quarta-feira, 15 de outubro de 2014

NASA FALA DO AQUECIMENTO DA TERRA

Hoje abordaremos um problema que a tecnologia pode ajudar a minorar: o aquecimento do planeta.   
Alguns cientistas preveem que a temperatura na superfície terrestre pode aumentar de 3 a 10 graus Celsius até o final deste século, principalmente por causa da emissão de gases que geram o efeito estufa, que aprisionando o calor na atmosfera faz a temperatura subir.
Com o aquecimento do planeta, haverá degelo nas regiões polares, extinção de muitas espécies de animais e plantas, aumento do nível dos oceanos; além disso, eventos climáticos mais extremos serão frequentes, como ondas de calor, tempestades etc.
Para conscientizar as pessoas acerca desse e outros problemas ambientais, a NASA criou uma série de animações, a NASA’s Earth Minute (Minuto da Terra da NASA, em tradução livre). 
Hoje trazemos a animação Earth Has a Fever (A Terra está com Febre), que  mostra, por meio da comparação com um ser humano, como o aquecimento do planeta pode trazer graves consequências para a vida de todos os seres vivos.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

NOVAS BATERIAS: CARGA ULTRA RÁPIDA

A revista “Advanced Materials” acaba de publicar um artigo assinado pelos pesquisadores Cheng Xiaodong, Deng Jiyang e Tang Yuxin , da Nanyang Technological University (NTU), de Singapura, informado terem os mesmos desenvolvido uma bateria que demora cerca de 3 minutos para ser recarregada. Outra vantagem da nova bateria seria sua vida útil, que poderia chegar aos vinte anos, contra dois ou três das atuais.
Além da praticidade, a nova bateria reduziria os resíduos
Da esquerda para a direita: Cheng, Tang e Deng
tóxicos gerados pelo descarte das baterias atuais, simplesmente pelo fato de um número muito menor delas passar a ser necessário.
A principal mudança em relação às baterias atuais estaria no fato de que nestas, o polo negativo é revestido com grafite, enquanto que no novo tipo, o grafite seria  substituído por nanotubos de dióxido de titânio, com diâmetro milhares de vezes menor que o de um fio de cabelo.  O dióxido de titânio é abundante na natureza, barato, e aceleraria as reações químicas que acontecem na bateria, permitindo assim uma recarga mais rápida.
A expectativa do cientistas é que a nova bateria chegue ao mercado dentro de dois anos; além de beneficiar usuários de celulares, tablets e notebooks, elas poderiam ser muito úteis em  carros elétricos, que teriam sua autonomia muito aumentada com uma carga de apenas alguns minutos. 

Vamos aguardar.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

COMPUTADOR EDUCATIVO KANO CHEGA AO MERCADO

O computador educativo Kano começa a ser vendido neste mês, ao preço de US$ 150.  Para desenvolvimento do projeto foram levantados fundos na modalidade "crowdsourcing", com pessoas comprando o computador antecipadamente (a preços menores que o de lançamento) - mais  de 13.000 máquinas foram vendidas dessa forma.
Do ponto de vista de hardware, o Kano não traz nada de novo – é um Raspberry Pi Model B, que já apresentamos em nosso post de 25 de junho deste ano (3,8 milhões de Raspberies já foram vendidos) Além do Pi, o kit do Kano inclui um teclado Bluetooth, uma cobertura para o computador, um cabo HDMI e  um cartão SD contendo o sistema operacional.  A máquina é montada facilmente, seguindo-se as instruções de um  manual bastante simples; a cor dos componentes torna a tarefa ainda mais fácil, como pode-se ver no vídeo ao final deste texto.
Mas é graças ao software que o Kano se diferencia. O Kano OS é um sistema   open source cuja interface foi projetada para familiarizar crianças com conceitos de programação através da modificação de jogos.
Clássicos como Pong e Snake podem ser facilmente alterados pelo usuário com um sistema de blocos que lembra o NXT da Lego. Ao altera-los, contudo, a criança está na verdade alterando parâmetros de um código escrito em Python.
Quem quiser experimentar o sistema pode brincar com o jogo Pong neste link. Conforme a criança vence os desafios de modificação propostos pelo Kano, outros exemplos mais complexos vão sendo liberados; o sistema inclui até mesmo uma versão do Minecraft.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

OS BARCOS SEM PILOTO TAMBÉM ESTÃO CHEGANDO

O Cole sendo retirado do Iêmen
A história se repete: necessidades militares  geram novas tecnologias que acabam sendo incorporadas à vida civil. Foi assim com a penicilina, o jato e tantas outras; agora, seguindo esse padrão, estamos assistindo à chegada dos barcos sem piloto.

Navios de guerra são muito vulneráveis quando ancorados ou navegando em águas que lhes dão pouco espaço para manobras, como rios, baias etc. Um exemplo típico foi quando o USS Cole, que no ano 2000, quando ancorado em um porto no Iêmen para receber suprimentos, foi atacado por um pequeno barco-bomba, que foi explodido por terroristas junto ao costado do navio. Dezessete marinheiros morreram e dezenas de outros ficaram feridos.

Um swarmboat em demonstração em um rio
Para evitar situações como essa, a Marinha americana desenvolveu novos procedimentos de guarda e investiu em tecnologia, chegando à criação dos “swarmboats” pequenos barcos infláveis sem piloto, controlados remotamente, que podem atacar barcos suspeitos quando esses se aproximarem de um navio de guerra.

O controlador pode estar no próprio navio, em um helicóptero ou mesmo em terra; usando um laptop ele pode dizer aos “swarmboats” o que devem fazer, especialmente quando atacar, embora estes possam ter procedimentos pré-determinados   para responder de forma ainda mais ágil a qualquer ameaça.

Em breve talvez possamos ter esses barcos ajudando em tarefas como combate à poluição, busca e salvamento e outras tantas. 

Nossa Marinha poderia pensar em tecnologias relativamente simples, como essas, ao invés de gastar fortunas com ferro velho que nos faz passar vergonha, como o porta-aviões "São Paulo", que não tem aviões para portar e nem que os tivesse não consegue sair da baía da Guanabara, do alto dos seus 54 anos de uso.

Por enquanto, vale a pena assistir ao vídeo do Office Naval Research, órgão de pesquisa da Marinha dos Estados Unidos:


sexta-feira, 3 de outubro de 2014

MAIS TECNOLOGIA NO CAMPO: DRONES E JIPES ROBÓTICOS

Um drone no campo
Nas últimas décadas, a tecnologia tem impulsionado fortemente o crescimento do agronegócio no Brasil. Graças à mecanização, à melhoria das técnicas de plantio e à biotecnologia, o setor já responde por 23% do Produto Interno Bruto, 27% dos empregos e 44% das exportações do primeiro semestre deste ano. Na corrida para aumentar a produtividade, centros de pesquisa e grandes empresas do ramo vêm desenvolvendo e adotando para uso no campo, tecnologias inicialmente desenvolvidas para uso militar. 

Uma delas são os drones, também chamados veículos aéreos não tripulados (Vants), que vêm despertando a atenção dos agricultores brasileiros. Munidos de câmeras potentes, eles usam técnicas de geoprocessamento para identificar, com mais precisão, problemas que possam causar prejuízos às propriedades, como pragas e falhas de plantio.  Os primeiros drones foram usados no monitoramento de culturas como cana-de-açúcar, eucalipto, algodão, soja e milho, mas hoje eles já
 podem ser vistos em pastagens e plantações de frutas cítricas.   

O Curiosity
Além deles, em parceria com pesquisadores da USP, a Embrapa tem outro plano ousado: aplicar, no campo, um equipamento inspirado no jipe robótico Curiosity, usado pela Nasa para analisar rochas em Marte. No Brasil, a tecnologia dispõe de um laser capaz de identificar os elementos químicos que compõem o solo, permitindo, por exemplo, que os agricultores corrijam falhas através do uso de adubos, ainda durante a safra.

Associados a outras tecnologias, como plantadeiras, tratores e colheitadeiras que usam a geolocalização por satélite para aumentar a produtividade, os drones e os robôs certamente ajudarão a tornar o agronegócio brasileiro ainda mais competitivo.  

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Mais tecnologia nas cirurgias

Quando um paciente se submete a uma cirurgia, é comum que faça exames antes (para saber como está seu estado de saúde) e depois (para avaliar o resultado da intervenção). Apesar de essa rotina ser eficaz em casos simples, procedimentos mais complexos podem se tornar mais seguros com o suporte de novas tecnologias.

É o que propõem as salas híbridas, duas das quais estão disponíveis no HCor, em São Paulo; nelas, exames sofisticados de imagem estão sendo feitos em tempo real, durante as cirurgias. Conceito recente na área médico-hospitalar, as salas híbridas consistem na união entre centro cirúrgico e sala para procedimentos de intervenção não cirúrgica associado a equipamentos de imagem de alta definição. O espaço é desenhado para que os exames sejam usados antes, durante e depois das intervenções, proporcionando mais segurança e precisão em procedimentos complexos.

Em janeiro deste ano, o HCor, um dos maiores centros de tratamento de doenças cardiovasculares da América Latina, inaugurou essas salas: uma para procedimentos neurológicos e outra para cirurgias cardiovasculares. De acordo com a revista médica HCor Saúde, antes do uso dessa tecnologia, tumores como os de cérebro podiam não ser totalmente visualizados pelo cirurgião, tornando necessária outra intervenção para a retirada completa. 

O HCor também conta com estações de trabalho all-in-one. Com funcionalidade touchscreen, como as dos smartphones, elas permitem que os médicos acessem e registrem informações sobre agendamentos cirúrgicos, resultados laboratoriais, laudos e imagens de exames de diagnóstico. Os dados clínicos também podem ser conferidos durante cirurgias, por meio de telões dispostos em 360 graus em torno do campo cirúrgico.

A plataforma tecnológica do hospital  também permite o registro do tempo de cirurgia e de anestesia e o controle de medicamentos, materiais e serviços prestados durante o procedimento.

Tudo isso mostra como a tecnologia vem se incorporando rapidamente ao campo da saúde – bom seria se todos esses avanços pudessem estar ao alcance de todos os brasileiros. 

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Cresce o mercado de phablets

Os smartphones  com telas maiores, entre 5 e 6,9 polegadas, vem sendo chamados “phablets”, resultado da fusão dos termos “phone” e “tablet”.
Essas máquinas estão se tornando cada vez mais populares, especialmente em função da facilidade de uso ditada pelas telas maiores. A Flurry, empresa que monitora o uso de apps em smartphones no mundo inteiro, fez um levantamento para medir o crescimento da popularidade dos mesmos ao longo do último ano.
Para tanto, avaliou uma amostra com quase 60 mil aparelhos em fevereiro de 2013 e em janeiro de 2014. Nesse intervalo, em termos de variedade de modelos, os phablets subiram de 2% para 10% do total. No que diz respeito à base de usuários ativos, os phablets cresceram de 3% para 6%. E o que chamou mais a atenção da empresa foi a participação dos phablets no volume total de sessões de apps saltou de 3% para 11%, completamente desproporcional à sua base de usuários ativos. Isso significa que donos de phablets abrem mais vezes seus apps do que os outros.
Os demais tipos de máquinas foram classificados da seguinte maneira pela Flurry: smartphones pequenos (até 3,5 polegadas), smartphones médios (3,5 a 4,9 polegadas), tablets pequenos (7 a 8,5 polegadas), tablets (acima de 8,5 polegadas). Enquanto cresceu a variedade de modelos de phablets, diminuiu aquela de smartphones pequenos e médios; os primeiros caíram de 16% para 12% e o segundos, de 69% para 67%, mais uma vez confirmando a tendência de ascenção dos phablets.
Em base de usuários ativos, novamente os phablets roubaram participação de smartphones pequenos e médios. Os pequenos tiveram sua fatia reduzida de 7% para 4%. E os médios, de 72% para 68%. Tablets pequenos cresceram de 5% para 7% e tablets com mais de 8,5 polegadas, de 13% para 15%.
A participação no volume de sessões de apps caiu de 4% para 3% entre smartphones pequenos; de 76% para 71%, em smartphones médios; e de 13% para 10%, entre tablets acima de 8,5 polegadas. Neste quesito, tablets pequenos aumentaram de 4% para 5%.
A Flurry mediu também o tempo gasto com leitura de livros de acordo com o tamanho da tela do aparelho. Como era de se imaginar, quanto maior a tela, mais tempo gasto com leitura, provavelmente porque a atividade fica mais cômoda para os olhos. A participação dos phablets cresceu de 3% para 10% em um ano. Aquela de tablets pequenos saltou de 5% para 34%. E, entre tablets acima de 8,5 polegadas, aumentou de 5% para 9%. Enquanto isso, a participação de smartphones médios no tempo de leitura de livros desabou de 83% para 44% no mesmo intervalo.
A seguir, um vídeo do New York Times falando do crescimento dos phablets.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Carros sem motorista: a ideia avança, mas novos riscos surgem

O carro do Google
Já abordamos aqui os carros sem motorista, também chamados carros autônomos; muitas empresas estão desenvolvendo essa tecnologia, que está praticamente pronta para o mundo real.
No entanto, está muito difícil  determinar claramente o risco associado ao surgimento desses veículos; seus fabricantes preocupam-se com a responsabilidade derivada de acidentes.
Agora, já se fala em mais uma ameaça:  hackers poderiam sequestrar carros e controlá-los remotamente, usando-os para finalidades criminosas ou até mesmo transforma-los em armas ou causar problemas de trânsito, travando uma cidade.  Tudo isso deixaria de ser responsabilidade dos motoristas e pedestres, passando para os fabricantes dos carros e dos desenvolvedores do software que os controlaria.
A Mercedes autônoma
Contudo, esses cenários pessimistas não estão interrompendo os esforços para dar impulso à tecnologia, que deverá se tornar um mercado de US$ 87 bilhões até 2030. Volkswagen, Google e outros seguem trabalhando no tema: no ano passado, uma Mercedes-Benz Classe S dirigiu-se sozinho por 100 quilômetros em trânsito real durante o dia em estradas alemãs lotadas; a empresa inclusive   está desenvolvendo caminhões autônomos.
A perspectiva de que carros sejam controlados por sistemas de navegação on-line está preocupando órgãos reguladores e agentes da lei: o  FBI concluiu que os hackers podem assumir o controle de veículos automatizados e usá-los como “armas letais”, reportou o jornal britânico The Guardian.
De qualquer maneira, os fabricantes de veículos estão atentos aos riscos, mas como os bandidos parecem sempre estar um passo à frente dos que os combatem, fica a preocupação – como diz uma das maiores seguradoras do mundo, a Allianz: “é difícil precisar o impacto que os carros autônomos terão sobre nós, mas nós sabemos que existirão problemas”.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

A CANETA ETERNA: 4.EVER PININFARINA CAMBIANO

Pininfarina, a famosa empresa italiana de design, famosa por ter projetado entre outros ícones as Ferrari F40 e Daytona, está lançando uma caneta, a 4.EVER Pininfarina Cambiano – o  nome Cambiano é o mesmo do carro-conceito desenvolvido pela empresa, um elétrico com autonomia de cerca de 800 quilômetros.
A grande novidade da caneta é que ela não usa tinta, sendo por essa razão,  “eterna” – ela não transfere tinta para o papel, mas sim oxida-o:   sua “pena”, feita de uma liga chamada “ethergraf” escreve de forma indelével, embora o traço pareça-se com o feito por   um lápis.
O processo de oxidação é similar ao que leva os jornais velhos a amarelar - segundo o fabricante, ele é mais sustentável que os processo convencionais de escrita, que exigem materiais para fabricação da tinta e dos lápis, envolvendo poluentes como chumbo e grafite. 
O corpo da caneta, muito elegante, é feito de alumínio e madeira; seu custo está ao redor de cem Euros, dependendo do acabamento do corpo.

domingo, 31 de agosto de 2014

Project Wing: o drone do Google

O drone do Google
Os drones (aeronaves não tripuladas)  têm sido muito mencionados pela imprensa em função de seu uso militar no Afeganistão, principalmente.  
Neste blog, porém, já falamos de estudos para seu uso como veículos de transporte, mais especialmente pela Amazon; agora, é o Google que informa  que vem fazendo testes com drones de desenho pouco convencional, misto de   avião e  helicóptero,   projetados para entregas rápidas de encomendas. Esses drones lembram os Osprey V-22 utilizados pelas forças armadas americanas. 
Um vídeo do Google recentemente liberado mostra uma esquadrilha  desses drones em testes;   decolam  como um helicóptero e voam como um avião, o que permite atingir velocidades maiores do que as seriam possíveis para helicópteros, mas decolando e pousando em espaços bastante pequenos. No vídeo, o Google usa os drones para entregar biscoitos para cachorro, chocolates e outros objetos em fazendas do interior da Austrália.
O Osprey, como helicóptero e  como avião
Os pacotes são baixados até o chão por meio de um cabo. Um sensor na ponta do cabo detecta quando o pacote chega ao chão e aciona o mecanismo que o libera. O cabo e o sensor são, então, recolhidos pelo drone - a aeronave não precisa pousar para fazer a entrega. 
Os drones do chamado projeto Wing (asa) vêm sendo desenvolvidas há dois anos pelo Google X, o laboratório encarregado dos projetos mais secretos do Google. 
O interior da Austrália, onde o sistema está sendo testado, é um lugar ideal para isso: como as fazendas ficam distantes das cidades, a entrega por drone seria mais rápida e mais barata que uma feita por  carro ou  moto.
Na zona rural, é muito baixo o risco de o drone colidir com alguma coisa e há espaço de sobra para manobras. Além disso, diferentemente do que acontece nos Estados Unidos, a legislação australiana não faz restrições aos drones.
Entregas feitas por drones também seriam úteis em situações de catástrofe, como   terremotos  ou inundações -  as aeronaves poderiam levar alimentos e medicamentos às vítimas. No entanto,  o Google alerta que ainda vai demorar anos até que esses drones entregadores possam operar comercialmente.
Abaixo o vídeo liberado pelo Google:

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

IMPRESSÃO 3D CONTINUA SE POPULARIZANDO (MAS NÃO TÃO RAPIDAMENTE QUANTO SE PREVIA)

A impressão 3D vem crescendo – como já dissemos aqui, ela pode ser o embrião de uma nova revolução industrial, subvertendo a lógica de produção de bens que atualmente saem das fábricas, são enviados a intermediários (às vezes mais de um) para depois chegarem ao consumidor final.

Tudo isso gera ineficiências: custos de transporte e armazenagem, riscos de “encalhe” etc., que poderão ser evitados “imprimindo” o produto apenas quando o consumidor final efetivamente desejar compra-lo e em locais próximos a este ou em sua casa. Isso ainda deve vir a acontecer, mas não tão cedo quanto se esperava. 

O grupo Gartner divulgou recentemente  pesquisas que mostrando que essas máquinas ainda serão utilizadas apenas em situações pontuais, como na medicina e odontologia para fabricação de próteses e na indústria para criação de protótipos, antes de serem utilizadas massivamente por consumidores comuns, o que deve acontecer em cerca de 10 anos.

Por diversos motivos, entre os quais a queda do período de validade de patentes, já existem  aproximadamente 40 fabricantes produzindo  impressoras 3D mais profissionais, além de outras cerca de  200 fabricando máquinas voltadas para o público consumidor, com preços a partir  de algumas centenas de dólares, preço que o Gartner considera alto para máquinas que vão ser  pouca coisa além de  um hobby.

Mas como frequentemente dizemos, é preciso acompanhar a evolução da tecnologia, pois seu desenvolvimento certamente impactará fortemente nosso ambiente de negócios, e consequentemente, nossa vida diária. Cuidados também são necessários: essas máquinas já podem produzir armas - por enquanto pouco duráveis, mas muito letais.

Pode-se ver um pouco mais sobre o assunto no vídeo abaixo:

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Modo standby fez planeta gastar US$ 80 bi em 2013


O site Link do jornal O Estado de S. Paulo publicou um interessante texto do jornalista Bruno Capelas, discutindo os custos, em termos de energia, de deixarmos um computador ou outro dispositivo eletrônico no modo standby - o modo de espera.
Pergunta o jornalista: quantas vezes você já deixou o computador funcionando enquanto ia tomar um café, ou esqueceu o celular ligado enquanto dormia, sem necessidade? Hábitos como esses, deixar os aparelhos em “standby”, custaram ao planeta cerca de US$ 80 bilhões no ano passado, de acordo com um estudo recentemente divulgado pela Associação Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês).
Segundo o estudo, o consumo de energia dos aparelhos que são ligados à internet (como PCs, notebooks, smartphones, tablets e modems) chegou a 615 terawatts/hora (TWh) em 2013. Desse total, 400 TWh foram desperdiçados com o hábito de deixar aparelhos ligados durante o ano de 2013 – mais que o consumo de energia elétrica anual de países como a Noruega e o Reino Unido.
O estudo, chamado More Data, Less Energy: Making Network Standby More Efficent in Billions of Connected Devices, prevê que esse gasto aumentará  nos próximos anos: em 2020, devem ser desperdiçados cerca de US$ 120 bilhões.
A explicação é simples: mesmo em modo de espera, os aparelhos continuam a gastar bateria ou consumir a energia da rede elétrica. Podemos comprovar isso com nossos celulares: mesmo sem toca-los durante horas, o nível de sua bateria cai se deixados ligados.
O relatório ainda prevê que, em 2050, serão 500 bilhões de aparelhos conectados aumentando ainda mais o desperdício se alguma solução para o problema não for adotada.
“A proliferação de aparelhos conectados à Internet traz benefícios para o mundo, mas seus custos em energia estão bem acima do que poderiam ser”, afirmou Maria van der Hoeven, diretora da AIE. Segundo ela, isso faz com que as pessoas também percam dinheiro, “porque o gasto leva a maiores custos na geração e distribuição de energia”, custos esses que são repassados para os usuários. 
Vamos desligar a tomada? Afinal há estudos dando conta de que 10% do consumo de energia de uma residência vem de aparelhos em standby...

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Zcan - para lançar mouse que funciona como scanner, empreendedores buscam arrecadar US$ 30 mil em site de financiamento

Uma equipe de designers e desenvolvedores de Hong Kong resolveu unir as funcionalidades de dois produtos para criar o Zcan, um mouse sem fio com função de scanner. O projeto foi lançado no dia 29 de julho no site de financiamento coletivo Indiegogo com a meta de arrecadar US$ 30 mil.

O Zcan é do tamanho e peso de um mouse sem fio  e funciona como um scanner portátil para computadores, tablets e até iPhones. Para utilizar o scanner, basta passar o mouse sobre o documento ou foto para digitalização - a imagem aparecerá instantaneamente na tela.
Entre as funcionalidades do produto, o usuário consegue editar tabelas digitalizadas no Excel ou transferir o texto digitalizado para o Google Tradutor para traduzir as palavras desconhecidas. O usuário ainda consegue organizar os arquivos no Evernote ou ainda compartilhar imagens escaneadas nas redes sociais.
Durante a campanha no Indiegogo, os interessados  podem garantir o Zcan por US$ 79, metade do preço que o produto será vendido. O preço é válido para os 500 primeiros apoiadores. O frete é grátis para entregas em Hong Kong e Estados Unidos. Para outros locais, será cobrado mais US$ 10 de frete. Até a tarde de sexta-feira, 1º de agosto, 90 pessoas já tinham apoiado o projeto, que arrecadou US$ 13.249.
No vídeo abaixo, estão mais informações acerca do gadget:

quarta-feira, 30 de julho de 2014

MAIS TECNOLOGIA NOS AUTOMÓVEIS

Os jornalistas Thais Villaça e Thiago Lasco, de  O Estado de S. Paulo,  publicaram interessante matéria acerca da incorporação de mais tecnologia aos automóveis.

Em seu texto, lembram que quem assistiu a filmes como “O Vingador do Futuro” (1990), “Minority Report” (2002) e “Eu, Robô” (2004) teve uma boa amostra de como diretores e roteiristas imaginavam que ocorreria a integração do automóvel com o motorista e com a infraestrutura das cidades –  e  grande parte dessas tecnologias hollywoodianas está mais próxima do que se pensa.
As montadoras vêm desenvolvendo vários recursos para tornar os veículos cada vez mais
conectados entre si e com o entorno por onde rodam. Radares, câmeras, modems e aparelhos de GPS de alta precisão entram em cena para que o funcionamento dessas tecnologias seja preciso. Sistemas como o controle de cruzeiro adaptativo, que acelera e freia o carro conforme a programação feita pelo condutor, os faróis adaptativos, que mudam a intensidade da iluminação de acordo com as condições da via e para não ofuscar quem trafega no sentido oposto, e os leitores de sinalização já são uma realidade presente em alguns modelos mais modernos – e caros.
Além da integração com o ambiente, os carros podem ainda ter conexão de internet sem fio, fruto de acordos com as operadoras de telefonia celular. Essa solução permite não só baixar as músicas preferidas no disco rígido do veículo, mas também fotos, vídeos e aplicativos que facilitem a vida do motorista. 
A Volvo, por exemplo, criou em parceria com a Ericsson um sistema chamado Volvo Cloud, no qual uma “nuvem” de memória virtual armazena todas as informações baixadas pelo motorista, como estações de rádio online preferidas, serviços de mapas e aplicativos de informação de trânsito em tempo real. Esses dados podem ser, inclusive, transferidos para um novo veículo.
Com a internet, surge ainda a possibilidade de os carros se integrarem uns aos outros. Usando  Wi-Fi, o automóvel procura outros veículos que também tenham conexão de internet. É preciso, então, pedir uma “permissão” ao outro motorista para se conectar e trocar informações como as condições climáticas do percurso, o estado da pista e a ocorrência de algum acidente à frente.  “Se o carro da frente aciona o sistema de tração, o de trás automaticamente recebe um aviso de que a pista está escorregadia”, explica Jorge Mussi, diretor de pós-venda da Volvo.
O recurso também facilita a circulação de carros de polícia, bombeiros e ambulâncias, já que os motoristas, avisados minutos antes sobre o trajeto feito por eles, teriam condições de abrir passagem.
Boa parte dessas tecnologias marca presença apenas em modelos topo de linha, em razão dos altos custos envolvidos. Mas a Ford está dando um primeiro passo para incorporá-las a carros mais acessíveis. A nova geração do compacto Ka traz um sistema que avisa o Sistema de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) em caso de acidente. A partir da ativação dos air bags ou do corte da bomba de combustível, um celular aciona a central e uma antena de GPS envia as coordenadas de localização do veículo.
Com todas essas tecnologias integradas, o carro já tem condições de rodar sozinho, mas há entraves jurídicos que podem dificultar esse processo. “A responsabilidade por um acidente não pode ficar toda nas mãos da montadora. O ser humano ainda não desenvolveu um sistema inteligente, que pense sozinho. Os softwares só executam as tarefas para as quais foram programados”, diz o consultor técnico da Audi, Lothar Werninghaus.
Já a posição da Volvo é diferente. “Não só acreditamos no carro autônomo, como o nosso já está pronto. Em 2017 teremos 100 unidades rodando pela Suécia”, adianta Mussi. 
Há algo mais a acrescentar em termos de segurança: hackers poderiam invadir esses carros, quer literalmente, quer alterando sua programação, podendo até chegar-se a situações em que poderiam ocorrer acidentes graves.
Talvez seja o momento de refletira acerca de até que ponto valeria a pena incorporar novas tecnologias – a ilustração abaixo nos dá uma ideia acerca de como toda essa tecnologia pode funcionar.  

terça-feira, 22 de julho de 2014

Tecnologia aplicada à alimentação de gatos - um exagero injustificável

O mercado de produtos e serviços para animais domésticos vem crescendo de forma exponencial – em nosso ponto de vista, gerando alguns exageros injustificáveis.
Mais um desses exageros chega ao mercado: um dispositivo que  usa o reconhecimento facial para tornar a alimentação de gatos mais eficiente - batizado de Bistro, o dispositivo foi criado por uma empresa de San Mateo, Califórnia.
Quando um gato se aproxima do Bistro, uma câmera embutida no gadget e um algoritmo fazem o reconhecimento do bicho - que deve ter sido cadastrado anteriormente na máquina pelo dono.
Quando o gato é reconhecido,  a alimentação é liberada. Enquanto come, o animal é monitorado e seu dono é informado pelo smartphone sobre qualquer alteração de comportamento - caso o ambiente esteja escuro, um sistema de lâmpadas LED proporciona a iluminação necessária. Outros recursos do Bistro são balança, bebedouro e conexão de rede sem fio.
Em menos de uma semana, através do site de financiamento coletivo  Indiegogo, já foram captados   cerca de 120 mil dólares para a fabricação do produto em escala industrial.
 "Os gatos não falam por eles mesmos. Por isso, precisamos que o Bistro fale por eles", afirma  Mu-Chi Sung, especialista em tecnologias de reconhecimento facial e criador do Bistro.
O gadget está sendo vendido no Indiegogo  por 159 dólares e deve começar a ser entregue aos compradores em fevereiro de 2015. Com o sucesso da ideia, Sung já pensa em criar versões do Bistro para cães e outros animais domésticos.

Não é um exagero???? Confira no vídeo abaixo:

terça-feira, 15 de julho de 2014

CRESCE A UTILIZAÇÃO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS ESCOLAS PÚBLICAS BRASILEIRAS

Uma boa notícia: apesar das inúmeras dificuldades, inclusive a falta de preparo dos docentes, cresceu o número de professores de escolas públicas que utilizaram a internet durante as aulas; em 2013 46% dos mestres usaram essa tecnologia. O número representa crescimento de dez pontos percentuais em relação a 2012 e foi divulgado pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil, na pesquisa “Tecnologias da Informação e Comunicação na Educação”.

O levantamento, feito com 994 escolas públicas e privadas de todo o país, revelou também que a velocidade de conexão com a internet é menor nas instituições públicas do que nas particulares. Os dados revelam que 43% das escolas particulares dispõem de internet com velocidade entre 5 e 10 mega. Por outro lado, entre as instituições públicas, 52% contam com conexão a internet de até 2 mega.
Entre os recursos educacionais mais usados pelos professores, estão imagens  (84%), textos (83%), questões de prova (73%), vídeos (74%), jogos (42%), apresentações prontas (41%), e programas e softwares educacionais (39%).
A coleta de dados desta quarta edição da pesquisa ocorreu entre setembro e dezembro de 2013. Foram entrevistados 939 diretores de escolas, 870 coordenadores pedagógicos, 1.987 professores e 9.657 alunos.
De acordo com as informações, a sala de aula cresceu como local de uso do computador e da internet, mas o ambiente mais comum para o uso de computador ainda é a casa do estudante. Apenas 7% dos alunos da rede pública e 2% dos estudantes de escolas particulares disseram que acessam a internet, mais frequentemente, em suas escolas. A maioria usa a Internet com mais frequência em casa: 68% dos alunos de escola pública e 93% dos matriculados em escolas particulares.
Apesar da resistência de alguns, a tecnologia avança também nas escolas. 

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Em 2015, serão vendidos mais tablets que computadores pessoais

O grupo de pesquisas Gartner acaba de divulgar novo relatório acerca das vendas de computadores pessoais (PC), tablets e telefones móveis.
Em 2014, serão vendidos 308 milhões de PC e 256 milhões de tablets, mas em 2015 os tablets venderão mais: 320  contra 316 milhões de PC. Neste ano de 2014, as vendas de PC, tablets e telefones chegarão a 2,4 bilhões de unidades.
Parte considerável das vendas de PC, cerca de 20%, refere-se à substituição de máquinas de uso profissional. No caso dos telefones, dois terços das máquinas vendidas neste ano serão smartphones. 
Em termos de tecnologia, cerca de metade dos dispositivos vendidos  funcionam com Android,  333 milhões de unidades utilizam Windows e  os dispositivos iOS e MacOS da Apple totalizam 271 milhões. 

sábado, 5 de julho de 2014

ADEUS ORKUT

No último dia 30, o Google anunciou que a partir de 30 de setembro o Orkut sairá do ar, dez anos após ter sido lançado.   

Embora ele  tenha praticamente caído no ostracismo,  a notícia de sua despedida gerou inúmeros comentários e debates em plataformas como Twitter e Facebook – um grupo de brasileiros até chegou a criar um movimento para impedir a morte do Orkut, que no entanto é inevitável – lembremo-nos que mais da metade dos usuários dessa rede social estavam em nosso país.

O Orkut junta-se a outras redes sociais que deixaram de existir, como o Friendster – é o que Schumpeter chamou de “destruição criativa”: novas tecnologias surgem, matando outras (e com frequência empresas que as detinham) – o Friendster foi substituído pelo Orkut, que foi substituído pelo Facebook...

Assim, é de se esperar que, a qualquer momento, surja algo que mate o Facebook – isso é especialmente provável quando se trata de serviços virtuais.

É esperar para ver – pensando em investir a longo prazo, eu não compraria ações do Facebook...

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Raspberry Pi – mais tecnologia na vida diária das escolas

Um pequeno computador, do tamanho de um cartão de crédito, vem mudando rapidamente o cotidiano de professores e estudantes das áreas tecnológicas, especialmente de computação; essa máquina  é o Raspberry Pi.
O computador,  lançado em 2012 e que já vendeu 3,8 milhões de exemplares (até setembro de 2014), foi desenvolvida por professores da Universidade de Cambridge, na Inglaterra. Esses professores constataram  que os alunos de Ciência da Computação  precisavam de equipamentos simples e baratos para que aproveitassem bem seu curso.    
O produto é extremamente simples, parecendo ser pouco mais que uma placa contendo um circuito impresso; quando a ele são conectados um teclado e um monitor,  funciona quase como um desktop convencional. Seu tamanho permite que estudantes usem-no em seus cursos para construir inúmeros dispositivos, tais como rádios, carros, smartphones e até mesmo, para envia-lo em balões até os confins da atmosfera – evidentemente, nesse processo entra o desenvolvimento do software necessário.
Sua versão mais popular, o   Model B, custa US$ 35, o que   é outro fator que contribui para sua popularização. No Brasil, como sempre, os preços assustam: no eBay não conseguimos encontrar o Model B por menos de R$ 184,00.

quinta-feira, 12 de junho de 2014

TECNOLOGIA É IMPORTANTE, MAS CRIATIVIDADE É MAIS...


Os mais velhos lembram-se do Ford Prefect, carrinho inglês que foi vendido aqui no Brasil nas décadas de 1940/50 – sua fama era péssima!
Menos comum por aqui, foi outro membro da família, o furgão Fordson era destinado a cargas leves, possuindo um motor de 1172 cc, 30 cv  e caixa de câmbio de 3 marchas; sua velocidade máxima era de aproximadamente 65 km/h.  
Um Fordson 1950 anda fazendo sucesso em: seu dono, o microempresário   José Dubielle,  gastou R$ 4 mil na adaptação do carrinho   e foi vender chope artesanal nas ruas de São Paulo - está fazendo sucesso, servindo em  festas, feiras, churrascos de amigos, encontros de carros antigos e outros eventos.
Apesar das adaptações para a venda de chope, o veículo mantém boa parte de suas características originais – é um carro muito simples, como mostram, por exemplo, os vidros das janelas, que não tem manivelas, são subidos e descidos como as janelas das casas e o teto quase todo em lona, solução  adotada em alguns veículos europeus do pós-guerra devido à escassez de aço.

Para tornar o ambiente mais compatível com o carro, seu proprietário coloca para tocar CDs de artistas dos anos 50, como Elvis Presley, Paul Anka e Neil Sedaka. A criatividade realmente tem um valor imenso!

segunda-feira, 9 de junho de 2014

USANDO COMPUTADORES EM CASA - CUIDADOS COM A SAÚDE

A Vodafone, empresa britânica operadora de telefonia móvel,  publicou uma interessante animação com sugestões acerca da maneira saudável de utilizarmos computadores e tablets em nossas casas, visando a preservação da saúde, especialmente no que se refere a postura.

Vale a pena ver a animação e, evidentemente, seguir as sugestões.