quinta-feira, 3 de novembro de 2016

POR QUE VIAGENS DE AVIÃO DEMORAM MAIS HOJE DO QUE HÁ 50 ANOS?


O senso comum nos leva a crer que com o aumento da velocidade dos aviões, as viagens aéreas vão se tornando mais rápidas. 

Isso tem alguma lógica - no final dos anos 1930, ao lançar a linha São Paulo-Rio, a VASP informava que a viagem demoraria 90 minutos - hoje, esse tempo é bem menor (ao menos o tempo de voo...). 

O site  DepartedFlights mostra que isso, quase sempre, não se traduz em viagens mais rápida para todos. Mostra como em 1970, um voo de Nova York a Houston costumava levar aproximadamente 2 horas e 37 minutos. Hoje, leva 3 horas e 50 minutos, 1 hora e 13 minutos a mais.

Segundo vídeo publicado pelo Business Insider, o principal fator que torna os voos de hoje  mais lentos do que os de décadas atrás é a economia das companhias aéreas com combustível. 

O gasto de energia dos aviões cresce de forma exponencial à medida que sua velocidade aumenta linearmente; assim, a redução do tempo nas alturas com uma viagem mais rápida não é o suficiente para compensar o maior consumo de combustível.

Em 2008, uma reportagem da Associated Press revelou que a companhia aérea JetBlue economizou 13,6 milhões de dólares apenas aumentando em dois minutos o tempo médio de seus voos.

“Companhias aéreas podem poupar milhões por ano voando mais devagar”, afirma o vídeo. Ainda por conta do alto custo com combustível, as empresas têm tentado tornar os voos cada vez mais leves, motivo pelo qual cobram taxas pelo excesso de bagagem dos viajantes.

Outra razão que contribui para que os voos pareçam mais longos é uma tática usada pelas companhias aéreas: para evitar que os voos atrasem, as empresas acrescentam alguns minutos na previsão de chegada - assim, quando chegamos mais cedo que o planejado, não é porque o voo está adiantado, mas sim, porque ele não atrasou.



terça-feira, 1 de novembro de 2016

ACESSO À INTERNET A PARTIR DE SMARTPHONES E TABLETS SUPERA O ACESSO VIA COMPUTADORES

Pela primeira vez, em outubro de 2016, o acesso à internet a partir de smartphones e tablets excedeu o uso por meio de computadores, informou nesta terça-feira, 1º, a companha de análise independente StatCounter.

Dominada por PCs, o uso de internet vem de caindo desde 2009, mas ainda se mantinha à frente. Foi só apenas no mês passado que o jogo virou. Celulares e tablets passaram a responder por 51,3% do consumo de conteúdos conectados.

Apesar disso, os computadores ainda tem um grande papel a cumprir na área, conforme vídeo abaixo:


terça-feira, 18 de outubro de 2016

CADEIRAS AUTOMÁTICAS PODEM DIMINUIR O ESTRESSE GERADO POR FILAS

Ficar em filas cansa, aborrece. Aqui no Brasil, onde temos filas para tudo (restaurantes, bancos, embarque em aeroportos etc.) o problema é ainda maior. 

Mas a Nissan propõe uma solução que pode minorar o problema: desenvolveu uma cadeira automática, inspirada na tecnologia que vem desenvolvendo para carros sem motorista. 



A cadeira é chamada  “ProPilot Chair”, e é capaz de avançar e parar sem intervenção do usuário, com segurança. Vídeos recém divulgados mostram  clientes fazendo fila em diversas situações, confortavelmente sentados em cadeiras que, através de câmeras internas instaladas na parte inferior da estrutura, detectam a posição da cadeira anterior e movem-se no momento adequado. 

O dispositivo será testado em negócios do Japão no próximo ano, embora não sua comercialização ainda não esteja prevista, como disse à Agência Efe um porta-voz da companhia.

A Nissan está pedindo, via  Twitter, que restaurantes do Japão interessados enviem uma solicitação até 27 de dezembro para testar a cadeira em 2017. 


sexta-feira, 14 de outubro de 2016

TRÊS EM CADA DEZ BRASILEIROS QUE JOGAM POKÉMON GO JÁ GASTARAM DINHEIRO COM O GAME

31% dos jogadores brasileiros de Pokémon Go (Android, iOS) já compraram algum item virtual dentro do game, informa pesquisa da eCMetrics com 1 mil internautas que baixaram o jogo em seus smartphones. 

Entre os que gastaram dinheiro com Pokémon Go, o desembolso médio foi de R$ 59,4. Para ser mais exato: 27% gastaram até R$ 10; 39%, entre R$ 11 e R$ 50; 22%, entre R$ 51 e R$ 100; e 12%, mais de R$ 100.

A pesquisa analisou também onde os brasileiros caçam pokémons. O mais comum, apontado por 60% dos entrevistados, é caçar no caminho para casa, escola ou trabalho. Shopping centers (58%) e lugares públicos (58%) também estão entre os preferidos. 40% caçam dentro do trabalho ou da escola e 32%, em estabelecimentos comerciais.

Metade dos jogadores brasileiros declararam já ter ido a uma loja especificamente para caçar pokémons. E 75% aproveitaram para comprar algo no estabelecimento comercial. Além disso, 56% disseram que passam mais tempo dentro da loja quando estão caçando pokemons do que em uma visita regular.

A frequência de acesso ao jogo impressiona. Metade (51%) dos usuários de Pokémon Go joga diariamente. 16%, de cinco a seis dias por semana; 17%, três a quatro dias; 12%, um a dois dias; e 12% acessam com menos frequência que isso. 

A pesquisa mediu também a quantidade de horas por dia jogando Pokémon Go: 22% jogam menos de uma hora por dia; 34%, de uma a duas horas; 20%, de três a quatro horas; 24%, mais de quatro horas.

No entanto, de acordo com a pesquisa, 22% dos internautas brasileiros que baixaram Pokémon Go já pararam de jogá-lo. Os principais motivos apontados por eles para a desistência foram dificuldade do jogo (48%); não gostaram do jogo (33%); não encontram muitos pokemons (25%) e problemas de compatibilidade do jogo com seu modelo de celular (8%).

Essas desistências já eram esperadas: o Pokémon Go não é mais o aplicativo líder em receita na App Store norte-americana. Após 74 dias em primeiro lugar, o jogo  caiu para a segunda posição, sendo superado pelo Clash Royale.


Como sempre acontece, poucos ganharam muito dinheiro com o game e muitos perderam muito tempo e dinheiro... 


segunda-feira, 10 de outubro de 2016

FAZENDA EM PLENO DESERTO CULTIVA TOMATES COM ÁGUA DO MAR

O deserto do sul da Austrália é um ambiente hostil para plantas. Contrariando qualquer expectativa, cerca de 17 mil toneladas de tomates são produzidas por lá a cada ano. O que mais impressiona é que são usados apenas dois ingredientes para que as plantas cresçam saudáveis: água do mar e sol.

Vista da fazenda
Os tomates são produzidos em uma fazenda comandada pela empresa inglesa Sundrop Farms. Na produção, não são usados pesticidas, combustíveis fósseis ou água subterrânea – comumente usada na agricultura  tradicional para irrigação. O objetivo por trás do empreendimento é desenvolver uma forma mais sustentável de produção de legumes e verduras.

A empresa transforma água do mar e luz solar em energia e água. Em seguida, usa dióxido de carbono de origem sustentável e nutrientes para maximizar o crescimento das culturas”, afirma a empresa em seu site

Com o aumento da demanda por energia e água doce, a Sundrop pode representar o futuro da agricultura.

O interior da estufa
Foram necessários seis anos de pesquisas e uma equipe internacional de cientistas para que a ideia fosse para frente. Uma estufa piloto foi construída em 2010 e, quatro anos depois, uma instalação em escala comercial com 20 hectares foi criada. Na semana passada aconteceu o lançamento oficial da fazenda no sul da Austrália, na região da cidade de Port Augusta.

O cultivo é feito com a água do mar, que fica a dois quilômetros da Sundrop Farm. A água é bombeada para uma usina de dessalinização, que é alimentada por energia solar. Lá, o sal é removido para que a água possa ser utilizada na irrigação de 180 mil plantas da estufa. 

Para que as plantas não sofram com o clima seco do deserto, os cientistas forraram a estufa com um tipo de papelão embebido de água do mar. Desse modo, o local fica com a temperatura perfeita para o cultivo. No inverno, um sistema de aquecimento (gerado a partir da energia solar) mantém a estufa quente. 

De acordo com o site da empresa, os tomates são cultivados em sistema hidropônico – ou seja, o solo do deserto não é utilizado. “Nossas plantas florescem em cascas de coco ricas em nutrientes”, dizem fontes da empresa. Isso significa que esse tipo de agricultura pode ser empregado em locais que antes eram considerados inóspitos – basta ter sol e água salgada por perto.

“A grande vantagem deste novo método de agricultura é o controle que ele nos dá em relação aos níveis de nutrição vegetal. Ele garante uma melhor produção e um sabor melhor", informa o site.

Toda a energia para fazer a fazenda funcionar é gerada por 23 mil espelhos que refletem a luz do sol para uma torre receptora de 115 metros de altura. Em um dia ensolarado, até 39 megawatts de energia podem ser produzidos, segundo dados obtidos pelo site New Scientist. A estufa ainda está conectada com a rede elétrica caso algo dê errado.

Apesar de inteligente, a inovação pode causar impacto negativo no deserto. Sistemas similares nos Estados Unidos estão incinerando mais de seis mil aves por ano, pois muitas delas voam na frente das placas solares para caçar insetos, segundo o site Science Alert.

Outra coisa a se pensar é no preço para o desenvolvimento dessas estufas. É preciso 200 milhões de dólares para construir uma delas do zero – sem contar o valor para mantê-las. A empresa, porém, acredita que isso não será um problema, pois os custos da Sundrop Farm são mais fáceis de prever do que os de uma fazenda tradicional; a escala pode também reduzir esses cursos.

A Sundrop planeja lançar em breve mais estufas sustentáveis em Portugal, nos Estados Unidos e mais uma na Austrália.

Veja o sistema em funcionamento no vídeo abaixo:


 

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

BOEING 737 - UM CAMPEÃO DOS CÉUS


O jato comercial mais produzido em toda história é o Boeing 737: 9.000 deles foram fabricados desde 1967 e a qualquer momento, 2.000 deles estão no ar. O maior rival do 737 é o Airbus A320, com 6.700 produzidos desde 1984.

O 737 tem cerca de 40 metros de comprimento e 34 de envergadura, pesa cerca de 80 toneladas e pode custar de US$ 32 a 90 milhões, dependendo do modelo. Pode transportar de 124 a 215 passageiros, também dependendo do modelo. 

A procura por aviões desse porte é muito grande: a  Boeing pretende fabricar 57 deles ao mês a partir de 2019, e no mesmo ano a Airbus pretende atingir a marca de 60 ao mês. 

A Boeing, em sua fábrica de Renton (próxima a Seattle) fabrica um 737 em nove dias; para termos uma ideia de como o processo de fabricação se desenvolve, a revista Wired divulgou um vídeo que podemos assistir em: https://www.wired.com/2016/09/boeing-builds-737-just-nine-days/


segunda-feira, 26 de setembro de 2016

SNAPCHAT LANÇA OS SPECTACLES, ÓCULOS DE SOL QUE GRAVAM E COMPARTILHAM VÍDEOS

O Snapchat é uma rede social de mensagens instantâneas voltado para celulares e desenvolvida por Evan Spiegel, Bobby Murphy e Reggie Brown, estudantes da Universidade Stanford. O aplicativo pode ser usado para enviar texto, fotos e vídeos e o diferencial é que este conteúdo só pode ser visto apenas uma vez, pois é deletado logo em seguida, se "autodestruindo".

Febre entre os jovens, o Snapchat não será mais só um aplicativo: a empresa acaba de anunciar que passa a se chamar Snap Inc. e planeja investir em hardware daqui para a frente. Seu primeiro gadget, batizado de Spectacles ou “Specs”, será um modelo de óculos de sol que grava e compartilha vídeos.
Os Spectacles se limitam à gravação de vídeos e não terão nenhuma funcionalidade ligada à realidade aumentada ou virtual, como o Google Glass,  aposta malsucedida do Google.
Os óculos terão modelos em três cores (preto, coral e verde-azulado) e virão com uma pequena câmera nas laterais da armação. Se apertarmos um botão perto da câmera esquerda, os Specs gravarão o que enxergamos  por 10 segundos. Acionar o botão mais vezes fará com que o registro dure mais, sem nunca exceder 30 segundos.
Em entrevista ao Wall Street Journal, o CEO da Snap, Evan Spiegel, disse que usou os óculos numa caminhada e ficou fascinado com o resultado. “Eu pude ver a minha própria memória, pelos meus próprios olhos, e foi incrível. Uma coisa é você ver imagens de uma experiência que você teve, outra é ter uma experiência da experiência. Foi o mais perto que eu já cheguei da sensação de estar lá outra vez”, explicou.
Spiegel disse ao jornal que ainda vê os óculos como um “brinquedo” para ser usado em shows, viagens e festas, mas que enxerga um futuro promissor para a ideia.
A lente dos Specs é capaz de gravar num ângulo de 115 graus. Os vídeos serão em formato circular, imitando o formato dos olhos. Graças à conexão com wi-fi e bluetooth, os Spectacles podem transferir automaticamente os vídeos para o aplicativo do Snapchat.
Segundo a empresa, o produto custará 130 dólares, algo em torno de 420 reais - o que se aproxima do preço de óculos de sol "comuns" de marcas famosas no Brasil (e que não incluem câmeras de vídeo).  
A empresa explicou que a mudança de nome para Snap não se estende ao aplicativo, que continuará se chamando Snapchat.

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

AVIANCA DISPONIBILIZARÁ CONEXÃO À INTERNET EM SEUS AVIÕES

Segundo o Estadão,  a Avianca   recebeu a autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) para oferecer conexão à internet via satélite aos passageiros durante seus os voos. A companhia afirma que é a primeira aérea da América do Sul a disponibilizar esse tipo de serviço.

Segundo a empresa, a instalação dos serviços nas aeronaves será feita gradualmente, com conclusão prevista para até dezembro de 2017.

A Avianca  ainda informa que o serviço de conectividade será gratuito durante os três primeiros meses, período no qual serão conduzidas pesquisas junto aos clientes para adequar o produto às necessidades dos usuários.

O serviço será fornecido em parceria com a Global Eagle Enterteinment (GEE), empresa especializada em conteúdo e conectividade via satélite.

terça-feira, 20 de setembro de 2016

AMSTERDÃ TESTARÁ BARCOS SEM PILOTO EM SEUS CANAIS

Os veículos autônomos estão cada vez mais próximos de nossa vida diária. Agora, é a cidade de Amsterdã que informa que vai testar barcos sem piloto em seus canais a partir de 2017 - a ilustração no início deste post mostra uma concepção de como esses barcos "se encaixariam" na paisagem da cidade, transportando passageiros ou cargas. 

A ideia justifica-se pelo fato de cerca de um quarto da área da cidade ser coberta de água, existindo mais de cem quilômetros de canais que cortam essa área. Amsterdâ tem cerca de 840 mil habitantes e está encravada em uma área metropolitana de cerca de 2,5 milhões.

O programa vem sendo chamado de "Roboat" (robô + barco, em inglês) e vem sendo tocado por pequisadores do MIT (Massachusetts Institute of Technology) e de duas universidades holandesas, a Delft University of Technology e a Wageningen University; eles dispõem de uma verba de 25 milhões de euros, e pretendem ter os primeiros protótipos operando em 2017. 

Além do uso para transporte, os barcos poderão inicialmente ser utilizados como pontes (conforme ilustração ao lado) e como coletores, em tempo real, de informações sobre poluição da água, marés etc - é a Internet das coisas que também está chegando. 



http://www.theverge.com/2016/9/19/12968420/amsterdam-self-driving-boats-roboat 

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

PONTE MAIS ALTA DO MUNDO: CHINA QUEBRA SEU PRÓPRIO RECORD

rede de televisão oficial chinesa  "CCTV" informou que último sábado foi fechado o vão da ponte mais alta do mundo,  565 metros acima do rio Nizhu (no sul do país).
Está previsto que a ponte, chamada Beipanjiang e situada entre as províncias chinesas de Yunnan e Guizhou, seja liberada ao tráfego no final de ano.
As obras já duram três anos, com cerca de mil engenheiros e técnicos envolvidos no projeto.
Quando  aberta ao público, a ponte de Beipanjiang superará outra ponte chinesa, a do rio Sidu na província central de Hubei, inaugurada em 2009, como a mais alta do planeta - note-se que atualmente, da 10 pontes mais altas de todo o mundo, 8 estão na China.
A TV australiana WSJ reproduziu vídeo gerado pela CCTV acerca do assunto, que pode ser visto aqui.


sexta-feira, 9 de setembro de 2016

CELULAR SEM SINAL? TALVEZ A CULPA NÃO SEJA DA OPERADORA

Quando nosso celular fica sem sinal, geralmente atribuímos a culpa à operadora. 

Mas um estudo feito pelo Nordic Council of Ministers apresenta um novo suspeito: nossa mão.

De acordo com o relatório, escolher a mão esquerda ou a direita para segurar o aparelho durante uma ligação tem consequências diretas na funcionalidade da antena.

O problema é que, como essa parte específica do telefone foi escondida nos smartphones, fica difícil saber se estamos ou não cobrindo-a com a mão.

Cada fabricante de smartphones costuma colocar a antena em um lugar diferente do telefone, dificultando a definição de como é melhor segura-lo.

O estudo dá exemplos, dizendo que os iPhones - especialmente o iPhone 6S Plus é muito sensível nesse aspecto, com performance pior quando levamos o aparelho ao ouvido com a mão esquerda.

Na próxima vez em que tivermos problemas de sinal, vale a pena trocar de mão ou usarmos fones de ouvido...

Como dizem os italianos, " Se non e vero è ben trovato".

terça-feira, 6 de setembro de 2016

GAMES NÃO SÃO APENAS PASSATEMPO

Óculos 3D, joystick e um desafio: passar de fases sem nenhum ou com o menor número de erros possível. 

Essa é a descrição do game utilizado para treinamentos e aplicação de conceitos de segurança, em implantação pela Gerdau, empresa líder do segmento de aço no país. 

A inovação surgiu com o objetivo de modernizar os treinamentos da certificação obrigatória de Análise Preliminar de Riscos (APR) e tem como foco a eficiência e a facilidade de assimilação de suas práticas pelos operadores das usinas. 

Os exercícios, que demoravam uma hora e meia para serem aplicados da maneira tradicional, em sala com papel e caneta, agora são realizados em 18 minutos por um jogo de realidade virtual.

"A gamificação utiliza técnicas e processos no desenvolvimento de jogos em diversos contextos. A jogabilidade permite que o conteúdo seja absorvido naturalmente e seus resultados sejam potencializados", explica Luiz Barna, professor da Faculdade Cásper Líbero, de São Paulo.

O jogo funciona assim: com os óculos, o participante enxerga um ambiente que simula a oficina que irá trabalhar. Utilizando o joystick, ele se move com o objetivo de identificar os riscos que estão envolvidos nas atividades não corriqueiras dentro da sua área. Ao longo do treinamento, o usuário passa por fases e perde pontos caso se esqueça de algum requisito de segurança. O resultado aparece na tela do celular do supervisor.

A gamificação permite, em um só processo, trabalhar três aspectos: o conhecimento, a habilidade e a atitude. "A possibilidade de visualizar os cenários e propor soluções por meio do treinamento em realidade virtual, nos permite absorver o conteúdo de forma mais rápida, além de aumentar a percepção de segurança nos processos diários. Dessa forma, sabemos exatamente como prevenir possíveis riscos na operação", comenta Jonatan Menezes, um dos primeiros operadores  a realizar o treinamento.

Segundo o vice-presidente da Gerdau, Francisco Fortes, os resultados já são percebidos na aplicação da certificação para colaboradores da empresa. "Ao utilizar um conteúdo interativo, o colaborador vivencia a situação proposta, o que torna o treinamento ainda mais efetivo. Além disso, a ferramenta traz mais agilidade na avaliação, já que diminui a necessidade de aulas e provas sobre o tema", salienta Fortes.

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

GOOGLE DESISTE DE LANÇAR SEU SMARTPHONE MODULAR

Em maio passado publicamos o post "GOOGLE PRETENDE LANÇAR SMARTPHONE MODULAR", onde relatávamos a intenção dessa empresa no sentido de lançar um smartphone cujas características (memória, tipo de câmera etc.) seriam definidas pelo usuário - era o Projeto Ara.

Na semana que passou, foi anunciada a descontinuação do projeto, especialmente em função dos altos custos de fabricação do aparelho e da impossibilidade de construí-lo em um tamanho relativamente pequeno.

De qualquer forma, é um conceito interessante que talvez um dia volte à pauta. 





sexta-feira, 19 de agosto de 2016

O AIRLANDER - O MAIOR VEÍCULO AÉREO DO MUNDO

Em post de 9 de abril do ano passado, falamos do Airlander, um veículo aéreo que estava sendo desenvolvido por uma empresa inglesa. 

Agora o Airlander decola: é a maior aeronave do mundo e fez seu primeiro voo no dia 17 pessado - o voo de meia hora foi realizado na cidade de Cardington, que fica ao norte de Londres. O objetivo é usar a aeronave, ainda em desenvolvimento, como alternativa para transporte de cargas pelo ar. 

O Airlander 10 tem maior capacidade de carga que os aviões tradicionais; ele é gigantesco, com 91 metros de comprimento, 34 metros de largura e 26 metros de altura. É maior que o Antonov Mriya, o maior avião do mundo, de que já falamos aqui. 

 gigantesco, com 91 metros de comprimento, 34 metros de largura e 26 metros de altura. Ele é maior que o Antonov Mriya, o maior avião do mundo de que também falamos recentementePara se manter no ar, o Airlander utiliza gás hélio, o mesmo usado em balões que enfeitam festinhas infantis. 
Além das dimensões, ele tem boa autonomia. De acordo com seu fabricante, a companhia britânica Hybrid Air Vehicles (HAV), ele seria capaz de passar três semanas voando, sem a necessidade de realizar um pouso. Já que não queima muito combustível, ele agride menos o meio ambiente do que as soluções atuais.
A HAV enxerga uso comercial e militar para o Ailander 10 - lembramos que  a aeronave concebida para fins militares e começou a ser desenvolvida pelo exército americano, que por problemas orçamentários, abandonou o projeto
A versão em testes é capaz de carregar 10 toneladas de carga. A empresa, no entanto, já pensa em criar versões maiores que poderiam levar até 50 toneladas.
Abaixo, um vídeo do voo inaugural do Airlander.
 

sábado, 13 de agosto de 2016

COMO OS POKÉMONS SÃO ESPALHADOS PELO MUNDO


O jogo Pokémon Go baseado em geolocalização e realidade aumentada desenvolvido pela Niantic para iOS e dispositivos Android é a febre do momento. 
Os jogadores usam a capacidade de GPS de um smartphone para localizar, capturar, lutar, e treinar criaturas virtuais, chamadas Pokémon, que aparecem na tela como se estivessem na mesma localização real do jogador através da câmera.

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

CELULARES ANDROID EM PERIGO

CheckPoint, empresa americana de segurança digital, analisou vários modelos de smartphones Android, tendo encontrado uma grave falha de segurança em . celulares que usam o chipset  fabriado pela Qualcomm, utilizados na placa-mãe de boa parte dos Androids.
Essa falhe permite o  acesso a todo o aparelho: microfone, GPS, câmera, arquivos e fotos estão vulneráveis. A falha pode atingir mais de 900 milhões de telefones, sem que os usuários  percebam a invasão - uma vez instalado, um aplicativo malicioso não precisa de nenhuma autorização especial para ter acesso a tudo.
Segundo a Checkpoint  os celulares vulneráveis são:
  • BlackBerry Priv
  • Blackphone 1 e  Blackphone 2
  • Google Nexus 5X, Nexus 6 e Nexus 6P
  • HTC One, HTC M9 e HTC 10
  • LG G4, LG G5, e LG V10
  • Motorola New Moto X  
  • OnePlus One, OnePlus 2 e OnePlus 3
  • Samsung Galaxy S7 e  S7 Edge
  • Sony Xperia Z Ultra

A Qualcomm já desenvolveu patches para resolver o problema. Agora é preciso que as fabricantes ofereçam o quanto antes essas atualizações a seus clientes.  
Como segurança, a CheckPoint oferece um aplicativo gratuito, o QuadRoooter Scanner, que permite verificar se um celular já está infectado. 
Sugere também algumas precauções: baixar aplicativos apenas do Google Play, ler com atenção as permissões de cada app e evitar conexão a redes wi-fi pouco confiáveis.

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

POKÉMON GO É SÓ O COMEÇO

Pela relevância do tema, reproduzimos aqui texto do jornalista Pedro Dória, publicado n'O Estado de S. Paulo de hoje:

Pokémon Go é bem mais importante do que a febre pelas ruas parece sugerir. É o primeiro contato que a maioria de nós terá com a realidade aumentada (RA). Esta tecnologia, que permite incluir objetos virtuais no mundo real, é potencialmente revolucionária. Sim: revolucionário é um termo abusado nas coisas digitais. Só que neste caso não há exagero. O que há, isto sim, é uma incrível dificuldade de juntar as possibilidades tecnológicas com o mundo real.
Pokémon Go não é o primeiro jogo de RA. Alguns aventureiros de primeira hora empolgaram-se, há três anos, com Ingress, um game criado pela Niantic, à época subsidiária do Google. Jamais decolou. Mas era, essencialmente, um Pokémon Go. Não é à toa que a mesma Niantic fez o novo jogo sob encomenda da Nintendo.
Dispare o jogo no celular e  a tela mostra o ambiente à sua frente. A diferença é que ele inclui Pokémons para caçar. As aplicações reais do conceito são transformadoras. A mais óbvia é um GPS. Ao invés de celular com um mapa, use óculos de realidade aumentada. As setas aparecem na própria rua. É só o início.
Na Bienal de Arquitetura de Veneza, deste ano, o arquiteto Greg Lynn falou de sua experiência com o HoloLens, óculos que a Microsoft está desenvolvendo. Com o projeto pronto em 3D, ele pode ver o prédio de pé onde só há terreno. Com os mesmos óculos, um mestre de obras tem como dispensar instrumentos de medição. Traça paredes, encaixa canos, corta espaço para conduítes seguindo uma matriz virtual que seus olhos veem. Fazer obra vira um jogo de siga os pontos com a planta sobreposta ao vazio. Aplicações industriais similares não faltam.
Realidade aumentada é uma internet sobreposta ao mundo. Passeie pelos corredores de um supermercado, pegue uma garrafa de vinho, os óculos reconhecem a etiqueta. A opinião de seu crítico favorito aparece. Na cozinha, a receita escrita está constantemente à esquerda enquanto o chef amador corta cebolas e frita o alho.
E, naturalmente, ter a internet assim traz possibilidades ainda maiores. Nunca mais, por exemplo, o constrangimento de não reconhecer uma pessoa na festa da empresa. O nome de cada um pode aparecer sobre sua cabeça, basta pescar de um banco de dados comum e fazer o reconhecimento do rosto. Assim como as aulas de ciências ficarão mais interessantes, com vulcões, órgãos funcionando e tudo o mais aparecendo como hologramas no meio do espaço.
Há um motivo, porém, para que Pokémon Go só tenha aparecido agora e seja, convenhamos, tão primitivo. As tecnologias que permitem realidade aumentada já existem, mas não são portáteis o bastante.
Um dos problemas é energia. Realidade aumentada é pouco prática no celular. O Google tentou criar seu par de óculos, era frágil. Há, principalmente, pouco espaço para bateria. Outra questão é processamento. Chips minúsculos ainda não são capazes de gerar imagens em 3D com qualidade. E o rosto muda de posição a toda hora. Cada micromovimento é um redesenho do objeto virtual. Mesmo com chips de celular é difícil e exige muito da bateria.
A maior dificuldade é localização. Celulares não são precisos o bastante para registrar com o necessário detalhe onde estamos a cada segundo. Mas, sem esta informação, a posição do objeto virtual não será clara e, assim, ele parecerá flutuando. O GPS não funcionará, a planta do mestre de obras muito menos. Realidade virtual chegará a nós bem antes da realidade aumentada.
Pokémon Go é o primeiro uso de RA com o qual a maioria de nós conviverá. Como toda febre, provavelmente vai arder bastante e, em pouco tempo, irá embora. Alguns outros jogos do tipo aparecerão sem repetir o mesmo sucesso. Mas realidade aumentada mesmo, a de verdade, esta ainda demorará um bocado para aparecer.

  

segunda-feira, 25 de julho de 2016

YAHOO É VENDIDO


A agência Reuters informou que o grupo americano de telecomunicações Verizon Communications fechou acordo para comprar os negócios principais de Internet do Yahoo por US$ 4,83 bilhões em dinheiro, encerrando um longo processo de venda da empresa, pioneira da Web, fundada em 1994.


O Yahoo, que vivia uma longa crise, tem tecnologia que permitirá impulsionar os negócios de Internet da AOL, comprada pela Verizon no ano passado por 4,4 bilhões de dólares. O acordo dará à empresa compradora acesso a tecnologia de publicidade online do Yahoo bem como outros ativos como buscador, email e messenger.


O acordo marca o fim do Yahoo como uma companhia operacional, deixando a empresa mais como uma gestora de ativos, dentre eles, uma participação de 15% na gigante chinesa do comércio eletrônico Alibaba e 35,5% no Yahoo Japan.


Os investimentos na Alibaba e no Yahoo Japan valem cerca de 40 bilhões de dólares, enquanto o Yahoo tinha um valor de mercado de cerca de 37,4 bilhões no fechamento dos mercados na sexta-feira. 


É mais uma pioneira da Internet que se vai - acreditamos que o processo de consolidação deva continuar. Aos usuários do Yahoo, especialmente de email, cabe observar se os serviços serão mantidos e com que nível de qualidade

quinta-feira, 23 de junho de 2016

O USO DE ROBÔS SEGUE CRESCENDO: O ROBÔ-GIRAFA

A Boston Dynamics, uma das subsidiárias da Alphabet, empresa que controla o Google, mostrou neste 23 de junho sua nova criação, um robô-girafa.
A máquina  é, na verdade, uma versão reduzida de outro robô, o Spot. Menor, o SpotMini pesa 55 quilos (o original pesa 72 quilos). Elétrico e sem componentes hidráulicos, o robô funciona por até 90 minutos sem precisar ter sua bateria recarregada
O que faz  ele  parecer uma girafa é um braço robótico  eletrônico posicionado em seu dorso e que parece um longo pescoço. Na prática, o braço robótico é capaz de pegar, segurar, puxar ou manipular objetos.  
Outra novidade em relação ao Spot são os várias sensores espalhados pelo corpo do SpotMini para melhorar a navegação e a manipulação de objetos. São câmeras de profundidade para dar noção de espaço ao robô e um giroscópio para que o braço eletrônico permaneça imóvel mesmo que o robô se movimente.
Para mostrar como funciona essa segunda característica, a Boston Dynamics fez o robô executar uma espécie de dança no vídeo de apresentação. Além disso, o SpotMini também é capaz de se abaixar enquanto anda.
Criada em 1992 nos laboratórios do Instituto de Tecnologia Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), a Boston Dynamics é fornecedora da Agência de Projetos de Pesquisas Avançadas para Defesa, braço do Exército dos EUA focado em criar novas tecnologias militares, área em que essas máquinas devem ser cada vez mais utilizadas, antes de chegar à nossa vida diária.

terça-feira, 14 de junho de 2016

FAZENDAS FLUTUANTES


A primeira fazenda flutuante está sendo construída em  Roterdã, na Holanda - o mais importante porto da Europa - e deve ser inaugurada em janeiro de 2017.
A iniciativa é da Universidade de Wageningen, junto com empresas como Philips e Beladon - construtora especializada em estruturas flutuantes que pretende, no futuro, erguer cidades inteiras sobre a água. 
A principal motivação para o projeto é dada pelo crescimento da população mundial, que não só gera necessidade de mais alimentos como também reduz a disponibilidade de terra para a produção dos mesmos. Além disso, a crescente urbanização desloca as áreas produtivas para cada vez mais longe dos grandes centros urbanos, tornando os alimentos mais caros, aumentando a poluição gerada pelos meios para o seu transporte, congestionando ruas e estradas etc.
O projeto de Roterdã visa permitir a criação de vacas leiteiras; serão sessenta animais inicialmente. A produção procura ser sustentável: parte da energia utilizada pela fazenda será gerada pela queima do estrume, que poderá ser usado também como adubo. A urina dos animais será tratada para evitar que as águas sejam poluídas
Cada animal disporá de  15 m² para pastar, um espaço muito maior do que os cubículos em que os criadores intensivos alojam seus animais.
A ideia de construir uma fazenda sustentável - e que fosse próxima da cidade - surgiu quando furacão Sandy bloqueou as estradas que ligam as fazendas produtoras a Nova York, em 2012.
Os estoques só duraram três dias antes de começar a faltar comida. Com a construção da primeira Fazenda Flutuante, o objetivo é que a cultura de não saber de onde a comida vem fique cada vez mais obsoleta - e que os habitantes das grandes cidades entendam o impacto que o plantio, a criação de animais e o transporte de alimentos têm no meio ambiente, aumentando as preocupações das pessoas com a sustentabilidade de forma ampla.

terça-feira, 7 de junho de 2016

VIAGENS DE AVIÃO ERAM REALMENTE ALGO MUITO ESPECIAL!

Atualmente, as viagens de avião, exceto para aqueles que podem adquirir as caríssimas passagens de primeira classe são um tormento: assentos pouco confortáveis, pouco espaço, comida horrível, tudo isso torna uma tortura algo que foi muito bom no passado. Isso sem contar os problemas com check-in, alfândega, imigração etc. 


Em 1950, a Pan American lançava o serviço Presidente, para a rota São Paulo-New York: luxo quase impensável para os dias de hoje; é verdade que a viagem demorava 18 horas, contra as 9 de hoje, mas valia a pena, conforme pode-se verificar no quadro ao lado, que fazia parte de um anúncio da empresa publicado quando do lançamento do voo.

A linha partia de Buenos Aires, com escalas no Rio de Janeiro e Port of Spain (Trinidad); mais tarde foi adicionada uma escala em Montevidéu.

As aeronaves também eram muito diferentes: a PanAm usava o Boeing 377 Stratocruiser (especificações abaixo) para o serviço Presidente; sua envergadura era de 43 metros, contra os 80 do Airbus A380, o maior avião de passageiros em uso na atualidade. Já em termos de comprimento, 35 metros para o Boeing contra os 73 do Airbus. Em termos de número de passageiros, 75 para o Boeing e 853 como capacidade máxima para o Airbus, o que explica as considerações sobre conforto que fizemos acima.



Em 1952, um desses voos terminou de forma trágica: o avião caiu no Maranhão, matando todos os seus 50 ocupantes. Alguns meses mais tarde, outro acidente: a aeronave sobrevoava o Rio de Janeiro quando sua porta se abriu e uma passageira foi sugada para fora da aeronave, desaparecendo nas águas da Baía de Guanabara. Esse acidente forçou a PanAm a substituir, nessa rota, os Stratocruisers (transferidos para rotas no hemisfério norte) pelos novos Douglas DC-6 e DC-7.

A PanAm iniciou a operação dos Stratocruisers em 1949, tendo adquirido 28 dessas aeronaves, das quais sete foram perdidas em acidentes - as 21 aeronaves remanescentes foram retiradas de serviço em 1961.

Para concluir, um cartão postal em que a Boeing mostrava uma concepção artística de seu avião: