terça-feira, 7 de junho de 2016

VIAGENS DE AVIÃO ERAM REALMENTE ALGO MUITO ESPECIAL!

Atualmente, as viagens de avião, exceto para aqueles que podem adquirir as caríssimas passagens de primeira classe são um tormento: assentos pouco confortáveis, pouco espaço, comida horrível, tudo isso torna uma tortura algo que foi muito bom no passado. Isso sem contar os problemas com check-in, alfândega, imigração etc. 


Em 1950, a Pan American lançava o serviço Presidente, para a rota São Paulo-New York: luxo quase impensável para os dias de hoje; é verdade que a viagem demorava 18 horas, contra as 9 de hoje, mas valia a pena, conforme pode-se verificar no quadro ao lado, que fazia parte de um anúncio da empresa publicado quando do lançamento do voo.

A linha partia de Buenos Aires, com escalas no Rio de Janeiro e Port of Spain (Trinidad); mais tarde foi adicionada uma escala em Montevidéu.

As aeronaves também eram muito diferentes: a PanAm usava o Boeing 377 Stratocruiser (especificações abaixo) para o serviço Presidente; sua envergadura era de 43 metros, contra os 80 do Airbus A380, o maior avião de passageiros em uso na atualidade. Já em termos de comprimento, 35 metros para o Boeing contra os 73 do Airbus. Em termos de número de passageiros, 75 para o Boeing e 853 como capacidade máxima para o Airbus, o que explica as considerações sobre conforto que fizemos acima.



Em 1952, um desses voos terminou de forma trágica: o avião caiu no Maranhão, matando todos os seus 50 ocupantes. Alguns meses mais tarde, outro acidente: a aeronave sobrevoava o Rio de Janeiro quando sua porta se abriu e uma passageira foi sugada para fora da aeronave, desaparecendo nas águas da Baía de Guanabara. Esse acidente forçou a PanAm a substituir, nessa rota, os Stratocruisers (transferidos para rotas no hemisfério norte) pelos novos Douglas DC-6 e DC-7.

A PanAm iniciou a operação dos Stratocruisers em 1949, tendo adquirido 28 dessas aeronaves, das quais sete foram perdidas em acidentes - as 21 aeronaves remanescentes foram retiradas de serviço em 1961.

Para concluir, um cartão postal em que a Boeing mostrava uma concepção artística de seu avião: