sexta-feira, 29 de junho de 2018

VENDAS DE ROBÔS INDUSTRIAIS BATE RECORD MUNDIAL- JÁ NO BRASIL...

A International Federation of Robotics (IFR) afirma que em 2017 foram comercializados 381 mil robôs industriais em todo o mundo. O número é record, e representa um aumento de 30% em relação a 2016, quando foram vendidas 294 mil. 

A venda de robôs industriais vem apresentando crescimento sustentado nos últimos cinco anos, com 178 mil unidades comercializadas em 2013, 221 mil em 2014, 254 mil em 2015, 294 mil em 2016 até chegar aos 381 mil no ano passado. Considerado esse intervalo, as vendas mais do que dobraram.

Segundo a IFR, o número de robôs industriais em operação em todo o mundo chegou a 1,8 milhão. Pelas projeções da entidade, o número de máquinas em uso em todo o planeta deve passar de 3 milhões em 2020.

A Ásia é o principal mercado, tendo sido responsável por 255 mil robôs vendidos em 2017. Esse número representa 67% das vendas realizadas em todo o mundo. Em seguida, vêm Europa (67 mil) e Américas (50 mil). Além de ter a maior fatia, a Ásia é onde o crescimento foi maior em 2017, na casa dos 34% em relação ao ano anterior.

Somente a China instalou 138 mil máquinas desse tipo, o que representa 36% de todo o mercado mundial. Coreia e Japão tiveram, respectivamente, 40 mil e 38 mil unidades instaladas. Os números são maiores do que os registrados nos Estados Unidos (33 mil) e Alemanha (22 mil).

O Brasil está distante da média mundial. Segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, em 2016 a proporção de robôs industriais para 10.000 trabalhadores era de 10, enquanto a média global era de 74 para esse mesmo número de empregados.

A IFR diz que em 2016 foram comercializados 1,5 mil robôs industriais no país, dentro de um universo global de 294 mil, uma participação de 0,005%. De acordo com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), hoje um percentual de 1,8% das empresas brasileiras emprega algum tipo de automação - na Alemanha, esse índice é de 10%.

Segundo o SENAI, há dois desafios importantes para que o Brasil avance neste sentido: o primeiro é a melhoria da gestão da produção pelas empresas, para implementar os processos de digitalização e automação. O segundo é a formação da força de trabalho - o trabalhador da indústria brasileira tem idade média de 36 anos, e há 15 anos, quando foi formado, a robótica não era uma realidade. Nossos engenheiros, técnicos e operários não foram educados em técnicas digitais e precisam ser requalificados. 

Voltando ao nível mundial, na análise por setores industriais, o automotivo é o principal empregador deste tipo de tecnologia, com 125 mil robôs comercializados. Os demais segmentos com melhor desempenho nesse quesito são o da eletrônica (116 mil), metalúrgico (44 mil), químico (21 mil) e alimentação (10 mil).

Os robôs industriais são instrumentos centrais da automação de linhas de produção. A substituição de trabalho humano por máquinas vem sendo considerada uma tendência da indústria contemporânea por organismos internacionais como o Fórum Econômico Mundial e a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Por outro lado, a introdução de sistemas robotizados em fábricas também levanta questionamentos sobre o impacto desse fenômeno no número de empregos. Nos últimos anos foram elaborados estudos com projeções bastante distintas: enquanto a IFR indicou a possibilidade da criação de 3,5 milhões de empregos em razão dessa tecnologia, o Fórum Econômico Mundial em 2016 publicou estudo em que projeta até 2020 a perda de 7,1 milhões de postos em razão da automação.

O tema deve ser objeto da preocupação de todos.

segunda-feira, 25 de junho de 2018

INTELIGÊNCIA ESTENDIDA – UMA NOVA VISÃO SOBRE A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Desde que em meados da década de 1950 o professor John McCarthy criou o termo “Inteligência Artificial” (IA) o tema vem trazendo preocupações, em especial com os níveis de desemprego que poderá gerar e com a possibilidade de criação de uma “superinteligência” que acabaria por controlar ou até mesmo exterminar a raça humana. Há muitas vezes um sentimento de “máquinas versus humanos”.

Agora surge uma nova visão acerca do tema: começa a tomar corpo o conceito de EI ou XI, do inglês “Extended Intelligence” (Inteligência Estendida” – a ideia é usar a tecnologia como uma ferramenta para promover o bem comum e não para tornar uns poucos mais ricos e poderosos.

O conceito vai ser promovido por uma entidade recém-criada pelo MIT Media Lab (laboratório de pesquisa do Massachusetts Institute of Technology) e pelo IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers), tradicionalíssima instituição que reúne profissionais da área – consta ser a organização que tem o maior número de associados em todo o mundo.

A entidade denomina-se Council on Extended Intelligence (https://globalcxi.org) e tem como sigla CXI, pretendendo reunir pessoas que compartilhem desses ideais.

Sem dúvida, uma ideia que merece ser divulgada

quarta-feira, 20 de junho de 2018

FALANDO DE APRENDIZAGEM DE MÁQUINA

Aprendizado de máquina (AM, em inglês, machine learning) é um subcampo da ciência da computação que foi definido em 1959 por Arthur L. Samuel  como o "campo de estudo que dá aos computadores a habilidade de aprender sem serem explicitamente programados para isso". Samuel  (1901 - 1990)  foi um pioneiro nos campos dos games e inteligência artificial, além da  AM propriamente dita; seu  Game of Checkers  é provavelmente a primeira aplicação de AM em todo o mundo.

AM se   baseia na ideia de que sistemas podem aprender com grandes volumes de dados, identificar padrões e tomar decisões com o mínimo de intervenção humana; sua utilização se torna viável graças à evolução das tecnologias ligadas à computação e às telecomunicações, que permitiram a reunião de grandes volumes de dados e a utilização de algoritmos capazes de viabilizar ferramentas de AM. 

Neste vídeo, o Prof. Leandro Nunes de Castro, da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie nos fala acerca do assunto. 



terça-feira, 19 de junho de 2018

TV MACKENZIE: UM ÓTIMO PAPO SOBRE CIBERSECURITY



Entrevistamos para a TV Mackenzie Luiz Milagres, executivo da E & Y, uma das maiores empresas de consultoria do mundo, mais conhecida por seu nome antigo, Ernst & Young. 

Luiz falou-nos acerca de cibersecurity (segurança digital), área que dirige na E & Y; uma entrevista muito esclarecedora, quer para o ambiente profissional, quer em termos de cuidados que devemos tomar a nível pessoal.

Chamamos a atenção de todos para o tema "ramsonware" - o sequestro de dados, que é tratado a partir do 7º minuto da gravação - o vídeo pode ser visto aqui

domingo, 17 de junho de 2018

O VOO COMERCIAL MAIS LONGO DO MUNDO

A aviação comercial é uma das áreas que mais tem sofrido o impacto da inovação tecnológica.

Para termos um bom exemplo dessa evolução, basta comparar a rota que a Panair do Brasil estabeleceu em 1946, ligando o Rio de Janeiro a Londres: eram necessárias escalas em Recife, Dakar, Lisboa e Paris; em voo direto, a distância Rio-Londres é de cerca de 9.300 km. O avião utilizado era o Super Constellation, com 102 lugares, todos de primeira classe. 

Agora,  Singapore Airlines informa que vai oferecer a partir de  outubro um voo sem escalas entre Singapura e Nova York em cerca de 19 horas, ou seja, o voo comercial mais longo do mundo. 

Serão cerca de 16.700 km, a serem cobertos por   um Airbus A350-900 Ultra Long Range, configurado para transportar 161 passageiros – 67 na classe executiva e 94 na econômica premium.


quinta-feira, 14 de junho de 2018

CÂMERAS FOTOGRÁFICAS TRADICIONAIS CHEGANDO AO FIM

A fabricante japonesa Canon acaba de anunciar  que irá encerrar as vendas da sua última câmera fotográfica tradicional - chamada EOS-1V, lançada em 2000, ela era a última máquina analógica da Canon - analógicas são as câmeras que podem utilizar filmes, geralmente de 35 milímetros.

A empresa diz que dará suporte ao produto até o final do estoque de peças, que deve durar até 2025. 

A companhia parou de produzir os modelos compatíveis com filmes em 2010, mas ainda tinha unidades no seu estoque - a Canon está no ramo desde 1936. Com a popularização das câmeras digitais no começo dos anos 2000 e a ascensão dos smartphones, o declínio das vendas de câmeras analógicas foi forte nos últimos anos.

A rival Nikon ainda vende dois modelos de câmeras analógicas: FM10 e F6.

segunda-feira, 11 de junho de 2018

SERÁ QUE A TECNOLOGIA VAI ACABAR COM O EMPREGO DOS PILOTOS DE CAÇA?


Há um certo glamour envolvendo os pilotos de caça: o filme Top Gun foi um sucesso imenso e está ganhando uma continuação; dessa área vem os comandantes de quase todas as forças aéreas do mundo etc. Consta que esses pilotos frearam o desenvolvimento de drones nos Estados Unidos com medo de perderem seu status de "cavaleiros do ar", sendo substituídos por um operador confortavelmente instalado a milhares de quilômetros do local onde as aeronaves operariam. Para as forças aéreas, essa situação seria interessante: menos baixas, menos peso para transportar a bordo (peso do piloto, assento, paraquedas, sistemas de oxigênio etc). 

Mas notícias vindas da China parecem estar alterando esse cenário, e o piloto galã (embora a maioria dos pilotos de caça sejam baixinhos por conta do espaço disponível nos aviões), usando um cachecol de seda, pode estar com seus dias contados: foram divulgadas imagens do drone de caça  Dark Sword (Espada Escura), que deve privilegiar   velocidade e agilidade sustentadas, características fundamentais dos caças - provavelmente voará perto de Mach 2, duas vezes a velocidade do som, cerca de 2.400 km/hora.

Especialistas ocidentais dizem que o avião "pode ser um pesadelo para os americanos", na atualidade os grandes rivais dos chineses em termos militares.
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sábado, 9 de junho de 2018

NIHIL NOVI SUB SOLE - HACKERS EXISTEM DESDE SEMPRE...

quarta-feira, 6 de junho de 2018

PROJETO NATICK - UM DATA CENTER DA MICROSOFT NO FUNDO DO MAR

A Microsoft afundou um data center no litoral da Escócia  para testar novas formas de diminuir o consumo de energia de servidores. A ideia é encontrar um novo jeito de refrigerar data centers e, assim, diminuir os custos com energia elétrica - é o Projeto Natick.

Data centers consomem muita energia, não apenas para alimentar as máquinas, mas como elas geram muito calor,  exigem grandes sistemas de refrigeração, o que acaba aumentando os gastos com energia.
Em 2015 a Microsoft começou a testar data centers submersos para fazer com que a água do mar substitua os sistemas de refrigeração - naquele ano, um data center ficou submerso por 5 meses no litoral da Califórnia; agora, a empresa vai avançar com os experimentos e pretende manter o data center escocês submerso por 5 anos; são  864 servidores com  capacidade de armazenamento de 27,6 petabytes - o suficiente para guardar cerca de 5 milhões de filmes.

A energia elétrica usada pelo datacenter virá da rede pública das ilhas Orkney (dez mil habitantes), próximo das quais o equipamento foi instalado; essa rede é toda suprida por energia eólica. Além disso, o datacenter é provido de geradores experimentais de energia acionados pelo movimento das marés e das ondas do mar. 

Veja aqui um vídeo mostrando a colocação do data center no fundo do mar

segunda-feira, 4 de junho de 2018

DRONE GUARDA-CHUVA?!?!


A tecnologia às vezes chega a pontos aparentemente irrelevantes; é o caso do drone guarda-chuva, que a   Power Service pretende lançar em 2019, a um preço de cerca de US$ 275. 

A máquina é uma espécie de  guarda-chuva comum acoplado a um drone DJI Mavic Pro. Ele segue o usuário, protegendo-o da chuva ou do sol sem que precise ficar segurando o aparelho.

O portal  CNET mostra um vídeo sobre o aparelho e diz que  em função das regras para uso de drones em lugares públicos, eles começarão a ser vendidos para uso em áreas privadas, como campos de golfe; o portal mostra mais um impacto da tecnologia sobre empregos, lembrando que agora passam a ser ameaçados os empregos do "caddies", aqueles que auxiliam os jogadores, carregando seus tacos e guarda-chuvas em dias de chuva ou muito sol.  

Apesar de desnecessários, as máquinas terão cabos como os guarda-chuvas comuns. Difícil será suportar o zumbrido do drone...

terça-feira, 29 de maio de 2018

CHOQUES E INCÊNDIOS - PERIGO CONSTANTE!

Segundo a Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade, em 2016 foram registrados 448 casos de incêndio causados por curto-circuito em redes elétricas; além disso, 600 pessoas morreram em decorrência de choques elétricos. A recente tragédia em São Paulo, que levou um prédio na região central da cidade a desabar depois de pegar fogo, foi causado por um curto-circuito em uma tomada.
Esses e outros dados mostram a vulnerabilidade da nossa sociedade quando o assunto é instalação elétrica. Obrigatório por lei desde 1997, apenas 21% dos imóveis brasileiros possuem disjuntor na rede elétrica; este dispositivo de proteção desarma automaticamente sempre que detecta uma anomalia. Com um disjuntor instalado e uma rede elétrica bem projetada, a chance de problemas é pequena.
E como uma ligação mal feita pode causar um incêndio? Toda corrente elétrica transporta energia; parte dessa energia fica no condutor - neste caso, o fio - em forma de calor. Esquentar até certo ponto é normal; o problema é quando a corrente é muito maior do que o meio suporta - seja o fio, cabo, tomada, plugue - aí o resultado é… fogo!
Essa sobrecarga geralmente acontece quando diversos equipamentos são ligados em uma única tomada com o uso de benjamins; os populares “T’s”… A maioria dos incêndios por problemas elétricos é devido ao uso de vários aparelhos em um mesmo ponto. Cada tomada foi feita para ligar apenas um dispositivo, mas segundo a mesma pesquisa, 57% das residências utilizam   T’s diariamente sem qualquer cuidado.
Além de uma instalação bem feita, por um profissional - um filtro de linha pode ser mais interessante do que um simples “T”. Isso porque os filtros de linha normalmente têm fusível de proteção. Em caso de sobrecarga, o fusível queima e a ligação é cortada na hora para evitar um curto circuito. Mas ninguém precisa “abandonar" os benjamins de uma hora para outra. Com cuidado, é possível usá-los com segurança.

Todo equipamento elétrico traz uma etiqueta informando a corrente que consome. A medida está em amperes. Para usar um benjamin com segurança, basta somar a corrente dos dispositivos e nunca ultrapassar o limite do adaptador “T”.

Com eletricidade não se brinca. Todo cuidado é pouco! Em um choque elétrico, uma pequena corrente pode gerar uma parada cardíaca e matar uma pessoa. Em outros casos, como no do edifício que desabou em São Paulo, um incêndio de grandes proporções pode começar ali…na tomada!

sábado, 26 de maio de 2018

THE UNSTOPPABLE GAME BOY

O Game Boy era um pequeno console lançado no Japão pela Nintendo em 1989, que rapidamente  tornou-se muito popular: sua bateria era excelente, o hardware resistente e os jogos disponíveis muito atraentes. Os primeiros 300 mil fabricados foram vendidos no Japão em duas semanas, esgotando-se os estoques;  no primeiro dia de vendas nos Estados Unidos, foram vendidos 40 mil unidades. No mundo todo foram vendidos quase 120 milhões. 

A Guerra do Golfo alinhou os Estados Unidos e outros países contra o Iraque, que invadira e pretendia anexar o Kuwait; durou de agosto de 1990 a fevereiro de 1991, com a derrota dos iraquianos. 

Um acampamento  dos americanos foi bombardeado, e um Game Boy, levado por um dos soldados foi perdido, e reencontrado mais de dez anos depois, funcionando!!!

A máquina hoje está na loja da Nintendo do Rockfeller Center, em Nova Iorque. Essa loja tem uma espécie de museu Nintendo, e entre as peças está aquele que ficou conhecido como "Unstoppable Game Boy", rodando o Tetris, um de seus mais famosos jogos. 




terça-feira, 22 de maio de 2018

WILLYS - MARCA QUE DEIXOU A VIDA DIÁRIA...

O Willys Six
Embora tenha se consagrado durante a II Grande Guerra, através do mundialmente famoso Jeep, a marca Willys Overland surgiu em 1908 com a compra da Overland Automobile Company, sediada em Indianópolis, Indiana, por John North Willys, um comerciante proprietário da American Motor Car Sales, representante de diversas marcas de automóveis. 

Desde essa época, quando foi produzido seu primeiro carro, manteve-se entre as maiores indústrias automobilísticas americanas (chegou a ser a maior delas em 1911), tendo fabricado carros que marcaram época na história do automobilismo, como o Willys Six 1909, do qual foram vendidos nada menos de 4 mil exemplares em um só ano - um número muito expressivo para a época. Também existiram outros modelos famosos da Willys tais como os Willys-Knight e os conhecidos modelos 37, 38 e 77 da década da trinta. 

O Jeep
Em 1940 era apresentado o General Purpose Vehicle (Veículo de Uso Geral, destinado às forças armadas do exército norte-americano. O General Purpose ficou conhecido mais tarde como Jeep, transcrição fonética em inglês das iniciais da expressão GP. 

Cessada a guerra, a procura pelo Jeep decresceu - muitos milhares deles foram vendidos pelas forças armadas americans como excedentes, o que levou a Willys a iniciar o desenvolvimento do projeto de um carro de passeio prático e robusto, de linhas modernas e avançadas. O protótipo foi apresentado em 1951 e já no ano seguinte era lançada a série Aero. 

Anuncio do Aero brasileiro
No Brasil a empresa iniciou suas atividades por volta de 1954 inicialmente montando o Jeep; em 1956 lançou a Rural e em 1960 foi um carro maior, com espaço e conforto para seis pessoas - o Aero-Willys. Entre 1959 e 1968 fabricou aqui, sob licença da Renault francesa, o Dauphine e seu sucessor o Gordini, carros que gozavam de péssima fama o o Dauphine chegou a ser classificado pela revista Wired como um dos piores carros de todos os tempos

O Interlagos
Em 1961 veio a Pick-up e o esportivo Interlagos e em 1966 o luxuoso Itamaraty. Em 1968 a operação brasileira foi absorvida pela Ford, que  em 1984 lançou a pick-up F-75, último modelo fabricado por aqui. 

A ilustração que se segue mostra parte da linha Willys em 1965: mais acima a Pick-Up e o Jeep, ao centro o Dauphine e abaixo a Rural e o Itamaraty:


Em 1970 a American Motors Corporation comprou a Willys norte-americana, sendo adquirida, por sua vez, em 1987 pela Chrysler Corporation que mais tarde passou ao controle da Fiat, que inclusive é dona da marca Jeep.

sábado, 19 de maio de 2018

CONSUMO DE ENERGIA: MAIS UM PROBLEMA PARA AS MOEDAS VIRTUAIS

Além da oposição dos governos e descrença dos céticos, as moedas virtuais podem vir a  esbarar na demanda de energia elétrica.
Segundo um estudo publicado no portal Joule,  a mineração de bitcoins e outras criptomoedas pode consumir mais energia do que alguns países europeus. 
Na atualidade, esse consumo está ao redor de  2,55 GW e pode atingir 7,67 GW talvez já em 2018. Isso é quase duas vezes mais que o consumo da Irlanda (3,1 GW) e se aproxima da demanda energética da Áustria (8,2 GW) - esse número corresponde também a cerca de 0,5% do consumo mundial de energia elétrica.
Grande parte da energia consumida é gasta para refrigeração das máquinas.

domingo, 13 de maio de 2018

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL SEGUE ATINGINDO NOVAS FRONTEIRAS

A agência AFP noticiou que um programa de 
computador baseado em Inteligência Artificial (IA) aprendeu a navegar e a pegar atalhos em um labirinto virtual, superando  especialistas humanos.


Embora os programas de IA tenham feito grandes avanços recentemente na imitação do processamento do cérebro humano – desde reconhecer objetos até jogar jogos de tabuleiro complicados – a navegação espacial continuava sendo um desafio.

Isso ocorre porque esta exige recalcular a própria posição após cada passo dado, em relação ao ponto de partida e ao destino – mesmo quando se viaja por uma rota nunca antes utilizada.

A navegação é considerada uma tarefa comportamental complexa e, em animais (e em seres humanos), é parcialmente controlada por uma espécie de GPS a bordo acionado por “células de grade” na região do hipocampo no cérebro. Foi observado que essas células disparam um padrão regular à medida que os mamíferos exploram um novo ambiente.

Em um novo estudo, publicado na revista científica Nature, pesquisadores de IA disseram ter desenvolvido uma “rede neural profunda” que foi treinada para navegar em direção a um objetivo em um labirinto virtual.

Quando os atalhos eram introduzidos, ao abrir uma passagem bloqueada anteriormente, por exemplo, a IA pegava automaticamente a rota mais curta.

O programa “atuou em um nível sobre-humano, superando a capacidade de um jogador profissional”, disseram três dos autores do estudo em um comunicado de imprensa.

A maioria dos pesquisadores está ligada à DeepMind, a empresa britânica de inteligência artificial que também criou a AlphaGo, o computador autodidata que venceu campeões humanos no jogo de tabuleiro chinês “Go”, que exige intuição, e não apenas poder de processamento bruto.

A equipe disse que seu trabalho foi “um passo importante na compreensão do propósito computacional fundamental das células de grade no cérebro”.

Os descobridores das células da grade receberam o Prêmio Nobel de Medicina em 2014.

terça-feira, 8 de maio de 2018

EMBRAER APRESENTA CONCEITO DE VEÍCULO ELÉTRICO QUE DECOLA E POUSA VERTICALMENTE


A Embraer X é uma unidade da Embraer que pesquisa negócios disruptivos na área de transporte.

No último 8 de maio, a unidade mostrou o primeiro conceito do veículo elétrico de decolagem e pouso vertical (eVTOL, na sigla em inglês) que está desenvolvendo. A apresentação foi feita no evento Uber Elevate 2018, em Los Angeles - a Embraer trabalha no projeto em cooperação com a Uber.

A empresa afirma que mobilidade urbana está prestes a ser transformada e que está determinada a ter um papel fundamental nesse mercado e que conceito do eVTOL apresentado é uma aeronave com a missão de servir passageiros em um ambiente urbano, "com base em segurança, experiência do passageiro, boa relação custo/benefício e com baixo impacto em termos de emissões e ruído.

No mesmo evento, o Uber apresentou seu próprio conceito, cuja imagem está abaixo: 



 

 






 

quarta-feira, 2 de maio de 2018

INTERNET: “451” É O CÓDIGO QUE INFORMARÁ QUE O CONTEÚDO BUSCADO ESTÁ INACESSÍVEL POR ORDEM JUDICIAL

Demi Getschko (foto ao lado), cientista da computação  que é considerado um dos pioneiros da Internet no Brasil, publicou recentemente em O Estado de S. Paulo texto lembrando que em  1953 Ray Bradbury, um cultuado escritor de ficção científica, terminou Fahrenheit 451, seu livro mais conhecido
É a 451 graus Fahrenheit de temperatura que o papel pega fogo. Bradbury trata de uma sociedade em que a “felicidade” é conseguida pela proibição de leitura de livros. Sem a influência “nefasta” dos livros – que fazem pensar, sentir, chorar – os habitantes, idiotizados, se divertem participando de “famílias virtuais”, compostas por inúmeros “primos” que, a partir de monitores de TV, trazem diversão anódina e a sensação de pertencimento. Para completar o quadro há, é lógico, uso intenso de pílulas estimulantes e soporíferos. 
Montag, o personagem principal, é “bombeiro” numa época em que sua a função não é mais apagar chamas em casas incendiadas mas, ao contrário, de procurar (e queimar) livros dos que, desafiando a lei, continuam a guardar exemplares para leitura.
Mildred, mulher de Montag, está perfeitamente adaptada ao modo de vida, mas Montag começa a se interessar por aquilo que queima, e tem crescente inquietação e dúvidas sobre o que seria “ser feliz”. 
Anos antes, em “Admirável Mundo Novo” (Aldous Huxley) livros eram irrelevantes por “inúteis”, e em “1984” (George Orwell) são proibidos por serem “nocivos” - essa obra lançou a expressão "Big Brother", hoje também um programa de TV seguido por milhões de pessoas idiotizadas. Fahrenheit 451 consegue juntar essas duas visões e, de quebra, trazer uma dura sensação de profecia realizada.
Mas, voltando ao título do post: todos já recebemos alguma vez, ao consultar um sítio na web, o detestável "HTTP ERROR 404 NOT FOUND". É parte de uma família de mensagens de erro (de 400 a 499) associadas ao protocolo de transferência de hipertexto (http). 
Nem todos os números do segmento estão em uso e, recentemente, mais um foi definido: o 451, significando “conteúdo indisponível por razões legais”. Com o aumento de pedidos de remoção de conteúdo por órgãos de justiça de muitos países, achou-se que valia a pena discriminar o motivo da indisponibilidade. 
De forma inteligente e algo matreira, foi escolhido 451 - os responsáveis pela escolha agradecem a Bradbury pela inspiração...
Há certamente razões sólidas que justificariam a remoção de algo da rede. Mas sempre resta um travo, amargo, que associa eliminação de um conteúdo com a memória de ações indignas e deploráveis, como as que serviram de inspiração para Bradbury escrever sobre queima de livros. 
Se, por um lado, bits não pegam fogo mas podem ser facilmente apagados, buscando-se de boa fé eliminar conteúdo nocivo da rede e torná-la mais segura, por outro, e especialmente no caso de abusos em regimes menos abertos, pode-se estar pavimentando a estrada da censura e da discriminação. 
Em 1966 o celebrado diretor de cinema François Truffaut levou “Fahrenheit 451” às telas. Vale a pena reler e rever.