terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

CeBIT - um evento que deve ser acompanhado

Realiza-se, de 6 a 10 de março  em Hannover, Alemanha, a maior feira de computação do mundo, a  CeBIT - Centrum für Büroautomation, Informationstechnologie und Telekommunikation.
A presidenta Dilma Rousseff participará da abertura da feira, em companhia da chanceler alemã Angela Merkel. Nosso país deve ter uma presença significativa no evento, com mais de 100 empresas apresentando seus produtos e serviços.  
A feira ocupará uma área de mais de 400 mil metros quadrados, sendo esperados cerca de 350 mil visitantes, 4,2 mil expositores e 5,3 mil jornalistas.
Participaremos do evento, tendo recebido do Bundesministerium für Bildung und Forschung, ministério alemão que cuida de educação e pesquisa, convite para discutir com pesquisadores de diversos países temas ligados a Cloud Computing e Risk Management, além de realizar diversas visitas de caráter técnico.
Acompanhar o noticiário acerca do evento é bastante útil para os interessados e profissionais da área, pois normalmente pode-se detetar tendências, conhecer novos produtos e serviços etc.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Carreira em TI? Só se comunicando em inglês...

A capacidade de comunicar-se em inglês é fundamental para a construção de boas carreiras na área tecnológica, especialmente em Tecnologia da Informação.

Há um excelente curso para nos ajudar nesse campo, desenvolvido por órgãos ligados a governos e universidades da Europa - é o portal EIT - English for IT (www.english-it.eu), curso planejado para durar um ano, com aulas diárias (de curta duração) e atividades práticas relacionadas a diferentes tópicos em TI. Além de tudo, é gratuito.

Aproveitem!

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

The BlackBerry, Trying to Avoid the Hall of Fallen Giants



Com o título acima, o NY Times publicou mais uma matéria tratando da difícil situação que vive a empresa canadense Research in Motion (RIM), fabricante dos smartphones e tablets BlackBerry – a matéria sai a propósito da substituição de seus co-CEO’s e fundadores da empresa por Thorsten Heins, já funcionário da RIM, onde ocupava a chefia de operações.
Heins disse ao NYT que a RIM fabrica os melhores dispositivos de comunicações do mundo, mas – e há sempre um mas, o mercado não acha isso: a companhia já teve mais da metade do mercado americano de smartphones e hoje tem apenas 10%; suas ações caíram 75% no último ano.
Segundo o jornal, há dois caminhos para salvar a RIM: melhorar significativamente seus produtos e/ou esperar que seus principais rivais, dentre eles  Apple, Google e  Microsoft deixem à RIM algumas migalhas do mercado, especialmente nos segmentos corporativos e de governos, que valorizam especialmente a segurança dos produtos RIM. A alternativa, seria a queda, passando a empresa a fazer parte do Hall dos Gigantes Caídos, mencionado no título da matéria, que lembra ter o   BlackBerry 957 auxiliado a encerrar a era dos pagers (bips, no Brasil).   
A matéria menciona alguns desses gigantes caídos, que vale a pena relembrar:


SONY WALKMAN (1979) – antes do Walkman, “personal audio” significava manter um radio portátil junto à orelha (às vezes utilizando um fone de ouvido extremamente rudimentar). O aparelho  ajudou a Sony a se tornar um dos líderes tecnológicos na década de 1980, entre outras coisas, relegando os LPs a um nicho de saudosistas - fitas magnéticas tornaram-se um must!  Em seguida, a Sony criou o Discman e os CDs, e sentindo-se cada vez mais confortável, não atentou para a chegada da Apple  e do iPod – deu no que deu.


PAGERS (1951) - atendiam principalmente pessoas que não trabalhavam em locais fixos: analistas de sistemas, médicos e outros (segundo o NYT, ajudaram muito a expandir os negócios dos traficantes de drogas).  Os primeiros bips mostravam apenas algarismos, tendo inclusive feito surgir um vocabulário numérico, com expressões como 911 (me ligue imediatamente) e 07734, o que parece  “hello” quando lido de cabeça para baixo. De repente, surge uma nova tecnologia: o celular. Não era mais necessário procurar um telefone para falar com as pessoas que nos haviam bipado! Pode-se adivinhar o resto da história do bip.
PALM PILOT (1997) – as agendas eletrônicas maravilharam o mundo. Em apenas um pequeno dispositivo era possível armazenar todos os nossos contatos, compromissos, notas etc. A tela era do tipo “touch screen” - uma canetinha chamada “stylus” tornava a navegação e a escrita fáceis; era possível adquirir software que rodava na máquina (correio eletrônico, planilha de cálculo etc.). Algumas versões puderam também ser utilizadas como telefones, mas no início de 2007 surgiu uma coisa chamada   iPhone e...
POLAROID (1948) - Edwin Land lançou nesse ano uma câmera fotográfica que, após fazer uma foto, imprimia-a imediatamente.  O sucesso foi enorme, e em 1980, a Polaroid estava vendendo quase 8 milhões de câmeras ao ano, apenas nos Estados Unidos, mais da metade das 15 milhões de máquinas vendidas naquele ano. Em 1985, ganhou uma briga na justiça contra a Kodak, que procurava viabilizar um produto concorrente, o que a tornou ainda mais forte. Mas teve pouco tempo para saborear a vitória: no final daquela década, as maquinas digitais, logo incorporadas aos celulares, levaram a Polaroid à quebra. 
ATARI 2600 (1977) – não foi o primeiro videogame, mas o trouxe aos lares e o incorporou à cultura popular – mais de 30 milhões foram vendidos, rodando games como Pong, Combat, Pitfall e Frogger. Ai popularizaram-se os PCs, com os quais as pessoas podiam jogar e fazer muito mais. A empresa, confiante na sua fama e força, insistiu no Atari, sem sucesso: em 1983, milhões de cartuchos e consoles teriam sido enterrados em um depósito de lixo no Novo México.   
Como dissemos em outro post, em tecnologia, erros de estratégia quase sempre são fatais.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Kodak não resistiu à competição

O logo evoluiu sempre...
Mais um ícone do século XX naufraga: a Kodak, que pediu concordata tentando reverter sua situação econômica terrível: seus ativos valem  US$ 5,1 bilhões, enquanto suas dívidas montam quase US$ 7  bilhões.

É mais um caso em uma empresa perde o bonde da mudança da tecnologia. Fundada em 1889, foi sempre uma pioneira na área da fotografia: lançou o filme em rolo, a fotografia aérea e inúmeros modelos pioneiros de câmera, inclusive de baixo custo, que sendo sucessos de vendas serviram para aumentar suas vendas de filmes, equipamentos e suprimentos para revelação e impressão de fotos, criando um circulo virtuoso que  a tornou  a maior empresa do segmento.

Ironicamente, foi vítima de seu próprio pioneirismo: em 1975, seu funcionário   Steven Sasson inventou a câmera digital; cometendo um erro de estratégia, deixou de desenvolver o produto, por acreditar que essas câmeras matariam suas linhas de filmes, suprimentos e máquinas utilizadas na fotografia convencional – nessa época vendia 90% dos filmes e 85% das câmeras utilizadas nos Estados Unidos.

Seus concorrentes optaram por outro caminho, investindo pesadamente no mundo digital. Quando a Kodak percebeu os rumos que o mercado escolhera, era tarde. Apesar de ter lançado suas câmeras digitais, estas nunca tiveram nada além de uma pequena parte do mercado: era o começo do fim, acelerado pela chegada dos celulares com câmera.

Tentando evitar a perda total, a Kodak tenta agora vender algumas das centenas de patentes que detém; além disso, briga na justiça com a Apple e a Samsung, a quem acusa de pirataria tecnológica – caso vença, pode levantar algum dinheiro que  permitirá diminuir os prejuízos de seus acionistas.

Em tecnologia, erros de estratégia quase sempre são fatais...

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

EIS QUE CHEGAM OS ULTRABOOKS

As vendas de notebooks e desktops vem caindo nos últimos tempos, principalmente em função da crise econômica mas também em função do crescimento nas vendas de tablets.
Tentando reverter essa situação, os fabricantes de PCs tem adotado duas estratégias básicas: lançarem seus próprios tablets, o que não tem se mostrado muito eficiente, pois o iPad da Apple continua dominando esse mercado de forma muito ampla.
A segunda estratégia baseia-se na percepção de que apesar dos sucesso do iPad, as pessoas precisam de outro tipo de máquina para suas necessidades práticas, em especial acessar a Internet e rodar aplicativos em ambiente de trabalho. Partindo dessa premissa, os fabricantes vem investindo no que o mercado vem chamando de ultrabooks, notebooks com menos de uma polegada de espessura,  peso pouco maior que um quilo e utilizando tecnologia análoga à dos pen drives para armazenagem de dados, o que dispensa o disco rígido, tornando a máquina menor, mais leve e barata.
No  mundo da tecnologia com frequência se vê aperfeiçoamentos sendo vendidos como coisas totalmente novas, o que parece ser o caso: os ultrabooks podem ser encarados como netbooks “vitaminados”. É irônico também perceber que essas máquinas foram inspiradas no MacBook Air, da Apple.
De qualquer forma, os ultrabooks tem sido uma das sensações do CES -  Consumer Electronics Show, a maior feira de tecnologia do mundo, que ocorreu recentemente em Las Vegas.
Apesar dos exageros da propaganda, há avanços: além de as telas dessas máquinas serem maiores que as dos netbooks, a capacidade de armazenagem, a velocidade e o consumo de energia também são melhores, tendo  a maioria delas preços ao redor de US$ 900, embora a Intel, que fornece os chips, tenha dito que trabalha para que esses preços cheguem brevemente a um patamar de US$ 700.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

US Army: smartphones batem wearable computers

Já no início de 2001, escrevíamos sobre os  "wearable computers",  tecnologia, que   poderia ter seu nome traduzido de forma quase literal, como "computadores vestíveis" - essa expressão, no entanto, soa tão mal que duvidávamos que fosse adotada (acertamos). Por falta de algo melhor, propunhamos (e ainda propomos) continuarmos com "wearable computers", até que alguém produza uma tradução que ao menos soe melhor (e o que é pior, não se pode sequer utilizar apenas as iniciais...).

Mas, o que são os "wearables"? São computadores que uma pessoa carrega consigo, ligados (no sentido de presos) às suas roupas, dotados de recursos que permitam a seus usuários utilizá-los enquanto conservam suas mãos livres.  

O equipamento Nett Warrior
O End User Device
Nos últimos 20 anos o Exército americano tentou utilizar esses equipamentos – os sucessivos insucessos levou-o a abortar o programa, que era chamado “Nett Warrior”, em outubro passado, substituindo os wearable computers por um smartphone que roda Android e apps específicas para uso militar. O sistema é muito parecido com um smartphone de uso pessoal, mas curiosamente não funciona como telefone – o dispositivo é chamado por enquanto  End User Device. Além dos problemas técnicos, os soldados queixavam-se do peso do Nett Warrior (ao redor de cinco quilos) além do incômodo trazidos pelos cabos que se embaraçavam – tudo isso pode ser crítico para um soldado cumprindo uma missão a pé.

Mas lá como cá, os militares parecem bater cabeças: na semana passada, a Força Aérea americana passou a sondar a industria de equipamentos militares acerca da possibilidade de produzirem wearable computers para seus soldados, especificando que os mesmos devem ter telas sensíveis ao toque, ligadas a equipamentos de transmissão via cabos USB, rodar Windows 7 ou superior, GPS e outras características, todas elas  similares às que o Exército especificara.

Talvez a Força Aérea acabe tendo êxito; alguns países operam sistemas semelhantes, como o FELIN francês, que além do  wearable computer  compreende armamento individual, equipamento de proteção etc., e que começou a ser distribuido em 2010.  No Brasil, o Exército trabalho no desenvolvimento do programa COBRA – Combatente Brasileiro, inspirado no FELIN e com versões convencional e para uso na selva.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

MAIS SOBRE MAINFRAMES E COBOL



Cezar Taurion foi um executivo da IBM, veterano na área de Tecnologia da Informação. 

Escreveu um e-book muito interessante, chamado “Bar do Z – um papo informal sobre mainframes”, que está disponível em http://www.smashwords.com/books/download/3245/1/latest/0/0/bar-do-z-um-bate-papo-informal-sobre-mainframes.pdf.

Esse livro traz algumas informações muito interessantes sobre esse tipo de máquina, que já foram dadas como mortas por muitos, mas que seguem firmes e fortes – neste blog já escrevi alguma coisa acerca do tema. Dentre essas informações, selecionei algumas para vocês: 

· Mainframes processam mais de 80% de todas as transações eletrônicas globais

· Mais de 95% de todos os dados do sistema financeiro mundial são processados em mainframes

· Substituir todos os sistemas programados em COBOL (cujo uso normalmente está associado ao uso de mainframes) custaria cerca de US$ 20 trilhões

· Estima-se que existam cerca de 200 bilhões de linhas de código em COBOL rodando pelo mundo afora, e que todo ano pelo menos mais 5 bilhões de novas linhas de código COBOL são colocadas em produção

· Mais de 900.000 profissionais de TI tem como atividade principal o desenvolvimento e a manutenção sistemas em COBOL 

· Os mainframes System Z da IBM tem índice de disponibilidade de 99,999%, downtime (paralisações) de menos de 5,3 minutos por ano, havendo casos de máquinas que operam há mais de 13 anos sem um único downtime

· O consumo de energia dos mainframes vem caindo seguidamente, tendo decrescido 16 vezes desde 1995.

Baixem o livro e divirtam-se!

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

E-BOOKS: TRIBUTAÇÃO E MERCADO

Muitas vezes, o que determina o sucesso ou o insucesso de uma tecnologia não são suas qualidades intrínsecas, mas fatores externos à mesma; exemplo típico foi o fato dos videocassetes VHS terem vencido os Betamax: a estratégia da JVC, criadora do VHS, que abriu sua tecnologia foi suficiente para bater a Sony, que pretendia manter Betamax como uma tecnologia fechada.
Agora, com os livros eletrônicos (e-books), parece estar acontecendo a mesma coisa na Europa; desta vez, fatores ligados à tributação parecem estar retardando o crescimento do número de usuários dessa tecnologia.
Em quase toda a Europa, os e-books pagam 25% de impostos, enquanto os livros tradicionais pagam muito menos, sendo em alguns países, como no Reino Unido, totalmente isentos.
Apesar dessa diferença, a venda de e-books deve crescer em 2011 cerca de 20% em relação aos € 350 milhões vendidos em 2010; já os livros tradicionais, que representam 98% de todas as vendas de livros, devem crescer apenas cerca de 2% em relação a 2007!
Nos Estados Unidos, a tributação sobre os e-books é similar à dos livros convencionais, variando de estado para estado, havendo desde isenção total até impostos da ordem de 10%.  Nesse país, as vendas de e-books atingiram US$ 878 milhões em 2010, cerca de 6,4% da venda total de livros; a participação maior dos e-books no mercado americano talvez seja influenciada por essas diferenças tributárias.
Alguns países da Europa vêm estudando a redução das taxas, mas esse processo certamente será dificultado pela crise econômica que a região vem vivendo, que faz com que os governos evitem reduzir impostos. Nesse ponto, outros fatores podem influenciar: o governo britânico já percebeu que muitos de seus cidadãos deixam de comprar e-books de empresas estabelecidas naquele país para comprarem da Amazon Luxemburgo, onde os tributos são menores.
Aqui no Brasil, ainda não há uma posição definitiva sobre o assunto: e-books  ora são considerados isentos, ora tributáveis, dependendo dos tribunais que julgam o assunto;  juristas se perdem em discussões bizantinas, como aqueles que dizem que a Constituição proíbe a tributação sobre livros, mas que e-books não são livros e portanto devem ser  tributados, se opondo aos que tem uma visão mais atualizada.
Tudo isso pode acabar no momento em que uma Amazon da vida se associe a editoras brasileiras e passe a vender e-books em português a partir de sua base fora do país, fazendo-nos perder, não só os impostos, mas também empregos.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Moedas, notas, cartões, celulares...

Quando falamos em tecnologia, usualmente estamos nos referindo a computadores e outros equipamentos eletrônicos, geralmente muito modernos.
Mas tecnologia não é só isso – uma de suas definições poderia ser  “tecnologia é um termo que envolve o conhecimento técnico e científico e as ferramentas, processos e materiais criados e/ou utilizados a partir de tal conhecimento” – a partir dessa definição, pode-se dizer que existem tecnologias muito antigas ainda em pleno uso.  Uma dessas tecnologias é a moeda, entendida aqui não apenas como os pequenos discos metálicos, mas também como meio de pagamento.
Antes de seu surgimento, nas economias rudimentares, as trocas diretas eram utilizadas como meio de circulação da produção. Esse tipo de troca, também conhecido como "escambo", reduzia-se à troca de algumas galinhas por uma cabra, de uma vaca por uma espada etc.
Com a intensificação das relações comerciais, esse processo de troca deixou de ser eficiente, pois, na maior parte dos casos, tornou-se operacionalizar os negócios – imagine-se como seria difícil dar troco...  A seguir, alguns produtos, pela sua utilidade, passaram a ser mais procurados  e aceitos por todos como meio de troca de uso comum, assumindo  a função de moeda e circulando como elemento suscetível de troca por outros produtos e serviços e servindo para lhes avaliar o valor; exemplo disso foi a utilização, em Roma, de sal e de cabeças de gado como meios de pagamento, que inclusive geraram as palavras ”salário” e “pecúnia”, do latim salarium e pecus, respectivamente.
Mais tarde, o processo se aperfeiçoou, pois a falta de homogeneidade, a ação do tempo e a dificuldade de manuseio e transporte  comprometiam a função dessas "moedas" como instrumento de troca. Em conseqüência, as transações comerciais passaram a utilizar metais e, em um segundo momento, a moeda metálica, que se caracterizava também pela sua durabilidade.
Os metais começaram a ser utilizados para esse fim ao redor do ano de 2.500 a.C. No   século VII a.C., no reino da Lídia, que ficava em território hoje pertencente à   Turquia, foi inventada a moeda com as características básicas das atuais.  
A dificuldade e o risco do transporte de metais levaram à criação de casas de custódia, que armazenavam o ouro e a prata, fornecendo em contrapartida certificados de depósitos que, por serem mais cômodos e seguros, passaram a circular no lugar dos metais. Esses certificados ficaram conhecidos como moeda representativa ou moeda-papel, e são os antepassados das notas atuais.
Com o desenvolvimento dos bancos (que são os descendentes das antigas casas de custódia) e dos serviços bancários, tornou-se mais fácil para os correntistas o pagamento de suas transações com os recursos depositados nessas instituições, o que deu origem à moeda escritural, contábil ou bancária, movimentada por meio de cheques.
Novas idéias e novas tecnologias levaram aos meios de pagamento eletrônicos (cartões de crédito e débito, débito automático,  netbanking, celulares etc.), a ponto de alguns autores acreditarem que as moedas e células em breve desaparecerão, como já está acontecendo com os cheques.
Toda essa evolução nos impacta de diversas formas: empregos tradicionais, como muitos no sistema bancário desaparecem, novos tipos de fraude surgem, o pagamento de contas e outras operações bancárias tornam-se mais cômodas etc. Surgem também novas dúvidas; ainda não sabemos se os crimes como terrorismo, lavagem de dinheiro, corrupção e outros serão facilitados ou dificultados pelas moedas suportadas por meios eletrônicos, por exemplo.
É um cenário fascinante, vale a pena ser observado. Talvez em breve o celular substitua também as nossas carteiras e cartões, como já está fazendo com os relógios e câmaras fotográficas!

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

O mais poderoso computador do mundo

Em meados deste mês foi publicada a 38ª versão da lista Top 500, que relaciona os 500 computadores mais poderosos do mundo. A lista é encabeçada pela máquina japonesa batizada K Computer, que atinge a impressionante marca de 10,5  petaflops, algo como 10,5 quatrilhões de operações por segundo.

O K Computer foi construido pela Fujitsu, e está instalada no Instituto Avançado para Ciência Computacional (RIKEN) em Kobe. Ocupa cerca de 850 racks e consome uma quantidade de energia elétrica capaz de abastecer 10 mil residências e será utilizado  em pesquisas sobre previsão do tempo, desastres naturais e medicina; a letra K em seu nome vem de   “kei”, o termo japonês para 10 quatrilhões.
O K Computer
A   máquina japonesa, que havia atingido a liderança em meados do ano quando foi lançada a 37ª edição da lista, é seguida pelo  supercomputador chinês Tianhe-1A,  com um desempenho de 2,57 petaflops e operado pelo Centro Nacional de Supercomputação;  o terceiro lugar pertence ao Jaguar, um supercomputador construído para o Departamento de Energia do governo norte-americano.

Alguns dados sobre os líderes da lista Top 500, em número de máquinas:
- País:  Estados Unidos, 263; China,  74 e  Japão, 30.

- Fabricante: IBM, 223; HP, 141 e Cray, 27.
- Sistema Operacional: Linux, 457 e Unix, 30; há inclusive uma máquina baseada em Windows.

É interessante observar que a lista não apresenta de maneira clara para que fins a maioria das máquinas é utilizada, suspeitando-se que boa parte delas é utilizada para fins militares.
O Brasil tem dois supercomputadores na lista: o Tupi, operado pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), que ocupa a 34ª posição e o  Galileu, operado pelo Núcleo de Atendimento em Computação de Alto Desempenho  da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que ocupa a 167ª posição.

sábado, 29 de outubro de 2011

Robôs fazendo o serviço doméstico

Rosie com os Jetsons
Talvez a primeira vez em que a mídia tenha mostrado robôs cuidando dos serviços domésticos, sonho de muitas donas de casa da atualidade, tenha sido na série de TV ‘Os Jetsons’.

Desenho animado lançado pela Hanna –Barbera em 1962, a série teve um enorme sucesso. A família, tinha uma empregada robô, Rosie, que se deslocava pela casa com rapidez   com rodinhas. Com mania de limpeza e organização, ela reclamava quando os outros membros da família faziam bagunça.

O Trilobite da Electrolux
Infelizmente, ainda não há robôs como a Rosie nas lojas.  Mas já existem vários robôs domésticos voltados para tarefas específicas.: dois exemplos são os cortadores de grama Automower, da empresa sueca Husqvarna e os aspiradores de pó   produzidos por várias empresas (a primeira foi a também sueca Electrolux, com seu modelo Trilobite, lançado na Europa em 2001).

O Automower, da Husqvarna
São máquinas capazes de andar por uma área delimitada realizando seu trabalho de forma autônoma. Alguém pode acionar os robôs ao sair de casa de manhã de modo que, quando voltar do trabalho, encontre a grama aparada e o chão livre de poeira. Mas o formato atual pouco lembra o da disciplinada Rosie, que diferentemente dos aspiradores-robôs,   precisava carregar um aspirador de pó na mão, como fazem  os humanos. 

De qualquer forma, parece que a ficção está inspirando o desenvolvimento de tecnologia; enquanto for para o bem, ótimo!

sábado, 1 de outubro de 2011

Uma boa briga: Kindle Fire x iPad



A Amazon lançou nesta semana seu tablet, o Kindle Fire; mas ao contrário dos outros tablets que foram lançados (e fracassaram) recentemente, este não é uma cópia do iPad.

Custando US$ 200 nos Estados Unidos, com uma tela de 7 polegadas, capacidade de armazenagem de 8 GB e sem câmara, tem duas características muito interessantes, que podem torna-lo um componente temível para o iPad: permite facilmente armazenar dados na nuvem, usando os serviços da Amazon que custam US$ 80 ao ano e é extraordinariamente portátil.

Com sua tela maior, 9,7 polegadas, o iPad é uma ferramenta destinada não apenas aos que consomem informação, mas também aqueles que a produzem:  o iMovie for iPad e o  GarageBand for iPad são exemplos disso – ele é também mais caro, com preços a partir de cerca de US$ 500. Já o Kindle Fire é fortemente voltado para os consumidores de informação:  pode ser seguro com uma só mão, deixando a outra livre para se jogar ou virar páginas, por exemplo, ao contrário do iPad, que em função de peso e tamanho é difícil de ser seguro com uma só mão - ele pesa cerca de 600 grams, contra 400 do Kindle.

Para ajudar o leitor, segue um quadro elaborado pelo Techspere apresentando algumas características das duas máquinas:

Considerando essas diferenças e a experiência acumulada pela Amazon na área de vendas e serviços, ao contrário dos outros concorrentes do iPad que são focados em tecnologia, fica a impressão que finalmente a Apple encontrou um concorrente à  altura.
 
Quem viver, verá!

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Emoticons aniversariando

Fahlmann
Eram 11:44 da manhã de 19 de setembro de 1982 quando o professor do Departamento de Ciência da Computação da   Carnegie Mellon University postou a mensagem abaixo no bulletin board daquele departamento:


19-Sep-82 11:44 Scott E Fahlman :-)


From: Scott E Fahlman


I propose that the following character sequence for joke markers:
:-)


Read it sideways. Actually, it is probably more economical to mark things that are NOT jokes, given current trends. For this, use:
:-(




Com esse post, Fahlmann pode ser considerado o inventor dos emoticons em meio eletrônico – emoticon é uma combinação das palavras ‘emotion’ e ‘ícon’, e serve para transmitir ao leitor os sentimentos de quem está enviando uma mensagem, evitando mal entendidos.  


Caracteres já haviam sido empregados anteriormente com o mesmo propósito em textos impressos, mas Fahlmann indubitavelmente foi o primeiro a faze-lo em meio digi
tal – seu senso de humor era apurado, como pode se ver no segundo parágrafo de sua mensagem.



É interessante registrar que a postagem original estava perdida,até que recentemente uma velha fita de backup trouxe-a de volta – é mais um sinal de que devemos tomar MUITO cuidado com o que postamos por ai....  ;)

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

UM SITE INTERESSANTE

Quando usamos um processador de textos qualquer, como por exemplo o Word, temos  a nossa disposição uma quantidade bastante grande de fontes, ou de tipos diferentes de caracteres.  No entanto, para dar um toque pessoal ao texto, precisamos de algo diferente uma sugestão e ir    ao site Font Foundry, onde podemos  encontrar centenas de fontes diferentes que podem ser baixadas algumas gratuitamente,  outras pagas.

Em sua primeira pagina, o site informa quais sao as que tem sido mais baixadas ultimamente. O download gera um arquivo zipado que deve ser aberto - o arquivo com a extensao .ttf que se encontra ali deve ser copiado para a pasta Windows/Fonts - na proxima vez que se abre o Word, a fonte ja aparece entre as disponiveis.

Mas alguns cuidados precisam ser tomados algumas fontes nao suportam certas características de nosso idioma, como acentos, por exemplo mas vale um passeio,

Existem algumas coisas bem interessantes; este texto, por exemplo, foi escrito com a fonte Beckett, baixada do Font Foundry (http://www.fontfoundry.com/) por essa razao existem nele algumas falhas - voce so vera o texto em Beckett caso a fonte esteja instalada em seu computador..

Divirtam-se! Em nosso proximo post, voltamos as fontes normais.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Tecnologia inspirada na Natureza

A Natureza é imbatível quando se fala em eficiência e elegância em termos de design. Quase sempre ganha de nossas tecnologias em termos de economia de recursos, durabilidade, resisência, velocidade e peso.

Aqueles que desenvolvem tecnologia frequentemente encontram na Natureza fontes de inspiração para seu trabalho – essa busca de inspiração é modernamente chamada em inglês “Biomimicry”, embora aconteça há muito tempo: no século XV, Leonardo da Vinci observava os pássaros buscando inspiração para construir uma máquina voadora.

Um exemplo mais atual nos é dado observando o trabalho do pessoal que buscava aperfeiçoar o Shinkansen, um trem bala japonês: eles conseguiram elevar sua velocidade a mais de 300 km/h, porém o ruído gerado ficava fora dos padrões estabelecidos para preservação do meio ambiente. A situação chegava a um ponto tal que, quando atravessando túneis mais estreitos, produzia-se um estrondo similar aos dos jatos que quebram a barreira do som, o que ocorre em velocidades ao redor de 1.200 km/h.

Os japoneses descobriram que isso ocorria principalmente pelo fato que que o nariz do trem “empurrava” o ar à sua frente e que o problema seria resolvido se esse nariz pudesse “cortar” o ar.

Para encontrar o melhor design, os técnicos inspiraram-se no martim-pescador, ave que mergulha em busca de peixes praticamente sem gerar respingos de água, graças ao seu bico aerodinâmico que vai crescendo em diâmetro da ponta até a base, permitindo que a água flua sem espirrar.

Esse estudo permitiu à West Japan Railway Company, com auxilio da empresa alemã Neumeister  em termos de design,  criar seus trens da série 500, que entraram em serviço em 1997 e que são mais silenciosos, 10% mais rápidos e consumiam 15% menos eletricidade que os da série anterior.

Mais uma razão para preservarmos a Natureza.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

O que você faz com os emails que recebe?

A Microsoft concluiu recentemente uma pesquisa acerca do uso de email – foram estudadas mais de 2.000 pessoas que utilizam diversas ferramentas, e o objetivo da pesquisa era obter informações que permitissem à companhia traçar estratégias para melhoria de seu Hotmail.

A empresa descobriu algumas coisas interessantes, conforme mostra a ilustração abaixo, classificando os usuários em três grandes grupos:

1º - os chamados “Deletadores” (Deleters), aqueles abrem seu email, deletam as mensagens que não desejam ler, leem as demais e vão deletando aquelas que não julgam importante conservar. Esses usuários recebem em média 211 mensagens por semana e deletam cerca de 80% delas.

2º - os “Arquivadores” (Filers), que recebem aproximadamente o mesmo número de mensagens que os Deleters, mas que tem regras elaboradas para encaminhar suas mensagens a  pastas e subpastas – ao chegarem, cerca de 44% delas são tratadas dessa forma.

3º - finalmente, os “Empilhadores” (Pilers), aqueles que simplesmente deixam na Caixa de Entrada boa parte do que recebe (57% aproximadamente).    

E você, como se classificaria?

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Os bondes e os políticos


Hallidie testando sua invenção

Ao falarmos  em transporte urbano sobre trilhos, quase sempre lembramo-nos dos charmosos bondinhos, lá chamados "cable cars" que aparecem em quase todos os filmes ambientados em San Francisco.
Andrew Hallidie, que residia naquela cidade,   em um dia de 1869 viu  cavalos que puxavam um carro  escorregaram e cairem em uma rua calçada com paralelepípedos molhados - chicoteados pelo condutor,  acabaram morrendo.
Impressionado, Hallidie lembrou-se que seu pai havia patenteado um sistema baseado em cabos de aço, polias, pesos e contrapesos que facilitava a retirada de material cavado nas minas de ouro da Califórnia (vivia-se a Corrida do Ouro naquele estado), o que o levou a pensar se o mesmo sistema poderia ser adaptado para transporte de passageiros em uma cidade assentada sobre colinas, como é San Francisco.

Para tornar real sua idéia, criou a Clay Street Hill Railroad e construiu a primeira linha de bondinhos naquela cidade, que entrou em operação em agosto de 1873, tornando-se imediatamente um sucesso. O sistema foi tão  importante para a cidade, que em 1906, quando um grande terremoto destruiu San Francisco, havia quase 90 quilometros de linhas.

Nos dias atuais os bondes são um símbolo   daquela cidade, apesar dos esforços de políticos para substituirem o sistema por meios mais "modernos" - ônibus, cujos empresários em troca apoiavam aqueles políticos. A foto ao lado, mostra um dos bondes atuais e ao fundo a ilha de Alcatraz, com seu famoso presídio desativado - talvez fosse uma boa idéia reabri-lo para hospedar políticos com posturas similares aos de San Francisco.
Outra medida interessante envolvendo políticos e transporte público, foi sugerida por internautas chineses, que para evitar desastres como os ocorridos com trens bala naquele país em julho de 2011, propuseram que dois políticos obrigatoriamente viajassem nas primeiras e últimas poltronas de cada composição...