segunda-feira, 20 de maio de 2013

Impressão 3D - ainda cara e pouco útil para uso pessoal


Em post de 28/11/2012, tratamos de uma  tecnologia que vem crescendo significativamente, a Rapid Prototyping (Prototipagem Rápida), que permite que objetos sejam construidos a partir de projetos desenvolvidos  com o uso de software.
Conhecidas como “impressoras 3D”,as  máquinas que constroem esses objetos operam agregando sucessivas camadas de material, geralmente plástico. São de grande utilidade para a construção de modelos de objetos que posteriormente serão produzidos com o uso de tecnologias convencionais, mas num futuro remoto poderão revolucionar o ambiente de negócios, pois poderemos chegar a um estágio em que, ao invés de comprarmos um dado objeto, compraremos seu projeto e o construiremos em casa, utilizando uma dessas máquinas. Um vídeo que trata do assunto está em http://www.youtube.com/watch?v=mWHAKrIHPFU.  

Essas máquinas tinham preços extremamente
A Cube 3D
elevados, estando ao alcance apenas de grandes organizações, mas recentemente a imprensa noticiou que alguns modelos começaram a ser vendidos em lojas de equipamentos para escritório, o que indica sua popularização:   a Staples, maior rede americana desse tipo de loja,  começou a vender uma dessas máquinas, a The Cube, da 3D Systems, por US$ 1.299,99 (R$ 2,6 mil. 
Esse equipamento foi lançado aqui no Brasil no mês passado pela Robtec, ao preço de   R$ 6.690, mais que o dobro do preço americano, mas ainda assim “acessível” para nosso mercado.
Mas será que vale a pena esse investimento, para uso doméstico? O blogueiro Camilo Rocha, do Estadão, acha que ainda não. Ele sugere que imaginemo-nos em 1958, falando da novíssima TV em preto e branco da Philco, com seu móvel de madeira, antena enorme e recepção chuviscada da TV Tupi e diz que quando falamos de impressão 3D em 2013, estamos nesse mesmo patamar.
As promessas de imprimir tênis, peças automotivas ou até mesmo comida ainda estão bastante longe de chegar ao usuário comum. As impressoras disponíveis se limitam a produzir pequenos objetos de plástico.
Relata que a  Cube vem com alguns desenhos prontos para impressão em plástico PLA. Um deles é uma peça de Lego que, em teste feito pelo jornal, demorou 40 minutos para ficar pronta. O resultado deixou a desejar, com rebarbas, acabamento grosseiro e impossibilidade de se encaixar uma peça real de Lego – sem contar o custo...
É necessário um pen drive ou uma rede Wi-Fi para carregar outros desenhos (ela não se conecta por cabo. Os arquivos têm de estar no formato .cube, e o tamanho dos objetos não pode ser maior do que a área de impressão. Um software – que vem com o aparelho – pode converter outros formatos de desenho para o .cube.
A Cube, e máquinas do mesmo porte,  podem ser úteis no ambiente profissional (estudos de design, protótipos etc.), mas para o cidadão comum ainda  é um item caro e de pouca utilidade.
Enquanto esperamos que a tecnologia melhore, vale a pena ter uma ideia de como ela funciona: