segunda-feira, 14 de abril de 2014

Será que a indústria relojoeira suíça não está interessada nos relógios inteligentes?

Os paparazzi
Há dez anos, Nick Hayek, diretor da fabricante suiça de relógios  Swatch, e    Bill Gates, da Microsoft,  lançaram um novo tipo de relógio de pulso, o Paparazzi, que  foi  apresentado como o pioneiro do chamado relógio inteligente; ol relógio dava ao usuário acesso a notícias,  cotações da bolsa e a outros dados por meio do serviço MSN da Microsoft.
Mas o Paparazzi foi um fracasso e a parceria entre a maior fabricante de relógios do mundo e a gigante do software foi desfeita. Desde então, a indústria relojoeira não se manifestou, enquanto a Samsung e a Sony, lançavam relógios inteligentes que permitiam ler mensagens e e-mails, fazer chamadas telefônicas e tirar fotos.
Em março passado, o Google lançou uma nova versão do seu sistema operacional para relógios inteligentes – o Android Wear–, enquanto cresciam as especulações de que a Apple estaria prestes a entrar na guerra dos relógios de pulso com um produto que os observadores do setor já apelidaram de “iWatch”.
O crescente interesse por relógios inteligentes (foram vendidos 1,9 milhões em 2013, contra
Omega Speedmaster: luxo e preço alto
300 mil em 2012) pode parecer uma oportunidade para os fabricantes de relógios suiços, mas, ao que parece,  estes não estão muito interessados no assunto.
Segundo Hayek, os relógios inteligentes desenvolvidos pelas empresas de tecnologia apresentam numerosos problemas em comparação aos modelos tradicionais, como a vida útil limitada da bateria e o fato de que podem ser “monitorados” por  serviços de inteligência. “As pessoas não querem esse tipo de complicação”, disse ele, que complementou afirmando que “os relógios continuam uma peça de joalheria”, muitas vezes, um objeto de luxo, custando milhares de dólares e é por esse segmento que os suiços se interessam.
Vale a pena acompanhar os próximos capítulos