terça-feira, 2 de maio de 2017

BYOD, MILLENNIALS E SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO

Em meados de 2012 dissemos que cada vez com mais frequência ouviríamos falar em BYOD, sigla derivada  da frase “bring your own device”. No jargão empresarial, a sigla e a frase traduzem a estratégia corporativa de permitir que o empregado use seus próprios   equipamentos  para trabalhar. Esse BYOD era, à época,   um dos conceitos mais recentes no mundo da Tecnologia da Informação.

Dissemos que, apesar das vantagens do BYOD, as empresas deveriam preocupar-se muito com a popularização do conceito, em especial no que se referia à segurança de seus dados.

Isso vem se confirmando:  em pesquisa recente (The Mobile Enterprise Information Landscape) com 4 mil trabalhadores nos Estados Unidos e Reino Unido, realizada pela empresa de estudos de mercado Ipsos Mori e encomendada pela plataforma de colaboração Huddle, mais da metade dos funcionários admite guardar, compartilhar e trabalhar em documentos corporativos nos seus dispositivos pessoais – e este número está crescendo.

Se você ainda acredita que a política de BYOD adotada pela maioria das empresas é eficaz em proibir os funcionários de manterem dados sensíveis nos seus smartphones pessoais, laptops e tablets, de forma a manter a empresa segura é bom repensar. Poucos trabalhadores estão realmente cientes da política BYOD da empresa (quando existe). E menos ainda a respeitam.

Mesmo que a empresa não esteja interessada em BYOD, ainda assim terá problemas. A pesquisa constatou que 73% dos entrevistados nos Estados Unidos estão transferindo aplicativos e dados para suas máquinas sem o conhecimento da empresa, como mostra o gráfico abaixo:

O problema da segurança só vai piorar à medida que os “millennials”, jovens nascidos no final do século XX, aumentarem sua presença no mercado de trabalho. Isto porque essa geração não se preocupa realmente com a segurança ou com o stress que a falta dela provoca no departamento de TI – eles só querem BYOD, sem restrições.

O estudo chama os jovens entre 18 e 24 anos de “gourmets na violação da segurança” empresarial, porque não se preocupam com os documentos corporativos. E isto não é bom, o perigo só vai aumentar, já que os “millennials” vão tornar-se em breve a maior parte da força de trabalho, de acordo com o U.S. Bureau of Labor Statistics. No Brasil, as coisas não devem ser muito diferentes.