sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Carros sem motorista: a ideia avança, mas novos riscos surgem

O carro do Google
Já abordamos aqui os carros sem motorista, também chamados carros autônomos; muitas empresas estão desenvolvendo essa tecnologia, que está praticamente pronta para o mundo real.
No entanto, está muito difícil  determinar claramente o risco associado ao surgimento desses veículos; seus fabricantes preocupam-se com a responsabilidade derivada de acidentes.
Agora, já se fala em mais uma ameaça:  hackers poderiam sequestrar carros e controlá-los remotamente, usando-os para finalidades criminosas ou até mesmo transforma-los em armas ou causar problemas de trânsito, travando uma cidade.  Tudo isso deixaria de ser responsabilidade dos motoristas e pedestres, passando para os fabricantes dos carros e dos desenvolvedores do software que os controlaria.
A Mercedes autônoma
Contudo, esses cenários pessimistas não estão interrompendo os esforços para dar impulso à tecnologia, que deverá se tornar um mercado de US$ 87 bilhões até 2030. Volkswagen, Google e outros seguem trabalhando no tema: no ano passado, uma Mercedes-Benz Classe S dirigiu-se sozinho por 100 quilômetros em trânsito real durante o dia em estradas alemãs lotadas; a empresa inclusive   está desenvolvendo caminhões autônomos.
A perspectiva de que carros sejam controlados por sistemas de navegação on-line está preocupando órgãos reguladores e agentes da lei: o  FBI concluiu que os hackers podem assumir o controle de veículos automatizados e usá-los como “armas letais”, reportou o jornal britânico The Guardian.
De qualquer maneira, os fabricantes de veículos estão atentos aos riscos, mas como os bandidos parecem sempre estar um passo à frente dos que os combatem, fica a preocupação – como diz uma das maiores seguradoras do mundo, a Allianz: “é difícil precisar o impacto que os carros autônomos terão sobre nós, mas nós sabemos que existirão problemas”.