Tema discutido com calouros da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie em janeiro de 2013
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
sábado, 26 de janeiro de 2013
Uma rápida visão das oportunidades e riscos trazidos pelas redes sociais
Tema discutido com calouros da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie em janeiro de 2013
Tema discutido com calouros da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie em janeiro de 2013
quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
LANÇADO O MAIOR PORTA CONTAINERS DO MUNDO (POR POUCO TEMPO)
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O Marco Polo |
Foi lançado recentemente o Marco Polo, o maior navio porta containers do
mundo. Construído para transportar cargas entre a Europa e a China, o navio
pode carregar 16.000 containers, medindo cerca de 400 metros de comprimento. É
o primeiro de um grupo de três navios similares encomendado pela companhia de
navegação francesa CMA CGM.
16.000 containers são carga equivalente a 2,1 milhões de refrigeradores,
ou 13,4 milhões televisores de 42 polegadas. Em termos de volume, o navio
equivale a um prédio com 2.300 apartamentos de um dormitório.
Mas o Marco Polo em breve será superado: a dinamarquesa Maersk vai
receber em junho desse ano um navio capaz de transportar 18.000 containers;
apenas um de seus hélices pesará cerca
de 70 toneladas – há preocupações ecológicas: a Maersk disse que seu navio
emitirá, por container, apenas a metade
do CO2 emitido por um navio
convencional.
Será o primeiro de uma serie de dez navios, chamada Triple E – em http://www.worldslargestship.com/
podemos obter mais informações acerca desses navios, que serão construídos,
como foi o Marco Polo, pela Daewoo
Shipbuilding, na Coréia do Sul - abaixo, uma visão do navio.
quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
Um terço dos brasileiros está no Facebook
A Socialbakers, empresa que faz pesquisa na área de mídias sociais apoontou recentemente o Brasil
como 2º país em número de usuários do
Facebook, atrás apenas dos EUA; somos 64,8 milhões de brasileiros usando a rede
social; em terceiro lugar está a Índia. Em
termos de Internet, 82,3% dos
brasileiros são usuários
Em 2012, o
Brasil foi o país que mais
cresceu em número de usuários do Facebook, foram 29,7 milhões de novos usuários. No fim de
2011, o Brasil tinha 35,1 milhões de usuários. Um ano depois, o número chegou
perto de dobrar. Isso significa que hoje um terço dos brasileiros tem perfil no
Facebook (32,4%).
O número continua a crescer. Mais 4 milhões de brasileiros se
cadastraram na rede nas primeiras semanas de 2013; a Socialbakers diz que o
Facebook ainda tem muito potencial para crescer por aqui.
No resto do mundo a pesquisa indicou que os Estados Unidos têm mais da metade da população
conectada à rede social (53,9%), com 167,4 milhões de pessoas. Mas, em 2012, a
América do Norte passou de primeira para terceira região com maior número de
internautas, atrás de Europa, em segundo, e Ásia, em
primeiro.
Seis nações asiáticas estão entre os 10 de países que mais cresceram em
número de usuários em 2012. Foi isso que ajudou a Ásia e figurar, pela primeira
vez, como o continente com mais pessoas conectadas ao Facebook.
No entanto, quando se considera o número de habitantes, o ranking de
usuários do Facebook se modifica: ele atinge 6,8% dos asiáticos (na China é
praticamente impossível utiliza-lo), 30,3% dos europeus, 44,6% dos americanos do
norte, 36% dos americanos do sul, 5,1% dos africanos e 41%
dos habitantes da Oceania.
O relatório traz algumas curiosidades sobre o
Facebook no Brasil:
Marcas: o Guaraná Antártica
é a marca mais curtida por brasileiros, com 9,6 milhões de fãs. É seguida pela
Skol, com 9,1 milhões, e Coca-Cola, com 6,7 milhões.

Futebol: o Corinthians é o time com mais
fãs na rede social, 3 milhões, seguido pelo . Flamengo, com 2,8 milhões. A
página do jogador Cristiano Ronaldo é a mais curtida, com 2,4 milhões, quase
empatada com a de Neymar.
quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
O Consumer Electronics Show (CES) 2013
Aconteceu
no início deste mês de janeiro de 2013, em Las Vegas, mais uma edição do Consumer
Electronics Show (CES), um dos maiores (se não o maior) evento de eletrônica de entretenimento do mundo.
Terra de cassinos, muito além do jogo, no entanto, Las Vegas tem
coisas extraordinárias e surpreendentes, como os espetáculos do Cirque du
Soleil, os concertos e shows de artistas famosos, a infraestrutura incomparável
de seu imenso centro de convenções, de seus luxuosos hotéis e finos
restaurantes. Tudo isso fez de Las Vegas um dos centros mundiais da indústria
de feiras e eventos de grande porte, superando Hannover e Frankfurt, na
Alemanha.
A feira mostrou centenas de
inovações: telas flexíveis, os tabets multiformatos, os novos televisores de
ultradefinição (UD, 4K) com 8 milhões de pixels, em lugar dos 2 milhões da HD
normal, a tecnologia vestível (wearable technology, como os óculos do Google
que mostram nossos e-mails), os jogos na nuvem (cloud gaming), os equipamentos quase
indestrutíveis, o comando vocal no carro, as supertelas HD nos smartphones, a
queda de preços dos televisores de LED orgânico (OLED) e toda a parafernália
eletrônica para saúde e boa forma física.
Durante uma semana
do CES 2013, cerca de 120 mil pessoas visitaram seus 3 mil estandes (450 dos
quais de empresas chinesas), numa área total de 140 mil metros quadrados.
É impressionante
o número de inovações e de mudanças tecnológicas
ocorridas ao longo de quatro décadas - a maioria dessas tecnologias e produtos
foi lançada no CES nos últimos 40 anos.
Vejamos alguns
deles: em 1970, o gravador de videocassete (VCR). Em 1974, o disc laser, o
bolachão com som digital e imagem analógica. Em 1975, o Pong, videogame
pioneiro da Atari. Em 1979, o primeiro Walkman, reprodutor de fita cassete da
Sony, com fones de ouvido de maior eficiência.
Na década de 80, em
1981, câmeras gravadoras (camcorders) do formato VHS para videocassete. Em
1982, o pré-lançamento do compact disc (CD) e de seu toca-discos (CD player); o
microcomputador Commodore 64. Em 1984, o Amiga, microcomputador. Em 1985, o
videogame Nintendo Entertainment System (NES), apelidado de Nintendinho no
Brasil. Em 1988, o jogo eletrônico Tetris.
Nos anos 90, em
1991, CD-i ou CD interativo. Em 1993, minidisc digital de áudio. Em 1994,
receptor de televisão via satélite. Em 1995, jogo eletrônico Virtual Boy. Em
1996, o DVD. Em 1998, a TV digital de alta definição (HDTV). Em 1999, gravador
pessoal de vídeo ou PVRs (personal video recorder, ou PDR, de personal digital
recorder).
Já nos anos 2000,
em 2001, primeiro televisor de plasma e o Xbox, da Microsoft. Em 2004, blu-ray
disc e HD-DVD, os DVDs de alta definição. Em 2005, primeira demonstração de
IPTV com imagens de alta qualidade. Em 2006, Ultra High Definition TV (U-HDTV),
da japonesa NHK, com 32 milhões de pixels em telões de 11 metros de diagonal.
Em 2008, protótipos de TV a laser e TV tridimensional. Em 2009, protótipos de
TV a LED e OLED. Em 2010 e 2011, os televisores de ultradefinição, ainda como
protótipos.
Relembrando tudo
isso, vem a curiosidade: o que vem por ai???? Quantas dessas tecnologias já não
desapareceram? O mundo da tecnologia é fascinante!
segunda-feira, 14 de janeiro de 2013
GURGEL: TECNOLOGIA AUTOMOTIVA BRASILEIRA
A Gurgel, mais importante indústria nacional de automóveis,
foi fundada em setembro de 1969 em Rio Claro, interior
paulista, com capital de cerca de US$ 50
mil, pelo engenheiro João Augusto
Conrado do Amaral Gurgel, que sonhava com um carro genuinamente brasileiro.
O primeiro modelo foi o Ipanema, um bug de linhas
modernas, com chassi, motor e suspensão
Volkswagen. Com seis
funcionários, produzia quatro unidades
por mês. Gurgel batizava seus carros com nomes brasileiros, homenageando nossas
tribos. Em 1973 lançou o Xavante, que seria seu principal produto – chamava-se
no início X10, era um jipe. Sobre o capô dianteiro chamava
atenção a presença do estepe.
A Gurgel foi o primeiro exportador na categoria carros
especiais em 1977 e 1978 e o segundo em produção e faturamento nestes dois anos
- 25% da produção seguia para fora do Brasil. Eram fabricados 10 carros por
dia, sendo o X12 o principal produto. Em 1980 a linha era composta de 10
modelos - todos podiam ser fornecidos com motores a gasolina ou álcool.
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O X12 |
Faziam parte da linha, entre outros, o X12 TR com teto rígido, o jipe comum com
capota de lona (que era a versão mais barata do X12), o X12 RM (teto rígido e meia capota) e a versão
X12 M, militar. Este, exclusivo das Forças Armadas, já vinha na cor-padrão do
Exército, com acessórios específicos. No
ano de 1984, a Gurgel lançava o jipe Carajás; as versões eram TL (teto de
lona), TR (teto rígido) e MM (militar). Versões especiais ambulância e furgão
também existiram.
Além dos utilitários, Gurgel sonhava com um minicarro
econômico, barato e 100% brasileiro para os centros urbanos. Em 1985 apresentou à FINEP - Financiadora de Estudos e
Projetos a idéia do CENA, ou Carro Econômico Nacional. A empresa recebeu um financiamento
para o desenvolvimento e fabricação de
protótipos e da cabeça de série para duas mil unidades/ano. E em 1987, após
completar seu desenvolvimento, o novo carrinho urbano, denominado BR-800 (BR de
Brasil e 800 representando o volume de deslocamento em seu motor de dois
cilindros horizontais contrapostos) foi apresentado ao público oficialmente no
desfile de 7 de setembro em Brasília.
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O BR-800 |
Em dezembro de 1989 foi entregue a milésima unidade do BR-800, que inicialmente, de acordo com a
estratégia da empresa, foi vendido apenas para os acionistas da empresa, que
eram instados a fornecer sugestões e críticas. Com isso, a Gurgel criou a maior
frota de testes do mundo, com mais de 5.000 veículos rodando nas mãos de seus
sócios.
Apesar de beneficiado por uma redução de impostos, o BR-800 não fez sucesso por muito tempo. No
início dos anos 90 a empresa já não ia tão bem; precisava de empréstimos para investimentos e projetos. Em 1990, o
surgimento do Uno Mille, seguido por outros modelos da mesma faixa, maiores e mais rápidos que o Gurgel, criou incômoda concorrência, pois tinham
quase o mesmo preço. Uma evolução, o Supermíni, veio em 1992 - tinha um estilo moderno, medindo 3,19 m de comprimento, era ainda
o menor carro fabricado aqui, mas não consegui reverter a situação da empresa.
Atolada em dívidas e enfraquecida pela concorrência das multinacionais, a
Gurgel pediu concordata em junho de 1993 e acabou fechando as portas no final
de 1994.
domingo, 16 de dezembro de 2012
Tecnologia e viagens - o caso da decolar.com
Um dos ramos que mais se modificou com a aplicação da Tecnologia da
Informação foi o das agências de viagens.
Muitos novos negócios surgiram aproveitando o potencial de TI; um desses
casos é o da DECOLAR.COM (www.decolar.com), que começou a ser idealizada quando o argentino
Roberto Souviron fazia seu mestrado em Administração na Duke
University, nos Estados Unidos. Nesse período, Souviron viajou várias vezes
entre os Estados Unidos e seu país, percebendo as vantagens de utilizar a Internet para comprar suas passagens e fazer
reservas de hotéis.
Percebendo que faltava um serviço
eficiente de viagens online para a América Latina, juntou-se a quatro colegas
de curso e começou a planejar uma
empresa, pensada com a proposta de proporcionar serviços típicos de agências de viagens, porém através
de acesso direto do cliente final ao seu site, oferecendo no instante da
consulta as informações necessárias para que este pudesse planejar sua viagem e
tomar as providências relativas às
reservas necessárias, sem sair de sua casa ou escritório.
A viabilização do empreendimento dependia de grandes aportes financeiro.
Depois de muito trabalhar para convencer investidores de que o projeto era uma
grande ideia, eles conseguiram que a HTMF e o banco Merril Lynch investissem o
necessário para começar a operação. Em agosto de 1999, em Miami, os jovens
empreendedores fundaram a DESPEGAR.COM, que tinha como ambição reinventar a
indústria turística da América Latina.
A empresa começou a operar em dezembro daquele ano; cerca de dois meses
depois, iniciou suas atividades no Brasil com o nome de DECOLAR.COM, tendo se
associado para isso a investidores brasileiros. Logo depois já operava em oito
países latino americanos, e em comprou
sua maior rival, a mexicana Viajo (www.viajo.com).
Nos anos seguintes, seguiu crescendo, não se deixando porém seduzir pelo
uso exclusivo da Internet: percebeu que muitos clientes pesquisavam preços e
pacotes pela Internet, mas preferiam fechar negócio por telefone, e por essa
razão instalou centrais de atendimento
em todos os países em que atua – essas centrais recebem quase 4 milhões de
ligações por ano.
Essa e outras posturas, como garantir a devolução da diferença caso o
cliente adquira um de seus produtos e depois encontre preços melhores, fazem
com que a empresa seja a agência de viagens online líder absoluta na
América Latina, operando em 20 países. Por meio de seu portal é possível
reservar e comprar viagens em tempo real, a partir de uma rede formada por mais de 750 companhias
aéreas, 200 cruzeiros marítimos, 150 mil hotéis, 70 locadoras de veículos e
milhares de pacotes turísticos nacionais e internacionais.
A cada ano, são realizadas mais de 20 milhões de consultas
em toda a rede, cujo faturamento em 2010 foi de aproximadamente US$ 280 milhões,
empregando cerca de mil pessoas.
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
PARKER 51 - UM OBJETO DE DESEJO

Na atualidade
quase tudo o que escrevemos é escrito com a ajuda de um computador, tablet ou
smartphone. Mas no passado, o mais sofisticado instrumento de escrita
disponível era a Parker 51 – muitos especialistas consideram-na
a melhor caneta tinteiro de todos os tempos.
Lançada
nos Estados Unidos em 1941, após um longo período de pesquisa e desenvolvimento,
teve sua produção praticamente paralisada em função da entrada do país na
guerra. Apesar disso, a Parker continuou anunciando-a, o que criou uma demanda
imensa que demorou anos a ser atendida após a fábrica voltar a produzi-la
normalmente no final da guerra.
Aqui no Brasil, a empresa anunciava na revista “O
Cruzeiro”, dizendo que em breve a caneta passaria a ser vendida em nosso país. Meu
pai ganhou uma de minha mãe como presente de formatura no final dos anos 1940 –
ninguém podia usa-la além dele, até que um de seus funcionários roubou-a nos
anos 1970. Para consola-lo, dei a ele uma 51 Mark II, fabricada no Brasil, mas que nem
de longe se aproximava da original – a Parker teve uma fábrica em São Paulo que
operou de 1959 até o início dos anos 1990.
A caneta recebeu o nome “51” como
referência ao 51º aniversário da empresa, que aconteceu em 1939, ano em que o
produto teve seu desenvolvimento concluído – dar esse nome à caneta inclusive
resolveu um problema de marketing, que seria traduzir o nome em outros idiomas.

De perfil, a caneta tinha alguma
semelhança com o caça americano Mustang P-51, o mais avançado caça americano
utilizado extensivamente na guerra. O nome “51” nada tinha a ver com o avião,
mas a Parker explorou a semelhança em suas campanhas publicitárias.
Além de meu pai, inúmeras celebridades foram usuárias da “51”: Einstein, Churchill, Nelson Rockfeller, Margaret
Thatcher, Lyndon Johnson, John Kennedy, Lee Iacocca.
Ernest Hemingway, o General Eisenhower (que
usou a sua para aceitar a rendição dos alemães)
e o ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso, que utilizou uma “51” de ouro, que pertencera a Getúlio Vargas, para assinar o termo de posse
de seu segundo mandato em janeiro de 1999. Com pequenas alterações a caneta
permaneceu em linha até 1972, tendo em 2002 a Parker lançado uma edição
comemorativa destinada a colecionadores.
Aqui no Brasil, joalheiros do
Rio de Janeiro produziam corpos e tampas em ouro maciço, destinadas aos
usuários mais abastados – essas versões, chamadas “carioquinhas”, são muito
disputadas por colecionadores; abaixo, uma delas.
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
DRONES & RAPID PROTOTYPING
Drones são aeronaves não
tripuladas, controladas à distância através de rádio. Eles vem sendo utilizados
cada vez mais intensivamente em atividades de reconhecimento (civil e militar) e
ataque, principalmente. São cada vez
mais frequentes as notícias acerca de sua utilização na guerra do Afeganistão.
Sua principail vantagem em relação
às aeronaves convencionais está na ausência do piloto, o que permite menor
tamanho, maior capacidade relativa de carga e menores prejuízos em termos de vidas caso se
acidentem ou sejam abatidos; além disso, seu custo geralemnte é menor que o de
uma aeronave convencional.
Outra tecnologia que vem crescendo significativamente é a Rapid Prototyping (Prototipagem Rápida), que permite que objetos
sejam construidos a partir de projetos desenvolvidos com o uso de software. Conhecidas como “impressoras
3D”, as máquinas que constroem esses
objetos operam depositando sucessivas camadas de material, geralmente plástico.
São de grande utilidade para a construção de modelos de objetos que
posteriormente serão produzidos com o uso de tecnologias convencionais, mas num
futuro remoto poderão revolucionar o ambiente de negócios, pois poderemos
chegar a um estágio em que, ao invés de comprarmos um dado objeto, compraremos
seu projeto e o construiremos em casa, utilizando uma dessas máquinas. Um vídeo
que trata do assunto está em http://www.youtube.com/watch?v=mWHAKrIHPFU.
Essas tecnologias começam a se unir: em agosto passado, os estudantes de engenharia
da University of Virginia, Steven Easter e Jonathan Turman fizeram voar seu drone de aproximadamente dois
metros de envergadura, chamado “Wendy” , em homenagem à sua mãe ( Easter e
Turman são irmãos). As partes que compõem o Wendy foram inteiramente construidas em plástico,
com o uso de uma impressora Stratasys 3D. Elas foram projetadas de forma a que
a aeronave pudesse ser rapidamente desmontada e partes dela reprojetadas e reconstruidas
se necessário – isso foi necessário ao final do primeiro voo, quando um dos
componentes do trem de pouso se partiu – logo em seguida, outros voos foram
realizados, com sucesso.
David Sheffler, professor da área de engenharia aeroespacial
havia dado um curso de um semestre que teve como objetivo a construção de uma
replica de uma turbina a jato Rolls-Royce AE3007 - a máquina também foi construida com o uso de
impressoras 3D Stratasys e foi
utilizada no Wendy.
O experimento como um todo foi um sucesso, a ponto de atrair a atenção
de órgãos do governo americano, que estão bancando novas pesquisa na área,
envolvendo não apenas a aeronave e turbina, mas também seu sistema de guiagem,
baseado na plataforma Android. Há também empresas interessadas no assunto, pois
a partir de 2015, será autorizado o voo regular de drones no espaço aéreo
americano, o que deve gerar grandes oportunidades de negócio – algo similar
deve ocorrer no Brasil e merece a atenção de nossos empreendedores.
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
Aspirina - um produto da tecnologia
A Aspirina tem muito a ver com tecnologia: foi o
primeiro fármaco a ser sintetizado na história da farmácia e não recolhido na
sua forma final da natureza. Foi a primeira criação da indústria farmacêutica.
Sua história teve início quando o francês
Charles Frédéric Gerhardt e o alemão Karl Kraut começaram a estudar o
princípio ativo da planta Spiraea ulmari. Mas foi em
1897 que Felix Hoffman, um jovem farmacêutico da companhia alemã Bayer, que
procurava um jeito de ajudar o pai a combater o mal-estar crônico provocado
pelo reumatismo, com a ajuda do professor Heinrich Dreser sintetizou o ácido acetilsalicílico, criando a
fórmula de uma droga capaz de aliviar a dor sem muitos efeitos colaterais. No
ano seguinte a Bayer testou a nova droga com 50 pacientes, provando ser a mesma
extremamente eficaz; mandou o produto para testes médicos e os resultados foram
impressionantes. Além disso, a Bayer enviou um livro de 200 páginas sobre o
medicamento para 30.000 médicos, mostrando as vantagens da nova droga - foi a
primeira grande mala-direta da história.
Em 1899, o ácido acetilsalicílico foi lançado
comercialmente na Alemanha sob a marca
ASPIRIN; era inicialmente entregue às farmácias na forma de pó, em
frascos de 250 gramas; estas o revendiam em embalagens de papel de uma grama.
O nome ASPIRIN vem dos compostos usados na
fabricação do remédio: “A” de Acetil, “SPIR” da
planta Spiraea ulmaria (de onde era retirada a Salicin) e “IN” um
sufixo comum para medicamentos. Porém, uma lenda conta que o nome vem do santo
Aspirinus, que era o bispo de Nápoles e padroeiro dos que sofriam de dores de
cabeça.
O produto fez sucesso rapidamente, mas tinha
uma desvantagem - era pouco solúvel em água. Mais uma inovação da Bayer: para
resolver o problema, o produto passou a ser comercializado, em 1901, na forma
de comprimidos, sendo, um dos primeiros medicamentos do mundo a estar
disponível em uma dosagem padronizada. A formulação em comprimido tinha três
vantagens principais: assegurar que cada comprimido tivesse uma dosagem exata
do ingrediente ativo, acabar com a
falsificação do produto, e reduzir os
custos de produção. Nesta época, o novo medicamento tinha sido objeto de mais
de 160 artigos científicos, todos ressaltando seus efeitos benéficos, que iam
muito além do tratamento do reumatismo. Era considerado um poderoso remédio que
tratava uma gama maior de outras condições, como por exemplo, dores, nevralgia,
gripe, indisposição alcoólica, artrite, amidalite e até febre e diabetes.

A Bayer perdeu a posse da marca Aspirina em
muitos países após a Primeira Guerra Mundial, como reparação de guerra aos
países aliados. Outros problemas, como falsificações, afetavam a Bayer, mas a
percepção de que o remédio ajudava a prevenir enfartes deram nova vida ao
produto, no início da década de 1950 – em 1952, o Livro
Guinness dos Recordes apontava a Aspirina como o analgésico mais consumido do
mundo. Na década de 1960, a Aspirina foi ameaçada pelos medicamentos à base de
acetaminofeno e suas vendas caíram seriamente - mesmo assim, em 1969 as pílulas
brancas chegavam à Lua, a bordo da nave Apollo 11, prontas para livrar os
astronautas norte-americanos de eventuais dores de cabeça.
Hoje, Aspirina é marca registrada da Bayer AG na Alemanha e em mais de 60 países. Calcula-se que o mundo consome atualmente 216 milhões de comprimidos por dia (uma média de 2.500 unidades por segundo), o que representa para a Bayer um faturamento de €750 milhões por ano. De todas as drogas vendidas legalmente e sem receita, calcula-se que a Aspirina responda por 35.8%, o que faz dela um ícone, uma espécie de Coca-Cola das farmácias. Para a revista americana Newsweek há 5 inventos do século XX sem os quais não seria possível viver: automóvel, lâmpada, telefone, TV e... Aspirina.
Curiosamente, a Argentina consome um quarto de
todas as Aspirinas tomadas no mundo - os argentinos são os que mais utilizam o medicamento: cada
habitante toma uma média de 80 comprimidos por ano! No Brasil, são mais de 92
milhões de comprimidos consumidos todos os anos. Nos países onde Aspirina não é
protegida por marca registrada, como nos Estados Unidos, o nome pode ser
utilizado genericamente para todos os produtos que contenham como substância
ativa o acido acetilsalicílico.
terça-feira, 13 de novembro de 2012
Cloud Computing amplia horizonte de negócios
Com o título acima, o “Estadão” publicou recentemente texto dando conta de que o mercado de
tecnologia da informação (TI) continua
em plena expansão e atraindo recursos: em 2012, o investimento no setor deve
subir 12% na América Latina, segundo estudo do IDC, uma instituição de pesquisa
na área; isso significa uma movimentação de mais de US$ 97 bilhões. Com uma
vantagem adicional - os benefícios desse movimento são transversais, pois
afetam praticamente todos os segmentos empresariais.
Um exemplo marcante de como essa influência ocorre está no ciclo
virtuoso criado pelo fenômeno Cloud Computing (computação em nuvem), onde é possível armazenar e compartilhar dados
de forma remota, ciclo esse que transformou as relações de consumo da
informática e está estimulando o crescimento de empresas menores e, mais do que
isso, abrindo espaço para novos negócios antes totalmente inviáveis.
Até pouco tempo atrás, a capacidade da TI de uma empresa era ditada pelo
poder do equipamento que ela tinha em suas instalações. Aumentar a capacidade
significava comprar servidores e sistemas de storage mais poderosos, e cada
compra precisava contemplar uma margem de crescimento - já antevendo um aumento
da demanda, pagava-se antecipadamente por ela.
Esse modelo excluía algo que atualmente é fundamental: a demanda é
flutuante e pode subir ou descer muito em um curto espaço de tempo,
principalmente no caso de setores que lidam com o grande público. O sistema de
uma empresa varejista, por exemplo, pode ter seu número de acessos multiplicado
repentinamente caso a empresa anuncie uma promoção relâmpago, voltando aos seus
níveis normais logo em seguida. Nessa
situação, ou a empresa superdimensionava seu parque de TI para atender
adequadamente ou atendia mal, com quedas de sistemas, tempos de resposta muito
altos etc. – qualquer alternativa não era boa para os negócios.
Além disso, o acesso das pessoas à internet, a presença massiva nas
redes sociais e a popularização dos dispositivos móveis (tablets, smartphones)
está fazendo com que a demanda por procesamento e espaço para armazenagem de dados aumente
muito. Tanta gente acessando dados de diversos lugares de forma ininterrupta e
os sincronizando entre diferentes dispositivos gera uma demanda imprevisível.
Ao mesmo tempo em que ajudou a estimular esses fenômenos, a computação
em nuvem surgiu como resposta para essa nova realidade. Os usuários de Cloud Computing
não precisam mais comprar grandes servidores nem aumentar suas capacidades de
armazenamento de forma radical - pagam pelo uso mensal, assim como fazem com luz,
água ou gás.
Apesar de ser algo novo, Cloud Computing é a materialização de um sonho
antigo das empresas de tecnologia. Na década de 1960, o projeto Multics
(Multiplexed Information and Computing Service) era liderado pelo MIT em
conjunto com o Bell Labs e a GE, organizações que detinham alguns dos
principais centros privados de pesquisa do mundo. Seu objetivo era criar alta
acessibilidade, transformando a computação em facility: assim como serviços
telefônicos e elétricos, seria possível ter acesso a espaços e recursos computacionais
flexíveis.
O que há 50 anos parecia revolucionário - e até hoje nos surpreende - é o
propulsor de um ciclo de crescimento. À medida em que migrar para a nuvem se
mostrou interessante para as grandes empresas, os data centers (que compõem a
nuvem) começaram a crescer e a oferecer serviços menos caros – há ganhos de
escala, pela otimização do uso dos recursos e por isso Cloud Computing vem se
tornando acessível para empresas de todos os portes.
Mesmo sendo um movimento positivo, diversas empresas têm se visto em uma
posição não muito confortável: sabem das oportunidades de negócio que a nuvem
traz, mas veem na mudança uma migração complexa. Elas podem ter razão. Chegar
até a nuvem não significa fazer uma mera cópia e transposição dos sistemas.
Trata-se de repensar toda a sua arquitetura e lógica, o que pode ou não
acarretar mudanças radicais no ambiente da empresa.
Para uma ilustração do que isso
significa, basta pensar, por exemplo, que na estrutura fixa a ordem é evitar a redundância
de dados para economizar espaço de armazenagem de dados e processamento. Na nuvem, ao contrário, a
redundância pode ser bem vinda, já que
pode resultar em um ganho de agilidade e velocidade de processamento, pois a
disponibilidade de espaço para armazenagem não é mais um limitador. São
questões operacionais, mas que influenciam diretamente na eficiência da empresa
e na arquitetura das aplicações que rodarão na nuvem.
A migração realmente exige cuidados, mas é possível fazer essa transição
de forma segura. Migrar para a nuvem implica em uma mudança de paradigma, e
essa mudança já está acontecendo independentemente da vontade das empresas. O
conjunto de novas possibilidades que essa nova tendência abre para o mundo dos
negócios é proporcional à amplitude da transformação por que passa a tecnologia
da informação.
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
Mercado brasileiro de games já é o quarto maior do mundo e deve continuar a crescer
O colega Marcos Roberto Andreasi postou recentemente em www.mbit2012.blogspot.com um
interessante texto sobre o mercado brasileiro de games, tema que a maioria dos
adultos simplesmente ignora.
Há 71 anos, quando escreveu "Brasil, País do Futuro", o
austríaco Stephan Zweig registrou o fascínio do brasileiro por jogos em geral.
No livro, ele se diz impressionado pela multidão que, todos os dias, lotava
cassinos e se aglomerava para jogar baralho, bingo ou roleta.
O nome do obra, que virou um bordão conhecido por qualquer par de
ouvidos brasileiros, parece ter tomado contornos de verdade -ao menos no mundo
dos games.
De acordo com o IBOPE, 23% dos brasileiros são jogadores assíduos ou
eventuais - ou seja, 45,2 milhões de pessoas; a figura abaixo traz mais
informações do Ibope sobre o tema . Segundo a consultoria PWC
(PricewaterhouseCoopers), o mercado, que em 2011 movimentou R$ 840 milhões e é
quarto maior do mundo, crescerá em média 7,1% por ano até 2016, quando atingirá
R$ 4 bilhões.
O Brasil tem 3,1 milhões de videogames da última geração (Xbox 360,
PlayStation 3 e Wii), mas o mercado ainda tem como líder o PlayStation 2,
lançado há 12 anos - somos o quarto mercado do mundo em games.
Lá fora o panorama é bem distinto: só nos EUA há 95 milhões de videogames,
segundo o NPD Group o que sinaliza a possibilidade de confirmação das
expectativas de crescimento do mercado – essa possibilidade é reforçada pelo
anunciado lançamento de uma nova geração de games, cujos expoentes, Xbox 720 e
PlayStation 4 devem ser lançados até 2014.
Além da paixão pelo jogo, esse mercado pode ser ainda mais fortalecido
pelo incremento do processo de gamification, conforme
discutimos em nosso post de 15 de agosto passado
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