quarta-feira, 2 de agosto de 2017

OS PIORES CARROS DE TODOS OS TEMPOS


A revista Wired publicou (http://www.wired.com/autopia/2010/05/15-agonizing-automotive-atrocities/all/) uma lista dos piores carros de todos os tempos, o que  nos dá uma ideia de alguns desastres tecnológicos na área.
Como pior de todos é citado o Yugo. Oficialmente chamado Zastava Koral, era uma versão do Fiat 127 fabricada na antiga Iugoslávia entre 1980 e 88. Houve uma tentativa de vende-lo nos Estados Unidos, seu preço era atraente,  US$ 3.990. Sua carreira chegou ao fim naquele país quando, testado pela influente revista “Consumer Reports , esta recomendou aos seus leitores que optassem por um carro usado. Além disso, é  interessaste pensar como, naqueles tempos de Guerra Fria, um carro fabricado em um país comunista poderia fazer sucesso na terra do arqui-inimigo e pátria da indústria automobilística moderna.
Outra das “bombas” era um velho conhecido nosso, o Renault Dauphine (1956-1967). Wired diz (e todos sabemos), que o carro tinha um motor pouco potente e tendia a enferrujar. Segundo a revista, poderia chegar a 70 milhas por hora (cerca de 110 kmh.), mas não era recomendável fazê-lo passar de 35 mph. em locais onde houvesse vento ou curvas... Apesar disso, a revista reconhece que nenhum carro vendeu um milhão de unidades na Europa tão rápido quanto o Dauphine, onde era anunciado como um carro do futuro...

Outra coisa terrível foi o Trabant, fabricado na Alemanha Oriental entre 1957 e 1991. Consumia pouco, mas tinha um motor altamente poluente. O Trabant (companheiro de viagem em alemão) ou Trabi, como era carinhosamente chamado pelos alemães, tinha uma carroceria de plástico reforçado com fibras de madeira e restos de tecido e algodão,que era similar à fibra de vidro, mas de fabricação mais barata. Seu processo de reciclagem gerava fumaça altamente tóxica, o que  acabou exigindo o desenvolvimento de um fungo específico para essa função.  Um detalhe importante era que não se deveria forçar sua carroceria, pois caso nela se colocasse carga além de sua capacidade, o carro literalmente partia-se em dois, revelando sua péssima qualidade; quando da reunificação da Alemanha, milhares de Trabis foram simplesmente abandonados por seu proprietários. O anúncio que ilustra este post diz algo como "Trabant, o carro pequeno com grande futuro"...
Wired apenas menciona aquele que talvez tenha sido o maior fracasso da indústria automobilística americana, não tanto pela falta de qualidade, mas por não ter atendido às expectativas: o Ford Edsel (1958-1960). Edsel era um filho do fundador da Ford, Henry Ford, falecido prematuramente; os executivos da empresa queriam homenagea-lo (ou agradar a seu pai, que foi contra a ideia), e diziam que o Edsel seria um carro inteiramente novo, o mais avançado de seu tempo e que certamente faria um grande sucesso. Uma enorme campanha publicitária foi feita para seu lançamento, mas o carro, se não era tão ruim, não tinha nada de espetacular; ficou em linha cerca de 3 anos, trazendo à Ford um prejuízo de cerca de US$ 3 bilhões em dinheiro de hoje, o que certamente contribuiu para os tempos difíceis que a empresa viveu nos anos 1960.