terça-feira, 27 de março de 2018

A AMAZON VAI PARA OS SERVIÇOS BANCÁRIOS?

Volta-se a falar sobre a possível entrada da Amazon na área de serviços bancários.
Alguns afirmam que a gigante do ecommerce estaria buscando um banco para firmar uma parceria que lhe permitisse oferecer contas correntes e diversos outros produtos financeiros aos seus clientes. Isso seria algo relativamente simples e barato de se fazer. e poderia gerar  uma economia de cerca de 250 milhões de dólares por ano.
Outros  acreditam que a Amazon poderá entrar neste mercado de forma mais agressiva, criando seu próprio banco do zero e mirando usuários que deixam de comprar no site por não terem acesso a serviços financeiros básicos, como conta corrente ou cartão de débito/crédito. Neste caso, estaria de olho numa receita adicional para a plataforma de ecommerce.
Os custos de implantação seriam maiores, mas a  vantagem competitiva em relação aos demais bancos, seria obtida com baixo custo de atendimento, uma vez que não existiriam agências físicas e o relacionamento seria direcionado para o Alexa, o robô doméstico inteligente. Estima-se que o custo de atendimento atualmente represente 40% dos custos totais de um banco de varejo norte-americano.
As duas alternativas são muito diferentes. Na primeira, não há impacto na estrutura de capital da empresa, não há esforço de adequação à regulamentação, o time-to-market é mais rápido, porém os produtos podem ser mais limitados e as margens, menores. 
Na segunda, com a criação de um banco próprio, há necessidade de imobilização de capital, maior investimento e maior time-to-market, porém a experiência do usuário poderá ser mais completa.
Como diz o jornalista Guilherme Horn, "é difícil dizer que caminho a Amazon escolherá. Mas não é difícil imaginar que sua atuação em serviços financeiros não está longe de se tornar realidade".