Os veículos elétricos parecem estar chegando para ficar: agora, a Harley-Davidson, uma das marcas de motos mais tradicionalistas do mundo, acaba de confirmar que pretende apresentar sua primeira moto elétrica feita em série no segundo semestre deste ano. A máquina, por ora, é chamada LiveWire.
O objetivo da Harley é atrair consumidores que não se identificam com seus produtos tradicionais, que os motociclistas não consideram adequados para o uso urbano, o contrário da LiveWire. É também uma tentativa de recuperar mercado, pois em 2017 suas vendas caíram 6,7% na comparação com 2016, o que fez a receita líquida da empresa ir de US$ 6 bilhões para US$ 5,6 bilhões.
A empresa também informou que a nova moto será a primeira de uma linha de elétricas, que terá modelos de diferentes estilos. A LiveWire, cujo protótipo foi apresentado em 2014, tem um visual "naked" (sem carenagem) e pode chegar a 148 km/h.
A máquina oferece dois modos de condução: no primeiro, com potência disponível reduzida, pode rodar 100 km. No segundo, toda a potência fica disponível, mas a autonomia cai para 50 km. A recarga completa leva 3,5 horas em tomadas convencionais.
A LiveWire pesa 208 kg, mas só o conjunto de baterias de íons de lítio pesa 113,5 kg. Por isso, a Harley teve de fazer um quadro todo de alumínio para aliviar a massa da moto. Como as baterias ficam na parte de baixo da máquina, o centro de gravidade ficou baixo e centralizado, o que proporciona à LiveWire bastante agilidade e estabilidade.