sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

A TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO TENDE A SE TORNAR INVISÍVEL, UBÍQUA

Hermes Freitas, profissional da área de TI diz que quando tecnologias amadurecem elas se tornam invisíveis: ao entrar em uma sala escura, acionamos um interruptor para acender a luz. Não pensamos na complexa infraestrutura necessária para isto. A iluminação artificial faz parte do nosso cotidiano, é algo automático e só paramos para pensar mais profundamente nisso quando, por alguma razão, ela não funciona.
Mas nem sempre foi assim. Quando a energia elétrica passou a ser utilizada nos lares,  o impacto foi grande. A novidade era intrigante e as pessoas diziam que muitas coisas que seriam alta e rapidamente impactadas pela inovação. Ela estaria em todos os lugares e o mundo seria transformado - foi o que aconteceu.
E quanto às informações? Muitos se espantaramquando surgiram os primeiros computadores comerciais. Com a evolução, os “cérebros eletrônicos” se tornaram parte do dia a dia e, com outras tecnologias, inauguraram a “Terceira Onda”, conforme previra o Alvin Toffler, em seu livro do mesmo nome.
Mas as tecnologias em si, após seus minutos de fama, se transformam em causas quase anônimas de efeitos poderosos. A questão fundamental passa a ser a capacidade de transformar tantas possibilidades em ações e resultados.
Em palestra, Astro Teller, à época executivo do Google X, salientou que o propósito máximo da tecnologia é “desaparecer” de nossas vidas enquanto algo isolado  e estar inserida nas atividades do dia a dia. Segundo ele, os universos físico e digital estão se interligando, sendo este último entregando o máximo para atender às demandas do primeiro.
No ambiente das organizações - privadas ou públicas -  o sucesso é, em boa parte, determinado pelo alinhamento das informações às estratégias e processos e, sobretudo, pela interação das pessoas sendo protagonistas e não simplesmente usuárias.
Isso se traduz em confiabilidade e agilidade, operações e comunicações otimizadas por poucos cliques, dados compilados e acessíveis que geram um universo de informações com infinitas possibilidades.
Em 1984, Lewis Brascomb, na época vice-presidente da IBM, disse que as tecnologias por si mesmas não causam calamidades ou benefícios, apenas as possibilitam. Elas dependem  das pessoas - isso agora é especialmente importante tendo em vista a popularização de coisas como Inteligência Artificial, por exemplo, que podem gerar muita coisa boa mas também trazer muitos males.
A tecnologia da informação, assim como aconteceu com a elétrica, se integra tanto ao nosso cotidiano organizacional que deixará de ser “outra coisa”, e será usada em praticamente tudo - é a ubiquidade. O futuro “invisível” está batendo às portas para inaugurar muitos caminhos. A escolha dependerá, cada vez mais - e mais do que nunca - de pessoas inteligentes, criativas, com bom senso e energia - bom senso é especialmente importante.