sábado, 12 de agosto de 2017

RACHA NO MUNDO DOS BITCOINS


A imprensa noticiou que no início de agosto, depois de atingir um pico de valorização chegando a cerca de US$ 3,5 mil, o Bitcoin (BTC) ganhou um concorrente no mundo das moedas digitais: um grupo de participantes do mercado de Bitcoin decidiu se separar da rede principal e criou o Bitcoin Cash (BCC), que funcionará de forma paralela ao Bitcoin original.

Liderado por uma corretora chinesa, o grupo que apostou na separação aposta numa melhoria da tecnologia de blockchain - ferramenta usada para processar as transações em Bitcoin e outras moedas virtuais - para possibilitar crescimento ainda maior da criptomoeda no futuro. O blockchain funciona como se fosse um ledger (livro-caixa), no qual ficam registradas todas as transações efetuadas com Bitcoin desde a sua criação, em 2009. Cada bloco pode ser visto como uma página do livro-caixa, onde são gravadas as transações efetuadas. Esses blocos possuem capacidade de armazenamento de um megabyte (MB) de informações. No Bitcoin Cash, os blocos passariam a guardar oito MB.

Mas o sucesso do Bitcoin Cash não é garantido, assim como quase tudo relacionado ao mundo das criptomoedas. A incerteza das bolsas que negociam Bitcoin sobre os desdobramentos dessa divisão fez com que poucas delas se sentissem inclinadas a negociar a nova moeda. No Brasil, a Foxbit, principal bolsa de Bitcoins, já avisou que não terá suporte para o Bitcoin Cash, pelo menos a princípio. A americana Coinbase, uma das maiores plataformas que operam Bitcoins no mundo, também já avisou que não irá negociar o Bitcoin Cash em 2017.

Vale lembrar que a criptomoeda Ethereum, similar ao Bitcoin, também "se dividiu" em setembro de 2016, sendo as duas moedas chamadas Ethereum e Ethereum Classic.

Vamos ver o que acontecerá, postura adequada em situações que envolvem dinheiro e tecnologia de ponta.