sexta-feira, 19 de abril de 2013

TECNOLOGIA E LAZER: A 20TH CENTURY FOX

Durante muitos anos, o rádio e o cinema foram as grandes formas de lazer sustentadas por tecnologia.  Um dos gigantes na área foi (e ainda é) a 20th Century Fox.


A história da Fox   começou em 1904 em  Nova Iorque,  quando o emigrante húngaro comprou um pequeno cinema – essas salas   cobravam cinco centavos como ingresso, e por essa razão ficaram conhecidas como “nickelodeons”  (em inglês, a moeda de cinco centavos é chamada “nickel”). A partir de 1912,   Fox iniciou a produção de filmes e três anos mais tarde fundou a Fox Film Corporation.

O advento do som no cinema, em 1927, revolucionou a indústria do entretenimento. Quando a Warner Bros. iniciou a era sonora com a introdução do sistema Vitaphone, a Fox, que era uma empresa de sucesso,  lançou o sistema Movietone, desenvolvido em conjunto com a General Electric. Este sistema, que integrava a trilha sonora na própria película, tornou-se bastante popular, e é, basicamente, o utilizado até os dias de hoje.  


A crise da Bolsa de Valores de Nova Iorque em 1929 trouxe grandes problemas à Fox, que apenas conseguiu salvar-se da falência graças aos lucros dos filmes de Sherley Temple, a primeira grande estrela do estúdio; Fox, porém, acabou sendo afastado da empresa, que em   1935 fundiu-se com outra empresa,  a Twentieth Century Pictures, uma próspera produtora criada dois anos antes,   surgindo assim a The Twentieth Century-Fox Film Corporation. 


A nova companhia foi um sucesso, em parte graças ao trabalho  de Darryl F. Zanuck, seu vice-presidente, encarregado da produção. Zanuck, então com 31 anos de idade, recebia salários de US$ 250 mil por ano  – uma quantia exorbitante para a época, mas em  20 anos de trabalho  foi responsável por criar filmes  que renderam cerca de 150 estatuetas do Oscar ao estúdio; passaram pela Fox grandes diretores como Otto Preminger, Ernst Lubitsch, Elia Kazan e Joseph Mankiewica. Entre os artistas da época, destacaram-se    Shirley Temple, Tyrone Power, Don Ameche, Marilyn Monroe, Henry Fonda e Gregory Peck.


Na década de 1950, já presidente, Zanuck deixou a empresa para se tornar um produtor independente, causando um declínio nos estúdios. Após uma série de fracassos comerciais, incluindo o desastre do filme Cleópatra (que consumiu mais de quatro anos e até então inimagináveis US$ 40 milhões), Zanuck voltou à empresa e conseguiu recupera-la; ficou até 1971; nessa década, a empresa produziu muitos sucessos, destacando-se a série Guerra nas Estrelas.


Em 1984, Rupert Murdoch comprou a Fox, que acabou  tornando-se uma das bases do império de comunicação do milionário australiano; grandes sucesso continuaram a ser produzidos:  Independence Day,  Titanic (que em 1997 quebrou todos os recordes de bilheteria), as reedições da série A Guerra nas Estrelas,    Garfield, O Diabo  Veste Prada, O Quarteto Fantástico e Os Simpsons.

A empresa  já produziu mais de 1.500 filmes,  vistos em mais de 120 países ao redor do mundo. Além das bilheterias, o faturamento da empresa, vem de produtos licenciados; ela  é também responsável pela distribuição mundial de todos os filmes  dos estudos  MGM. O mais recente sucesso do estúdio, o filme Avatar, uma superprodução que custou aproximadamente US$ 500 milhões, foi lançado no final de 2009, e, em apenas seis semanas de exibição arrecadou, somente em bilheterias,  US$ 1.85 bilhões, se tornando o filme de maior arrecadação da história do cinema, superando o Titanic. Uma de suas marcas registradas é a fanfarra de abertura de seus filmes, que pode ser ouvida aqui

domingo, 17 de março de 2013

Cai a performance das redes sociais

Pesquisas realizadas recentemente com o uso da ferramenta Gomez, da Compuware, mostram que o tempo de resposta das 24 redes sociais mais utilizadas no mundo aumentou três vezes no último semestre, ou seja: os usuários demoram mais tempo para conseguirem acessar as redes.

As principais causas dessa queda de performance deve-se ao aumento do número de usuários das redes e ao maior tempo de utilização das mesmas; para manter a qualidade do serviço, Facebook, Twitter, Linkedin e outros deveriam ter aumentado a capacidade de seus data centers, o que não ocorreu em nível compatível com o aumento do número de usuários e tempo de utilização.

A pesquisa mostra que   o tempo médio  de acesso passou de 2,8 segundos em julho de 2012 para cerca de 7,1 segundos em fevereiro de 2013: 2,92 vezes mais. 7,1 segundos pode parecer pouco tempo, mas se esse número continuar crescendo, os usuários podem ser fortemente desestimulados a acessarem as redes. O teste foi realizado com 150.000 computadores em cerca de 170 países.   

Das 24 redes sociais analisadas não se “salvaram” nem as três principais:  Twitter,  Facebook e LinkedIn. O tempo de acesso do Linkedin passou de 0,78 segundos para 2,17 (2,7 vezes maior), o do Facebook  de 0,80 segundos para 2,47 (três vezes maior) e o Twitter passou para   2,44 segundos contra  1,42 e julho (aumento de 1,7 vezes).

O estudo considerou também a disponibilidade das redes (tempo em que a rede está disponível para seus usuários), constatando que houve queda também nesse indicador: a média era de 99,42% em julho e caiu para  97,71%.

Dentre as grandes redes, o Linkedin sofreu a menor queda de 99,9% para 99%. Twitter e Facebook caíram dois pontos,  para 97,8% e 97,2%, respectivamente. Como curiosidade, a pior rede nesse quesito foi   MySpace que  esteve disponível durante 94,7% do tempo.

Essa queda pode parecer irrelevante, mas se continuar aumentando pode desestimular os usuários e gerar grandes prejuízos às redes e àqueles que as utilizam comercialmente.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

SMARTPHONES: APPLE E SAMSUNG ENFRENTAM ATAQUE DE MODELOS MAIS BARATOS


Acontece nesta semana em Barcelona o Mobile World Congress, o maior evento de telefonia móvel de todo o mundo.
Nele, ficou claro que outros fabricantes de celulares  pretendem lançar smartphones mais rápidos e mais baratos para fazer frente ao domínio da  Samsung e da  Apple nesse mercado.
A Nokia apresentou dois smartphones de "categoria média" destinados a clientes que desejam inovações, mas não querem - ou não podem - gastar muito com um telefone; os modelos Lumia 520 e 720, que têm funções até agora reservadas aos celulares de alta categoria do grupo, como câmera fotográfica de alta resolução e sistema de GPS, serão vendidos na Europa por € 139 e 249, respectivamente.
A  Huawei, que ocupa o terceiro lugar na lista dos maiores fornecedores smartphones, com 5,3% do mercado mundial, lançou um aparelho que diz ser o mais rápido do planeta – é o Ascend P2, que promete uma velocidade 50% maior do que a dos seus concorrentes diretos, e que será vendido na Europa por  € 399, quase a metade do que custa um iPhone, vendido por  € 679. Também é bem mais barato que o Samsung Galaxy III, que custa € 649.
O One Touch Star da Alcatel, que tem integrado um processador  duplo de 1 GHz, tela   de quatro polegadas e uma câmera de cinco megapixels,  será vendido por preços que variam de € 199 a 219, conforme o modelo.
A Sony levou ao evento seu Xperia Z, lançado em janeiro no Japão e o mais vendido naquele país; a Sony inicia agora suas vendas em mais 60 países. 
A chinesa ZTE  apresentou   um "phablet", aparelho metade telefone e metade tablet, com uma tela de 5,7 polegadas. Batizado de Gran Memo, ele permite fazer chamadas com uma só mão e tem integrados   GPS e uma câmera fotográfica de 13 megapixels.
A taiwanesa HTC também lançou seu novo HTC One – especialistas dizem que o mesmo precisa ser melhor que seus últimos lançamentos, que decepcionaram os usuários. 
Mas as donas do mercado não estão paradas: a líder Samsung, com 29% dos smartphones vendidos no mundo,   lançou   seu mini tablet, o Galaxy Note 8.0. O novo modelo de seu smartphone mais bem sucedido, o  Galaxy S, será lançado em abril. Já a Apple, segunda do mercado com 22,1% das vendas, não participa do evento, mas certamente está muito atenta ao que vem acontecendo ali.
Aqui no Brasil as coisas são um pouco mais complicadas, especialmente em função da alta carga tributária. Apesar disso, espera-se que ao final de 2013 os smartphones sejam 50% dos celulares vendidos no país. Talvez possam ser adotadas estratégias como a que a Apple vem adotando na Índia, em parceria com as operadoras de celeular: financiar a compra desses aparelhos, que já não são uma tendência, mas uma realidade no mercado.
Outra preocupação: e os usuários que desejarem um telefone apenas com funções ainda mais básicas, tipo agenda, caixa postal e hora? Os fabricantes vão se interessar em vender esses aparelhos ou pretendem “empurrar” equipamento mais caro? 


PS: Depois que o texto acima foi postado, tivemos a informação de que foi lançado o Nokia 105, com tela colorida, rádio FM e capacidade para fazer e receber chamadas e trocar mensagens de texto (torpedos) - custará na Europa € 15.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Jovens da geração Z do Brasil são dependentes de tecnologia


Um estudo feito pela Ericsson mostra que os brasileiros nascidos a partir de 1990,  componentes da chamada  geração Z, são extremamente dependentes da tecnologia. Atualmente, 20% desta geração é usuária de smartphone e 41% utiliza banda larga móvel em algum dispositivo (celular, smartphone, tablet, notebook ou desktop).
O estudo, realizado anualmente, chamado “Infocom Brasil 2012”, do ConsumerLab,  da Ericsson, pesquisa o comportamento do usuário e “ajuda a mapear os caminhos que a sociedade conectada vem trilhando em todo o mundo”, segundo diz a empresa.
A pesquisa, realizada apenas com jovens brasileiros, revela dados interessantes: 9 em cada 10 possuem um aparelho celular, 70% têm computador em casa e 61% já possuem banda larga em suas residências. Além disso, quase metade passa mais de três horas por dia conectado e somente 8% deles ainda não são usuários de internet. Eles não se desconectam nem mesmo assistindo televisão,   acessam as redes sociais e interagem enquanto consomem conteúdo (48%).
Os jovens entrevistados usam SMS todos os dias para diversas finalidades (83%) e gostam tanto de teclar quanto de falar ao telefone (92%). A geração também participa ativamente das redes sociais: 89% deles fazem uso de pelo menos uma rede social e mais de 64% a acessam diariamente. A pesquisa também mostra que o público prefere conteúdo gratuito: a maioria (58%) faz download de músicas e filmes de graça, enquanto somente 37% paga pelo download de algum tipo de conteúdo.
Além disso, os jovens também valorizam o novo, não gostam de barreiras e não estão preocupados com estabilidade. São criativos, inteligentes, tolerantes, flexíveis e abertos. Gostam da gratificação instantânea e da novidade, afirma a empresa.
Para eles, os produtos eletrônicos são apenas um meio para a experiência tecnológica, e sua principal preocupação é com a qualidade e validade do conteúdo. Preferem se comunicar por chat  ou SMS  (62%) do que via e-mail (56%), e, de acordo com a companhia, fazem parte de um grupo questionador, mas que sabe ouvir.
É a chamada geração do diálogo, que precisa receber feedback constante e que aprecia, também, expressar seu ponto de vista, conclui a Ericsson.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

ESTÔNIA APLICA TECNOLOGIA AO ENSINO DA MATEMÁTICA

Escolas e professores usualmente são conservadores. Quando se trata de matemática, mais ainda. Lembro-me bem quando havia forte oposição ao uso de calculadoras nas aulas dessa disciplina, sob a alegação que isso prejudicaria o aprendizado...
Mas algumas coisas vem mudando na área, ainda que lentamente. Um dos responsáveis por essa mudança é Computerbasedmath.org, uma organização voltada para a reforma radical do ensino da matemática buscando dar ao aluno conhecimentos dos princípios dessa ciência, com o uso de computadores.
A organização foi fundada por por Conrad Wolfram,  irmão de Stephen Wolfram, o criador da plataforma  Mathematica, ferramenta que que é usada em    em diversas áreas: ciência da computação,   engenharia, biologia, química, processamento de imagens, finanças, estatística, matemática e outras, e que também serve como um ambiente para desenvolvimento rápido de programas.
A ideia básica, como já disse, é estimular  os alunos a utilizar computadores para explorar conceitos matemáticos, proporcionando um entendimento  mais profundo desses conceitos, ao invés  de faze-los memorizar  passos necessários para resolver problemas.
A ideia começa a ser implementada na Estônia,  pequena (1,3 milhões de habitantes) ex-república soviética situada às margens do mar Báltico. O país não é   um centro de alta tecnologia, mas foi um dos locais onde foi criado o  Skype e está lançando uma ampla reforma de currículos, que prevê aulas de ciência da computação para estudantes a partir de sete anos – os professores já estão sendo treinados.
Com a crescente   demanda por desenvolvedores de software e  analistas de dados (estes necessários em função do advento de Big Data), a Estônia aposta que pode preparar seus jovens para esse mercado de trabalho; além disso, Wolfram acredita que cidadãos com esse tipo de formação podem  avaliar riscos de forma mais adequada, entender melhor o mundo das finanças e, até mesmo,  desenvolverem um “sexto sentido matemático”, que os ajudaria nas suas vidas pessoal e profissional.
Embora   otimista sobre o projeto na Estônia, Wolfram   reconhece que o mundo da educação tem um longo caminho a percorrer, afirmando que só em algumas décadas o ensino de matemática vá ser amplamente baseado em computadores

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Microsoft compra a Dell ou apenas faz um investimento?


Michael Dell, fundador e presidente da fabricante de computadores que leva seu nome, anunciou operação para o fechamento do capital de sua empresa. A operação contou com o apoio financeiro de bancos e da Microsoft, que teria injetado US$ 2 bilhões no negócio - alguns comentaristas tem dito que na prática trata-se da compra da Dell pela Microsoft, que seria formalizada em alguns meses.

Segundo esses comentaristas, a Microsoft pretende com isso fornecer soluções completas de hardware e software a empresas (como fazem Oracle, IBM e outros) e a usuários finais, como faz a Apple e estão tentando fazer a Amazon e o Google. 


A Microsoft, até hoje a  maior produtora mundial de software, investiu em ou adquiriu centenas de companhias de tecnologia em seus 37 anos de história, mas os retornos nem sempre foram positivos – vale a pena lembrar de algumas dessas operações,   começando pelas mais recentes:
  • Nook – Em 2012,  investiu US$ 605 milhões  no e-reader Nook e na divisão de e-books didáticos da Barnes & Noble, maior rede livrarias dos Estados Unidos. O Nook continua atrás do Kindle, da Amazon, o e-reader mais vendido.
  • Skype - Serviço  adquirido por US$ 8,5 bilhões  em maio de 2011. O preço foi considerado alto na época, mas ainda é cedo para julgar o sucesso financeiro do negócio.
  • Nokia - Pagou mais de US$ 1 bilhão à Nokia quando a fabricante finlandesa decidiu equipar seus smartphones com o  Windows, em 2011. Os retornos recebidos pela Microsoft vêm sendo decepcionantes porque a Nokia não conseguiu abalar o domínio do mercado do iPhone (Apple)  e do Android (Google).
  • Yahoo - Em 2008, a Microsoft se tornou provedora exclusiva de serviços de buscas para o Yahoo em troca de participação na receita publicitária gerada pelas buscas; o acordo de 10 anos vem se provando insatisfatório para os dois lados.
  • Facebook -  Investiu US$ 240 milhões para adquirir 1,6% das ações da rede social em 2007 (antes da abertura do capital do Facebook) -  o valor dessas ações é muito maior agora  e a operação abriu caminho para cooperação entre o Facebook e os serviços de e-mail Outlook e de buscas Bing, da Microsoft.
  • aQuantive - Adquirida por US$ 6,3 bilhões em 2007, o valor do investimento da Microsoft na companhia de publicidade online foi quase todo perdido.   
  • Great Plains/Navision - A aquisição das duas empresas, em 2001 e 2002, respectivamente, abriu caminho para a criação das operações de software empresarial da Microsoft, e é vista como sucesso.
  • AT&T - A Microsoft adquiriu US$ 5 bilhões em ações da operadora de telefonia e TV a cabo AT&T em 1999, para promover o uso do Windows em decodificadores de TV, mas isso não obteve o retorno esperado.
  • Apple – Investiu cerca  de US$ 150 milhões   na Apple durante uma crise, em 1997, e assinou acordo para produzir software para o Mac, então impopular. O acordo pôs fim a uma longa disputa de patentes entre as empresas e supostamente salvou a Apple, o que permitiu a ela eclipsar a Microsoft financeiramente uma década mais tarde.
  • Comcast - Investiu de US$ 1 bilhão na operadora de TV a cabo Comcast, em 1997, para ajudá-la a criar serviços de dados e vídeo de alta velocidade. A conexão entre TV e computadores que Bill Gates desejava demorou a decolar, e a Microsoft vendeu suas ações 12 anos mais tarde, com prejuízo
Como se pode verificar, tecnologia custa caro; investimentos pesados (e arriscados) precisam ser feitos. 

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Ray-Ban: sinônimo de óculos para sol

Algumas marcas, pela sua popularidade, acabam se tornando sinônimo de um dado produto: Gilette se transformou em sinônimo de lâmina de barbear, Durex passou a designar fita adesiva etc.

Algo semelhante aconteceu com os óculos Ray-Ban, que se transformaram em sinônimo de óculos para sol. Os Ray-Ban   surgiram na década de 1920, na esteira do rápido crescimento da aviação. Os pilotos sofriam com a intensa claridade acima das nuvens, que ofuscava os olhos e causava distorções visuais, agravadas pelos raios ultravioleta (UV) e infravermelho (IV); em função disso, John MacCready, um general da Força Aérea dos Estados Unidos, fez um pedido à Bausch & Lomb, empresa óptica americana fundada em 1849 por J.J. Bausch e H. Lomb: pesquisar uma proteção ocular para os seus pilotos.

O Aviator
A empresa, depois de dez anos de pesquisas intensas, apresentou  os óculos Anti-Glare Aviator, munidos de lentes verdes de cristal com tecnologia que bloqueava um alto percentual da luz visível e também dos raios ultravioleta e infravermelho (IV). Esses óculos rapidamente passaram a fazer parte dos acessórios básicos dos militares americanos, mas somente em 1937 a novidade ganhou o nome de Ray-Ban e começou a ser comercializada em sua versão civil, batizada de Ray-Ban Aviator, com lentes verde-escuras e armação dourada. Os óculos foram batizados com esse nome, pois reduziam a incidência de raios UV e IV, ou seja, baniam os raios (em inglês Ray-Banner, Banidor de Raios).  
MacArthur
sucesso foi instantâneo: a propaganda associava os óculos aos  homens com estilo esportivo, amantes da vida ao ar livre, de força e coragem – é icônica a imagem do General MacArthur desembarcado nas Filipinas em 1944 (de onde saíra fugindo dos japoneses em 1942), usando um Ray-Ban. Muitas mulheres passaram a usa-los, o que levou ao lançamento de modelos femininos, tão bem-sucedidos quanto os  masculinos.

Novas coleções foram sendo lançadas, sendo uma data notável 1951, quando a pedido   da Marinha dos Estados Unidos, a empresa desenvolveu as lentes cinza N-15; em 1952 a empresa lançou um de seus modelos de maior sucesso: o   Wayfarer, que    se tornou popular   especialmente após ter sido usado  pela atriz Audrey Hepburn, em 1961 no clássico filme “A Bonequinha de Luxo” – nos últimos anos esse modelo ganhou ainda mais popularidade.

Audrey Hepburn
A marca seguiu uma trajetória de sucesso, embora razões estratégicas tenham levado à sua venda,  1999,   para a empresa italiana Luxxotica por US$ 640 milhões; atualmente, a marca vende cerca de US$ 1,3 bilhão ao ano, em 130 países e é gerida a partir de Milão.
É também uma das grifes mais falsificadas em todo o mundo, o que comprova sua popularidade     

terça-feira, 29 de janeiro de 2013


Tema discutido com calouros da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie em janeiro de 2013
 
 

sábado, 26 de janeiro de 2013

Uma rápida visão das oportunidades e riscos trazidos pelas redes sociais

Tema discutido com calouros da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie em janeiro de 2013




quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

LANÇADO O MAIOR PORTA CONTAINERS DO MUNDO (POR POUCO TEMPO)

O Marco Polo
Foi lançado recentemente o Marco Polo, o maior navio porta containers do mundo. Construído para transportar cargas entre a Europa e a China, o navio pode carregar 16.000 containers, medindo cerca de 400 metros de comprimento. É o primeiro de um grupo de três navios similares encomendado pela companhia de navegação francesa CMA CGM.
16.000 containers são carga equivalente a 2,1 milhões de refrigeradores, ou 13,4 milhões televisores de 42 polegadas. Em termos de volume, o navio equivale a um prédio com 2.300 apartamentos de um dormitório.
Mas o Marco Polo em breve será superado: a dinamarquesa Maersk vai receber em junho desse ano um navio capaz de transportar 18.000 containers; apenas um  de seus hélices pesará cerca de 70 toneladas – há preocupações ecológicas: a Maersk disse que seu navio emitirá, por container,  apenas a metade do CO2   emitido por um navio convencional.
Será o primeiro de uma serie de dez navios, chamada Triple E – em http://www.worldslargestship.com/ podemos obter mais informações acerca desses navios, que serão construídos, como foi o Marco Polo, pela  Daewoo Shipbuilding, na Coréia do Sul - abaixo, uma visão do navio.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Um terço dos brasileiros está no Facebook


A Socialbakers, empresa que faz pesquisa na área de  mídias sociais apoontou recentemente o Brasil como   2º país em número de usuários do Facebook, atrás apenas dos EUA; somos  64,8 milhões de brasileiros usando a rede social; em terceiro lugar está a Índia.  Em termos de  Internet, 82,3% dos brasileiros são usuários
Em 2012, o   Brasil foi o país que mais cresceu em número de usuários do Facebook, foram  29,7 milhões de novos usuários. No fim de 2011, o Brasil tinha 35,1 milhões de usuários. Um ano depois, o número chegou perto de dobrar. Isso significa que hoje um terço dos brasileiros tem perfil no Facebook (32,4%).
O número continua a crescer. Mais 4 milhões de brasileiros se cadastraram na rede nas primeiras semanas de 2013; a Socialbakers diz que o Facebook ainda tem muito potencial para crescer por aqui.
No resto do mundo a pesquisa indicou que os  Estados Unidos têm mais da metade da população conectada à rede social (53,9%), com 167,4 milhões de pessoas. Mas, em 2012, a América do Norte passou de primeira para terceira região com maior número de internautas,   atrás de Europa, em segundo, e Ásia, em primeiro.
Seis nações asiáticas estão entre os 10 de países que mais cresceram em número de usuários em 2012. Foi isso que ajudou a Ásia e figurar, pela primeira vez, como o continente com mais pessoas conectadas ao Facebook.
No entanto, quando se considera o número de habitantes, o ranking de usuários do Facebook se modifica: ele   atinge 6,8% dos asiáticos (na China é praticamente impossível utiliza-lo),   30,3% dos europeus, 44,6% dos americanos do norte, 36% dos americanos do sul, 5,1% dos africanos e   41% dos habitantes da Oceania.
O relatório traz algumas curiosidades sobre o Facebook no Brasil:
Marcas: o Guaraná Antártica é a marca mais curtida por brasileiros, com 9,6 milhões de fãs. É seguida pela Skol, com 9,1 milhões, e Coca-Cola, com 6,7 milhões.
Celebridades:   Luciano Huck é a personalidade com mais fãs brasileiros: 7,8 milhões. Depois estão a cantora Adele: 4,2 milhões e Bruno Mars, com 2,7 milhões.
Futebol: o Corinthians é o time com mais fãs na rede social, 3 milhões, seguido pelo . Flamengo, com 2,8 milhões. A página do jogador Cristiano Ronaldo é a mais curtida, com 2,4 milhões, quase empatada com a de Neymar.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

O Consumer Electronics Show (CES) 2013


Aconteceu no início deste mês de janeiro de 2013, em Las Vegas, mais uma edição do Consumer Electronics Show (CES), um dos maiores (se não o maior) evento   de eletrônica de entretenimento do mundo.
Terra de cassinos, muito além do jogo, no entanto, Las Vegas tem coisas extraordinárias e surpreendentes, como os espetáculos do Cirque du Soleil, os concertos e shows de artistas famosos, a infraestrutura incomparável de seu imenso centro de convenções, de seus luxuosos hotéis e finos restaurantes. Tudo isso fez de Las Vegas um dos centros mundiais da indústria de feiras e eventos de grande porte, superando Hannover e Frankfurt, na Alemanha.
A feira mostrou  centenas de inovações: telas flexíveis, os tabets multiformatos, os novos televisores de ultradefinição (UD, 4K) com 8 milhões de pixels, em lugar dos 2 milhões da HD normal, a tecnologia vestível (wearable technology, como os óculos do Google que mostram nossos e-mails), os jogos na nuvem (cloud gaming), os equipamentos quase indestrutíveis, o comando vocal no carro, as supertelas HD nos smartphones, a queda de preços dos televisores de LED orgânico (OLED) e toda a parafernália eletrônica para saúde e boa forma física.
Durante uma semana do CES 2013, cerca de 120 mil pessoas visitaram seus 3 mil estandes (450 dos quais de empresas chinesas), numa área total de 140 mil metros quadrados.  
É impressionante o   número de inovações e de mudanças tecnológicas ocorridas ao longo de quatro décadas - a maioria dessas tecnologias e produtos foi lançada no CES nos últimos 40 anos.
Vejamos alguns deles: em 1970, o gravador de videocassete (VCR). Em 1974, o disc laser, o bolachão com som digital e imagem analógica. Em 1975, o Pong, videogame pioneiro da Atari. Em 1979, o primeiro Walkman, reprodutor de fita cassete da Sony, com fones de ouvido de maior eficiência.
Na década de 80, em 1981, câmeras gravadoras (camcorders) do formato VHS para videocassete. Em 1982, o pré-lançamento do compact disc (CD) e de seu toca-discos (CD player); o microcomputador Commodore 64. Em 1984, o Amiga, microcomputador. Em 1985, o videogame Nintendo Entertainment System (NES), apelidado de Nintendinho no Brasil. Em 1988, o jogo eletrônico Tetris.
Nos anos 90, em 1991, CD-i ou CD interativo. Em 1993, minidisc digital de áudio. Em 1994, receptor de televisão via satélite. Em 1995, jogo eletrônico Virtual Boy. Em 1996, o DVD. Em 1998, a TV digital de alta definição (HDTV). Em 1999, gravador pessoal de vídeo ou PVRs (personal video recorder, ou PDR, de personal digital recorder).
Já nos anos 2000, em 2001, primeiro televisor de plasma e o Xbox, da Microsoft. Em 2004, blu-ray disc e HD-DVD, os DVDs de alta definição. Em 2005, primeira demonstração de IPTV com imagens de alta qualidade. Em 2006, Ultra High Definition TV (U-HDTV), da japonesa NHK, com 32 milhões de pixels em telões de 11 metros de diagonal. Em 2008, protótipos de TV a laser e TV tridimensional. Em 2009, protótipos de TV a LED e OLED. Em 2010 e 2011, os televisores de ultradefinição, ainda como protótipos.
Relembrando tudo isso, vem a curiosidade: o que vem por ai???? Quantas dessas tecnologias já não desapareceram? O mundo da tecnologia é fascinante!

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

GURGEL: TECNOLOGIA AUTOMOTIVA BRASILEIRA


A Gurgel, mais importante indústria nacional de automóveis, foi fundada em   setembro de 1969 em Rio Claro, interior paulista,  com capital de cerca de US$ 50 mil, pelo engenheiro  João Augusto Conrado do Amaral Gurgel, que sonhava com um carro genuinamente brasileiro.
O primeiro modelo foi o Ipanema, um bug de   linhas  modernas, com chassi, motor e suspensão Volkswagen.   Com  seis funcionários, produzia  quatro unidades por mês. Gurgel batizava seus carros com nomes  brasileiros, homenageando   nossas tribos. Em 1973 lançou o Xavante, que seria seu principal produto – chamava-se no início   X10,   era um jipe. Sobre o capô dianteiro chamava atenção a presença do estepe.  
A Gurgel foi o primeiro exportador na categoria carros especiais em 1977 e 1978 e o segundo em produção e faturamento nestes dois anos - 25% da produção seguia para fora do Brasil. Eram fabricados 10 carros por dia, sendo o X12 o principal produto. Em 1980 a linha era composta de 10 modelos - todos podiam ser fornecidos com motores a gasolina ou álcool.
O X12
Faziam parte da linha, entre outros,  o X12 TR com teto rígido, o jipe comum com capota de lona (que era a versão mais barata do X12),  o X12 RM (teto rígido e meia capota) e a versão X12 M, militar. Este, exclusivo das Forças Armadas, já vinha na cor-padrão do Exército, com  acessórios específicos. No ano de 1984, a Gurgel lançava o jipe Carajás; as versões eram TL (teto de lona), TR (teto rígido) e MM (militar). Versões especiais ambulância e furgão também existiram.
Além dos utilitários, Gurgel sonhava com um minicarro econômico, barato e 100% brasileiro para os centros urbanos. Em 1985  apresentou à FINEP - Financiadora de Estudos e Projetos a idéia do CENA, ou Carro Econômico Nacional. A empresa recebeu um financiamento  para o desenvolvimento e fabricação de protótipos e da cabeça de série para duas mil unidades/ano. E em 1987, após completar seu desenvolvimento, o novo carrinho urbano, denominado BR-800 (BR de Brasil e 800 representando o volume de deslocamento em seu motor de dois cilindros horizontais contrapostos) foi apresentado ao público oficialmente no desfile de 7 de setembro em Brasília.
O BR-800
Em dezembro de 1989 foi entregue a milésima unidade do  BR-800, que inicialmente, de acordo com a estratégia da empresa, foi vendido apenas para os acionistas da empresa, que eram instados a fornecer sugestões e críticas. Com isso, a Gurgel criou a maior frota de testes do mundo, com mais de 5.000 veículos rodando nas mãos de seus sócios.
Apesar de beneficiado por uma redução de impostos,  o BR-800 não fez sucesso por muito tempo. No início dos anos 90 a empresa já não ia tão bem; precisava de empréstimos  para investimentos e projetos. Em 1990, o surgimento do Uno Mille, seguido por outros modelos da mesma faixa,  maiores e mais rápidos que o  Gurgel, criou incômoda concorrência, pois tinham quase o mesmo preço. Uma evolução, o Supermíni, veio em 1992 - tinha um estilo  moderno, medindo 3,19 m de comprimento, era ainda o menor carro fabricado aqui, mas não consegui reverter a situação da empresa. Atolada em dívidas e enfraquecida pela concorrência das multinacionais, a Gurgel pediu concordata em junho de 1993 e acabou fechando as portas no final de 1994.  

domingo, 16 de dezembro de 2012

Tecnologia e viagens - o caso da decolar.com

Um dos ramos que mais se modificou com a aplicação da Tecnologia da Informação foi o das agências de viagens.
Muitos novos negócios surgiram aproveitando o potencial de TI; um desses casos é  o da DECOLAR.COM (www.decolar.com), que  começou a ser idealizada quando o argentino Roberto Souviron fazia seu mestrado em Administração na Duke University, nos Estados Unidos. Nesse período, Souviron viajou várias vezes entre os Estados Unidos e seu país, percebendo as vantagens de utilizar  a Internet para comprar suas passagens e fazer reservas de hotéis.
Percebendo que faltava  um serviço eficiente de viagens online para a América Latina, juntou-se a quatro colegas de curso e  começou a planejar uma empresa, pensada com a proposta de proporcionar serviços típicos de  agências de viagens, porém   através de acesso direto do cliente final ao seu site, oferecendo no instante da consulta as informações necessárias para que este pudesse planejar sua viagem e tomar  as providências relativas às reservas necessárias, sem sair de sua casa ou  escritório.
A viabilização do empreendimento dependia de grandes aportes financeiro. Depois de muito trabalhar para convencer investidores de que o projeto era uma grande ideia, eles conseguiram que a HTMF e o banco Merril Lynch investissem o necessário para começar a operação. Em agosto de 1999, em Miami, os jovens empreendedores fundaram a DESPEGAR.COM, que tinha como ambição reinventar a indústria turística da América Latina.
A empresa começou a operar em dezembro daquele ano; cerca de dois meses depois,  iniciou suas atividades  no Brasil com o nome de DECOLAR.COM, tendo se associado para isso a investidores brasileiros. Logo depois já operava em oito países latino americanos, e em  comprou sua maior rival, a mexicana  Viajo (www.viajo.com).   
Nos anos seguintes, seguiu crescendo, não se deixando porém seduzir pelo uso exclusivo da Internet: percebeu que muitos clientes pesquisavam preços e pacotes pela Internet, mas preferiam fechar negócio por telefone, e por essa razão instalou centrais  de atendimento em todos os países em que atua – essas centrais recebem quase 4 milhões de ligações por ano.
Essa e outras posturas, como garantir a devolução da diferença caso o cliente adquira um de seus produtos e depois encontre preços melhores, fazem com que  a empresa seja  a agência de viagens online líder absoluta na América Latina, operando em 20 países. Por meio de seu portal é possível reservar e comprar viagens em tempo real, a partir de uma  rede formada por mais de 750 companhias aéreas, 200 cruzeiros marítimos, 150 mil hotéis, 70 locadoras de veículos e milhares de pacotes turísticos nacionais e internacionais.  
A cada ano,   são realizadas mais de 20 milhões de consultas em toda a rede, cujo faturamento em 2010 foi de aproximadamente US$ 280 milhões, empregando cerca de mil pessoas.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

PARKER 51 - UM OBJETO DE DESEJO




Na atualidade quase tudo o que escrevemos é escrito com a ajuda de um computador, tablet ou smartphone. Mas no passado, o mais sofisticado instrumento de escrita disponível era a   Parker 51 – muitos especialistas consideram-na a melhor caneta tinteiro de todos os tempos.

Lançada nos Estados Unidos em 1941, após um longo período de pesquisa e desenvolvimento, teve sua produção praticamente paralisada em função da entrada do país na guerra. Apesar disso, a Parker continuou anunciando-a, o que criou uma demanda imensa que demorou anos a ser atendida após a fábrica voltar a produzi-la normalmente no final da guerra. 

Aqui no Brasil, a empresa anunciava na revista “O Cruzeiro”, dizendo que em breve a caneta passaria a ser vendida em nosso país. Meu pai ganhou uma de minha mãe como presente de formatura no final dos anos 1940 – ninguém podia usa-la além dele, até que um de seus funcionários roubou-a nos anos 1970. Para consola-lo, dei a ele uma  51 Mark II, fabricada no Brasil, mas que nem de longe se aproximava da original – a Parker teve uma fábrica em São Paulo que operou de 1959 até o início dos anos 1990.

A caneta recebeu o nome “51” como referência ao 51º aniversário da empresa, que aconteceu em 1939, ano em que o produto teve seu desenvolvimento concluído – dar esse nome à caneta inclusive resolveu um problema de marketing, que seria traduzir o nome em outros idiomas. 

De perfil, a caneta tinha alguma semelhança com o caça americano Mustang P-51, o mais avançado caça americano utilizado extensivamente na guerra. O nome “51” nada tinha a ver com o avião, mas a Parker explorou a semelhança em suas campanhas publicitárias.

Além de meu pai, inúmeras celebridades foram usuárias da “51”: Einstein, Churchill, Nelson Rockfeller, Margaret Thatcher, Lyndon Johnson, John   Kennedy,   Lee Iacocca.  Ernest Hemingway, o General Eisenhower (que usou a sua para aceitar a rendição dos alemães)   e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que utilizou uma “51”  de ouro, que pertencera a  Getúlio Vargas, para assinar o termo de posse de seu segundo mandato em janeiro de 1999. Com pequenas alterações a caneta permaneceu em linha até 1972, tendo em 2002 a Parker lançado uma edição comemorativa destinada a colecionadores. 

Aqui no Brasil,  joalheiros do Rio de Janeiro produziam corpos e tampas em ouro maciço, destinadas aos usuários mais abastados – essas versões, chamadas “carioquinhas”, são muito disputadas por colecionadores; abaixo, uma delas. 

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

DRONES & RAPID PROTOTYPING


Drones são aeronaves  não tripuladas, controladas à distância através de rádio. Eles vem sendo utilizados cada vez mais intensivamente em atividades de reconhecimento (civil e militar) e ataque, principalmente.  São cada vez mais frequentes as notícias acerca de sua utilização na guerra do Afeganistão.
Sua principail vantagem em relação  às aeronaves convencionais está na ausência do piloto, o que permite menor tamanho, maior capacidade relativa de carga  e menores prejuízos em termos de vidas caso se acidentem ou sejam abatidos; além disso, seu custo geralemnte é menor que o de uma aeronave convencional.
Impressora 3D Stratasys

Outra tecnologia que vem crescendo significativamente é a  Rapid Prototyping  (Prototipagem Rápida), que permite que objetos sejam construidos a partir de projetos desenvolvidos  com o uso de software. Conhecidas como “impressoras 3D”, as  máquinas que constroem esses objetos operam depositando sucessivas camadas de material, geralmente plástico. São de grande utilidade para a construção de modelos de objetos que posteriormente serão produzidos com o uso de tecnologias convencionais, mas num futuro remoto poderão revolucionar o ambiente de negócios, pois poderemos chegar a um estágio em que, ao invés de comprarmos um dado objeto, compraremos seu projeto e o construiremos em casa, utilizando uma dessas máquinas. Um vídeo que trata do assunto está em http://www.youtube.com/watch?v=mWHAKrIHPFU.  

Prof. Sheffler, Easter, Turman e o Wendy

Essas tecnologias começam a se unir:  em agosto passado, os estudantes de engenharia da University of Virginia,  Steven Easter e Jonathan Turman  fizeram voar seu drone de aproximadamente dois metros de envergadura, chamado “Wendy” , em homenagem à sua mãe ( Easter e Turman são irmãos). As partes que compõem o  Wendy foram inteiramente construidas em plástico, com o uso de uma impressora Stratasys 3D. Elas foram projetadas de forma a que a aeronave pudesse ser rapidamente desmontada e partes dela reprojetadas e reconstruidas se necessário – isso foi necessário ao final do primeiro voo, quando um dos componentes do trem de pouso se partiu – logo em seguida, outros voos foram realizados, com sucesso.
David Sheffler, professor da área de engenharia aeroespacial havia dado um curso de um semestre que teve como objetivo a construção de uma replica de uma turbina a jato   Rolls-Royce AE3007  -  a máquina também foi construida com o uso de impressoras 3D Stratasys  e foi utilizada no Wendy.  
O experimento como um todo foi um sucesso, a ponto de atrair a atenção de órgãos do governo americano, que estão bancando novas pesquisa na área, envolvendo não apenas a aeronave e turbina, mas também seu sistema de guiagem, baseado na plataforma Android. Há também empresas interessadas no assunto, pois a partir de 2015, será autorizado o voo regular de drones no espaço aéreo americano, o que deve gerar grandes oportunidades de negócio – algo similar deve ocorrer no Brasil e merece a atenção de nossos empreendedores.