sábado, 31 de outubro de 2020

5G cresce na Europa ocidental, já no Brasil…

China e Estados Unidos são os países onde
foram vendidos mais smartphones 5G. Mas em termos de taxa de adoção, ou seja, a proporção dos dispositivos 5G em relação ao número total de telefones vendidos, a liderança é da Europa ocidental.

Isso foi revelado por pesquisa desenvolvida pela Strategy Analytics, que concluiu que a maior taxa de adesão da região é a da Suíça, onde três em cada cinco smartphones a serem vendidos em 2020 serão 5G.

Em seguida, estão a Alemanha e Reino Unido com 32%; fechando o grupo, a França, com 4%. Segundo analistas, a situação mudará em 2021, quando Alemanha e Reino Unido ficarão em primeiro lugar; mais de três em cada quatro smartphones vendidos serão 5G.

Isso pode ser explicado pela velocidade com que a implantação da tecnologia vem ocorrendo nesses países.

Quanto aos fornecedores de aparelhos, Samsung e Apple estão levando a parte do leão, mas a competição agressiva da Vivo, Oppo, Xiaomi e outros fornecedores chineses deve alterar o mercado em 2021. 

É oportuno lembrar que a grande imprensa americana recomenda aos consumidores daquele país que não se apressem em adquirir telefones 5G, pois a efetiva implantação da tecnologia nos Estados Unidos não deve ocorrer tão cedo e o uso desses telefones agora não traz vantagens aos usuários.

Como os 5G são mais caros, a imprensa tem
sistematicamente dito algo como “comprar 5G agora é jogar dinheiro fora”. Aqui no Brasil isso é mais verdadeiro. 

A efetiva entrada em operação da tecnologia em nosso país deve demorar bastante, e um 5G comprado agora, além de não trazer qualquer vantagem ao usuário, provavelmente estará obsoleto quando a tecnologia se firmar entre nós

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

GOVERNO AMERICANO PROCESSA O GOOGLE

O Departamento de Justiça dos Estados
Unidos entrou na terça feira (20) com uma ação contra a Alphabet Inc, empresa controladora do Google, a quem acusa de prejudicar seus concorrentes de forma ilegal.

Esta é a maior ofensiva legal contra um gigante da tecnologia em duas décadas e é o resultado de uma investigação que durou um ano e concluiu que a empresa usou sua posição dominante nos mercados de buscas na internet e de publicidade, prejudicando não apenas seus concorrentes, mas também os consumidores. 

A ação, que inicia um processo que pode se arrastar por anos, é um marco na luta que Washington vem travando contra o Vale do Silício. No centro do debate está o poder crescente dos gigantes da tecnologia, que têm sido investigados nos últimos anos.

Outras investigações estão em andamento, no próprio Departamento de Justiça e na Federal Trade Commission, desta vez contra Apple, Amazon e Facebook. Mais de 40 estados e administrações locais também investigam abusos do Google. 

A preocupação com a concentração de poder, dinheiro e dados nas mãos de poucas empresas é algo comum a políticos de todas as correntes – há apenas duas semanas, congressistas democratas, adversários do governo Trump, divulgaram um relatório acusando Google, Apple, Amazon e Facebook de abusarem de suas posições dominantes no mercado para suprimir a concorrência e aumentar seus lucros. 

Na ação, o Departamento de Justiça argumenta que, ao firmar acordos com fabricantes de celulares que utilizam o sistema operacional da Alphabet, o Android, para que seu mecanismo de busca seja adotado como padrão, o Google fortalece seu monopólio e prejudica a concorrência e a inovação. Acordos semelhantes foram fechados com a Apple, para instalação do buscador nos iPhones. 

O Departamento de Justiça não pede expressamente a divisão da empresa, como alguns legisladores vêm exigindo. Em vez disso, pede providências para atenuar o poder da empresa, e que podem consistir na venda de parte de seus negócios e o abandono de algumas das práticas denunciadas. 

A empresa nega sistematicamente as acusações de práticas monopolistas. Garante que enfrenta forte concorrência no mercado de buscas na Internet e diz que seus serviços ajudam muitas empresas de pequeno porte. De forma cínica, diz que as pessoas usam o Google porque querem, não porque são forçadas ou porque não conseguem encontrar alternativas.

Esta é a maior ação antitruste iniciada pelo governo americano desde o conjunto de ações judiciais movidas contra a Microsoft em 1998. Na ocasião, a empresa de Bill Gates foi acusada de abusar de sua posição dominante ao comercializar seu sistema operacional (Windows) e seu navegador de Internet (Explorer) no mesmo pacote, restringindo a concorrência por parte de outros navegadores.  

A base legal para o processo é uma legislação baixada em 1890, o Sherman Act, que foi usada no passado contra gigantes do tabaco, petróleo e telecomunicações. Dentre outras, a AT&T, que dominava 94% do mercado americano de telecomunicações e a Standard Oil, que refinava 90% do petróleo nos Estados Unidos, foram obrigadas a dividirem-se em empresas menores, como forma de garantir a concorrência. 

Não é impossível que isso venha a acontecer novamente, o que seria bom para a democracia e para o ambiente de negócios.

domingo, 25 de outubro de 2020

SERÁ QUE VAMOS NOS AFOGAR EM DADOS?

É público e notório que a humanidade vem gerando cada vez mais dados - nos últimos anos produzimos mais dados do que ao longo de toda a nossa história - 
 e que esses dados estão sendo cada vez mais utilizados, para o bem e para o mal.

Há alguns anos, talvez uma década, falava-se em "datawarehouses", armazéns de dados, estruturas em computador onde as organizações armazenariam seus dados. 

O volume de dados aumentou, e começou-se a falar em "data lakes", lagos de dados; é possível que logo apareçam outras expressões, como "data oceans" ou qualquer coisa similar. 

Para termos uma ideia melhor acerca desses volumes, em 2011 o volume de dados armazenados pela humanidade era de 1,8 zetabytes. Hoje são mais 40 zetabytes.

Um zetabyte  corresponde a 1.180.591.620.717.411.303.424 (270) bytes - de forma muito simplificada, um byte, em sistemas convencionais,  armazena um dígito ou dois algarismos.

Esse volume de dados corresponde a 57 vezes a quantidade de todos os grãos de areia de todas as praias da Terra. 

Dito de outra forma, se esse volume de dados fosse salvo em discos blu-ray, o peso desses discos seria de mais de 40 milhões de toneladas.

sexta-feira, 23 de outubro de 2020

COVID-19 ACELERA O PROCESSO DE ROBOTIZAÇÃO DAS EMPRESAS

Os robôs destruirão 85 milhões de empregos
em empresas de médio e grande porte nos próximos cinco anos, à medida que a pandemia de COVID-19 acelera mudanças no ambiente empresarial, conforme concluiu pesquisa conduzida pelo Fórum Econômico Mundial (WEF).

Foram estudadas cerca de 300 empresas de todo o mundo; 80% delas afirmaram estar planejando digitalizar suas operações e implantar novas tecnologias, o que levará a que sejam perdidos os empregos ganhos a partir do final da crise financeira de 2007-8.

De modo geral, a criação de empregos está diminuindo e a destruição de empregos está aumentando, à medida que empresas em todo o mundo trocam pessoas por tecnologia em seus escritórios e fábricas. 

Contrariando essa tendência há uma boa notícia: talvez sejam criados cerca de 97 milhões de empregos, especialmente nas áreas de serviços pessoais, tecnologia da informação, desenvolvimento de produtos e criação de conteúdo, disse o WEF.

A notícia é boa, mas provavelmente poucos dos 85 milhões de desempregados conseguirão alguns desses 97 milhões de novos empregos, que exigirão conhecimentos e habilidades mais sofisticados do que os possuídos pelos que serão substituídos pelos robôs. 

As tarefas em que os humanos deverão predominar são as de caráter verdadeiramente intelectual, como gestão, assessoria e comunicação, a despeito do avanço de tecnologias como inteligência artificial. 

Quanto aos trabalhadores que provavelmente permanecerão em seus empregos nos próximos cinco anos, quase metade precisará aprender novas habilidades.

De forma global, 43% das empresas pesquisadas acreditam que poderão diminuir o número de trabalhadores, contra 34% que dizem que irão aumentar esse número. Já 41% pretendem aumentar o uso de terceirizados. 

Tudo isso tende a aumentar as desigualdades, gerando problemas que a sociedade como um todo deve se preparar para enfrentar em breve.

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

HOME OFFICE E INOVAÇÃO: UM CASAMENTO DIFÍCIL

 

GASTOS MUNDIAIS COM TI CAIRÃO 5,4% EM 2020

Em 2020, os gastos mundiais  TI  cairão 5,4% chegando a  3,6  trilhões de dólares, disse o Gartner. 

Espera-se, porém,   uma recuperação em 2021, com um aumento de 4%. 

A contração neste ano afetará todos os segmentos de mercado e será mais acentuada na área de hardware, com uma queda de  -13,4% indo a 616 bilhões de dólares. 

Os demais segmentos também cairão: serviços (992 bilhões, -4,6%), aplicativos  (459 bilhões, -3,6%),  processamento (208 bilhões, -3,1%) e  telecom (1,3  trilhões, -2,9%). 

Segundo a empresa, nos 25 anos em que esses números são acompanhados,  nunca houve uma queda tão grande.

O Gartner disse também que as    empresas que já eram mais digitais  estão se saindo melhor e continuarão a prosperar em 2021.

domingo, 18 de outubro de 2020

YOUTUBE PROÍBE CONTEÚDOS RELACIONADOS A TEORIAS DA CONSPIRAÇÃO

O YouTube  anunciou na quinta-feira (15) uma mudança em suas políticas de moderação passando a proibir conteúdos relacionados a teorias da conspiração que "justifiquem violência no mundo real". Para exemplificar as novas regras, a plataforma citou o grupo americano QAnon.

"A partir de hoje estamos expandindo nossas políticas sobre ódio e assédio para proibir conteúdos que são direcionados para um indivíduo ou grupo com teorias conspiratórias que foram utilizadas para justificar violência no mundo real", afirmou a empresa em um comunicado.

O YouTube revelou que antes mesmo das novas regras tinha eliminado dezenas de milhares de conteúdos e centenas de canais relacionados com o QAnon, "particularmente aqueles que ameaçam explicitamente a violência ou negam a existência de grandes eventos violentos".

Outras plataformas como o Facebook e o Twitter  já haviam tomado providências semelhantes recentemente.

As medidas tomadas pelo Facebook   foram mais duras, com a remoção de todos os perfis ligados ao movimento, mesmo que não possuam conteúdos violentos. 

Já o Twitter deixou de recomendar qualquert conteúdo ligado ao QAnon,   bloqueando links associados a esse movimento.

QAnon é um movimento conspiracionista norte-americano de extrema direita que apoia sem restrições o presidente Donald Trump, candidato à reeleição e que, segundo o movimento, é herói de uma batalha contra grupos satânicos. O grupo, no entanto, é considerado pelo FBI como uma ameaça terrorista em potencial.

Por trás dessa teoria da conspiração, esconde-se um   anônimo. Seu pseudônimo é a "Q", e  desde outubro de 2017,  publica nas redes mensagens  que revelariam informações confidenciais sobre a guerra secreta liderada por Donald Trump.

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

CYBERSTALKING: UM CRIME CADA VEZ MAIS COMUM

O termo cyberstalking vem do inglês stalk, que significa “perseguir, caçar”, e consiste no uso de ferramentas tecnológicas para ameaçar alguém. 

É a versão virtual do stalking, comportamento que envolve perseguição ou ameaças contra uma pessoa, de modo repetitivo, seguindo a vítima em seus trajetos, aparecendo repentinamente em seu local de trabalho ou em sua casa, efetuando ligações telefônicas inconvenientes, deixando mensagens ou objetos pelos locais onde a vítima circula etc.

O cyberstalking, que vem se tornando cada vez mais comum, já preocupava o governo americano no final da década de 1990, época em que as redes sociais se popularizaram e passaram a ser utilizadas para essas práticas, que é considerada crime tanto naquele país como no Brasil, onde sua prática usualmente é enquadrada como crime de ameaça.

Agora, um caso desses, envolvendo uma grande empresa, chega à imprensa: quatro executivos do eBay, estão sendo processados por ameaças a um casal de blogueiros, que havia publicado uma nota acerca do alto salário de um deles. Podem ser condenados a até 5 anos de prisão e multados em até 250 mil dólares.

Além de telefonemas e mensagens ameaçadoras, públicas e privadas, os acusadores enviaram ao casal caixas com baratas e aranhas vivas e uma máscara representando uma cabeça de porco sangrenta, feita para o Halloween; tudo isso foi feito de forma anônima. Também enviaram material pornográfico a vizinhos do casal, simulando ter sido encomendado pelos blogueiros.

Além disso, estiveram nas proximidades da residência do casal, pretendendo instalar um rastreador GPS em seu carro; nessa ocasião, as vítimas acionaram a polícia, que identificou os cyberstalkers e os levou à justiça.

Quanto ao eBay, disse à imprensa que tão logo foi informado sobre o caso, iniciou suas próprias investigações e demitiu todos os envolvidos. Na justiça, os acusados devem admitir sua culpa, como forma de diminuir suas penas.

É importante a denúncia, apuração e punição desses crimes, pelos males que causam às suas vítimas.

terça-feira, 6 de outubro de 2020

5G NOS ESTADOS UNIDOS - UM ALERTA PARA O BRASIL

Apesar da 5G estar chegando ao Brasil a passos de tartaruga, é oportuno verificar como ela está evoluindo no resto do mundo, especialmente nos Estados Unidos, que por sua extensão territorial e tamanho da população talvez seja o país mais semelhante ao Brasil dentre aqueles onde o uso da 5G está mais avançado. 

Lá, como cá, há os otimistas, que afirmam que ela acelerará a 4ª Revolução Industrial e revolucionará nossa vida cotidiana, viabilizando as smart cities, a cura do câncer e outros milagres. Há também os que gostam de teorias conspiratórias e se mantem informados apenas pelas redes sociais, para os quais ela só traz males, de COVID-19 a enxaquecas, passando pela extinção de diversas espécies de pássaros. 

Até agora, os fatos não dão razão a nenhum dos grupos e se pode observar apenas que, naquele país, 5G é mais cara e vem sendo adotada muito lentamente em relação aos outros países desenvolvidos, ao contrário do que as operadoras de telecomunicações prometiam. 

A revista PC Magazine conduziu pesquisas que levaram-na a concluir que cometeu um erro ao entusiasmar-se com o tema, especialmente em função de promessas de maior velocidade e menor latência que seriam trazidas pela nova tecnologia: nos Estados Unidos, como regra geral, as redes 4G vem sendo melhoradas e são mais rápidas e estáveis que as 5G. 

A revista faz acusações diretas às maiores operadoras, dizendo que a AT&T mente aos usuários, usando ícones que os levavam a acreditar que redes 4G eram 5G. Quanto à Verizon, a revista diz que seu sinal 5G está disponível em apenas espaços de tempo muito curtos – nesses casos, o usuário passa automaticamente a utilizar tecnologia 4G, quase sempre sem perceber. Outra grande operadora, a T-Mobile, também é acusada de fornecer serviços com performance muito ruim.  

O jornal Washington Post também pesquisou a respeito do assunto e chegou a conclusões semelhantes, inclusive dando uma manchete que dizia “A mentira 5G”. 

No longo prazo esse cenário deve mudar, e 5G certamente nos trará algumas das vantagens que vem sendo prometidas pelas operadoras e fabricantes de celulares. Mas ainda não chegou o momento de, ao menos como pessoas físicas, nos preocuparmos com o assunto aqui no Brasil.

quarta-feira, 30 de setembro de 2020

CHEGA AO MERCADO O PRIMEIRO COMPUTADOR DOBRÁVEL

Depois dos smartphones, o primeiro computador dobrável está chegando ao mercado.

A Lenovo acaba de lançar seu ThinkPad X1 Fold,  um dispositivo  compatível com redes 5G e que tem como objetivo combinar as funcionalidades de smartphone, tablet e laptop em um único aparelho. 

Resultado de cinco anos de pesquisa e desenvolvimento, e anunciado em janeiro passado no CES em Las Vegas, tem uma tela flexível de 13,3 polegadas com dimensões de 299,4 x 236 x 11,5 mm, que quando fechada passa a 158,2 x 236 x 27,8 mm. Pesa    pouco menos de um quilo.

O processador é o Intel Lakefield, com 8 GB de Ram e até um TB de memória. O sistema operacional é o Windows 10.

O ThinkPad X1 Fold pode ser usado também como um grande tablet quando aberto, com a tela dividida em duas metades cada uma rodando um aplicativo  diferente.

Dobrado,  tem a aparência de um livro ou mini laptop com teclado virtual. No entanto, é possível transformá-lo em um laptop normal de 13 polegadas adicionando um teclado físico, vendido separadamente.

O preço final, na Europa passa um pouco de  3.500 euros.

 

domingo, 20 de setembro de 2020

WI-FI 7 ESTÁ CHEGANDO - ESTADO DE MINAS 20/09/2020


 


Espera-se que em cerca de quatro anos esteja disponível um novo protocolo Wi-Fi, que deve aumentar a capacidade das redes sem fio e torna-las mais confiáveis, habilitando-as a suportar as demandas geradas pelo aumento do trabalho a distância e vídeo chamadas.

Este protocolo vem sendo chamado Wi-Fi 7 e seu desenvolvimento está sendo coordenado pelo grupo de trabalho 802.11be do IEEE, o Institute of Electrical and Electronics Engineers, uma das maiores e mais importantes organizações profissionais de todo mundo. 

No documento "IEEE 802.11be: Wi-Fi 7 Strikes Back", pesquisadores do Nokia Bell Labs de Dublin (Irlanda), apresentam as características do novo protocolo e afirmam acreditar que em breve surgirão serviços que serão viabilizados pelo novo protocolo bem como versões melhoradas de serviços já existentes.

Dentre os serviços beneficiados pelo novo protocolo estão os jogos, os baseados em realidade virtual ou aumentada, os hospedados na nuvem e os veículos autônomos. 

Também serão beneficiadas as empresas que pretendem substituir seus sistemas de comunicação atuais, baseados em cabos, por soluções sem fio, mais eficientes e flexíveis. 

Em um cenário em que a demanda por Wi-Fi só cresce, pelo aumento de dispositivos conectados e do volume de dados, essa é uma ótima notícia.

terça-feira, 15 de setembro de 2020

UM NOVO PROBLEMA NO ESPAÇO


A SpaceX, é uma empresa fundada por Elon Musk que se dedica à área espacial. Um de seus negócios é a criação da constelação de satélites Starlink que pretende dar suporte a um novo sistema de comunicações via internet.
Há poucos dias, foram lançados por um foguete Falcon, também da SpaceX, mais 60 desses satélites – já há 713 em órbita e a constelação deverá ter 1.440 deles em prazo relativamente curto. Para cobrir toda a Terra, fornecendo serviços de banda larga, a empresa pretende chegar a 12 mil satélites, cada um pesando 227 quilos. O Falcon partiu da base do cabo Canaveral, de onde foram lançados os mais célebres veículos espaciais americanos.
Já está no espaço, no que se chama “órbita baixa”, abaixo de 2 mil quilômetros de altitude, uma enorme quantidade de outros engenhos. Mais devem chegar, como o brasileiro Amazonia-1 que será lançado em 2021, os da Athena, uma constelação que   o Facebook pretende lançar com objetivos similares aos da Starlink e outros.
Esse intenso tráfego espacial começa a preocupar os especialistas: um relatório produzido pelo   European Southern Observatory, uma entidade formada por governos europeus, alerta que   satélites em órbita baixa, devido à sua capacidade de refletir a luz do Sol, podem trazer problemas a programas científicos que requerem observações noturnas. Dentre esses programas estão a busca de asteroides potencialmente perigosos para a Terra e o estudo da radiação visível e das   ondas gravitacionais provenientes do espaço.
Uma forma de minimizar esse problema seria posicionar os satélites em altitudes inferiores a 600 quilômetros, o que, no entanto, acabaria por torna-los menos eficientes em termos de cobertura.
Outro problema nessa área é a presença do lixo espacial:  mais de 20 mil objetos maiores do que 10 centímetros, totalizando quase 7 mil toneladas, estão em órbita da Terra, sendo que alguns deles têm velocidades que se aproximam dos 10 quilômetros por segundo.
Esses objetos, restos de foguetes e satélites, representam perigo para as missões espaciais, pois mesmo um fragmento minúsculo, viajando em alta velocidade, pode danificar naves e até causar a morte de astronautas que estiverem a bordo.   Além disso, satélites em operação podem ser atingidos, gerando inúmeros problemas, especialmente na área de telecomunicações, podendo até mesmo paralisar o sistema GPS e outros similares. 
Congestionamentos no espaço certamente não eram problemas que traziam preocupações até há muito pouco tempo.

SUCESSO: MICROSOFT RETIRA SEU DATA CENTER DO FUNDO DO MAR

Em junho de 2018 falamos sobre o projeto Natick, da Microsoft, que instalou um data center no fundo do mar, com o objetivo principal de  pesquisar formas de refrigerar data centers e, assim, diminuir os custos com energia elétrica.

O data center dispõe de 864 servidores e 27,6 petabytes de armazenagem e foi colocado há cerca de 40 metros de profundidade, na costa da Escócia.

Agora, a empresa trouxe a estrutura à superfície, para analisar os impactos da permanência sob a superfície, concluindo ter o projeto sido um sucesso, não apenas pela redução no consumo de energia como também pela queda no número de falhas apresentadas.  

Esse número foi cerca de 12% do número des falhas apresentadas por data centers convencionais. Ele deveu-se principalmente aos baixos níveis de umidade e oxigênio presentes no ambiente do data center hermeticamente fechado. 

Esse número é importante em função da dificuldade  em reparar um data center submerso. 

O próximo passo do Projeto Natick é verificar a viabilidade de reaproveitar os data centers retirados do fundo do mar, tornando sua operação mais eficiente também do ponto de vista econômico.

Neste vídeo, há informações adicionais sobre o projeto. 


sexta-feira, 11 de setembro de 2020

AMAZONIA-1: UM SATÉLITE TOTALMENTE NACIONAL

Um satélite projetado e desenvolvido no Brasil pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Amazônia-1, já está em fase final de testes e deve ser lançado no início de 2021, marcando mais uma etapa de um processo que teve início há 12 anos. 

Sua missão principal será observar a Amazônia, mas poderá também coletar dados sobre a costa do país, cursos e reservatórios de água e desastres ambientais - principalmente inundações e queimadas.

O Amazônia-1 é um marco para o país; nunca um satélite desse porte foi totalmente concebido e desenvolvido no Brasil – anteriormente, houve casos de aquisição de tecnologia ou parcerias. 

Seu desenvolvimento é mais um passo dado pelo país na busca da autonomia na área, gerando conhecimento para profissionais brasileiros, fomentando a indústria nacional e permitindo que os dados coletados pelo satélite permaneçam sob controle de brasileiros. 

O Amazonas-1 foi desenvolvido a partir dos parâmetros estabelecidos pela Plataforma Multimissão, uma estrutura para construção de satélites, permitindo que partes comuns sejam utilizadas por engenhos que tem outros objetivos, como por exemplo, a observação do espaço. Esse conceito ajuda a diminuir o custo e o tempo de produção de novos satélites. 

O Amazonia-1 tem 2,5 metros de altura, pesa 640 quilos e tem entre outros componentes, 6 quilômetros de cabos e 16 mil conexões elétricas – é uma máquina complexa. Será levado ao espaço por um foguete lançador que partirá de uma base situada na Índia, para um voo que durará 18 minutos, após o que o satélite será liberado, a cerca de 750 quilômetros de altitude; a seguir, os técnicos do INPE assumirão o comando da missão a partir de São José dos Campos. 

Seria muito significativo se o veículo lançador pudesse ter sido um foguete brasileiro partindo da base de Alcântara, no Maranhão, mas, infelizmente a tragédia que ali ocorreu em 2003, quando um incêndio e explosões destruíram o foguete brasileiro VLS-1 e sua plataforma de lançamento, matando 21 técnicos, trouxe um grande atraso ao programa espacial brasileiro e o Amazonia-1 terá que partir de outro país, transportado por um foguete estrangeiro.

terça-feira, 8 de setembro de 2020

FAZENDO A CARGA DA BATERIA DE NOSSOS CELULARES DURAR UM POUCO MAIS

Você pode fazer com que a carga da bateria de seu celular dure um pouco mais.

Aqui você encontra algumas sugestões simples  que podem ajuda-lo a não ser surpreendido por uma bateria descarregada

domingo, 6 de setembro de 2020

AS BIG TECHS CORREM RISCOS?

Chamamos Big Techs às maiores empresas de tecnologia da informação que dominam o ciberespaçodesde os anos 2010; dentre elas destacam-se Amazon, Apple, Facebook e Google. 

Elas estão nas manchetes mais recentes, quer por seus extraordinários lucros, alavancados pela pandemia, quer pelas preocupações que vem despertando em razão do imenso poder econômico, social e político que acumularam.

Esse poder deriva da capacidade que essas empresas têm de capturar, processar e utilizar dados que transitam pela internet, a ponto de Clive Humby, um matemático inglês, ter cunhado uma frase que se tornou célebre: “os dados são o novo petróleo”.

Ao se ligar dados e petróleo, é oportuno lembrar que há até não muito tempo, as grandes empresas petroleiras tinham um papel similar ao que as Big Techs têm hoje, a ponto de uma delas, a Exxon, que usou no Brasil a marca Esso, ter sido, há cerca de dez anos, a empresa mais valiosa do mundo.

Hoje, apesar de continuar operando, a Exxon vale menos que a fortuna pessoal de Jeff Bezos, o fundador da Amazon. Além disso, suas ações deixaram recentemente de fazer parte do índice Dow Jones Industrial Average, que reflete as cotações da Bolsa de Nova Iorque, após nele permanecerem por mais de cem anos; foram substituídas pelas ações da Salesforce, uma empresa de tecnologia.

A maioria das pessoas não acredita que as Big Techs venham a perder importância, assim como a maioria das pessoas não acreditava que as grandes petroleiras deixassem de ser tão relevantes. 

Alguns creditam o declínio das petroleiras à sua lentidão no sentido de reagir às mudanças de cenário, especialmente ao crescimento das novas fontes de combustíveis fósseis e de energias alternativas e à imagem negativa que a opinião pública formou ao seu respeito, especialmente por questões de agressões ao meio ambiente e apoio a ditaduras em países produtores de petróleo. 

Executivos e investidores das empresas de tecnologia devem estar preocupados com a morte ou perda de relevância de suas empresas, especialmente pelo fato de a evolução da tecnologia, aliada a decisões equivocadas, poderem conduzir essas empresas a situações como as vividas pelas petroleiras. 

Tais preocupações devem estar sendo exacerbadas pelas pressões que essas empresas vêm sofrendo nos Estados Unidos em função de seu imenso poder, que muitos consideram exagerado. Cabe lembrar que em 1984 a AT&T, a maior empresa de telecomunicações daquele país precisou ser dividida em diversas empresas menores, como forma de diminuir seu poder. O mesmo aconteceu em 1911 com a Standard Oil, que entre outras, acabou gerando a Exxon. 

Parece que Andy Grove, que dirigiu a Intel, tinha razão quando deu ao seu célebre livro o título “Só os paranoicos sobrevivem”.


INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL BATE PILOTO DE CAÇA EM COMBATE SIMULADO



CHINESES VENDEM CELULARES COM MALWARE INSTALADO






segunda-feira, 17 de agosto de 2020

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO VERDE GANHA IMPORTÂNCIA


Tecnologia da Informação Verde, TI Verde ou Green IT são termos utilizados para designar   o uso de recursos da Tecnologia da Informação com a preocupação de reduzir o consumo de energia e os impactos ambientais gerados pela produção e descarte   de equipamentos eletrônicos.
O tema começou a ser discutido em 1972 durante a Conference on the Human Environment, promovida pela ONU e realizada na Suécia. O foco do evento foi a discussão das interações dos seres humanos com o meio ambiente; pode-se dizer que nesse evento surgiu o atual conceito de sustentabilidade, uma ideia ligada a estratégias de uso consciente dos recursos naturais, de modo a garantir sua conservação para as futuras gerações.
Em 1992, a   U.S. Environmental Protection Agency lançou o Energy Star, um programa ao qual as empresas produtoras de equipamentos eletrônicos aderiam voluntariamente e era destinado a promover e reconhecer a eficiência energética de terminais de computador, aparelhos de televisão, condicionadores de ar e outros equipamentos. Um resultado marcante desse programa foi a criação do “sleep mode”, adotado em equipamentos de uso doméstico e de escritório; o programa ampliou-se, tornando-se um padrão internacional.
Na mesma época, a organização sueca TCO lançou um programa de certificação destinado a promover a redução das emissões eletromagnéticas dos terminais de computador; mais tarde, o programa foi expandido, passando a abranger também consumo de energia, aspectos ergonômicos e o uso de materiais perigosos na construção de equipamentos de computação.
Na atualidade, a TI Verde vem ganhando importância,  focando-se   nos “data centers”: cerca de 1% de toda a energia elétrica produzida no mundo vai para essas instalações, sendo utilizada não apenas para fazer as máquinas funcionarem, mas também para refrigerá-las; computadores geram muito calor e tem problemas para funcionar em ambientes aquecidos.
Além disso, os “data centers” concentram-se no hemisfério norte, onde parte considerável da energia elétrica é produzida a partir da queima de carvão e petróleo, grandes geradores de gases causadores do efeito estufa.
Nessa área a ideia é tornar o “hardware” e os sistemas de refrigeração mais eficientes, bem como acelerar o uso de energias renováveis, como a solar e a eólica.
O descarte de equipamento eletrônico de forma inadequada gera danos ao meio ambiente. Esses produtos são compostos por substâncias altamente tóxicas, como berílio, mercúrio e chumbo, por exemplo, que podem contaminar o solo e as águas. Além desses, outros materiais como vidro e plástico demoram muito tempo para se decompor e seu   descarte inadequado gera lixo que ficará no meio ambiente por séculos.
Sem o devido cuidado, o descarte desses materiais pode gerar graves problemas de saúde pública; por outro lado, reciclá-los pode produzir resultados financeiros muito interessantes. O assunto é importante a ponto de ter sido tratado de forma explicita no Plano Nacional de Resíduos Sólidos, elaborado pelo governo federal.
As empresas, além de preocuparem-se com esses aspectos devem desenvolver ações de conscientização para informar e motivar seus empregados e   público externo a adotarem práticas de sustentabilidade no cotidiano, como redução de impressões, desligamento de equipamentos que não estão em uso, entre outras.
Há um ponto a observar: algumas empresas estão praticando o “greenwashing”, neologismo derivado das palavras “green”, verde, e “whitewash”, branquear ou encobrir, que é um termo utilizado para indicar o uso de técnicas de “marketing” e relações públicas para expressar uma falsa preocupação com o meio ambiente; sempre que possível, casos como esses devem ser denunciados de forma a desencorajar sua prática.
Uma genuína preocupação com o meio ambiente e procurar manter o tema na pauta de todos, certamente contribuirá para o tornar a TI mais verde e o meio ambiente mais saudável. 

sexta-feira, 14 de agosto de 2020

RANSOMWARE: UM CRIME CADA VEZ MAIS COMUM

Ransomware é um tipo de software que impede o acesso aos dados de uma empresa ou pessoa; aqueles que o utilizam cobram um resgate, usualmente em bitcoins, para que o acesso possa ser restabelecido. A palavra “ransom”, em inglês, significa resgate; caso ele não seja pago, os dados são apagados ou então tornados públicos, causando danos aos seus proprietários. 

Os criminosos que o utilizam geralmente têm como estratégia pedir valores relativamente pequenos, para que as vítimas paguem rapidamente ao invés de procurarem outras soluções, como o envolvimento da polícia, por exemplo - isso quase sempre é inútil, pois na maior parte dos casos o golpe é aplicado a partir do exterior. 

Empresas de grande porte, que utilizam poderosos sistemas de segurança da informação, usualmente não se tornam vítimas desse crime. 

Mas nos últimos dias, aconteceram dois casos envolvendo grandes corporações; no primeiro, a vítima foi a Garmin, uma empresa americana que desenvolve produtos de consumo baseados em GPS. Inicialmente a Garmin tentou ocultar o fato, dizendo que seus sistemas estavam fora do ar para manutenção, mas algumas horas depois admitiu ter sido atacada; ao que consta, a empresa pagou dez milhões de dólares para voltar a ter acesso aos seus dados. 

A vítima agora é a japonesa Canon, conhecido por produzir câmeras fotográficas e de vídeo, fotocopiadoras etc. A empresa não admite publicamente tratar-se de ransomware, mas diz “estar investigando problemas que afetam seus sistemas”. 

Diferentemente do que acontece na maioria dos casos de ransomware, quando os criminosos impedem o acesso aos dados criptografando-os, no caso da Canon parece que os dados foram realmente retirados de seus servidores, e estariam sendo mantidos como reféns. 

Vamos aguardar o desdobramento do caso, mas desde já é importante que todos se conscientizem da necessidade de adotar fortes medidas para a segurança de seus dados.

quarta-feira, 5 de agosto de 2020

NEW YORK TIMES FATURA MAIS COM VERSÃO DIGITAL DO QUE COM A IMPRESSA

O diário The New York Times acabou de anunciar que passou a ganhar mais dinheiro vendendo sua versão digital do que a impressa.

Entre abril e junho, faturou 185 milhões de dólares com a versão digital (assinaturas mais propaganda) contra 175 vindos da versão impressa.

É irreversível: jornais impressos estão chegando ao fim


terça-feira, 4 de agosto de 2020

ISSO É QUE É GUINCHO!!!!!



Não se trata de tecnologia trivial, de uso diário, mas certamente é tecnologia de ponta: dois navios de guerra americanos chocaram-se com navios mercantes de muito grande porte, sofrendo danos de grande monta - os mercantes quase não foram afetados. 

Os destróier USS John S. McCain (DDG 56) colidiu com o mercante Alnic MC enquanto estava navegando a leste do Estreito de Malaca e Singapura. Os danos no destróier provocaram 10 mortes e deixaram 5 tripulantes feridos. Os reparos do John S. McCain terão um custo estimado de US$ 223 milhões.

Já o USS Fitzgerald (DDG 62)  chocou-se com o mercante ACX Crystal de 29 mil toneladas, ao largo do Japão, provocando a morte de 7 militares. Os custos para reparos do Fitzgerald  foram estimados em US$ 367 milhões. 

Agora, em meados de 2020, os trabalhos foram terminados e o navio está sendo testado, tendo os custos chegado a US$ 523 milhões.

Os dois navios foram rebocados para portos próximos e serão transportados para os locais de reparo por navios de transporte pesado semi-submersíveis - a seção central desses navios afunda por baixo dos navios danificados e a seguir os ergue, podendo assim transporta-los. 

As colisões entre os destróieres e os navios mercantes, juntamente com outros incidentes semelhantes acontecidos nos últimos anos, indicaram a necessidade da Marinha dos EUA empreender estudos visando determinar melhor as causas sistêmicas desses incidentes - por enquanto, diversos oficiais que serviam a bordo dos navios foram punidos.

segunda-feira, 3 de agosto de 2020

MORRE BILL ENGLISH, UM DOS PIONEIROS DA COMPUTAÇÃO


Em 26 de julho passado morreu, aos 91 anos, William “Bill” English, um dos pioneiros da moderna computação.
Trabalhando com   Douglas Englebart no Stanford Research Institute, English ajudou a desenvolver o mouse, instrumento vital em nosso dia a dia.
Englebart era tido como um visionário, mas English tinha uma impressionante capacidade de captar ideias e transforma-las em coisas concretas, como no caso do mouse, que English construiu a partir de um esboço desenhado por Englebert. 
Em 1968 fez uma palestra,  que felizmente foi preservada em vídeo. Nela, que acabou sendo chamada “Mother of All Demos”, além do mouse lança ideias que mais tarde foram transformadas em ferramentas que transformaram o mundo. Dentre as ideias apresentadas, estão a internet, interfaces gráficas,  edição de textos, videochamadas, hipertexto e muitas outras.