quarta-feira, 11 de novembro de 2020

GOOGLE DEVE SER ALVO DE NOVOS PROCESSOS EM ESTADOS AMERICANOS


TOP 10 EMERGING TECHNOLOGIES OF 2020



A revista Scientific American publicou uma lista daquelas que considera as mais importantes tecnologias emergentes deste ano de 2020. 

A revista diz que se alguns dos muitos milhares de voluntários  necessários para testar vacinas contra o coronavírus pudessem ter sido substituídos por réplicas digitais  - uma das dez principais tecnologias emergentes deste ano - as vacinas poderiam ter sido desenvolvidas ainda mais rapidamente, salvando milhares de vidas. 

Em breve, os testes clínicos virtuais poderão se tornar uma realidade para testar novas vacinas e terapias. 

Outras tecnologias da lista podem reduzir as emissões de gases de efeito estufa, viabilizando aviões elétricos e permitindo que a luz solar impulsione  a produção de produtos químicos. 

Com a computação “espacial”, os mundos digital e físico serão integrados de maneiras que vão além dos feitos da realidade virtual. 

Sensores ultrassensíveis que exploram processos quânticos definirão o cenário para aplicações como scanners cerebrais vestíveis e veículos que podem "ver" o que está se aproximando nas próximas esquinas. 

Essas e outras tecnologias emergentes foram escolhidas por um grupo internacional de especialistas, convocado pela Scientific American e o Fórum Econômico Mundial, que estudou cerca de 75 indicações. 

As tecnologias escolhidas foram as que tem  o potencial de estimular o progresso nas sociedades e economias, superando as formas estabelecidas de fazer as coisas. 

Elas também precisam ser novas, não estando em uso atualmente, e provavelmente terão um grande impacto nos próximos três a cinco anos.

As tecnologias escolhidas são listadas a seguir, com links para acesso a mais detalhes: 

sexta-feira, 6 de novembro de 2020

IMPRIMINDO CASAS

Uma start-up californiana, a Mighty Buildings está construindo pequenas edificações em quintais de residências da região, a serem usadas como forma de ampliar o espaço disponível para os moradores ou, até mesmo, permitir locações via Airbnb ou similares. 

Essas edificações são chamadas pela empresa Accessory Dwelling Units – ADUs (algo como Unidades Habitacionais Acessórias). Elas têm aproximadamente 35 metros quadrados e seu custo básico está ao redor de 115 mil dólares, podendo aumentar caso o proprietário deseje que a empresa cuide de detalhes como autorizações das prefeituras, ligações de gás, água e eletricidade, ar condicionado e outros. 

A grande novidade está na tecnologia utilizada para a construção: a empresa utiliza uma grande impressora 3D que “imprime” a edificação utilizando um gel aplicado por braços robóticos. Esse gel endurece imediatamente quando exposto à luz. 

A empresa está iniciando suas operações na área de San Francisco e San Diego e espera produzir cem unidades em 2020 e mil em 2021; oferece dez anos de garantia à estrutura. 

A empresa compara seu produto aos kits de madeira que eram vendidos pela Sears, uma grande loja de departamentos que inclusive operou no Brasil e que tinham a mesma finalidade. 

A principal vantagem é o tempo: uma ADU pode ser entregue totalmente pronta em duas semanas, com uma pequena cozinha equipada e máquinas de lavar e secar roupas e louças. As paredes podem receber pregos e parafusos para instalação de estantes, quadros etc. 

Os custos de mão de obra para construção são altos na região, pois há escassez de profissionais; diminuir os problemas logísticos relativos a material de construção também contribuem para tornar as ADUs competitivas. 

Pode ser o início de uma nova era na construção civil - assista a um vídeo trazendo mais informações sobre o assunto.

terça-feira, 3 de novembro de 2020

A ação contra o Google: uma nova visão na luta antitruste

Segue repercutindo o fato de o Departamento de Justiça e 11 estados americanos terem iniciado uma ação judicial contra o Google, acusando-o de violar a legislação antitruste.

Os autores da ação afirmam que o Google se tornou “a porta de entrada na internet para bilhões de usuários em todo o mundo”, mas que seu sucesso decorre de um comportamento injusto e monopolista.

A ação era esperada, em função das recentes manifestações do governo e de congressistas dos dois grandes partidos americanos, e seu andamento deve sinalizar como a justiça tratará os gigantes da tecnologia nos próximos anos.

Até há algum tempo, os que impetravam ações desse tipo se concentravam em demonstrar danos ao consumidor derivados da elevação de preços, como faziam empresas que monopolizavam o mercado de petróleo, usando sua posição oligopolista para aumentar os preços dos combustíveis. Mas, demonstrar prejuízos ao consumidor em casos em que os serviços são aparentemente gratuitos, como os prestados pelo Google, não é tão simples.

Vem sendo lembrada pelo mercado a ação iniciada pelo governo americano contra a Microsoft em 1998. Na ocasião, a empresa de Bill Gates foi acusada de abusar de sua posição dominante ao comercializar seu sistema operacional (Windows) e seu navegador de internet (Explorer) no mesmo pacote, restringindo a concorrência por parte de outros navegadores. Na ocasião, a empresa visava inibir o uso do navegador Netscape, que apesar de pago, era o preferido pelos usuários.

O Google rebate esse argumento dizendo que vivemos tempos diferentes e que se os usuários desejarem utilizar software de terceiros, é facilmente possível baixá-lo da internet, bem como alterar a configuração de seus dispositivos sem maiores problemas.

O Departamento de Justiça apresenta argumentos diferentes, afirmando que as estratégias técnicas e de marketing do Google fazem que a absoluta maioria dos usuários, de quase qualquer tipo de dispositivo e software, seja encaminhada para os serviços da empresa.

Dentre essas estratégias estão os acordos firmados com fabricantes de celulares que utilizam o sistema operacional da Alphabet, o Android, para que seu mecanismo de busca seja adotado como padrão, bem como acordos semelhantes celebrados com a Apple para instalação de software Google nos iPhones.

A ação mostra como tudo isso pode afetar os consumidores, inclusive aqueles que não gostam dos serviços do Google, ao não permitir que serviços alternativos, como os providos pela DuckDuckGo e pela startup Neeva ganhem audiência que as tornem financeiramente sustentáveis.

A empresa nega veementemente as acusações de práticas monopolistas. Garante que enfrenta forte concorrência no mercado de buscas na Internet e diz que seus serviços ajudam muitas empresas de pequeno porte. De forma cínica, diz também que as pessoas usam o Google porque querem, não porque são forçadas ou porque não conseguem encontrar alternativas.

Mas há um fator maior em jogo: muitas pessoas querem derrubar esse padrão de luta antitruste centrado no consumidor; busca-se uma definição muito mais ampla de dano, protegendo também trabalhadores, empresários, empresas e mercados abertos, permitindo o estabelecimento de uma economia mais justa e manutenção dos ideais democráticos.

É o que todos esperamos, e não é uma utopia, bastando lembrar que já há legislação capaz de evitar abusos e que ela foi usada no passado contra gigantes do petróleo e telecomunicações, fazendo com que, dentre outras, a AT&T, que dominava 94% do mercado americano de telecomunicações e a Standard Oil, que refinava 90% do petróleo nos Estados Unidos, fossem obrigadas a se dividirem em empresas menores, como forma de garantir a concorrência.

sábado, 31 de outubro de 2020

5G cresce na Europa ocidental, já no Brasil…

China e Estados Unidos são os países onde
foram vendidos mais smartphones 5G. Mas em termos de taxa de adoção, ou seja, a proporção dos dispositivos 5G em relação ao número total de telefones vendidos, a liderança é da Europa ocidental.

Isso foi revelado por pesquisa desenvolvida pela Strategy Analytics, que concluiu que a maior taxa de adesão da região é a da Suíça, onde três em cada cinco smartphones a serem vendidos em 2020 serão 5G.

Em seguida, estão a Alemanha e Reino Unido com 32%; fechando o grupo, a França, com 4%. Segundo analistas, a situação mudará em 2021, quando Alemanha e Reino Unido ficarão em primeiro lugar; mais de três em cada quatro smartphones vendidos serão 5G.

Isso pode ser explicado pela velocidade com que a implantação da tecnologia vem ocorrendo nesses países.

Quanto aos fornecedores de aparelhos, Samsung e Apple estão levando a parte do leão, mas a competição agressiva da Vivo, Oppo, Xiaomi e outros fornecedores chineses deve alterar o mercado em 2021. 

É oportuno lembrar que a grande imprensa americana recomenda aos consumidores daquele país que não se apressem em adquirir telefones 5G, pois a efetiva implantação da tecnologia nos Estados Unidos não deve ocorrer tão cedo e o uso desses telefones agora não traz vantagens aos usuários.

Como os 5G são mais caros, a imprensa tem
sistematicamente dito algo como “comprar 5G agora é jogar dinheiro fora”. Aqui no Brasil isso é mais verdadeiro. 

A efetiva entrada em operação da tecnologia em nosso país deve demorar bastante, e um 5G comprado agora, além de não trazer qualquer vantagem ao usuário, provavelmente estará obsoleto quando a tecnologia se firmar entre nós

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

GOVERNO AMERICANO PROCESSA O GOOGLE

O Departamento de Justiça dos Estados
Unidos entrou na terça feira (20) com uma ação contra a Alphabet Inc, empresa controladora do Google, a quem acusa de prejudicar seus concorrentes de forma ilegal.

Esta é a maior ofensiva legal contra um gigante da tecnologia em duas décadas e é o resultado de uma investigação que durou um ano e concluiu que a empresa usou sua posição dominante nos mercados de buscas na internet e de publicidade, prejudicando não apenas seus concorrentes, mas também os consumidores. 

A ação, que inicia um processo que pode se arrastar por anos, é um marco na luta que Washington vem travando contra o Vale do Silício. No centro do debate está o poder crescente dos gigantes da tecnologia, que têm sido investigados nos últimos anos.

Outras investigações estão em andamento, no próprio Departamento de Justiça e na Federal Trade Commission, desta vez contra Apple, Amazon e Facebook. Mais de 40 estados e administrações locais também investigam abusos do Google. 

A preocupação com a concentração de poder, dinheiro e dados nas mãos de poucas empresas é algo comum a políticos de todas as correntes – há apenas duas semanas, congressistas democratas, adversários do governo Trump, divulgaram um relatório acusando Google, Apple, Amazon e Facebook de abusarem de suas posições dominantes no mercado para suprimir a concorrência e aumentar seus lucros. 

Na ação, o Departamento de Justiça argumenta que, ao firmar acordos com fabricantes de celulares que utilizam o sistema operacional da Alphabet, o Android, para que seu mecanismo de busca seja adotado como padrão, o Google fortalece seu monopólio e prejudica a concorrência e a inovação. Acordos semelhantes foram fechados com a Apple, para instalação do buscador nos iPhones. 

O Departamento de Justiça não pede expressamente a divisão da empresa, como alguns legisladores vêm exigindo. Em vez disso, pede providências para atenuar o poder da empresa, e que podem consistir na venda de parte de seus negócios e o abandono de algumas das práticas denunciadas. 

A empresa nega sistematicamente as acusações de práticas monopolistas. Garante que enfrenta forte concorrência no mercado de buscas na Internet e diz que seus serviços ajudam muitas empresas de pequeno porte. De forma cínica, diz que as pessoas usam o Google porque querem, não porque são forçadas ou porque não conseguem encontrar alternativas.

Esta é a maior ação antitruste iniciada pelo governo americano desde o conjunto de ações judiciais movidas contra a Microsoft em 1998. Na ocasião, a empresa de Bill Gates foi acusada de abusar de sua posição dominante ao comercializar seu sistema operacional (Windows) e seu navegador de Internet (Explorer) no mesmo pacote, restringindo a concorrência por parte de outros navegadores.  

A base legal para o processo é uma legislação baixada em 1890, o Sherman Act, que foi usada no passado contra gigantes do tabaco, petróleo e telecomunicações. Dentre outras, a AT&T, que dominava 94% do mercado americano de telecomunicações e a Standard Oil, que refinava 90% do petróleo nos Estados Unidos, foram obrigadas a dividirem-se em empresas menores, como forma de garantir a concorrência. 

Não é impossível que isso venha a acontecer novamente, o que seria bom para a democracia e para o ambiente de negócios.

domingo, 25 de outubro de 2020

SERÁ QUE VAMOS NOS AFOGAR EM DADOS?

É público e notório que a humanidade vem gerando cada vez mais dados - nos últimos anos produzimos mais dados do que ao longo de toda a nossa história - 
 e que esses dados estão sendo cada vez mais utilizados, para o bem e para o mal.

Há alguns anos, talvez uma década, falava-se em "datawarehouses", armazéns de dados, estruturas em computador onde as organizações armazenariam seus dados. 

O volume de dados aumentou, e começou-se a falar em "data lakes", lagos de dados; é possível que logo apareçam outras expressões, como "data oceans" ou qualquer coisa similar. 

Para termos uma ideia melhor acerca desses volumes, em 2011 o volume de dados armazenados pela humanidade era de 1,8 zetabytes. Hoje são mais 40 zetabytes.

Um zetabyte  corresponde a 1.180.591.620.717.411.303.424 (270) bytes - de forma muito simplificada, um byte, em sistemas convencionais,  armazena um dígito ou dois algarismos.

Esse volume de dados corresponde a 57 vezes a quantidade de todos os grãos de areia de todas as praias da Terra. 

Dito de outra forma, se esse volume de dados fosse salvo em discos blu-ray, o peso desses discos seria de mais de 40 milhões de toneladas.

sexta-feira, 23 de outubro de 2020

COVID-19 ACELERA O PROCESSO DE ROBOTIZAÇÃO DAS EMPRESAS

Os robôs destruirão 85 milhões de empregos
em empresas de médio e grande porte nos próximos cinco anos, à medida que a pandemia de COVID-19 acelera mudanças no ambiente empresarial, conforme concluiu pesquisa conduzida pelo Fórum Econômico Mundial (WEF).

Foram estudadas cerca de 300 empresas de todo o mundo; 80% delas afirmaram estar planejando digitalizar suas operações e implantar novas tecnologias, o que levará a que sejam perdidos os empregos ganhos a partir do final da crise financeira de 2007-8.

De modo geral, a criação de empregos está diminuindo e a destruição de empregos está aumentando, à medida que empresas em todo o mundo trocam pessoas por tecnologia em seus escritórios e fábricas. 

Contrariando essa tendência há uma boa notícia: talvez sejam criados cerca de 97 milhões de empregos, especialmente nas áreas de serviços pessoais, tecnologia da informação, desenvolvimento de produtos e criação de conteúdo, disse o WEF.

A notícia é boa, mas provavelmente poucos dos 85 milhões de desempregados conseguirão alguns desses 97 milhões de novos empregos, que exigirão conhecimentos e habilidades mais sofisticados do que os possuídos pelos que serão substituídos pelos robôs. 

As tarefas em que os humanos deverão predominar são as de caráter verdadeiramente intelectual, como gestão, assessoria e comunicação, a despeito do avanço de tecnologias como inteligência artificial. 

Quanto aos trabalhadores que provavelmente permanecerão em seus empregos nos próximos cinco anos, quase metade precisará aprender novas habilidades.

De forma global, 43% das empresas pesquisadas acreditam que poderão diminuir o número de trabalhadores, contra 34% que dizem que irão aumentar esse número. Já 41% pretendem aumentar o uso de terceirizados. 

Tudo isso tende a aumentar as desigualdades, gerando problemas que a sociedade como um todo deve se preparar para enfrentar em breve.

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

HOME OFFICE E INOVAÇÃO: UM CASAMENTO DIFÍCIL

 

GASTOS MUNDIAIS COM TI CAIRÃO 5,4% EM 2020

Em 2020, os gastos mundiais  TI  cairão 5,4% chegando a  3,6  trilhões de dólares, disse o Gartner. 

Espera-se, porém,   uma recuperação em 2021, com um aumento de 4%. 

A contração neste ano afetará todos os segmentos de mercado e será mais acentuada na área de hardware, com uma queda de  -13,4% indo a 616 bilhões de dólares. 

Os demais segmentos também cairão: serviços (992 bilhões, -4,6%), aplicativos  (459 bilhões, -3,6%),  processamento (208 bilhões, -3,1%) e  telecom (1,3  trilhões, -2,9%). 

Segundo a empresa, nos 25 anos em que esses números são acompanhados,  nunca houve uma queda tão grande.

O Gartner disse também que as    empresas que já eram mais digitais  estão se saindo melhor e continuarão a prosperar em 2021.

domingo, 18 de outubro de 2020

YOUTUBE PROÍBE CONTEÚDOS RELACIONADOS A TEORIAS DA CONSPIRAÇÃO

O YouTube  anunciou na quinta-feira (15) uma mudança em suas políticas de moderação passando a proibir conteúdos relacionados a teorias da conspiração que "justifiquem violência no mundo real". Para exemplificar as novas regras, a plataforma citou o grupo americano QAnon.

"A partir de hoje estamos expandindo nossas políticas sobre ódio e assédio para proibir conteúdos que são direcionados para um indivíduo ou grupo com teorias conspiratórias que foram utilizadas para justificar violência no mundo real", afirmou a empresa em um comunicado.

O YouTube revelou que antes mesmo das novas regras tinha eliminado dezenas de milhares de conteúdos e centenas de canais relacionados com o QAnon, "particularmente aqueles que ameaçam explicitamente a violência ou negam a existência de grandes eventos violentos".

Outras plataformas como o Facebook e o Twitter  já haviam tomado providências semelhantes recentemente.

As medidas tomadas pelo Facebook   foram mais duras, com a remoção de todos os perfis ligados ao movimento, mesmo que não possuam conteúdos violentos. 

Já o Twitter deixou de recomendar qualquert conteúdo ligado ao QAnon,   bloqueando links associados a esse movimento.

QAnon é um movimento conspiracionista norte-americano de extrema direita que apoia sem restrições o presidente Donald Trump, candidato à reeleição e que, segundo o movimento, é herói de uma batalha contra grupos satânicos. O grupo, no entanto, é considerado pelo FBI como uma ameaça terrorista em potencial.

Por trás dessa teoria da conspiração, esconde-se um   anônimo. Seu pseudônimo é a "Q", e  desde outubro de 2017,  publica nas redes mensagens  que revelariam informações confidenciais sobre a guerra secreta liderada por Donald Trump.

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

CYBERSTALKING: UM CRIME CADA VEZ MAIS COMUM

O termo cyberstalking vem do inglês stalk, que significa “perseguir, caçar”, e consiste no uso de ferramentas tecnológicas para ameaçar alguém. 

É a versão virtual do stalking, comportamento que envolve perseguição ou ameaças contra uma pessoa, de modo repetitivo, seguindo a vítima em seus trajetos, aparecendo repentinamente em seu local de trabalho ou em sua casa, efetuando ligações telefônicas inconvenientes, deixando mensagens ou objetos pelos locais onde a vítima circula etc.

O cyberstalking, que vem se tornando cada vez mais comum, já preocupava o governo americano no final da década de 1990, época em que as redes sociais se popularizaram e passaram a ser utilizadas para essas práticas, que é considerada crime tanto naquele país como no Brasil, onde sua prática usualmente é enquadrada como crime de ameaça.

Agora, um caso desses, envolvendo uma grande empresa, chega à imprensa: quatro executivos do eBay, estão sendo processados por ameaças a um casal de blogueiros, que havia publicado uma nota acerca do alto salário de um deles. Podem ser condenados a até 5 anos de prisão e multados em até 250 mil dólares.

Além de telefonemas e mensagens ameaçadoras, públicas e privadas, os acusadores enviaram ao casal caixas com baratas e aranhas vivas e uma máscara representando uma cabeça de porco sangrenta, feita para o Halloween; tudo isso foi feito de forma anônima. Também enviaram material pornográfico a vizinhos do casal, simulando ter sido encomendado pelos blogueiros.

Além disso, estiveram nas proximidades da residência do casal, pretendendo instalar um rastreador GPS em seu carro; nessa ocasião, as vítimas acionaram a polícia, que identificou os cyberstalkers e os levou à justiça.

Quanto ao eBay, disse à imprensa que tão logo foi informado sobre o caso, iniciou suas próprias investigações e demitiu todos os envolvidos. Na justiça, os acusados devem admitir sua culpa, como forma de diminuir suas penas.

É importante a denúncia, apuração e punição desses crimes, pelos males que causam às suas vítimas.

terça-feira, 6 de outubro de 2020

5G NOS ESTADOS UNIDOS - UM ALERTA PARA O BRASIL

Apesar da 5G estar chegando ao Brasil a passos de tartaruga, é oportuno verificar como ela está evoluindo no resto do mundo, especialmente nos Estados Unidos, que por sua extensão territorial e tamanho da população talvez seja o país mais semelhante ao Brasil dentre aqueles onde o uso da 5G está mais avançado. 

Lá, como cá, há os otimistas, que afirmam que ela acelerará a 4ª Revolução Industrial e revolucionará nossa vida cotidiana, viabilizando as smart cities, a cura do câncer e outros milagres. Há também os que gostam de teorias conspiratórias e se mantem informados apenas pelas redes sociais, para os quais ela só traz males, de COVID-19 a enxaquecas, passando pela extinção de diversas espécies de pássaros. 

Até agora, os fatos não dão razão a nenhum dos grupos e se pode observar apenas que, naquele país, 5G é mais cara e vem sendo adotada muito lentamente em relação aos outros países desenvolvidos, ao contrário do que as operadoras de telecomunicações prometiam. 

A revista PC Magazine conduziu pesquisas que levaram-na a concluir que cometeu um erro ao entusiasmar-se com o tema, especialmente em função de promessas de maior velocidade e menor latência que seriam trazidas pela nova tecnologia: nos Estados Unidos, como regra geral, as redes 4G vem sendo melhoradas e são mais rápidas e estáveis que as 5G. 

A revista faz acusações diretas às maiores operadoras, dizendo que a AT&T mente aos usuários, usando ícones que os levavam a acreditar que redes 4G eram 5G. Quanto à Verizon, a revista diz que seu sinal 5G está disponível em apenas espaços de tempo muito curtos – nesses casos, o usuário passa automaticamente a utilizar tecnologia 4G, quase sempre sem perceber. Outra grande operadora, a T-Mobile, também é acusada de fornecer serviços com performance muito ruim.  

O jornal Washington Post também pesquisou a respeito do assunto e chegou a conclusões semelhantes, inclusive dando uma manchete que dizia “A mentira 5G”. 

No longo prazo esse cenário deve mudar, e 5G certamente nos trará algumas das vantagens que vem sendo prometidas pelas operadoras e fabricantes de celulares. Mas ainda não chegou o momento de, ao menos como pessoas físicas, nos preocuparmos com o assunto aqui no Brasil.

quarta-feira, 30 de setembro de 2020

CHEGA AO MERCADO O PRIMEIRO COMPUTADOR DOBRÁVEL

Depois dos smartphones, o primeiro computador dobrável está chegando ao mercado.

A Lenovo acaba de lançar seu ThinkPad X1 Fold,  um dispositivo  compatível com redes 5G e que tem como objetivo combinar as funcionalidades de smartphone, tablet e laptop em um único aparelho. 

Resultado de cinco anos de pesquisa e desenvolvimento, e anunciado em janeiro passado no CES em Las Vegas, tem uma tela flexível de 13,3 polegadas com dimensões de 299,4 x 236 x 11,5 mm, que quando fechada passa a 158,2 x 236 x 27,8 mm. Pesa    pouco menos de um quilo.

O processador é o Intel Lakefield, com 8 GB de Ram e até um TB de memória. O sistema operacional é o Windows 10.

O ThinkPad X1 Fold pode ser usado também como um grande tablet quando aberto, com a tela dividida em duas metades cada uma rodando um aplicativo  diferente.

Dobrado,  tem a aparência de um livro ou mini laptop com teclado virtual. No entanto, é possível transformá-lo em um laptop normal de 13 polegadas adicionando um teclado físico, vendido separadamente.

O preço final, na Europa passa um pouco de  3.500 euros.

 

domingo, 20 de setembro de 2020

WI-FI 7 ESTÁ CHEGANDO - ESTADO DE MINAS 20/09/2020


 


Espera-se que em cerca de quatro anos esteja disponível um novo protocolo Wi-Fi, que deve aumentar a capacidade das redes sem fio e torna-las mais confiáveis, habilitando-as a suportar as demandas geradas pelo aumento do trabalho a distância e vídeo chamadas.

Este protocolo vem sendo chamado Wi-Fi 7 e seu desenvolvimento está sendo coordenado pelo grupo de trabalho 802.11be do IEEE, o Institute of Electrical and Electronics Engineers, uma das maiores e mais importantes organizações profissionais de todo mundo. 

No documento "IEEE 802.11be: Wi-Fi 7 Strikes Back", pesquisadores do Nokia Bell Labs de Dublin (Irlanda), apresentam as características do novo protocolo e afirmam acreditar que em breve surgirão serviços que serão viabilizados pelo novo protocolo bem como versões melhoradas de serviços já existentes.

Dentre os serviços beneficiados pelo novo protocolo estão os jogos, os baseados em realidade virtual ou aumentada, os hospedados na nuvem e os veículos autônomos. 

Também serão beneficiadas as empresas que pretendem substituir seus sistemas de comunicação atuais, baseados em cabos, por soluções sem fio, mais eficientes e flexíveis. 

Em um cenário em que a demanda por Wi-Fi só cresce, pelo aumento de dispositivos conectados e do volume de dados, essa é uma ótima notícia.

terça-feira, 15 de setembro de 2020

UM NOVO PROBLEMA NO ESPAÇO


A SpaceX, é uma empresa fundada por Elon Musk que se dedica à área espacial. Um de seus negócios é a criação da constelação de satélites Starlink que pretende dar suporte a um novo sistema de comunicações via internet.
Há poucos dias, foram lançados por um foguete Falcon, também da SpaceX, mais 60 desses satélites – já há 713 em órbita e a constelação deverá ter 1.440 deles em prazo relativamente curto. Para cobrir toda a Terra, fornecendo serviços de banda larga, a empresa pretende chegar a 12 mil satélites, cada um pesando 227 quilos. O Falcon partiu da base do cabo Canaveral, de onde foram lançados os mais célebres veículos espaciais americanos.
Já está no espaço, no que se chama “órbita baixa”, abaixo de 2 mil quilômetros de altitude, uma enorme quantidade de outros engenhos. Mais devem chegar, como o brasileiro Amazonia-1 que será lançado em 2021, os da Athena, uma constelação que   o Facebook pretende lançar com objetivos similares aos da Starlink e outros.
Esse intenso tráfego espacial começa a preocupar os especialistas: um relatório produzido pelo   European Southern Observatory, uma entidade formada por governos europeus, alerta que   satélites em órbita baixa, devido à sua capacidade de refletir a luz do Sol, podem trazer problemas a programas científicos que requerem observações noturnas. Dentre esses programas estão a busca de asteroides potencialmente perigosos para a Terra e o estudo da radiação visível e das   ondas gravitacionais provenientes do espaço.
Uma forma de minimizar esse problema seria posicionar os satélites em altitudes inferiores a 600 quilômetros, o que, no entanto, acabaria por torna-los menos eficientes em termos de cobertura.
Outro problema nessa área é a presença do lixo espacial:  mais de 20 mil objetos maiores do que 10 centímetros, totalizando quase 7 mil toneladas, estão em órbita da Terra, sendo que alguns deles têm velocidades que se aproximam dos 10 quilômetros por segundo.
Esses objetos, restos de foguetes e satélites, representam perigo para as missões espaciais, pois mesmo um fragmento minúsculo, viajando em alta velocidade, pode danificar naves e até causar a morte de astronautas que estiverem a bordo.   Além disso, satélites em operação podem ser atingidos, gerando inúmeros problemas, especialmente na área de telecomunicações, podendo até mesmo paralisar o sistema GPS e outros similares. 
Congestionamentos no espaço certamente não eram problemas que traziam preocupações até há muito pouco tempo.

SUCESSO: MICROSOFT RETIRA SEU DATA CENTER DO FUNDO DO MAR

Em junho de 2018 falamos sobre o projeto Natick, da Microsoft, que instalou um data center no fundo do mar, com o objetivo principal de  pesquisar formas de refrigerar data centers e, assim, diminuir os custos com energia elétrica.

O data center dispõe de 864 servidores e 27,6 petabytes de armazenagem e foi colocado há cerca de 40 metros de profundidade, na costa da Escócia.

Agora, a empresa trouxe a estrutura à superfície, para analisar os impactos da permanência sob a superfície, concluindo ter o projeto sido um sucesso, não apenas pela redução no consumo de energia como também pela queda no número de falhas apresentadas.  

Esse número foi cerca de 12% do número des falhas apresentadas por data centers convencionais. Ele deveu-se principalmente aos baixos níveis de umidade e oxigênio presentes no ambiente do data center hermeticamente fechado. 

Esse número é importante em função da dificuldade  em reparar um data center submerso. 

O próximo passo do Projeto Natick é verificar a viabilidade de reaproveitar os data centers retirados do fundo do mar, tornando sua operação mais eficiente também do ponto de vista econômico.

Neste vídeo, há informações adicionais sobre o projeto. 


sexta-feira, 11 de setembro de 2020

AMAZONIA-1: UM SATÉLITE TOTALMENTE NACIONAL

Um satélite projetado e desenvolvido no Brasil pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Amazônia-1, já está em fase final de testes e deve ser lançado no início de 2021, marcando mais uma etapa de um processo que teve início há 12 anos. 

Sua missão principal será observar a Amazônia, mas poderá também coletar dados sobre a costa do país, cursos e reservatórios de água e desastres ambientais - principalmente inundações e queimadas.

O Amazônia-1 é um marco para o país; nunca um satélite desse porte foi totalmente concebido e desenvolvido no Brasil – anteriormente, houve casos de aquisição de tecnologia ou parcerias. 

Seu desenvolvimento é mais um passo dado pelo país na busca da autonomia na área, gerando conhecimento para profissionais brasileiros, fomentando a indústria nacional e permitindo que os dados coletados pelo satélite permaneçam sob controle de brasileiros. 

O Amazonas-1 foi desenvolvido a partir dos parâmetros estabelecidos pela Plataforma Multimissão, uma estrutura para construção de satélites, permitindo que partes comuns sejam utilizadas por engenhos que tem outros objetivos, como por exemplo, a observação do espaço. Esse conceito ajuda a diminuir o custo e o tempo de produção de novos satélites. 

O Amazonia-1 tem 2,5 metros de altura, pesa 640 quilos e tem entre outros componentes, 6 quilômetros de cabos e 16 mil conexões elétricas – é uma máquina complexa. Será levado ao espaço por um foguete lançador que partirá de uma base situada na Índia, para um voo que durará 18 minutos, após o que o satélite será liberado, a cerca de 750 quilômetros de altitude; a seguir, os técnicos do INPE assumirão o comando da missão a partir de São José dos Campos. 

Seria muito significativo se o veículo lançador pudesse ter sido um foguete brasileiro partindo da base de Alcântara, no Maranhão, mas, infelizmente a tragédia que ali ocorreu em 2003, quando um incêndio e explosões destruíram o foguete brasileiro VLS-1 e sua plataforma de lançamento, matando 21 técnicos, trouxe um grande atraso ao programa espacial brasileiro e o Amazonia-1 terá que partir de outro país, transportado por um foguete estrangeiro.

terça-feira, 8 de setembro de 2020

FAZENDO A CARGA DA BATERIA DE NOSSOS CELULARES DURAR UM POUCO MAIS

Você pode fazer com que a carga da bateria de seu celular dure um pouco mais.

Aqui você encontra algumas sugestões simples  que podem ajuda-lo a não ser surpreendido por uma bateria descarregada

domingo, 6 de setembro de 2020

AS BIG TECHS CORREM RISCOS?

Chamamos Big Techs às maiores empresas de tecnologia da informação que dominam o ciberespaçodesde os anos 2010; dentre elas destacam-se Amazon, Apple, Facebook e Google. 

Elas estão nas manchetes mais recentes, quer por seus extraordinários lucros, alavancados pela pandemia, quer pelas preocupações que vem despertando em razão do imenso poder econômico, social e político que acumularam.

Esse poder deriva da capacidade que essas empresas têm de capturar, processar e utilizar dados que transitam pela internet, a ponto de Clive Humby, um matemático inglês, ter cunhado uma frase que se tornou célebre: “os dados são o novo petróleo”.

Ao se ligar dados e petróleo, é oportuno lembrar que há até não muito tempo, as grandes empresas petroleiras tinham um papel similar ao que as Big Techs têm hoje, a ponto de uma delas, a Exxon, que usou no Brasil a marca Esso, ter sido, há cerca de dez anos, a empresa mais valiosa do mundo.

Hoje, apesar de continuar operando, a Exxon vale menos que a fortuna pessoal de Jeff Bezos, o fundador da Amazon. Além disso, suas ações deixaram recentemente de fazer parte do índice Dow Jones Industrial Average, que reflete as cotações da Bolsa de Nova Iorque, após nele permanecerem por mais de cem anos; foram substituídas pelas ações da Salesforce, uma empresa de tecnologia.

A maioria das pessoas não acredita que as Big Techs venham a perder importância, assim como a maioria das pessoas não acreditava que as grandes petroleiras deixassem de ser tão relevantes. 

Alguns creditam o declínio das petroleiras à sua lentidão no sentido de reagir às mudanças de cenário, especialmente ao crescimento das novas fontes de combustíveis fósseis e de energias alternativas e à imagem negativa que a opinião pública formou ao seu respeito, especialmente por questões de agressões ao meio ambiente e apoio a ditaduras em países produtores de petróleo. 

Executivos e investidores das empresas de tecnologia devem estar preocupados com a morte ou perda de relevância de suas empresas, especialmente pelo fato de a evolução da tecnologia, aliada a decisões equivocadas, poderem conduzir essas empresas a situações como as vividas pelas petroleiras. 

Tais preocupações devem estar sendo exacerbadas pelas pressões que essas empresas vêm sofrendo nos Estados Unidos em função de seu imenso poder, que muitos consideram exagerado. Cabe lembrar que em 1984 a AT&T, a maior empresa de telecomunicações daquele país precisou ser dividida em diversas empresas menores, como forma de diminuir seu poder. O mesmo aconteceu em 1911 com a Standard Oil, que entre outras, acabou gerando a Exxon. 

Parece que Andy Grove, que dirigiu a Intel, tinha razão quando deu ao seu célebre livro o título “Só os paranoicos sobrevivem”.


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