quinta-feira, 30 de maio de 2013
SMARTPHONES/CELULARES: CADA VEZ MAIS PRESENTES NA VIDA DIÁRIA
segunda-feira, 20 de maio de 2013
Impressão 3D - ainda cara e pouco útil para uso pessoal
Em post de
28/11/2012, tratamos de uma tecnologia que vem
crescendo significativamente, a Rapid Prototyping (Prototipagem Rápida), que
permite que objetos sejam construidos a partir de projetos desenvolvidos com
o uso de software.
Conhecidas como “impressoras 3D”,as máquinas que constroem
esses objetos operam agregando sucessivas camadas de material, geralmente
plástico. São de grande utilidade para a construção de modelos de objetos que
posteriormente serão produzidos com o uso de tecnologias convencionais, mas num
futuro remoto poderão revolucionar o ambiente de negócios, pois poderemos
chegar a um estágio em que, ao invés de comprarmos um dado objeto, compraremos
seu projeto e o construiremos em casa, utilizando uma dessas máquinas. Um vídeo
que trata do assunto está em http://www.youtube.com/watch?v=mWHAKrIHPFU.
Essas
máquinas tinham preços extremamente
elevados, estando ao alcance apenas de
grandes organizações, mas recentemente a imprensa noticiou que alguns modelos
começaram a ser vendidos em lojas de equipamentos para escritório, o que indica
sua popularização: a
Staples, maior rede americana desse tipo de loja, começou a vender uma dessas máquinas, a The
Cube, da 3D Systems, por US$ 1.299,99 (R$ 2,6 mil.
A Cube 3D |
Esse
equipamento foi lançado aqui no Brasil no mês passado pela Robtec,
ao preço de R$ 6.690, mais que o dobro do preço americano,
mas ainda assim “acessível” para nosso mercado.
Mas
será que vale a pena esse investimento, para uso doméstico? O blogueiro Camilo
Rocha, do Estadão, acha que ainda não. Ele sugere que imaginemo-nos em 1958,
falando da novíssima TV em preto e branco da Philco, com seu móvel de madeira,
antena enorme e recepção chuviscada da TV Tupi e diz que quando falamos de
impressão 3D em 2013, estamos nesse mesmo patamar.
As promessas de imprimir tênis, peças automotivas ou até mesmo comida
ainda estão bastante longe de chegar ao usuário comum. As impressoras
disponíveis se limitam a produzir pequenos objetos de plástico.
Relata que a Cube vem com
alguns desenhos prontos para impressão em plástico PLA. Um deles é uma peça de
Lego que, em teste feito pelo jornal, demorou 40 minutos para ficar pronta. O
resultado deixou a desejar, com rebarbas, acabamento grosseiro e
impossibilidade de se encaixar uma peça real de Lego – sem contar o custo...
É necessário um pen drive ou uma rede Wi-Fi para carregar outros
desenhos (ela não se conecta por cabo. Os arquivos têm de estar no formato
.cube, e o tamanho dos objetos não pode ser maior do que a área de impressão.
Um software – que vem com o aparelho – pode converter outros formatos de
desenho para o .cube.
A Cube, e máquinas do mesmo porte, podem ser úteis no ambiente profissional (estudos
de design, protótipos etc.), mas para o cidadão comum ainda é um item caro e de pouca utilidade.
Enquanto esperamos que a tecnologia melhore, vale a pena ter uma ideia de como ela funciona:
sábado, 11 de maio de 2013
BIG DATA NA VEJA
A reportagem de capa da VEJA que está chegando às bancas trata de Big Data, tema que vem ganhando importância em nossa área.

Também escrevemos, em conjunto com o Prof. Leandro Augusto da Silva, artigo que foi aceito na 10th International Conference on Information Systems and Technology Management, evento organizado pela FEA/USP.
Cremos que vale a pena informarem-se sobre o assunto, que pode impactar fortemente nossas empresas e mesmo nossa vida diária.
quinta-feira, 9 de maio de 2013
A relação das mulheres com a tecnologia
O Blog Internet Innovation publicou recentemente um texto acerca do relacionamento das mulheres com a tecnologia.
O texto lembra que elas são dinâmicas por natureza, estão sempre driblando vários tipos de situações ao mesmo tempo, cuidando dos filhos, do lar, do marido, trabalhando fora e tudo isso sem deixar de lado a vaidade. Com toda essa agitação, as mulheres geralmente fazem uso da tecnologia para auxiliar de uma forma prática o seu dia a dia, sem se prender muito com as questões técnicas.
O texto lembra que elas são dinâmicas por natureza, estão sempre driblando vários tipos de situações ao mesmo tempo, cuidando dos filhos, do lar, do marido, trabalhando fora e tudo isso sem deixar de lado a vaidade. Com toda essa agitação, as mulheres geralmente fazem uso da tecnologia para auxiliar de uma forma prática o seu dia a dia, sem se prender muito com as questões técnicas.
Elas utilizam a tecnologia para trabalhar, para se aproximarem dos filhos e netos, para a sua própria diversão e hobbies. O blog menciona um estudo que afirma que a dependência das mulheres em relação a esse universo tecnológico se distingue pela faixa etária: quanto mais jovens, maior a dependência delas à tecnologia - o texto é ilustrado por um infográfico que resume os perfis destas mulheres:
quarta-feira, 1 de maio de 2013
4G entra em operação comercial no Brasil
A nova tecnologia de quarta geração da telefonia móvel (4G), que permite
velocidade de acesso à internet até dez vezes mais rápida que a 3G, já está
sendo oferecida no Brasil. As operadoras de celular instalaram cerca de 3,5 mil
antenas e investiram mais de 5 bilhões de reais em frequências e infraestrutura.
A prestação desses serviços começa
por São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza,
Recife, Rio de Janeiro e Salvador. Até 31 de dezembro deste ano, os serviços devem chegar a Cuiabá,
Manaus e Natal.
O cronograma da Anatel prevê a expansão, até maio de 2014, para todas as capitais de estado e cidades com
mais de 500 mil habitantes; a agência acredita que até dezembro deste ano
haverá 4 milhões de usuários da nova tecnologia
Até o fim do ano, outras 6 mil antenas deverão ser instaladas nas
cidades-sede da Copa do Mundo. Para cumprir as exigências de atendimento e
diante de legislações municipais que ainda impõem barreiras à expansão da
infraestrutura, as prestadoras iniciaram suas implantações utilizando sites
existentes.
A cobertura inicial, exigida pela agência reguladora, é de 50% da área
urbana do município-sede. A prioridade será dada para os corredores de
circulação dos moradores e turistas, como aeroportos, redondezas dos estádios,
pontos turísticos e de grande concentração de pessoas, como os centros comerciais
e empresariais das cidades. Em lugares onde o sinal de 4G ainda não estiver
disponível, o telefone funcionará normalmente em 3G, segundo informa as
operadoras móveis.
Para usar o serviço 4G, o consumidor terá que adquirir um aparelho
também de quarta geração. Como no Brasil, a determinação da Anatel foi de que o
4G funcionasse na frequência de 2,5 GHz, os dispositivos também terão que ser
específicos dessa frequência. O 4G no Brasil opera em frequência diferente
dos aparelhos dos Estados Unidos, por exemplo, que usam a frequência de 700 MHz;
em função disso, os preços dos aparelhos deverão ser bastante altos, ao menos
numa fase inicial.
O 3G, lançado no Brasil em 2007, levou três meses para alcançar 1 milhão
de clientes e cerca de dois anos para chegar a 10 milhões. A diferença entre as
duas tecnologias é que a 4G está sendo lançada no Brasil ao mesmo tempo em que
chega a vários outros países do mundo. O 3G, por sua vez, quando chegou ao
Brasil, já estava bastante difundido mundialmente.
sexta-feira, 19 de abril de 2013
TECNOLOGIA E LAZER: A 20TH CENTURY FOX
Durante
muitos anos, o rádio e o cinema foram as grandes formas de lazer sustentadas
por tecnologia. Um dos gigantes na área foi (e ainda é) a 20th Century Fox.
A história da Fox começou em 1904 em Nova Iorque, quando o emigrante húngaro
comprou um pequeno cinema – essas salas cobravam
cinco centavos como ingresso, e por essa razão ficaram conhecidas como “nickelodeons” (em
inglês, a moeda de cinco centavos é chamada “nickel”). A partir de
1912, Fox iniciou a produção de filmes e três anos mais tarde
fundou a Fox Film Corporation.
O advento do som no
cinema, em 1927, revolucionou a indústria do entretenimento. Quando a Warner
Bros. iniciou a era sonora com a introdução do sistema Vitaphone, a Fox, que
era uma empresa de sucesso, lançou
o sistema Movietone, desenvolvido em conjunto com a General Electric. Este
sistema, que integrava a trilha sonora na própria película, tornou-se bastante
popular, e é, basicamente, o utilizado até os dias de hoje.
A crise da Bolsa de
Valores de Nova Iorque em 1929 trouxe grandes problemas à Fox, que apenas
conseguiu salvar-se da falência graças aos lucros dos filmes de Sherley Temple,
a primeira grande estrela do estúdio; Fox, porém, acabou sendo afastado da
empresa, que em 1935
fundiu-se com outra empresa, a
Twentieth Century Pictures, uma próspera produtora criada dois anos antes, surgindo assim a The
Twentieth Century-Fox Film Corporation.
A nova companhia foi um
sucesso, em parte graças ao trabalho de
Darryl F. Zanuck, seu vice-presidente, encarregado da produção. Zanuck, então
com 31 anos de idade, recebia salários de US$ 250 mil por ano – uma quantia exorbitante para a
época, mas em 20 anos de
trabalho foi responsável
por criar filmes que
renderam cerca de 150 estatuetas do Oscar ao estúdio; passaram pela Fox grandes
diretores como Otto Preminger, Ernst Lubitsch, Elia Kazan e Joseph Mankiewica.
Entre os artistas da época, destacaram-se Shirley
Temple, Tyrone Power, Don Ameche, Marilyn Monroe, Henry Fonda e Gregory Peck.
Na década de 1950, já
presidente, Zanuck deixou a empresa para se tornar um produtor independente,
causando um declínio nos estúdios. Após uma série de fracassos comerciais,
incluindo o desastre do filme Cleópatra (que consumiu mais de quatro anos e até
então inimagináveis US$ 40 milhões), Zanuck voltou à empresa e conseguiu
recupera-la; ficou até 1971; nessa década, a empresa produziu muitos sucessos,
destacando-se a série Guerra nas Estrelas.
Em 1984, Rupert Murdoch
comprou a Fox, que acabou tornando-se
uma das bases do império de comunicação do milionário australiano; grandes
sucesso continuaram a ser produzidos: Independence
Day, Titanic (que em 1997
quebrou todos os recordes de bilheteria), as reedições da série A Guerra nas
Estrelas, Garfield,
O Diabo Veste Prada, O Quarteto Fantástico e Os Simpsons.
A empresa já
produziu mais de 1.500 filmes, vistos em mais de 120 países ao redor do
mundo. Além das bilheterias, o faturamento da empresa, vem de produtos
licenciados; ela é também responsável pela distribuição mundial de todos
os filmes dos estudos MGM. O mais recente sucesso do estúdio, o filme Avatar, uma
superprodução que custou aproximadamente US$ 500 milhões, foi lançado no final
de 2009, e, em apenas seis semanas de exibição arrecadou, somente em
bilheterias, US$ 1.85 bilhões, se tornando o filme de maior arrecadação
da história do cinema, superando o Titanic. Uma de suas marcas registradas é a fanfarra de abertura de seus filmes, que pode ser ouvida aqui.
segunda-feira, 25 de março de 2013
domingo, 17 de março de 2013
Cai a performance das redes sociais
Pesquisas realizadas
recentemente com o uso da ferramenta Gomez, da Compuware, mostram que o tempo
de resposta das 24 redes sociais mais utilizadas no mundo aumentou três vezes
no último semestre, ou seja: os usuários demoram mais tempo para conseguirem
acessar as redes.
As principais causas dessa
queda de performance deve-se ao aumento do número de usuários das redes e ao
maior tempo de utilização das mesmas; para manter a qualidade do serviço,
Facebook, Twitter, Linkedin e outros deveriam ter aumentado a capacidade de
seus data centers, o que não ocorreu em nível compatível com o aumento do
número de usuários e tempo de utilização.
A pesquisa mostra que o tempo
médio de acesso passou de 2,8 segundos
em julho de 2012 para cerca de 7,1 segundos em fevereiro de 2013: 2,92 vezes
mais. 7,1 segundos pode parecer pouco tempo, mas se esse número continuar
crescendo, os usuários podem ser fortemente desestimulados a acessarem as
redes. O teste foi realizado com 150.000 computadores em cerca de 170 países.
Das
24 redes sociais analisadas não se “salvaram” nem as três principais: Twitter, Facebook e LinkedIn. O tempo de acesso do
Linkedin passou de 0,78 segundos para 2,17 (2,7 vezes maior), o do Facebook de 0,80 segundos para 2,47 (três vezes maior)
e o Twitter passou para 2,44 segundos contra 1,42 e julho (aumento de 1,7 vezes).
O estudo considerou também a
disponibilidade das redes (tempo em que a rede está disponível para seus
usuários), constatando que houve queda também nesse indicador: a média era de
99,42% em julho e caiu para 97,71%.
Dentre
as grandes redes, o Linkedin sofreu a menor queda de 99,9% para 99%. Twitter e
Facebook caíram dois pontos, para 97,8%
e 97,2%, respectivamente. Como curiosidade, a pior rede nesse quesito foi MySpace que esteve disponível durante 94,7% do tempo.
Essa queda pode parecer
irrelevante, mas se continuar aumentando pode desestimular os usuários e gerar
grandes prejuízos às redes e àqueles que as utilizam comercialmente.
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
SMARTPHONES: APPLE E SAMSUNG ENFRENTAM ATAQUE DE MODELOS MAIS BARATOS
Acontece
nesta semana em Barcelona o Mobile World Congress, o maior evento de telefonia
móvel de todo o mundo.
Nele,
ficou claro que outros fabricantes de celulares pretendem lançar smartphones mais rápidos e
mais baratos para fazer frente ao domínio da Samsung e da Apple nesse mercado.
A Nokia apresentou
dois smartphones de "categoria média" destinados a clientes que
desejam inovações, mas não querem - ou não podem - gastar muito com um telefone;
os modelos Lumia 520 e 720, que têm funções até agora reservadas aos celulares
de alta categoria do grupo, como câmera fotográfica de alta resolução e sistema
de GPS, serão vendidos na Europa por € 139 e 249, respectivamente.
A Huawei, que ocupa o terceiro lugar na lista
dos maiores fornecedores smartphones, com 5,3% do mercado mundial, lançou um
aparelho que diz ser o mais rápido do planeta – é o Ascend P2, que promete uma
velocidade 50% maior do que a dos seus concorrentes diretos, e que será vendido
na Europa por € 399, quase a metade do
que custa um iPhone, vendido por € 679.
Também é bem mais barato que o Samsung Galaxy III, que custa € 649.
O One Touch Star da
Alcatel, que tem integrado um processador duplo de 1 GHz, tela de
quatro polegadas e uma câmera de cinco megapixels, será vendido por preços que variam de € 199 a
219, conforme o modelo.
A Sony levou ao
evento seu Xperia Z, lançado em janeiro no Japão e o mais vendido naquele país;
a Sony inicia agora suas vendas em mais 60 países.
A chinesa ZTE apresentou um
"phablet", aparelho metade telefone e metade tablet, com uma tela de
5,7 polegadas. Batizado de Gran Memo, ele permite fazer chamadas com uma só mão
e tem integrados GPS e uma câmera fotográfica de 13 megapixels.
A taiwanesa HTC
também lançou seu novo HTC One – especialistas dizem que o mesmo precisa ser
melhor que seus últimos lançamentos, que decepcionaram os usuários.
Mas
as donas do mercado não estão paradas: a líder Samsung, com 29% dos smartphones
vendidos no mundo, lançou seu mini tablet, o Galaxy Note 8.0. O novo
modelo de seu smartphone mais bem sucedido, o Galaxy S, será lançado em abril. Já a Apple,
segunda do mercado com 22,1% das vendas, não participa do evento, mas
certamente está muito atenta ao que vem acontecendo ali.
Aqui
no Brasil as coisas são um pouco mais complicadas, especialmente em função da
alta carga tributária. Apesar disso, espera-se que ao final de 2013 os
smartphones sejam 50% dos celulares vendidos no país. Talvez possam ser
adotadas estratégias como a que a Apple vem adotando na Índia, em parceria com
as operadoras de celeular: financiar a compra desses aparelhos, que já não são
uma tendência, mas uma realidade no mercado.
Outra
preocupação: e os usuários que desejarem um telefone apenas com funções ainda
mais básicas, tipo agenda, caixa postal e hora? Os fabricantes vão se
interessar em vender esses aparelhos ou pretendem “empurrar” equipamento mais
caro?
PS: Depois que o texto acima foi postado, tivemos a informação de que foi lançado o Nokia 105, com tela colorida, rádio FM e capacidade para fazer e receber chamadas e trocar mensagens de texto (torpedos) - custará na Europa € 15.
PS: Depois que o texto acima foi postado, tivemos a informação de que foi lançado o Nokia 105, com tela colorida, rádio FM e capacidade para fazer e receber chamadas e trocar mensagens de texto (torpedos) - custará na Europa € 15.
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
Jovens da geração Z do Brasil são dependentes de tecnologia
Um estudo feito pela Ericsson mostra que os brasileiros nascidos a
partir de 1990, componentes da chamada geração Z, são extremamente dependentes da
tecnologia. Atualmente, 20% desta geração é usuária de smartphone e 41% utiliza
banda larga móvel em algum dispositivo (celular, smartphone, tablet, notebook
ou desktop).
O estudo, realizado anualmente, chamado “Infocom Brasil 2012”, do
ConsumerLab, da Ericsson, pesquisa o
comportamento do usuário e “ajuda a mapear os caminhos que a sociedade
conectada vem trilhando em todo o mundo”, segundo diz a empresa.
A pesquisa, realizada apenas com jovens brasileiros, revela dados
interessantes: 9 em cada 10 possuem um aparelho celular, 70% têm computador em
casa e 61% já possuem banda larga em suas residências. Além disso, quase metade
passa mais de três horas por dia conectado e somente 8% deles ainda não são
usuários de internet. Eles não se desconectam nem mesmo assistindo televisão, acessam
as redes sociais e interagem enquanto consomem conteúdo (48%).
Os jovens entrevistados usam SMS todos os dias para diversas finalidades
(83%) e gostam tanto de teclar quanto de falar ao telefone (92%). A geração
também participa ativamente das redes sociais: 89% deles fazem uso de pelo
menos uma rede social e mais de 64% a acessam diariamente. A pesquisa
também mostra que o público prefere conteúdo gratuito: a maioria (58%) faz
download de músicas e filmes de graça, enquanto somente 37% paga pelo download
de algum tipo de conteúdo.
Além disso, os jovens também valorizam o novo, não gostam de barreiras e
não estão preocupados com estabilidade. São criativos, inteligentes,
tolerantes, flexíveis e abertos. Gostam da gratificação instantânea e da
novidade, afirma a empresa.
Para eles, os produtos eletrônicos são apenas um meio para a experiência
tecnológica, e sua principal preocupação é com a qualidade e validade do
conteúdo. Preferem se comunicar por chat ou SMS (62%)
do que via e-mail (56%), e, de acordo com a companhia, fazem parte de um grupo
questionador, mas que sabe ouvir.
É a chamada geração do diálogo, que precisa receber feedback constante e
que aprecia, também, expressar seu ponto de vista, conclui a Ericsson.
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013
ESTÔNIA APLICA TECNOLOGIA AO ENSINO DA MATEMÁTICA
Escolas
e professores usualmente são conservadores. Quando se trata de matemática, mais
ainda. Lembro-me bem quando havia forte oposição ao uso de calculadoras nas
aulas dessa disciplina, sob a alegação que isso prejudicaria o aprendizado...
Mas
algumas coisas vem mudando na área, ainda que lentamente. Um dos responsáveis por
essa mudança é Computerbasedmath.org, uma organização voltada para a reforma radical
do ensino da matemática buscando dar ao aluno conhecimentos dos princípios
dessa ciência, com o uso de computadores.
A
organização foi fundada por por Conrad Wolfram, irmão de Stephen Wolfram, o criador da
plataforma Mathematica, ferramenta que que
é usada em em
diversas áreas: ciência da computação, engenharia, biologia, química, processamento
de imagens, finanças, estatística, matemática e outras, e que também serve
como um ambiente
para desenvolvimento rápido de programas.
A ideia básica, como já disse, é estimular os alunos a utilizar computadores para
explorar conceitos matemáticos, proporcionando um entendimento mais profundo desses conceitos, ao invés de faze-los memorizar passos necessários para resolver problemas.
A ideia
começa a ser implementada na Estônia, pequena (1,3 milhões de habitantes) ex-república soviética situada às margens do mar
Báltico. O país não é um centro de alta tecnologia, mas foi um dos
locais onde foi criado o Skype e está
lançando uma ampla reforma de currículos, que prevê aulas de ciência da
computação para estudantes a partir de sete anos – os professores já estão
sendo treinados.
Com a
crescente demanda por desenvolvedores de software e analistas de dados (estes necessários em
função do advento de Big Data), a Estônia aposta que pode preparar seus jovens
para esse mercado de trabalho; além disso, Wolfram acredita que cidadãos com
esse tipo de formação podem avaliar riscos
de forma mais adequada, entender melhor o mundo das finanças e, até mesmo, desenvolverem um “sexto sentido matemático”,
que os ajudaria nas suas vidas pessoal e profissional.
Embora
otimista sobre o projeto na Estônia, Wolfram reconhece que o mundo da educação tem um longo
caminho a percorrer, afirmando que só em algumas décadas o ensino de matemática
vá ser amplamente baseado em computadores
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
Microsoft compra a Dell ou apenas faz um investimento?
Michael
Dell, fundador e presidente da fabricante de computadores que leva seu nome,
anunciou operação para o fechamento do capital de sua empresa. A operação
contou com o apoio financeiro de bancos e da Microsoft, que teria injetado US$
2 bilhões no negócio - alguns comentaristas tem dito que na prática trata-se da compra da Dell pela Microsoft, que seria formalizada em alguns meses.
Segundo esses comentaristas, a Microsoft pretende com isso fornecer soluções completas de hardware e software a empresas (como fazem Oracle, IBM e outros) e a usuários finais, como faz a Apple e estão tentando fazer a Amazon e o Google.
A Microsoft, até hoje a maior produtora mundial de software, investiu em ou adquiriu centenas de companhias de tecnologia em seus 37 anos de história, mas os retornos nem sempre foram positivos – vale a pena lembrar de algumas dessas operações, começando pelas mais recentes:
Segundo esses comentaristas, a Microsoft pretende com isso fornecer soluções completas de hardware e software a empresas (como fazem Oracle, IBM e outros) e a usuários finais, como faz a Apple e estão tentando fazer a Amazon e o Google.
A Microsoft, até hoje a maior produtora mundial de software, investiu em ou adquiriu centenas de companhias de tecnologia em seus 37 anos de história, mas os retornos nem sempre foram positivos – vale a pena lembrar de algumas dessas operações, começando pelas mais recentes:
- Nook – Em 2012, investiu US$ 605 milhões no e-reader Nook e na divisão de e-books didáticos da Barnes & Noble, maior rede livrarias dos Estados Unidos. O Nook continua atrás do Kindle, da Amazon, o e-reader mais vendido.
- Skype - Serviço adquirido por US$ 8,5 bilhões em maio de 2011. O preço foi considerado alto na época, mas ainda é cedo para julgar o sucesso financeiro do negócio.
- Nokia - Pagou mais de US$ 1 bilhão à Nokia quando a fabricante finlandesa decidiu equipar seus smartphones com o Windows, em 2011. Os retornos recebidos pela Microsoft vêm sendo decepcionantes porque a Nokia não conseguiu abalar o domínio do mercado do iPhone (Apple) e do Android (Google).
- Yahoo - Em 2008, a Microsoft se tornou provedora exclusiva de serviços de buscas para o Yahoo em troca de participação na receita publicitária gerada pelas buscas; o acordo de 10 anos vem se provando insatisfatório para os dois lados.
- Facebook - Investiu US$ 240 milhões para adquirir 1,6% das ações da rede social em 2007 (antes da abertura do capital do Facebook) - o valor dessas ações é muito maior agora e a operação abriu caminho para cooperação entre o Facebook e os serviços de e-mail Outlook e de buscas Bing, da Microsoft.
- aQuantive - Adquirida por US$ 6,3 bilhões em 2007, o valor do investimento da Microsoft na companhia de publicidade online foi quase todo perdido.
- Great Plains/Navision - A aquisição das duas empresas, em 2001 e 2002, respectivamente, abriu caminho para a criação das operações de software empresarial da Microsoft, e é vista como sucesso.
- AT&T - A Microsoft adquiriu US$ 5 bilhões em ações da operadora de telefonia e TV a cabo AT&T em 1999, para promover o uso do Windows em decodificadores de TV, mas isso não obteve o retorno esperado.
- Apple – Investiu cerca de US$ 150 milhões na Apple durante uma crise, em 1997, e assinou acordo para produzir software para o Mac, então impopular. O acordo pôs fim a uma longa disputa de patentes entre as empresas e supostamente salvou a Apple, o que permitiu a ela eclipsar a Microsoft financeiramente uma década mais tarde.
- Comcast - Investiu de US$ 1 bilhão na operadora de TV a cabo Comcast, em 1997, para ajudá-la a criar serviços de dados e vídeo de alta velocidade. A conexão entre TV e computadores que Bill Gates desejava demorou a decolar, e a Microsoft vendeu suas ações 12 anos mais tarde, com prejuízo
Como se
pode verificar, tecnologia custa caro; investimentos pesados (e arriscados)
precisam ser feitos.
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013
Ray-Ban: sinônimo de óculos para sol
Algumas marcas, pela
sua popularidade, acabam se tornando sinônimo de um dado produto: Gilette se
transformou em sinônimo de lâmina de barbear, Durex passou a designar fita
adesiva etc.
Algo semelhante aconteceu com os óculos Ray-Ban, que se transformaram em
sinônimo de óculos para sol. Os Ray-Ban surgiram na década de 1920, na esteira do
rápido crescimento da aviação. Os pilotos sofriam com a intensa claridade acima
das nuvens, que ofuscava os olhos e causava distorções visuais, agravadas pelos raios
ultravioleta (UV) e infravermelho (IV); em função disso, John MacCready, um general da Força Aérea dos
Estados Unidos, fez um pedido à Bausch & Lomb, empresa óptica americana
fundada em 1849 por J.J. Bausch e H. Lomb: pesquisar uma proteção ocular para
os seus pilotos.
O Aviator |
A empresa, depois de
dez anos de pesquisas intensas, apresentou os óculos Anti-Glare Aviator, munidos de lentes verdes de cristal com tecnologia que bloqueava um alto percentual da luz visível e também dos raios
ultravioleta e infravermelho (IV). Esses óculos rapidamente passaram a fazer
parte dos acessórios básicos dos militares americanos, mas somente em 1937 a
novidade ganhou o nome de Ray-Ban e começou a ser comercializada em sua versão
civil, batizada de Ray-Ban Aviator, com lentes verde-escuras e armação
dourada. Os óculos foram batizados com esse nome, pois reduziam a incidência de
raios UV e IV, ou seja, baniam os raios (em inglês Ray-Banner, Banidor de Raios).
MacArthur |
O sucesso foi instantâneo: a propaganda
associava os óculos aos homens com
estilo esportivo, amantes da vida ao ar livre, de força e coragem – é icônica a
imagem do General MacArthur desembarcado nas Filipinas em 1944 (de onde saíra fugindo dos japoneses em 1942), usando um Ray-Ban. Muitas mulheres passaram a
usa-los, o que levou ao lançamento de modelos femininos, tão bem-sucedidos
quanto os masculinos.
Novas coleções foram
sendo lançadas, sendo uma data notável 1951, quando a pedido da
Marinha dos Estados Unidos, a empresa desenvolveu as lentes cinza N-15; em 1952
a empresa lançou um de seus modelos de maior sucesso: o Wayfarer, que se tornou popular especialmente após ter sido usado pela atriz Audrey Hepburn, em 1961 no clássico
filme “A Bonequinha de Luxo” – nos últimos anos esse modelo ganhou ainda mais
popularidade.
![]() |
Audrey Hepburn |
A marca seguiu uma
trajetória de sucesso, embora razões estratégicas tenham levado à sua
venda, 1999, para a
empresa italiana Luxxotica por US$ 640 milhões; atualmente, a marca vende cerca
de US$ 1,3 bilhão ao ano, em 130 países e é gerida a partir de Milão.
É também uma das grifes mais falsificadas
em todo o mundo, o que comprova sua popularidade
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
sábado, 26 de janeiro de 2013
Uma rápida visão das oportunidades e riscos trazidos pelas redes sociais
Tema discutido com calouros da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie em janeiro de 2013
Tema discutido com calouros da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie em janeiro de 2013
quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
LANÇADO O MAIOR PORTA CONTAINERS DO MUNDO (POR POUCO TEMPO)
![]() |
O Marco Polo |
Foi lançado recentemente o Marco Polo, o maior navio porta containers do
mundo. Construído para transportar cargas entre a Europa e a China, o navio
pode carregar 16.000 containers, medindo cerca de 400 metros de comprimento. É
o primeiro de um grupo de três navios similares encomendado pela companhia de
navegação francesa CMA CGM.
16.000 containers são carga equivalente a 2,1 milhões de refrigeradores,
ou 13,4 milhões televisores de 42 polegadas. Em termos de volume, o navio
equivale a um prédio com 2.300 apartamentos de um dormitório.
Mas o Marco Polo em breve será superado: a dinamarquesa Maersk vai
receber em junho desse ano um navio capaz de transportar 18.000 containers;
apenas um de seus hélices pesará cerca
de 70 toneladas – há preocupações ecológicas: a Maersk disse que seu navio
emitirá, por container, apenas a metade
do CO2 emitido por um navio
convencional.
Será o primeiro de uma serie de dez navios, chamada Triple E – em http://www.worldslargestship.com/
podemos obter mais informações acerca desses navios, que serão construídos,
como foi o Marco Polo, pela Daewoo
Shipbuilding, na Coréia do Sul - abaixo, uma visão do navio.
quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
Um terço dos brasileiros está no Facebook
A Socialbakers, empresa que faz pesquisa na área de mídias sociais apoontou recentemente o Brasil
como 2º país em número de usuários do
Facebook, atrás apenas dos EUA; somos 64,8 milhões de brasileiros usando a rede
social; em terceiro lugar está a Índia. Em
termos de Internet, 82,3% dos
brasileiros são usuários
Em 2012, o
Brasil foi o país que mais
cresceu em número de usuários do Facebook, foram 29,7 milhões de novos usuários. No fim de
2011, o Brasil tinha 35,1 milhões de usuários. Um ano depois, o número chegou
perto de dobrar. Isso significa que hoje um terço dos brasileiros tem perfil no
Facebook (32,4%).
O número continua a crescer. Mais 4 milhões de brasileiros se
cadastraram na rede nas primeiras semanas de 2013; a Socialbakers diz que o
Facebook ainda tem muito potencial para crescer por aqui.
No resto do mundo a pesquisa indicou que os Estados Unidos têm mais da metade da população
conectada à rede social (53,9%), com 167,4 milhões de pessoas. Mas, em 2012, a
América do Norte passou de primeira para terceira região com maior número de
internautas, atrás de Europa, em segundo, e Ásia, em
primeiro.
Seis nações asiáticas estão entre os 10 de países que mais cresceram em
número de usuários em 2012. Foi isso que ajudou a Ásia e figurar, pela primeira
vez, como o continente com mais pessoas conectadas ao Facebook.
No entanto, quando se considera o número de habitantes, o ranking de
usuários do Facebook se modifica: ele atinge 6,8% dos asiáticos (na China é
praticamente impossível utiliza-lo), 30,3% dos europeus, 44,6% dos americanos do
norte, 36% dos americanos do sul, 5,1% dos africanos e 41%
dos habitantes da Oceania.
O relatório traz algumas curiosidades sobre o
Facebook no Brasil:
Marcas: o Guaraná Antártica
é a marca mais curtida por brasileiros, com 9,6 milhões de fãs. É seguida pela
Skol, com 9,1 milhões, e Coca-Cola, com 6,7 milhões.

Futebol: o Corinthians é o time com mais
fãs na rede social, 3 milhões, seguido pelo . Flamengo, com 2,8 milhões. A
página do jogador Cristiano Ronaldo é a mais curtida, com 2,4 milhões, quase
empatada com a de Neymar.
quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
O Consumer Electronics Show (CES) 2013
Aconteceu
no início deste mês de janeiro de 2013, em Las Vegas, mais uma edição do Consumer
Electronics Show (CES), um dos maiores (se não o maior) evento de eletrônica de entretenimento do mundo.
Terra de cassinos, muito além do jogo, no entanto, Las Vegas tem
coisas extraordinárias e surpreendentes, como os espetáculos do Cirque du
Soleil, os concertos e shows de artistas famosos, a infraestrutura incomparável
de seu imenso centro de convenções, de seus luxuosos hotéis e finos
restaurantes. Tudo isso fez de Las Vegas um dos centros mundiais da indústria
de feiras e eventos de grande porte, superando Hannover e Frankfurt, na
Alemanha.
A feira mostrou centenas de
inovações: telas flexíveis, os tabets multiformatos, os novos televisores de
ultradefinição (UD, 4K) com 8 milhões de pixels, em lugar dos 2 milhões da HD
normal, a tecnologia vestível (wearable technology, como os óculos do Google
que mostram nossos e-mails), os jogos na nuvem (cloud gaming), os equipamentos quase
indestrutíveis, o comando vocal no carro, as supertelas HD nos smartphones, a
queda de preços dos televisores de LED orgânico (OLED) e toda a parafernália
eletrônica para saúde e boa forma física.
Durante uma semana
do CES 2013, cerca de 120 mil pessoas visitaram seus 3 mil estandes (450 dos
quais de empresas chinesas), numa área total de 140 mil metros quadrados.
É impressionante
o número de inovações e de mudanças tecnológicas
ocorridas ao longo de quatro décadas - a maioria dessas tecnologias e produtos
foi lançada no CES nos últimos 40 anos.
Vejamos alguns
deles: em 1970, o gravador de videocassete (VCR). Em 1974, o disc laser, o
bolachão com som digital e imagem analógica. Em 1975, o Pong, videogame
pioneiro da Atari. Em 1979, o primeiro Walkman, reprodutor de fita cassete da
Sony, com fones de ouvido de maior eficiência.
Na década de 80, em
1981, câmeras gravadoras (camcorders) do formato VHS para videocassete. Em
1982, o pré-lançamento do compact disc (CD) e de seu toca-discos (CD player); o
microcomputador Commodore 64. Em 1984, o Amiga, microcomputador. Em 1985, o
videogame Nintendo Entertainment System (NES), apelidado de Nintendinho no
Brasil. Em 1988, o jogo eletrônico Tetris.
Nos anos 90, em
1991, CD-i ou CD interativo. Em 1993, minidisc digital de áudio. Em 1994,
receptor de televisão via satélite. Em 1995, jogo eletrônico Virtual Boy. Em
1996, o DVD. Em 1998, a TV digital de alta definição (HDTV). Em 1999, gravador
pessoal de vídeo ou PVRs (personal video recorder, ou PDR, de personal digital
recorder).
Já nos anos 2000,
em 2001, primeiro televisor de plasma e o Xbox, da Microsoft. Em 2004, blu-ray
disc e HD-DVD, os DVDs de alta definição. Em 2005, primeira demonstração de
IPTV com imagens de alta qualidade. Em 2006, Ultra High Definition TV (U-HDTV),
da japonesa NHK, com 32 milhões de pixels em telões de 11 metros de diagonal.
Em 2008, protótipos de TV a laser e TV tridimensional. Em 2009, protótipos de
TV a LED e OLED. Em 2010 e 2011, os televisores de ultradefinição, ainda como
protótipos.
Relembrando tudo
isso, vem a curiosidade: o que vem por ai???? Quantas dessas tecnologias já não
desapareceram? O mundo da tecnologia é fascinante!
segunda-feira, 14 de janeiro de 2013
GURGEL: TECNOLOGIA AUTOMOTIVA BRASILEIRA
A Gurgel, mais importante indústria nacional de automóveis,
foi fundada em setembro de 1969 em Rio Claro, interior
paulista, com capital de cerca de US$ 50
mil, pelo engenheiro João Augusto
Conrado do Amaral Gurgel, que sonhava com um carro genuinamente brasileiro.
O primeiro modelo foi o Ipanema, um bug de linhas
modernas, com chassi, motor e suspensão
Volkswagen. Com seis
funcionários, produzia quatro unidades
por mês. Gurgel batizava seus carros com nomes brasileiros, homenageando nossas
tribos. Em 1973 lançou o Xavante, que seria seu principal produto – chamava-se
no início X10, era um jipe. Sobre o capô dianteiro chamava
atenção a presença do estepe.
A Gurgel foi o primeiro exportador na categoria carros
especiais em 1977 e 1978 e o segundo em produção e faturamento nestes dois anos
- 25% da produção seguia para fora do Brasil. Eram fabricados 10 carros por
dia, sendo o X12 o principal produto. Em 1980 a linha era composta de 10
modelos - todos podiam ser fornecidos com motores a gasolina ou álcool.
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O X12 |
Faziam parte da linha, entre outros, o X12 TR com teto rígido, o jipe comum com
capota de lona (que era a versão mais barata do X12), o X12 RM (teto rígido e meia capota) e a versão
X12 M, militar. Este, exclusivo das Forças Armadas, já vinha na cor-padrão do
Exército, com acessórios específicos. No
ano de 1984, a Gurgel lançava o jipe Carajás; as versões eram TL (teto de
lona), TR (teto rígido) e MM (militar). Versões especiais ambulância e furgão
também existiram.
Além dos utilitários, Gurgel sonhava com um minicarro
econômico, barato e 100% brasileiro para os centros urbanos. Em 1985 apresentou à FINEP - Financiadora de Estudos e
Projetos a idéia do CENA, ou Carro Econômico Nacional. A empresa recebeu um financiamento
para o desenvolvimento e fabricação de
protótipos e da cabeça de série para duas mil unidades/ano. E em 1987, após
completar seu desenvolvimento, o novo carrinho urbano, denominado BR-800 (BR de
Brasil e 800 representando o volume de deslocamento em seu motor de dois
cilindros horizontais contrapostos) foi apresentado ao público oficialmente no
desfile de 7 de setembro em Brasília.
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O BR-800 |
Em dezembro de 1989 foi entregue a milésima unidade do BR-800, que inicialmente, de acordo com a
estratégia da empresa, foi vendido apenas para os acionistas da empresa, que
eram instados a fornecer sugestões e críticas. Com isso, a Gurgel criou a maior
frota de testes do mundo, com mais de 5.000 veículos rodando nas mãos de seus
sócios.
Apesar de beneficiado por uma redução de impostos, o BR-800 não fez sucesso por muito tempo. No
início dos anos 90 a empresa já não ia tão bem; precisava de empréstimos para investimentos e projetos. Em 1990, o
surgimento do Uno Mille, seguido por outros modelos da mesma faixa, maiores e mais rápidos que o Gurgel, criou incômoda concorrência, pois tinham
quase o mesmo preço. Uma evolução, o Supermíni, veio em 1992 - tinha um estilo moderno, medindo 3,19 m de comprimento, era ainda
o menor carro fabricado aqui, mas não consegui reverter a situação da empresa.
Atolada em dívidas e enfraquecida pela concorrência das multinacionais, a
Gurgel pediu concordata em junho de 1993 e acabou fechando as portas no final
de 1994.
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