tem encomendas, ainda provisórias,  para mais 39 trens, vindas de  de outros três estados alemães, e do Reino Unido, Dinamarca e Holanda. A Alemanha está comprando as unidades para substituir o diesel nos serviços regionais, segmento em que a eletrificação é cara demais ou impraticável, informou o governo nesta semana.
Os trens são mais caros de comprar do que os modelos a diesel, mas são competitivos em termos de custos quando se leva em conta seu ciclo de vida como um todo.  O Coradia iLint utiliza células de combustível que combinam hidrogênio e oxigênio para produzir eletricidade, que é armazenada em baterias de íons de lítio no chassi do trem. Os trens emitem água e vapor como produtos da exaustão; aqui, pode-se ver um vídeo mostrando testes dos trens na fábrica da Alston.
Cerca de 60% do sistema ferroviário nacional da Alemanha é eletrificado, segundo a empresa pública nacional de transporte ferroviário Deutsche Bahn, havendo planos para aumentar essa fatia para 70% até 2025.

quinta-feira, 19 de julho de 2018

 

CURTISS COMMANDO C-46: MAIS DE 70 ANOS E AINDA TRABALHANDO



Vivemos em uma época em que a tecnologia se renova constantemente. Às vezes, porém, nos surpreendemos com algumas máquinas ainda ativas e operantes, apesar da idade. 

Esse é o caso do avião cargueiro Curtiss Commando C-46 que no início deste mês fez um pouso forçado no aeroporto de Manley Hot Springs, no Alasca. O fato ocorreu em função da parada de um dos dois motores.

O C-46, batizado "Salmon Ella", pertence a uma empresa chamada  Everts Air Fuel in Fairbanks,  sediada em Fairbanks, também no Alasca.

Projetado para uso militar, muito resistente, foi utilizado intensivamente em diversos conflitos; deixaram de ser usados pela USAF em 1968; foi utilizado principalmente para transporte e para lançamento de paraquedistas, tendo sido operado também pela FAB. Foram construídos 3.181 exemplares, entre 1940 e 1945 - ou seja, o Salmon Ella tem ao menos 73 anos de idade, e continua voando no Ártico, como se pode ver neste vídeo

É um belo exemplo de preservação de investimento, sem concessão a modismos.




  

segunda-feira, 16 de julho de 2018

SAMSUNG PODE LANÇAR EM BREVE SMARTPHONE COM TELA DOBRÁVEL

Correm pelo mercado notícias no sentido de que a Samsung pode lançar no início de 2019 um smartphone com tela dobrável; parece ter sido superado o maior problema técnico, que era ter uma bateria dobrável - para a tela propriamente dita, já haveria soluções.  

O aparelho, por enquanto chamado de “Galaxy X”, pode vir com uma tela OLED de 7,3 polegadas, que é reduzida para uma tela de 4,5 polegadas quando dobrada; o preço estimado (na Coréia) está ao redor de US$ 1.900.

A Samsung não fala sobre o tema, principalmente para não passar informações aos seus principais concorrentes chineses, Huawei e ZTE que também estão criando smartphones com telas dobráveis.

sexta-feira, 29 de junho de 2018

VENDAS DE ROBÔS INDUSTRIAIS BATE RECORD MUNDIAL- JÁ NO BRASIL...

A International Federation of Robotics (IFR) afirma que em 2017 foram comercializados 381 mil robôs industriais em todo o mundo. O número é record, e representa um aumento de 30% em relação a 2016, quando foram vendidas 294 mil. 

A venda de robôs industriais vem apresentando crescimento sustentado nos últimos cinco anos, com 178 mil unidades comercializadas em 2013, 221 mil em 2014, 254 mil em 2015, 294 mil em 2016 até chegar aos 381 mil no ano passado. Considerado esse intervalo, as vendas mais do que dobraram.

Segundo a IFR, o número de robôs industriais em operação em todo o mundo chegou a 1,8 milhão. Pelas projeções da entidade, o número de máquinas em uso em todo o planeta deve passar de 3 milhões em 2020.

A Ásia é o principal mercado, tendo sido responsável por 255 mil robôs vendidos em 2017. Esse número representa 67% das vendas realizadas em todo o mundo. Em seguida, vêm Europa (67 mil) e Américas (50 mil). Além de ter a maior fatia, a Ásia é onde o crescimento foi maior em 2017, na casa dos 34% em relação ao ano anterior.

Somente a China instalou 138 mil máquinas desse tipo, o que representa 36% de todo o mercado mundial. Coreia e Japão tiveram, respectivamente, 40 mil e 38 mil unidades instaladas. Os números são maiores do que os registrados nos Estados Unidos (33 mil) e Alemanha (22 mil).

O Brasil está distante da média mundial. Segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, em 2016 a proporção de robôs industriais para 10.000 trabalhadores era de 10, enquanto a média global era de 74 para esse mesmo número de empregados.

A IFR diz que em 2016 foram comercializados 1,5 mil robôs industriais no país, dentro de um universo global de 294 mil, uma participação de 0,005%. De acordo com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), hoje um percentual de 1,8% das empresas brasileiras emprega algum tipo de automação - na Alemanha, esse índice é de 10%.

Segundo o SENAI, há dois desafios importantes para que o Brasil avance neste sentido: o primeiro é a melhoria da gestão da produção pelas empresas, para implementar os processos de digitalização e automação. O segundo é a formação da força de trabalho - o trabalhador da indústria brasileira tem idade média de 36 anos, e há 15 anos, quando foi formado, a robótica não era uma realidade. Nossos engenheiros, técnicos e operários não foram educados em técnicas digitais e precisam ser requalificados. 

Voltando ao nível mundial, na análise por setores industriais, o automotivo é o principal empregador deste tipo de tecnologia, com 125 mil robôs comercializados. Os demais segmentos com melhor desempenho nesse quesito são o da eletrônica (116 mil), metalúrgico (44 mil), químico (21 mil) e alimentação (10 mil).

Os robôs industriais são instrumentos centrais da automação de linhas de produção. A substituição de trabalho humano por máquinas vem sendo considerada uma tendência da indústria contemporânea por organismos internacionais como o Fórum Econômico Mundial e a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Por outro lado, a introdução de sistemas robotizados em fábricas também levanta questionamentos sobre o impacto desse fenômeno no número de empregos. Nos últimos anos foram elaborados estudos com projeções bastante distintas: enquanto a IFR indicou a possibilidade da criação de 3,5 milhões de empregos em razão dessa tecnologia, o Fórum Econômico Mundial em 2016 publicou estudo em que projeta até 2020 a perda de 7,1 milhões de postos em razão da automação.

O tema deve ser objeto da preocupação de todos.

segunda-feira, 25 de junho de 2018

INTELIGÊNCIA ESTENDIDA – UMA NOVA VISÃO SOBRE A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Desde que em meados da década de 1950 o professor John McCarthy criou o termo “Inteligência Artificial” (IA) o tema vem trazendo preocupações, em especial com os níveis de desemprego que poderá gerar e com a possibilidade de criação de uma “superinteligência” que acabaria por controlar ou até mesmo exterminar a raça humana. Há muitas vezes um sentimento de “máquinas versus humanos”.

Agora surge uma nova visão acerca do tema: começa a tomar corpo o conceito de EI ou XI, do inglês “Extended Intelligence” (Inteligência Estendida” – a ideia é usar a tecnologia como uma ferramenta para promover o bem comum e não para tornar uns poucos mais ricos e poderosos.

O conceito vai ser promovido por uma entidade recém-criada pelo MIT Media Lab (laboratório de pesquisa do Massachusetts Institute of Technology) e pelo IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers), tradicionalíssima instituição que reúne profissionais da área – consta ser a organização que tem o maior número de associados em todo o mundo.

A entidade denomina-se Council on Extended Intelligence (https://globalcxi.org) e tem como sigla CXI, pretendendo reunir pessoas que compartilhem desses ideais.

Sem dúvida, uma ideia que merece ser divulgada

quarta-feira, 20 de junho de 2018

FALANDO DE APRENDIZAGEM DE MÁQUINA

Aprendizado de máquina (AM, em inglês, machine learning) é um subcampo da ciência da computação que foi definido em 1959 por Arthur L. Samuel  como o "campo de estudo que dá aos computadores a habilidade de aprender sem serem explicitamente programados para isso". Samuel  (1901 - 1990)  foi um pioneiro nos campos dos games e inteligência artificial, além da  AM propriamente dita; seu  Game of Checkers  é provavelmente a primeira aplicação de AM em todo o mundo.

AM se   baseia na ideia de que sistemas podem aprender com grandes volumes de dados, identificar padrões e tomar decisões com o mínimo de intervenção humana; sua utilização se torna viável graças à evolução das tecnologias ligadas à computação e às telecomunicações, que permitiram a reunião de grandes volumes de dados e a utilização de algoritmos capazes de viabilizar ferramentas de AM. 

Neste vídeo, o Prof. Leandro Nunes de Castro, da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie nos fala acerca do assunto. 



terça-feira, 19 de junho de 2018

TV MACKENZIE: UM ÓTIMO PAPO SOBRE CIBERSECURITY



Entrevistamos para a TV Mackenzie Luiz Milagres, executivo da E & Y, uma das maiores empresas de consultoria do mundo, mais conhecida por seu nome antigo, Ernst & Young. 

Luiz falou-nos acerca de cibersecurity (segurança digital), área que dirige na E & Y; uma entrevista muito esclarecedora, quer para o ambiente profissional, quer em termos de cuidados que devemos tomar a nível pessoal.

Chamamos a atenção de todos para o tema "ramsonware" - o sequestro de dados, que é tratado a partir do 7º minuto da gravação - o vídeo pode ser visto aqui

domingo, 17 de junho de 2018

O VOO COMERCIAL MAIS LONGO DO MUNDO

A aviação comercial é uma das áreas que mais tem sofrido o impacto da inovação tecnológica.

Para termos um bom exemplo dessa evolução, basta comparar a rota que a Panair do Brasil estabeleceu em 1946, ligando o Rio de Janeiro a Londres: eram necessárias escalas em Recife, Dakar, Lisboa e Paris; em voo direto, a distância Rio-Londres é de cerca de 9.300 km. O avião utilizado era o Super Constellation, com 102 lugares, todos de primeira classe. 

Agora,  Singapore Airlines informa que vai oferecer a partir de  outubro um voo sem escalas entre Singapura e Nova York em cerca de 19 horas, ou seja, o voo comercial mais longo do mundo. 

Serão cerca de 16.700 km, a serem cobertos por   um Airbus A350-900 Ultra Long Range, configurado para transportar 161 passageiros – 67 na classe executiva e 94 na econômica premium.


quinta-feira, 14 de junho de 2018

CÂMERAS FOTOGRÁFICAS TRADICIONAIS CHEGANDO AO FIM

A fabricante japonesa Canon acaba de anunciar  que irá encerrar as vendas da sua última câmera fotográfica tradicional - chamada EOS-1V, lançada em 2000, ela era a última máquina analógica da Canon - analógicas são as câmeras que podem utilizar filmes, geralmente de 35 milímetros.

A empresa diz que dará suporte ao produto até o final do estoque de peças, que deve durar até 2025. 

A companhia parou de produzir os modelos compatíveis com filmes em 2010, mas ainda tinha unidades no seu estoque - a Canon está no ramo desde 1936. Com a popularização das câmeras digitais no começo dos anos 2000 e a ascensão dos smartphones, o declínio das vendas de câmeras analógicas foi forte nos últimos anos.

A rival Nikon ainda vende dois modelos de câmeras analógicas: FM10 e F6.

segunda-feira, 11 de junho de 2018

SERÁ QUE A TECNOLOGIA VAI ACABAR COM O EMPREGO DOS PILOTOS DE CAÇA?


Há um certo glamour envolvendo os pilotos de caça: o filme Top Gun foi um sucesso imenso e está ganhando uma continuação; dessa área vem os comandantes de quase todas as forças aéreas do mundo etc. Consta que esses pilotos frearam o desenvolvimento de drones nos Estados Unidos com medo de perderem seu status de "cavaleiros do ar", sendo substituídos por um operador confortavelmente instalado a milhares de quilômetros do local onde as aeronaves operariam. Para as forças aéreas, essa situação seria interessante: menos baixas, menos peso para transportar a bordo (peso do piloto, assento, paraquedas, sistemas de oxigênio etc). 

Mas notícias vindas da China parecem estar alterando esse cenário, e o piloto galã (embora a maioria dos pilotos de caça sejam baixinhos por conta do espaço disponível nos aviões), usando um cachecol de seda, pode estar com seus dias contados: foram divulgadas imagens do drone de caça  Dark Sword (Espada Escura), que deve privilegiar   velocidade e agilidade sustentadas, características fundamentais dos caças - provavelmente voará perto de Mach 2, duas vezes a velocidade do som, cerca de 2.400 km/hora.

Especialistas ocidentais dizem que o avião "pode ser um pesadelo para os americanos", na atualidade os grandes rivais dos chineses em termos militares.
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sábado, 9 de junho de 2018

NIHIL NOVI SUB SOLE - HACKERS EXISTEM DESDE SEMPRE...

quarta-feira, 6 de junho de 2018

PROJETO NATICK - UM DATA CENTER DA MICROSOFT NO FUNDO DO MAR

A Microsoft afundou um data center no litoral da Escócia  para testar novas formas de diminuir o consumo de energia de servidores. A ideia é encontrar um novo jeito de refrigerar data centers e, assim, diminuir os custos com energia elétrica - é o Projeto Natick.

Data centers consomem muita energia, não apenas para alimentar as máquinas, mas como elas geram muito calor,  exigem grandes sistemas de refrigeração, o que acaba aumentando os gastos com energia.
Em 2015 a Microsoft começou a testar data centers submersos para fazer com que a água do mar substitua os sistemas de refrigeração - naquele ano, um data center ficou submerso por 5 meses no litoral da Califórnia; agora, a empresa vai avançar com os experimentos e pretende manter o data center escocês submerso por 5 anos; são  864 servidores com  capacidade de armazenamento de 27,6 petabytes - o suficiente para guardar cerca de 5 milhões de filmes.

A energia elétrica usada pelo datacenter virá da rede pública das ilhas Orkney (dez mil habitantes), próximo das quais o equipamento foi instalado; essa rede é toda suprida por energia eólica. Além disso, o datacenter é provido de geradores experimentais de energia acionados pelo movimento das marés e das ondas do mar. 

Veja aqui um vídeo mostrando a colocação do data center no fundo do mar

segunda-feira, 4 de junho de 2018

DRONE GUARDA-CHUVA?!?!


A tecnologia às vezes chega a pontos aparentemente irrelevantes; é o caso do drone guarda-chuva, que a   Power Service pretende lançar em 2019, a um preço de cerca de US$ 275. 

A máquina é uma espécie de  guarda-chuva comum acoplado a um drone DJI Mavic Pro. Ele segue o usuário, protegendo-o da chuva ou do sol sem que precise ficar segurando o aparelho.

O portal  CNET mostra um vídeo sobre o aparelho e diz que  em função das regras para uso de drones em lugares públicos, eles começarão a ser vendidos para uso em áreas privadas, como campos de golfe; o portal mostra mais um impacto da tecnologia sobre empregos, lembrando que agora passam a ser ameaçados os empregos do "caddies", aqueles que auxiliam os jogadores, carregando seus tacos e guarda-chuvas em dias de chuva ou muito sol.  

Apesar de desnecessários, as máquinas terão cabos como os guarda-chuvas comuns. Difícil será suportar o zumbrido do drone...

terça-feira, 29 de maio de 2018

CHOQUES E INCÊNDIOS - PERIGO CONSTANTE!

Segundo a Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade, em 2016 foram registrados 448 casos de incêndio causados por curto-circuito em redes elétricas; além disso, 600 pessoas morreram em decorrência de choques elétricos. A recente tragédia em São Paulo, que levou um prédio na região central da cidade a desabar depois de pegar fogo, foi causado por um curto-circuito em uma tomada.
Esses e outros dados mostram a vulnerabilidade da nossa sociedade quando o assunto é instalação elétrica. Obrigatório por lei desde 1997, apenas 21% dos imóveis brasileiros possuem disjuntor na rede elétrica; este dispositivo de proteção desarma automaticamente sempre que detecta uma anomalia. Com um disjuntor instalado e uma rede elétrica bem projetada, a chance de problemas é pequena.
E como uma ligação mal feita pode causar um incêndio? Toda corrente elétrica transporta energia; parte dessa energia fica no condutor - neste caso, o fio - em forma de calor. Esquentar até certo ponto é normal; o problema é quando a corrente é muito maior do que o meio suporta - seja o fio, cabo, tomada, plugue - aí o resultado é… fogo!
Essa sobrecarga geralmente acontece quando diversos equipamentos são ligados em uma única tomada com o uso de benjamins; os populares “T’s”… A maioria dos incêndios por problemas elétricos é devido ao uso de vários aparelhos em um mesmo ponto. Cada tomada foi feita para ligar apenas um dispositivo, mas segundo a mesma pesquisa, 57% das residências utilizam   T’s diariamente sem qualquer cuidado.
Além de uma instalação bem feita, por um profissional - um filtro de linha pode ser mais interessante do que um simples “T”. Isso porque os filtros de linha normalmente têm fusível de proteção. Em caso de sobrecarga, o fusível queima e a ligação é cortada na hora para evitar um curto circuito. Mas ninguém precisa “abandonar" os benjamins de uma hora para outra. Com cuidado, é possível usá-los com segurança.

Todo equipamento elétrico traz uma etiqueta informando a corrente que consome. A medida está em amperes. Para usar um benjamin com segurança, basta somar a corrente dos dispositivos e nunca ultrapassar o limite do adaptador “T”.

Com eletricidade não se brinca. Todo cuidado é pouco! Em um choque elétrico, uma pequena corrente pode gerar uma parada cardíaca e matar uma pessoa. Em outros casos, como no do edifício que desabou em São Paulo, um incêndio de grandes proporções pode começar ali…na tomada!

sábado, 26 de maio de 2018

THE UNSTOPPABLE GAME BOY

O Game Boy era um pequeno console lançado no Japão pela Nintendo em 1989, que rapidamente  tornou-se muito popular: sua bateria era excelente, o hardware resistente e os jogos disponíveis muito atraentes. Os primeiros 300 mil fabricados foram vendidos no Japão em duas semanas, esgotando-se os estoques;  no primeiro dia de vendas nos Estados Unidos, foram vendidos 40 mil unidades. No mundo todo foram vendidos quase 120 milhões. 

A Guerra do Golfo alinhou os Estados Unidos e outros países contra o Iraque, que invadira e pretendia anexar o Kuwait; durou de agosto de 1990 a fevereiro de 1991, com a derrota dos iraquianos. 

Um acampamento  dos americanos foi bombardeado, e um Game Boy, levado por um dos soldados foi perdido, e reencontrado mais de dez anos depois, funcionando!!!

A máquina hoje está na loja da Nintendo do Rockfeller Center, em Nova Iorque. Essa loja tem uma espécie de museu Nintendo, e entre as peças está aquele que ficou conhecido como "Unstoppable Game Boy", rodando o Tetris, um de seus mais famosos jogos. 




terça-feira, 22 de maio de 2018

WILLYS - MARCA QUE DEIXOU A VIDA DIÁRIA...

O Willys Six
Embora tenha se consagrado durante a II Grande Guerra, através do mundialmente famoso Jeep, a marca Willys Overland surgiu em 1908 com a compra da Overland Automobile Company, sediada em Indianópolis, Indiana, por John North Willys, um comerciante proprietário da American Motor Car Sales, representante de diversas marcas de automóveis. 

Desde essa época, quando foi produzido seu primeiro carro, manteve-se entre as maiores indústrias automobilísticas americanas (chegou a ser a maior delas em 1911), tendo fabricado carros que marcaram época na história do automobilismo, como o Willys Six 1909, do qual foram vendidos nada menos de 4 mil exemplares em um só ano - um número muito expressivo para a época. Também existiram outros modelos famosos da Willys tais como os Willys-Knight e os conhecidos modelos 37, 38 e 77 da década da trinta. 

O Jeep
Em 1940 era apresentado o General Purpose Vehicle (Veículo de Uso Geral, destinado às forças armadas do exército norte-americano. O General Purpose ficou conhecido mais tarde como Jeep, transcrição fonética em inglês das iniciais da expressão GP. 

Cessada a guerra, a procura pelo Jeep decresceu - muitos milhares deles foram vendidos pelas forças armadas americans como excedentes, o que levou a Willys a iniciar o desenvolvimento do projeto de um carro de passeio prático e robusto, de linhas modernas e avançadas. O protótipo foi apresentado em 1951 e já no ano seguinte era lançada a série Aero. 

Anuncio do Aero brasileiro
No Brasil a empresa iniciou suas atividades por volta de 1954 inicialmente montando o Jeep; em 1956 lançou a Rural e em 1960 foi um carro maior, com espaço e conforto para seis pessoas - o Aero-Willys. Entre 1959 e 1968 fabricou aqui, sob licença da Renault francesa, o Dauphine e seu sucessor o Gordini, carros que gozavam de péssima fama o o Dauphine chegou a ser classificado pela revista Wired como um dos piores carros de todos os tempos

O Interlagos
Em 1961 veio a Pick-up e o esportivo Interlagos e em 1966 o luxuoso Itamaraty. Em 1968 a operação brasileira foi absorvida pela Ford, que  em 1984 lançou a pick-up F-75, último modelo fabricado por aqui. 

A ilustração que se segue mostra parte da linha Willys em 1965: mais acima a Pick-Up e o Jeep, ao centro o Dauphine e abaixo a Rural e o Itamaraty:


Em 1970 a American Motors Corporation comprou a Willys norte-americana, sendo adquirida, por sua vez, em 1987 pela Chrysler Corporation que mais tarde passou ao controle da Fiat, que inclusive é dona da marca Jeep.

sábado, 19 de maio de 2018

CONSUMO DE ENERGIA: MAIS UM PROBLEMA PARA AS MOEDAS VIRTUAIS

Além da oposição dos governos e descrença dos céticos, as moedas virtuais podem vir a  esbarar na demanda de energia elétrica.
Segundo um estudo publicado no portal Joule,  a mineração de bitcoins e outras criptomoedas pode consumir mais energia do que alguns países europeus. 
Na atualidade, esse consumo está ao redor de  2,55 GW e pode atingir 7,67 GW talvez já em 2018. Isso é quase duas vezes mais que o consumo da Irlanda (3,1 GW) e se aproxima da demanda energética da Áustria (8,2 GW) - esse número corresponde também a cerca de 0,5% do consumo mundial de energia elétrica.
Grande parte da energia consumida é gasta para refrigeração das máquinas.