sábado, 21 de janeiro de 2012

Kodak não resistiu à competição

O logo evoluiu sempre...
Mais um ícone do século XX naufraga: a Kodak, que pediu concordata tentando reverter sua situação econômica terrível: seus ativos valem  US$ 5,1 bilhões, enquanto suas dívidas montam quase US$ 7  bilhões.

É mais um caso em uma empresa perde o bonde da mudança da tecnologia. Fundada em 1889, foi sempre uma pioneira na área da fotografia: lançou o filme em rolo, a fotografia aérea e inúmeros modelos pioneiros de câmera, inclusive de baixo custo, que sendo sucessos de vendas serviram para aumentar suas vendas de filmes, equipamentos e suprimentos para revelação e impressão de fotos, criando um circulo virtuoso que  a tornou  a maior empresa do segmento.

Ironicamente, foi vítima de seu próprio pioneirismo: em 1975, seu funcionário   Steven Sasson inventou a câmera digital; cometendo um erro de estratégia, deixou de desenvolver o produto, por acreditar que essas câmeras matariam suas linhas de filmes, suprimentos e máquinas utilizadas na fotografia convencional – nessa época vendia 90% dos filmes e 85% das câmeras utilizadas nos Estados Unidos.

Seus concorrentes optaram por outro caminho, investindo pesadamente no mundo digital. Quando a Kodak percebeu os rumos que o mercado escolhera, era tarde. Apesar de ter lançado suas câmeras digitais, estas nunca tiveram nada além de uma pequena parte do mercado: era o começo do fim, acelerado pela chegada dos celulares com câmera.

Tentando evitar a perda total, a Kodak tenta agora vender algumas das centenas de patentes que detém; além disso, briga na justiça com a Apple e a Samsung, a quem acusa de pirataria tecnológica – caso vença, pode levantar algum dinheiro que  permitirá diminuir os prejuízos de seus acionistas.

Em tecnologia, erros de estratégia quase sempre são fatais...