O FBI, a polícia federal americana, fez um alerta aos pais sobre os riscos de privacidade e segurança dos brinquedos infantis conectados à internet.
Em um aviso publicado em seu site, o Federal Bureau of Investigation disse que tais brinquedos podem conter peças ou recursos como microfones, câmeras, GPS, memória para armazenamento de dados e reconhecimento de fala que podem divulgar informações pessoais. Conversas normais com um brinquedo ou no ambiente circundante podem revelar o nome, a escola, gostos e atividades de uma criança, segundo o FBI.
Como os americanos tendem a confiar no FBI, isso pode aumentar a consciência dos riscos associados aos brinquedos conectados à internet, o que é muito positivo.
Brinquedos inteligentes e dispositivos de entretenimento estão ganhando popularidade pela incorporação de tecnologias do tipo "machine learning" que aprendem e adaptam seus comportamentos com base nas interações com o usuário.
Em fevereiro, a Alemanha proibiu as vendas de uma boneca falante chamada My Friend Cayla fabricada pela empresa norte-americana Genesis Toys, citando riscos de hackeamento associados ao brinquedo. A boneca tem capacidade de reconhecimento de voz, que utilizada em conjunto com um smartphone, entende o que a criança (e quem está em um raio de dez metros) diz e responde a ela, estabelecendo uma conversação. O governo alemão determinou também que os pais destruam as bonecas que já haviam sido entregues às crianças, pois elas foram consideradas dispositivos ilegais de espionagem.
Melhor incentivar a garotada a andar de bicicleta ou brincar com as Susi, Dorminhoca e Barbie...
Os romanos pretendiam conquistar a cidade de Siracusa, situada na costa
leste da Sicilia, de forma a que pudessem ter o domínio completo daquela ilha.
Em 214 a. C. cercaram a cidade, cuja defesa era comandada por
Arquimedes, inventor, matemático, filósofo – um polímata, enfim (polímata, que
em grego significa "aquele que aprendeu muito" é
uma pessoa cujo conhecimento não está restrito a uma única área).
Os romanos eram muito superiores em recursos, mas Arquimedes desenvolveu
tecnologia que permitiu à resistência prolongar-se até 212 a.C. Dentre outras coisas,
Arquimedes criou um guindaste que era usado para agarrar e erguer
os navios inimigos e solta-los, ficando os mesmos destruídos na queda. Diz-se que ele criou também um sistema de espelhos, usado
para concentrar os raios solares sobre as velas dos navios romanos,
incendiando-os, embora não haja prova de que tal arma tenha existido.
Mas a superioridade em material e homens dos romanos, que eram
comandados pelo general Marco Cláudio Marcelo, prevaleceu:
Siracusa caiu. O general havia ordenado que a vida de Arquimedes, que tinha 78
anos (uma idade avançadíssima para a época) fosse poupada. O sábio, que
continuou seus estudos em casa após a invasão da cidade, certo dia ao ser
interpelado por um soldado romano, protestou contra a interrupção de seu
trabalho e grosseiramente mandou o soldado deixá-lo; este, sem saber de
quem se tratava, matou-o.
A história conta também que Arquimedes descobriu
que o volume de qualquer corpo pode ser calculado medindo o volume de água
movida quando o corpo é submerso – isso é conhecido como oPrincípio de Arquimedes. Ele
chegou a essa conclusão quando encontrava na banheira, tendo saído nu para as
ruas de Siracusa gritandoEureka, que em grego
significa descobri.
Para encerrar uma curiosidade: na versão
italiana dos quadrinhos de Disney, o inventor Prof. Pardal é conhecido como Archimede Pitagorico,
o que pode ser encarado como uma homenagem a dois sábios, Arquimedes e
Pitágoras, outro polímata.
sábado, 15 de julho de 2017
A Norton divulgou os resultados de um estudo acerca do uso de redes Wi-Fi públicas (e gratuitas). Segundo o levantamento, 43% dos entrevistados usam redes públicas gratuitas para economizar seus pacotes de dados 4G, mas fazem isso sem se preocupar muito com a segurança.
O levantamento mostra algumas informações interessantes, dentre elas:
– 72% estão dispostos a fazer trocas (como compartilhar dados pessoais, baixar apps ou mesmo ver propagandas) para usar uma rede gratuitamente;
– 31% acessam redes Wi-Fi sem a permissão de seus donos;
– Para 83%, a escolha de um hotel para uma viagem depende da disponibilidade de Wi-Fi no quarto;
Segundo Nelson Barbosa, especialista em segurança da Norton, 58% dos brasileiros consultados para o levantamento disseram que se sentem seguros ao usar Wi-Fi grátis, mesmo ignorando quem são os donos dessas redes.
O executivo conta que o acesso ao conteúdo do YouTube é um dos principais motivadores da conexão para redes Wi-Fi. “A febre é seguir o que os youtubers fazem e a necessidade é acompanhar a vida alheia: ver a maquiagem nova, a piada nova, a música nova, etc. Fora isso, temos os apps de músicas e o as redes sociais”, disse Barbosa.
Segundo a empresa, o comportamento dos usuários também estimula a coleta e venda de dados pessoais por parte das empresas que oferecem Wi-Fi grátis - a Norton diz que temos que segurar o impulso de usar uma rede social, segurar o impulso pelo clique e que devemos nos perguntar o que as pessoas querem oferecendo uma rede aberta, gratuita.
O uso de VPNs, como a Norton Wi-Fi VPN, para aumentar a proteção do tráfego de dados de internet no Wi-Fi também pode ser uma forma de evitar vazamentos de informações pessoais. Fora isso, é preciso ficar de olho em qual rede estamos nos conectando.
No início dos anos 1980 empresas como Apple, Osborne e Sinclair já fabricavam computadores pessoais, difíceis
de usar e de utilidade limitada.
Isso começou a mudar em 12 de agosto de 1981, quando a IBM lançou seu primeiro computador voltado
para o usuário final: o IBM PC 5150. Com preço básico de US$ 1.565 (da época, hoje cerca de US$ 4.200),
ele era o modelo mais barato lançado pela empresa e era voltado tanto para
escritórios como para uso doméstico.
A entrada da IBM no mercado de computadores pessoais mudou completamente
esse mercado. Conhecida do público por ser a maior fornecedora de computadores
de grande porte, o lançamento da IBM foi
fundamental para popularizar o computador como ferramenta de trabalho e lazer.
As especificações do 5150 eram poderosas para a época, mas hoje em dia
seriam amplamente superadas pelo celular mais barato. O computador tinha apenas
16 KB de memória RAM. Para efeito de comparação, smartphones de hoje
usualmente tem 3 GB de RAM, mais de 187 mil vezes maior que a IBM PC. O disco
rígido (que era opcional) podia armazenar 40 KB; atualmente, qualquer notebook vem com pelo
menos 500 GB, mais de 12 milhões de vezes mais que o 5150.
A máquina já trazia a planilha de cálculo VisiCalc e um game chamado
Adventure, que segundo a IBM “levaria os jogadores a um mundo fantástico de
cavernas e tesouros” – o jogo é pateticamente tosco se comparado aos atuais.
O IBM PC 5150 foi um sucesso de vendas - a expectativa inicial da empresa era vender
240 mil unidades em cinco anos, mas essa marca foi batida em apenas um mês. A
IBM continuou a liderar as vendas globais de PC até 1994, quando foi
ultrapassada pela HP.
Ironicamente, alguns dos fatores que levaram ao sucesso do 5150 foram
responsáveis pelo sucesso também da concorrência. A equipe que criou o primeiro
PC trabalhou fora do modelo rígido e fechado que era adotado pela IBM; foram
usadas peças e tecnologias de fornecedores externos para montar a máquina, em
vez de desenvolver internamente todos os componentes.
Entretanto, como nenhuma parte vital do 5150 era exclusiva da IBM, ficou
fácil para outras empresas copiarem o produto e criarem PCs mais baratos, com as
mesmas especificações – afinal não tinham custos de pesquisa e desenvolvimento
e pegavam “carona” no marketing da IBM.
Essa onda de clones beneficiou fortemente duas empresas. A primeira foi
a Intel, pois a arquitetura do chip 8088 usado no IBM PC logo se tornou padrão
de mercado e a fabricante de chips passou a vender seu produto para dezenas de
outras empresas.
A segunda empresa foi a Microsoft: a IBM precisava de um sistema operacional
para seu PC e Bill Gates forneceu a solução, com uma versão do DOS para o IBM
PC. Como o sistema não era exclusivo, a Microsoft passou a vendê-lo também para
as concorrentes da IBM e rapidamente se tornou a maior produtora de software do
mundo. Foi o início da parceria "Wintel" (Windows + Intel), que até
hoje domina a computação pessoal em todo o mundo.
A concorrência cada vez mais acirrada e com baixas margens de lucro do
mercado de PCs levou a IBM a vender sua divisão de PCs para a Lenovo em dezembro de 2004.
Nove anos depois, a Lenovo passou a ser a maior fabricante de PCs do
mundo. A empresa chinesa desbancou a HP, que havia superado a IBM em 1994 e por
quase 20 anos havia liderado esse mercado. Atualmente, a Lenovo lidera o mercado de PCs com uma fatia, seguida por HP, Dell, Acer e Asus. Essa tecnologia que revolucionou nossa vida diária, foi apresentada ao grande público através de uma campanha publicitária inspirada no personagem Carlitos, de Charles Chaplin - uma das peças componentes dessa campanha está abaixo:
Há cada vez mais tecnologia em nossas casas. Recentemente falamos do breve lançamento de um robô que passará roupas. Agora, já chegou ao mercado um equipamento que permitirá que menos roupas sejam lavadas.
Partindo do princípio de que nem sempre uma peça de roupa precisa de uma lavagem completa, a Panasonic criou um cabide capaz de eliminar qualquer mau cheiro das roupas - às vezes, uma simples desodorização é capaz de deixar uma roupa pronta para ser usada novamente.
E foi pensando assim é que a Panasonic japonesa criou o Deodorizing Hanger (cabide desodorizador); o produto funciona ligado à energia elétrica e leva até seis horas para retirar das peças odores de mofo, suor comida e até de fumaça de cigarro.
O cabide foi desenvolvido a partir da tecnologia de nanopartículas que promovem a desodorização de qualquer tipo de tecido, mas a fabricante alerta: o Deodorizing Hanger apenas desodoriza as roupas, não tira nenhum tipo de mancha ou sujeira.
No Japão, ele é vendido por 20.000 ienes (aproximadamente 600 reais) e é considerado uma ameaça às lavanderias do país.
Quem pensa que o uso de
tecnologia para a busca de namorados (as) surgiu com a Internet, engana-se. Em meados dos anos 1960, estudantes
de Harvard criaram um serviço chamado “Operation Match”, que usava um
computador IBM 1401 para tentar dar aos jovens da época o parceiro ideal.
O 1401 foi lançado em fins de 1959,
e cinco semanas após sua chegada ao mercado, mais de 5.200 clientes já haviam
encomendado a máquina, que pesava cerca de 5 toneladas. Cerca de dezesseis mil
foram fabricados até 1971, quando foi substituído pela linha /360. Vale
registrar que o 1401, que já foi objeto de um de nossos posts, fazia tanto sucesso que o desenvolvimento do /360, que
também revolucionaria o mundo da computação, quase foi abandonado pela IBM. Naquela época, a IBM adotava a
política de não vender computadores, ela os alugava; o custo do aluguel da
menor configuração disponível estava ao redor de US$ 2.500 (em valores da
época; atualmente cerca de US$ 21 mil), incluído o software básico (sistema
operacional, utilitários etc.). Mais tarde, um IBM 7090, mais poderoso, substituiu o 1401.
Jeff Tarr, Dave Crump e Douglas
Ginsburg, alunos da escola, criaram o serviço e por US$ 100 contrataram um
aluno de Ciência da Computação para desenvolver o sistema que o suportava. Os
interessados preenchiam um formulário em que se descreviam e as características
da pessoa que procuravam – os dados dos formulários a seguir eram transferidos
para cartões perfurados. O vídeo abaixo mostra um 1401 funcionando, inclusive permitindo observar o processo de perfuração de cartões:
Mediante uma taxa de US$ 3, hoje
cerca de US$ 22, o sistema processava os dados e imprimia um relatório com as
informações sobre pessoas que poderiam interessar a cada um dos clientes; um caso real está na imagem ao lado - foram removidas algumas informações para dificultar a identificação das pessoas.
Esses relatórios eram enviados via correio - o sucesso foi grande: alguns meses
depois do lançamento, dezenas de milhares de pessoas haviam se cadastrado;
escritórios foram abertos em diversas cidades para atender aos interessados. Só podiam participar pessoas entre 17 e 27 anos! A Operation Match foi pioneira
também em algumas coisas que os atualíssimos Big Data e Analytics estão
começando a fazer: descobriu algumas características comuns em alguns grupos:
as garotas mais sofisticadas, chamadas “preppy types” gostavam de rapazes que
usavam um perfume chamado Royall Lime, enquanto as mais esportivas preferiam os
que usavam Old Spice.
Tendo atingido mais de um milhão de
usuários (mas não dando lucro), o serviço foi vendido em 1968 para um grupo que
passou a usar o sistema para encontrar parceiros ideais para dividirem
apartamentos em universidades.
Pesquisadores da Universidade do Texas fizeram uma descoberta preocupante sobre o uso de smartphones: em experimentos feitos com mais de 800 usuários de, descobriram que a presença do aparelho reduz significativamente a capacidade cerebral das pessoas. Detalhe: não importa se o celular está ligado ou não, basta que ele esteja à vista.
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores pediram para os participantes responderem a um teste que exigia muita concentração e capacidade cognitiva elevada, ou seja, boa memória e raciocínio rápido. Antes de iniciar o experimento, alguns voluntários foram designados aleatoriamente para colocar seus smartphones no bolso, em outro quarto ou em cima de uma mesa com a tela para baixo.
No final desse teste, os cientistas notaram que os participantes que deixaram seus aparelhos móveis em outro quarto tiveram resultados melhores do que aqueles que deixaram os smartphones fisicamente próximos a eles.
O experimento não acabou por aí. Os voluntários identificados como viciados em smartphones ainda foram divididos em dois grupos: extremamente dependentes e dependentes. Ambos precisaram realizar os mesmos testes cognitivos só que, dessa vez, os participantes do primeiro time (mais dependentes) precisaram desligar os celulares.
O que os pesquisadores notaram foi que os usuários extremamente viciados mostraram um desempenho muito pior nos testes do que seus pares menos dependentes, mas apenas quando mantiveram os dispositivos na mesa, no bolso ou em uma bolsa, próximos de si, portanto.
A boa notícia é que quando o smartphone foi colocado em outra sala, todos os voluntários – independentemente de seus graus de dependência – tiveram bons resultados nos testes de capacidade cognitiva.
“Vemos uma tendência linear que sugere que à medida que o smartphone se torna mais visível, a capacidade cognitiva disponível dos participantes diminui”, explica Adrian Ward, um dos autores do estudo em uma publicação sobre o experimento. Assim, uma das conclusões mais interessantes dessa pesquisa é que a mera presença do smartphone é suficiente para reduzir a capacidade cognitiva.
Tudo fica mais grave se levarmos em conta um estudo de junho de 2016, realizado pela Nottingham Trent University, que revelou que usuário típico de smartphone interage com seu dispositivo 85 vezes por dia, em média. Segundo a pesquisa, cada uso de smartphones tem duração curta, inferior a 30 segundos. No entanto, ao reunir todo esse tempo de uso, os pesquisadores descobriram que as pessoas passam em média quase um terço do tempo que estão acordadas com o celular na mão - em 2016, esse tempo no Brasil era de 4 horas e 48 minutos.
Vale lembrar que quando o uso de ferramentas tecnológicas como tablet ou smartphones se torna um vicio, prejudicando a realização das atividades cotidianas da pessoa, interferindo em suas relações sociais e familiares e trazendo prejuízo às atividades profissionais ou acadêmicas, já fica caracterizado um transtorno e que tem nome: nomofobia. Preocupante...
Os “keds” All Star de cano alto,
muito populares entre nossos jovens, passaram a incorporar mais tecnologia.
Esses calçados foram lançados nos
Estados Unidos em 1917 pela Converse, empresa que ao quebrar em 2003 foi
adquirida pela Nike. A marca dominou o mercado americano até os anos 1970 - ao redor de 1960, cerca de 90% dos jogadores de basquete nos Estados Unidos usavam All Star, que detinha 80% do mercado total.
Nesse país, o produto é conhecido como “Chuck
Taylor”; Taylor (foto ao lado) era um jogador de basquete universitário que foi contratado pela Converse quando o produto foi lançado – o objetivo era popularizar os keds entre os
praticantes do esporte. Como o basquete não era tão profissional, Taylor também
vendia os calçados que levavam seu nome, tendo trabalhado para a empresa por muitos anos.
Apesar do sucesso dos keds,
muitos reclamavam de suas solas planas, que os tornavam desconfortáveis e geravam
dores quando usados por muito tempo.
Recentemente, a empresa alterou o solado do produto, visando aumentar o conforto, embora seu visual continue igual. O que não ficou igual foi o
preço: o modelo original custava cerca de US$ 50 – o novo, chamado Chuck Taylor II, custa ao redor de US$ 110.
Uma das tarefas domésticas mais detestadas pode estar com os dias contados, graças à robótica: TEO, um robô humanoide (cujas formas lembram as de uma pessoa) criado em 2012 pela Universidad Carlos III (UC3M), de Madrid, aprendeu a arte de passar roupas.
Com 1,80 metro de altura e pesando 80 quilos, TEO já havia aprendido a subir escadas, abrir portas e até a dobrar roupas - agora ele pode passa-las, usando ferro e uma tábua parecidos com as que temos em nossas casas.
O robô é capaz de passar roupas graças a uma câmera embutida em sua cabeça. A câmera cria uma representação em 3D de alta resolução da peça colocada na tábua. Após a visualização completa do vestuário, o robô começa a passar o ferro sobre cada vinco detectado – esse processo é realizado duas vezes. “Devido à grande diversidade de formas de vestuário, texturas, materiais e elementos decorativos, passar é uma tarefa difícil de automatizar”, escrevem os criadores da máquina.
Juan Victores, um dos criadores, disse ao site New Scientist que o robô foi construído para realizar todas as tarefas domésticas no lugar dos seres humanos. Ele espera que, no futuro, TEO aprenda a fazer isso sozinho – assistindo a uma pessoa, por exemplo – sem o conhecimento prévio de uma técnica. “Teremos robôs como o TEO em nossas casas”, disse Victores.
TEO pode até ser o primeiro robô a passar roupas, porém ele não é o pioneiro quando o assunto é a realização de tarefas domésticas. Em 2011, pesquisadores da Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos, criaram um robô capaz de dobrar toalhas e meias.
Outro exemplo de humanoide doméstico vem do Japão. Chamado de “Laundroid”, ele é capaz de dobrar uma camiseta em cinco minutos, segundo uma reportagem do site Japan Times.
Veja abaixo um vídeo (em inglês) sobre o TEO produzido pela New Scientist.
Agora, enquanto o TEO não chega ao mercado, passe roupas com estilo: use o ferro desenvolvido pela Audi, que está indo além dos carros e está investindo em em um novo nicho de mercado: o de aparelhos de consumo.
Desenvolvido pelo designer Jaehyuk Lim, a Audi acabou de apresentar um ferro de passar roupas que – assim como seus carros – é cheio de estilo e tecnologia. Iluminada com luzes de LED que indicam a temperatura, a peça ainda é um conceito, mas obviamente encanta até mesmo aqueles que têm aversão a passar roupas
Muito se fala da Apple, de sua história cheia de altos e
baixos e da figura mitológica de Steve Jobs, um de seus fundadores. Mas quase nada se fala das origens de seu nome e de seu logo – são estes os temas deste post.
Steve Wozniak, outro dos fundadores da Apple, conta que quando a empresa estava sendo criada ele e Jobs viajavam de carro quando Jobs disse ter um nome para a empresa:
Apple Computers.
Disse também que gostava do som da palavra e que com esse nome a empresa apareceria na lista
telefônica antes da Atari, fabricante de videogames e computadores para a qual
ambos haviam trabalhado.
Wozniak diz acreditar que Jobs tenha criado o nome
lembrando os meados dos anos 70, quando vivia em uma comunidade hippie e esporadicamente ganhava algum dinheiro colhendo maçãs em uma
fazenda da Califórnia.
E o logo? Algumas pessoas dizem que o logo, uma
maçã mordida, seria uma homenagem a Alan Turing, o gênio britânico da
computação que teria se suicidado comendo uma
maçã envenenada com cianureto – já contamos essa história em outro post deste blog.
Isso não é verdade; Jobs e Wozniak negaram a intenção de homenagear Turing, embora
tenham dito que essa teria sido uma boa ideia.
O que parece mais provável, no entanto, é que Jobs acreditava que eles tinham tido uma ideia genial, mais ou menos como a que Newton teve
sobre a gravidade (a famosa história da maçã que caiu em sua cabeça…). O que parece confirmar essa versão é
que o primeiro logo da Apple era uma imagem de Newton sentado debaixo da macieira - ele foi desenhado por Jobs e Ronald Wayne.
Além de muito feio, o logo era de difícil reprodução e não tinha nenhuma ligação com tecnologia. Por essa razão,
em 1977 Jobs pediu ao designer Rob Janoff que
fizesse um novo logo – o produto desse trabalho foi a maçã mordida, em sua
versão colorida. A
mordida significava a tentação do conhecimento (Adão mordeu a maçã dada
por Eva) e também uma brincadeira com as palavras bite (morder, em inglês) e byte, a unidade de
armazenamento de dados). E a maçã tinha as cores do arco-iris, remetendo ao
movimento hippie também presente nas ilustrações das capas de discos dos Beatles, (cuja
gravadora, coincidentemente, chamava-se Apple Records e que acabou processando
a Apple Computer por violação de direitos de marca). As cores do arco íris da Apple Computers estavam em ordem diferente das do arco íris da Apple
Records. Wozniak disse também acreditar
que Jobs queria homenagear os Beatles,
dos quais era fã. Esse logo durou cerca de 20 anos, até ser trocado pelo atual monocromático, embora pequenas alterações tivessem ocorrido ao longo do tempo.
Mas ainda há outras ligações: um dos primeiros
produtos da Apple, um palmtop, um bisavô dos atuais tablets, era chamado Newton. E dizem que o primeiro computador com interface gráfica,
o MacIntosh, foi batizado assim, pois MacIntosh é o tipo de maçã que Jobs
colhia – dai veio o nome popularmente utilizado, Mac.
Pode não ser verdade, mas que é uma boa história,
é...
Há não muito tempo o New York Times publicou um texto de Alan Hirshfield, professor da Universidade de Massachusetts, comentando o livro “The Man of Numbers”, do pesquisador Keith Devlin.
O texto nos faz refletir sobre algumas coisas bastante interessantes, começando por lembrar que se ainda vivêssemos sob o Império Romano, é possível que estivéssemos dizendo que setembro é o mês IX, que a taxa de juros está ao redor de XI% e assim por diante; difícil mesmo seria dizer que o Corinthians ganhou do São Paulo por V a....???Os romanos não tinham o zero!
O desajeitado sistema romano acabou sendo substituído pelo sistema atual, que foi desenvolvido graças aos esforços de inúmeros matemáticos, especialmente indianos e árabes. Na Europa, essa nova tecnologia foi ignorada até 1202, quando Leonardo Fibonacci, publicou uma livro chamdo “Liber Abbaci”, ou “Livro dos Cálculos”, detalhando o funcionamento do novo sistema.
O Stupor Mundi
E o interessante, é que o livro, de cerca de 600 páginas, não era destinado a acadêmicos, mas sim a negociantes, pois demonstrava como o novo sistema facilitaria os negócios; foi um sucesso instantâneo – imaginem como seria calcular o preço de 298 ovelhas vendidas a 139,50 cada uma usando algarismos romanos...
Escolas de cálculo espalharam-se pela Europa; ao que parece, Maquiavel e Leonardo da Vinci foram alunos delas; inúmeros mercadores alemães foram à Itália para aprender a nova tecnologia - o antigo sistema morreu rapidamente e o uso do novo acelerou consideravelmente o progresso comercial e científico.
E como Fibonacci chegou a esse ponto? Aos 15 anos deixou sua cidade natal, Pisa, na Itália, para acompanhar seu pai, um mercador, numa viagem até o porto argelino de Bugia (hoje Bejaia) e ali conheceu o novo sistema; ficou mais de dez anos no Norte da África estudando com matemáticos árabes, até retornar à Europa e escrever seu livro. Foi recebido com honras pelo imperador Frederico II, um intelectual mas também uma figuraça: fazia-se chamar Stupor Mundi, a Maravilha do Mundo!
O livro aborda outros temas, mas nosso objetivo hoje é lembrar que algo que nos parece tão natural, demorou milhares de anos para ser desenvolvido e como algo que parece também banal, acabou revolucionando o mundo.
Alexander
Graham Bell é considerado o inventor do telefone. Na realidade, ele foi um dos
muitos estudiosos que desenvolveram o assunto, mas levou uma vantagem sobre os
demais: após uma longa luta na justiça, conseguiu patentear a tecnologia.
Nascido na Escócia, viveu no Canadá e posteriormente nos Estados Unidos.
Bell
buscava desenvolver uma tecnologia que ajudasse os deficientes auditivos (seus
pais eram surdos), mas acabou chegando ao telefone. Consta que a primeira
chamada telefônica foi feita por Bell de uma sala para outra de seu
laboratório, tendo Bell dito ao seu assistente que atendera à ligação: “Mr,
Watson, come here”. Isso ocorreu em 10 de março de 1876, ano em que foi feita a foto de Bell à esquerda.
O
sucesso foi instatâneo, e o telefone maravilhou multidões que foram à exposição
que comemorava o centenário dos Estados Unidos, realizada naquele mesmo ano em
Filadélfia – D. Pedro II esteve presente à Exposição e entusiasmou-se pela
invenção, tendo sido o primeiro acionista da Bell Telephone System, empresa de
telefonia fundada por Bell em 1877. A foto ao lado mostra Bell na inauguração da ligação telefônica Nova Iorque-Chicago, em 1892.
Dois
anos depois, aos 32 anos, Bell pode
deixar suas funções executivas na empresa: estava rico e famoso. Passou então a
dedicar-se à filantropia e a outras pesquisas, enquanto a Bell e suas
subsidiárias continuaram crescendo – um de seus braços mais importantes foram
os Bell Labs, laboratórios de pesquisa pelo qual passaram pesquisadores famosos, inclusive diversos
ganhadores do Prêmio Nobel. Sob outros
nomes, especialmente AT&T, a
Bell manteve o monopólio dos serviços de telecomunicações nos Estados Unidos,
até que pressões do governo e opinião pública levaram à sua divisão em diversas
outras companhias.
Bell
é considerado também o inventor do detetor de metais, tendo também
trabalhado no aperfeiçoamento de aviões, planadores e barcos.
Curiosamente,
Bell nunca teve um telefone em seu escritório particular. Morreu em 1922, aos
75 anos de idade; foi enterrado em um caixão feito pelos seus funcionários; no
horário do enterro, todo serviço telefônico nos Estados Unidos e Canadá foi
suspenso por um minuto.
sábado, 10 de junho de 2017
Pode parecer estranho, mas o Corinthians acaba de lançar sua operadora de celular.
A iniciativa é uma parceria com a Vivo - o serviço utiliza a infraestrutura da empresa, mas com a marca do time.
Chamada +Smartimão, a operadora vai oferecer um chip na modalidade pré-pago, com pacotes de dados com preços a partir de 99 centavos ao dia a até planos com 5 GB de internet, ao custo de 190,99 reais ao mês.
O lançamento é uma maneira de o clube se aproximar dos torcedores por meio do smartphone. Com esse objetivo, haverá também um aplicativo do Corinthians com conteúdo diário exclusivo. Os compradores também concorrerão a prêmios e parte do valor das recargas será destinado ao clube.
O aplicativo é chamado +Smartimão. Ele foi desenvolvido pela empresa americana FanHero, que tem brasileiros entre os fundadores e já criou um app para Vasco, bem como para outras personalidades do esporte. É possível também assinar um serviço com notícias e novidades sobre o Timão.
A +Smartimão permite ligações gratuitas entre seus clientes e os da Vivo, e seu chip pode ser comprado no site oficial smartimao.com, bem como nas lojas Poderoso Timão e também em pontos de venda no Parque São Jorge, sede do Corinthians.
Neil Armstrong foi protagonista daquela que talvez seja, até hoje, a maior aventura tecnológica do homem: a viagem à Lua.
Nascido em 1930, Armstrong foi piloto de caça da marinha dos Estados Unidos, tendo combatido na Guerra da Coréia. Após a guerra,deixou a Marinha e tornou-se piloto de provas,testando mais de 900 tipos de aeronaves,incluindo o X-15 (1962), o primeiro avião a voar na estratosfera e que é mostrado na ilustração abaixo.
Entrou para a NASA em 1962,indo ao espaço pela primeira vez em 1965, como comandante da missão Gemini VIII, cuja recuperação, após pouso no mar é mostrada na foto ao final deste post - Armstrong voou nessa ocasião com David Scott.
Entrou para a história comandando a Apollo 11 e tornando-seo primeiro homem a pisar na Lua,em 20 de julho de 1969. Ao dar o primeiro passo na Lua, disse a frase que se tornou famosa: "Este é um pequeno passo para o homem, mas um salto gigantesco para a humanidade". A foto ao lado mostra a sombra de Armstrong fotografando o módulo da Apollo que pousou na Lua. Além de uma pequena bandeira americana, Armstrong deixou na
Lua um pequeno memorial com os nomes e as
fotografias de Yuri Gagarin, Vladimir Komarov, Virgil Grisson, Ed
White e Roger Chaffee, os astronautas americanos e soviéticos mortos antes
da chegada à Lua. De todos, apenas Gagarin, o primeiro a ir ao
espaço, não morreu numa nave espacial, mas sim num acidente de avião, seis anos
após seu histórico voo de abril de 1961.
Além de suas qualidades como piloto, Armstrong teve também uma vida acadêmica plena: estudou engenharia na Universidade de Purdue e foi aceito pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Ao sair da NASA em 1970 tornou-se professor de engenharia aeroespacial na Universidade de Cincinnati, onde permaneceu até 1979.
Rejeitou ofertas milionárias de grandes empresas para trabalhar como relações públicas ou em cargos de diretoria, assim como a oferta de todos os partidos políticos que desejavam tê-lo como candidato acargos eletivos.
Manteve um vida discreta e longe dos olhos da opinião pública até sua morte, aos 82 anos, em 25 de agosto de 2012. Dele, Barack Obama disse ser "um dos maiores heróis americanos, não apenas de sua época, mas de todos os tempos".
Consta que ao reembarcar no módulo lunar, para iniciar a volta à Terra, Armstrong teria proferido a frase “Good luck, Mr. Gorsky”, que teria deixado extremamente curiosos os envolvidos com o programa lunar, pois ninguem sabia quem era o tal Mr. Gorsky. Se você também ficou curioso, pesquise na Internet...