segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

TECNOLOGIA: ANTIGAMENTE VOAR (QUASE SEMPRE) ERA MAIS CONFORTÁVEL

Na atualidade, uma das tecnologias mais visíveis é a aeronáutica. Seu crescimento foi espetacular: pessoas viajam com naturalidade, tarifas baratas permitem que passageiros substituam o ônibus pelo avião. O lado ruim, ao menos em comparação com o passado, é o conforto: poltronas apertadas, aeroportos congestionados e atrasos tiram boa parte do encanto das viagens aéreas.

Mas nem sempre foi assim: em 17 de junho de 1947 a Pan American World Airways – PanAm lançou sua primeira linha “volta ao mundo”: seu vôo 001 saia de São Francisco no sentido oeste, cruzando o Pacífico e fazendo escalas em Honolulu, Hong Kong, Bangkok, Delhi, Beirute, Istambul, Frankfurt, Londres e finalmente chegando a   New York. O vôo 002 saia de New York e fazia o trajeto em sentido contrário. A passagem, na classe econômica, custava US$ 2.300 (24 mil dólares de hoje).

O interessante é que o passageiro podia desembarcar em qualquer cidade do trecho e permanecer nela por quanto tempo quisesse, até um limite de seis meses para completar a viagem; o percurso era completado em 48 horas.

Mesmo para a classe econômica, o conforto era grande; os Boeings e Airbuses de hoje são maiores e mais rápidos, mas em termos de conforto assemelham-se mais aos caminhões boiadeiros que cruzam nossas estradas quando comparados aos Super Constellations que faziam os vôos 001 e 002; nestes, a comida e a bebida eram refinadas e o espaço amplo.

Os Constellations, chamados Connies, eram quadrimotores caracterizados pelo perfil semelhante ao de um golfinho e pelos lemes triplos; 856 deles foram produzidos pela Lockheed, e era o avião presidencial no governo Eisenhower. Transportavam entre 60 e 95 passageiros, a uma velocidade de cruzeiro de cerca de 550 km/h.

Essa rota durou quase 40 anos; assoberbada por problemas decorrentes de má administração, a PanAm faliu e deixou de voar em 1991. Sua subsidiária brasileira, a Panair do Brasil fechara em 1965, ao que consta em função de uma decisão arbitrária de nosso governo da época - sua verdadeira história ainda não veio à tona.




quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

A 4ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL JÁ COMEÇOU


O termo "4ª Revolução Industrial" tornou-se conhecido a partir de 2011, quando o governo alemão lançou a iniciativa ”High-Tech Strategy 2020”, anunciando que pretendia tornar aquele país ainda mais forte em termos industriais e de mercado.

Também conhecida como “Indústria 4.0”, a iniciativa pretende redesenhar os processos de manufatura, de forma a que conectando máquinas e sistemas de computador, as empresas possam criar redes inteligentes ao longo de toda a cadeia de valor. As fábricas terão capacidade e autonomia para balancear linhas de produção e estoques, agendar manutenções, prever falhas nos processos e se adaptarem rapidamente aos requisitos e mudanças não planejadas previamente.

Algumas tecnologias que vem crescendo rapidamente são básicas para a Indústria 4.0; dentre as mais relevantes está a Internet das Coisas (Internet of Things – IoT), termo que designa a conexão em rede de objetos, ambientes, veículos e máquinas por meio de dispositivos que permitem a coleta e troca de dados, bem como seu acionamento através de sistemas de computador.

Muito importante também o que vem sendo chamado Big Data Analytics: circula nos meios empresariais e acadêmicos a expressão “os dados são o petróleo da nova economia”. Sendo a afirmação exagerada ou não, fica claro que vivemos em tempos onde os dados vem ganhando cada vez mais importância na vida cotidiana, especialmente no mundo corporativo, e que o processo que compreende sua coleta, processamento, visualização e utilização é chamado Big Data/Analytics (BDA).

Para que tudo isso funcione adequadamente, níveis cada vez maiores de segurança são necessários: um dos principais desafios para o sucesso da 4ª Revolução Industrial está na segurança e robustez dos sistemas de informação. Problemas como falhas de software ou na comunicação entre dispositivos ou até mesmo eventuais invasões dos sistemas, podem gerar prejuízos irreparáveis.

A difusão da Indústria 4.0 trará inúmeros impactos: um dos maiores será a viabilização   de novos produtos e serviços - em um mercado cada vez mais exigente, as empresas procurarão integrar aos seus produtos as necessidades e preferências específicas de cada cliente - a customização cada vez maior do produto  tende a ser uma variável a mais no processo de manufatura, e as fábricas inteligentes serão capazes de levar as exigências de cada cliente em consideração. Também deve aumentar a eficiência da produção, ao evitarem-se paradas não programadas, falta ou excesso de matérias primas ou produtos acabados em estoque etc.

Do ponto de vista das pessoas, haverá boas e más consequências: serão necessários cada vez mais profissionais qualificados e cada vez menos pessoas pouco qualificadas – a sociedade precisa definir como encaminhará esses assuntos.

A única certeza é que já estamos vivendo mais essa Revolução, que não pode ser enfrentada de forma passiva - em entrevista que demos à Rádio Cidade, falamos um pouco mais sobre o assunto: 



CICS: 48 YEARS YOUNG!

Em 2009, Steve Mills, então um dos vice presidentes da IBM, disse: “Forty years young, with at least 40 more years to go, CICS is the backbone of so many companies around the world.” 

Realmente Mills não estava errado: se você nos últimos tempos sacou dinheiro de uma ATM, fez um pagamento via internetbanking, adquiriu uma passagem aérea ou comprou em alguma grande loja, muito provavelmente você utilizou (sem perceber) o CICS - esse software é utilizado por mais de 90% das 500 maiores empresas do mundo (Lista Fortune 500).

TELA INICIAL DO CICS

E o que é CICS? O CICS (Customer Information Control System), é um sistema que permite que sejam transmitidos dados de um terminal (PC, smartphone etc.) para um computador central, que estes dados sejam processados, acessando bases de dados e que os resultados desse processamento sejam então transmitidos de volta ao terminal de origem.

Antes do lançamento do CICS, em 1969, no que se refere à conexão de computadores, a única coisa que se podia fazer em termos práticos era transmitir uma massa de dados de um computador para outro, não sendo possível qualquer coisa remotamente parecida com o processamento on line, em tempo real, que é tão comum hoje em dia. 

O CICS fornece aos desenvolvedores um conjunto de funções que permitem não só a transmissão dos dados, mas que essa seja feita de maneira segura, permitindo a retomada das operações quando há uma queda do computador central. Quando ele é usado, os desenvolvedores precisam preocupar-se apenas com a lógica de seus sistemas. 

Desde seu lançamento, o CICS vem sendo melhorado de forma a que possa continuar sendo importante mesmo quando o ambiente de TI muda; dentre essas mudanças, pode-se citar a popularização do comércio eletrônico na década de 1990, o surgimento de tecnologias como Windows, Service-Oriented Architecture (SOA), Java, Linux, arquitetura z/OS etc.

E a IBM realmente confia nesse produto e em sua longevidade: em seu white paper “Why to choose CICS Transaction Server for new IT projects” ela diz que “Companies that need to be sure that their new IT projects can support their future business growth should consider deploying new applications to a centralized System Z Platform and an environment that is managed by CICS”…

sábado, 18 de fevereiro de 2017

A CAFETEIRA ITALIANA: TECNOLOGIA BÁSICA, MAS SUCESSO EM TODO O MUNDO

O design italiano sempre foi muito famoso: roupas, calçados, automóveis, mobília, tudo isso gera tendências que rapidamente se propagam pelo mundo.

Morreu recentemente Renato Bialetti, um dos expoentes dessa área, responsável por tornar famosa a cafeteira Moka, criada por seu pai, Alfonso Bialetti,  em 1933, e que no Brasil é usualmente chamada “cafeteira italiana”.

Consta que Bialetti inspirou-se a desenvolver a Moka observando sua esposa usar uma primitiva máquina de lavar roupa a vapor, chamada “lisciveuse”.

A cafeteira é famosa em todo o mundo, não só pela qualidade do café que produz como pelo seu design – está na coleção permanente do MoMA ( Museum of Modern Art), de Nova Iorque.

Milhões de exemplares foram e continuam sendo produzidos, sempre seguindo o projeto original; o material varia: além do alumínio original há versões em aço. Há modelos com diversas capacidades, desde uma até dezoito xícaras. As falsificações também são muitas.

A Moka foi fabricada até 2010 na fábrica da empresa Crusinallo, no norte da Itália; nesse ano, a produção foi transferida para a Romênia, onde são fabricados também outros produtos, desde cafeteiras elétricas até outros eletrodomésticos.

Bialetti criou um personagem, inspirado em si próprio, para fazer propaganda de sua cafeteira: é o “omino com i baffi” (homenzinho bigodudo), que estrelou inúmeras peças publicitárias. Abaixo, um tributo a Bialetti,  produzido por um de seus fãs logo após sua morte.


terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

O TRÁGICÔMICO CASO DO SUBMARINO U-1206

O U-1206
Às vezes o uso de tecnologia para executar funções de rotina pode ter desdobramentos,  trágicos ou cômicos, dependendo do ponto de vista do observador.

Isso aconteceu com o submarino alemão U-1206,  no mês de abril de 1945. O sub, que  navegava pelas costas da Escócia buscando afundar navios aliados, incorporava diversas inovações tecnológicas.


Schlitt
O U-1206 navegava a cerca de 70 metros de profundidade quando seu comandante, o Kapitänleutnant Karl-Adolf Schlitt precisou utilizar o vaso sanitário, que era de um novo tipo, com válvula de descarga adequada ao uso em grandes profundidades – antes dessa válvula entrar em uso, a descarga só podia ser acionada a profundidades menores que 25 metros, o que gerava grande desconforto à tripulação. 

O comandante não conseguiu acionar a descarga e chamou um marinheiro da manutenção para resolver o problema; este acabou abrindo a válvula errada, o que permitiu que água do mar passasse a entrar no sub através do vaso – a entrada de água foi controlada, mas a água que entrou vazou para o compartimento das baterias  situado logo abaixo do vaso.

A água, em contato com as baterias, gerou cloreto de hidrogênio, um gás de odor  irritante e que quando   exposto ao ar  forma vapores corrosivos de coloração branca, que podem ser fatais ao homem em curto período de tempo. Schlitt fez o barco emergir rapidamente, para fazer com que o vento expulsasse o gás.

Para má sorte dos alemães, o U-1206 estava a apenas 8  milhas da costa, e foi rapidamente descoberto e atacado por um avião britânico; o ataque matou um marinheiro  e danificou o sub que ficou impossibilitado de mergulhar e acabou sendo abandonado e afundado pela tripulação – nesse processo, mais três homens morreram, sendo os demais 46 capturados pelos ingleses.

Talvez a captura tenha sido boa para os marinheiros: durante a guerra, 75% dos submarinos alemães foram afundados e cerca de 30.000 tripulantes perderam a vida.

Assim acabou a primeira (e última)  missão de guerra em que Schlitt comandou um submarino – durou exatamente nove dias...  Mas Schilitt não era tão azarado quanto parece: nascido em 1918 lutou durante toda a guerra, foi ferido na queda de um avião em que morreu o piloto, foi prisioneiro de guerra, mas viveu até  2009.


U-995, idêntico ao U-1206, agora é um museu em Laboe, Alemanha   



quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

ADVOGADO - UMA PROFISSÃO EM EXTINÇÃO?

Artigo de Naiara Bertão publicado recentemente na revista EXAME, diz que um em cada quatro empregos conhecidos hoje deverá ser substituído por softwares e robôs até 2025 — e há quem aposte numa proporção ainda maior. O fato é que a tecnologia ameaça não apenas trabalhadores braçais, mecânicos e técnicos mas também profissionais de carreiras tradicionais, como medicina, jornalismo, engenharia e, agora, direito. Os robôs estão assumindo cada vez mais funções nos grandes escritórios de advocacia — que, não é de hoje, são tocados como empresas e vivem as mesmas pressões por eficiência de qualquer negócio. “Nos próximos três anos, vamos ver outro mundo jurídico”, diz Guilherme Horn, diretor executivo da consultoria Accenture.
Os softwares de última geração não só compreendem significados como também fazem correlações. Além de analisar milhões de documentos em segundos, eles sugerem decisões a ser tomadas e alertam para qualquer mudança que possa afetar o caso. É o que o “robô” Ross faz, por exemplo. Desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Toronto com base na tecnologia de computação cognitiva Watson, da IBM, o Ross já está “trabalhando” em alguns escritórios de advocacia dos Estados Unidos. 
Outro exemplo é o Luminance, criado na Universidade de Cambridge, que promete acelerar o processo de auditoria em fusões e aquisições — quando um time completo de advogados analisa centenas de documentos complexos sobre uma empresa a ser comprada para determinar a viabilidade do negócio. Outras iniciativas, que vão de softwares de gestão de processos a plataformas virtuais de documentos e serviços ao consumidor, também estão ganhando espaço.
A possibilidade de redução de custo, obviamente, é um dos principais atrativos — no Brasil, as empresas gastam, em média, 2% de seu faturamento com litígios. Foi nesse ambiente que, em 2013, foi criada a Finch Soluções, como braço de um dos maiores escritórios do país, o JBM & Mandaliti, nascido no interior paulista.

A necessidade de automatizar procedimentos e reduzir despesas fez com que as áreas de suporte e tecnologia se unissem para desenvolver softwares que fazem em segundos o trabalho que dezenas de advogados demorariam meses — e analisa até mesmo o histórico de decisões de determinado juiz e a chance de sucesso de cada causa. O negócio deu tão certo que, em 2014, a Finch se mudou para São Paulo e começou a atuar de forma independente. “Não queremos substituir o advogado, mas dar ferramentas a ele para não perder tempo e ter o máximo de dados qualificados para tomar decisões”, diz Renato Mandaliti, um dos fundadores da Finch, que faturou cerca de 50 milhões de reais em 2016.
Assim como a Finch, outras companhias utilizam tecnologia para atacar ineficiências na área jurídica. A paulista Looplex, por exemplo, padroniza e consegue diminuir para 5 minutos a criação de uma peça jurídica de dezenas de páginas que levaria de 2 a 3 horas. A baiana JusBrasil, primeira startup brasileira a receber investimento de fundos, conta com um banco de dados de processos na Justiça e seu site recebe mais de 20 milhões de visitas por mês. Os aportes, que somam 10 milhões de reais de fundos como o brasileiro Monashees e o americano Founders Fund, do Vale do Silício, ajudarão a expandir o serviço de informação e busca por advogados. “Ajudamos as pessoas a encontrar um advogado, e isso chamou a atenção dos investidores”, diz Luiz Paulo Pinho, um dos fundadores da startup.
A eficiência dos robôs também tem seu preço. A contratação de assistentes virtuais mais sofisticados ultrapassa a casa do 1 milhão de reais por ano. Mas, como em outros setores, a expectativa dos empresários é que a inteligência artificial fique cada vez mais barata; e os serviços, mais acessíveis. Um mundo em que ninguém precisará se deslocar para participar de uma audiência ou para assinar documentos no cartório está mais próximo? Certamente vai levar muito tempo até que nossos  tribunais sejam transformados pela tecnologia, mas a pressão por mais eficiência é real. O Instituto de Direito Público de São Paulo acaba de lançar um curso de extensão em ciência de dados aplicada ao direito para ensinar noções básicas de análise de dados aos advogados. “A carreira de analista e estrategista de dados deve ganhar muita relevância no meio jurídico”, diz Alexandre Zavaglia Coelho, coordenador do curso.
Assim como os médicos estão se valendo de tecnologia para melhorar a qualidade de seu trabalho, os advogados também podem usar os novos serviços a seu favor — o robô, afinal, está vindo para ficar - será que um dia chegará a vez dos promotores e juízes?

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

EM TECNOLOGIA, NEM SEMPRE MAIS NOVO É SINÔNIMO DE MELHOR

Há alguns anos presenteei minha filha com um relógio de pulso – ela estava se graduando na universidade. Após alguns dias ela me disse que o relógio estava parando; levei-o ao vendedor e depois de alguns dias, este me disse que o relógio não tinha qualquer problema.

Minha filha voltou a usa-lo e o problema continuou – depois de um minuto de conversa, descobri o problema: ela não usava o relógio constantemente, e como este era automático, parava com frequência. Até ai, tudo bem, mas na rápida conversa, descobri que minha filha  não sabia que existiam relógios automáticos!  Falei com meus outros filhos, e surpreso, descobri que eles também não sabiam – faziam parte da geração que cresceu usando relógios movidos a bateria. 
Os relógios movidos a bateria, porém mecânicos, foram lançados no início de 1957 – há exatos 60 anos. O primeiro deles foi o Hamilton Electric 500, produzido pela americana  Hamilton Watch Company, que começara suas pesquisas na área em 1946.  
A linha 500 foi um sucesso instantâneo; além da novidade em termos tecnológicos, os relógios eram apresentados em diversos modelos, alguns de desenho futurístico, remetendo às novidades da época, como o primeiro satélite artificial, o Sputnik; pulseiras com design avançado também estavam disponíveis. Elvis Presley era fã dessa linha, usando frequentemente um modelo "Ventura", que é mostrado claramente no filme "Blue Hawaii".
Mas o lançamento havia sido antecipado como forma de tentar superar as dificuldades que a Hamilton vinha enfrentando, e a qualidade dos relógios não era boa; esse fato e o surgimento dos relógios a quartzo, com a parte mecânica muito mais simples que a dos primeiros elétricos, decretou o fim da linha 500 em 1969.  Hoje os 500 são disputados pelos que curtem antiguidades.

Trata-se de um caso clássico de que mais mais moderno não é sinônimo de melhor...

BOEING: TRANSPORTANDO PARTES DE GRANDES AVIÕES

Transportar partes de aviões de grande porte, como os Boeing    777, 767 e 747, é um desafio e tanto: na maioria das vezes as equipes responsáveis pelo trabalho precisam atuar em horários alternativos para fechar vias e driblar o trânsito.

Mas nem sempre isso é possível. Nesses casos, além de uma dose extra de cautela, as fabricantes de aeronaves recorrem a equipamentos especiais – como o que aparece no vídeo abaixo. Trata-se de um veículo especialmente projetado para atuar nesse tipo de transporte,  acoplado próximo aos eixos traseiros da carreta.
Um veículo devidamente equipado com luzes de alerta viaja logo atrás do caminhão para garantir a segurança dos funcionários da Boeing e dos outros motoristas durante o percurso.
O condutor do veículo precisa estar com os reflexos em dia para controlar os movimentos da carroceria em curvas e outras situações críticas – além de estar preparado para eventuais sobreesterços.
Enxergar o que está adiante também é um grande desafio, principalmente pela altura em que se viaja, prejudicando bastante a visibilidade em dias chuvosos. Foi o que aconteceu durante a filmagem, que registrou uma viagem de 113 quilômetros entre a sede do fabricante da peça transportada e um dos galpões da Boeing.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

AUSTRÁLIA: BIOMETRIA ELIMINA NECESSIDADE DE EXIBIÇÃO DE PASSAPORTE

O jornal australiano Sydney Morning Herald relata que em breve estrangeiros poderão entrar no país sem  exibir seus passaportes - a identificação será feita por um sistema de reconhecimento facial, que também analisa a sua íris e impressão digital. 
Em 2020, o governo australiano almeja que 90% dos viajantes tenham essa experiência, que deve agilizar o fluxo nos aeroportos, bem como eliminar a necessidade de atendimento humano - a ideia é que os passageiros possam chegar ao país e sair do aeroporto como se estivessem em um voo doméstico. 

Além de agilizar o atendimento, a ideia é liberar pessoal da Border Force (polícia de fronteiras), para acompanhar passageiros "de mais interesse"... Se tudo ocorrer como planejado, o país será o primeiro a implementar esse sistema de autenticação biométrica.
O projeto deve ser implementado primeiramente no aeroporto de Canberra, seguido pelo de Sidney ou pelo de Melbourne. Os testes estão previstos para julho deste ano e o sistema começará a funcionar em março de 2019.
Tudo isso é muito bom, mas remete ao velho problema: mais automação, menos empregos...


sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

TECNOLOGIA, BANCOS, EMPREGOS...

A Tecnologia da Informação traz à sociedade inúmeros benefícios, mas pelo menos um grande malefício: o desemprego tecnológico, que vem sendo cada vez mais sentido no ambiente das instituições financeiras, como comentou recentemente Celso Ming, em sua coluna no "Estadão". 
O Banco do Brasil é um exemplo: anunciou o fechamento de 402 agências e espera que os clientes migrem para os canais de atendimento remoto, como internet banking, acesso telefônico e mobile banking – plataforma acionada por dispositivos móveis, como smartphones.
Mas esse não é um fenômeno exclusivamente brasileiro. Nos Estados Unidos, de outubro de 2015 até o final de 2016, foram fechadas cerca de 400 agências apenas em três instituições: Bank of America, Citigroup e J.P.Morgan. No Reino Unido, o Lloyds Bank pretende fechar 200 agências neste ano.
A última pesquisa divulgada pela Febraban, a Federação Brasileira dos Bancos, mostra que o mobile bankin​g registrou 11,2 bilhões de transações bancárias em 2015, um crescimento de 138% em relação a 2014, quando 4,7 bilhões de operações foram feitas dessa forma (veja o gráfico). De todos os canais de atendimento, o mobile banking só perdeu em número de operações para a internet. Caixas eletrônicos e agências físicas ficaram em terceiro e quinto lugares, respectivamente.
O sócio da área digital e de inovação da consultoria McKinsey, Yran Dias avisa que o sistema financeiro passará por profunda transformação em apenas dez anos: “Deixará de apoiar-se prioritariamente nas agências físicas e focará mais atentamente o cliente e suas demandas”. Por meio de inteligência artificial e análise de big data – informações coletadas pelos dispositivos eletrônicos a cada uso do consumidor–, os bancos migrarão das operações em massa para os serviços de "alfaiataria financeira", que atenderão às necessidades específicas de cada cliente.
O consumidor brasileiro já está hiperconectado. A pesquisa da Febraban mostra que, em 2015, 73% das contas correntes bancárias utilizaram os canais remotos. Esses números deixaram os bancos em condições de endurecer a negociação com os sindicatos dos bancários. A mesma pesquisa mostra que, também em 2015, os bancos brasileiros investiram R$ 19 bilhões somente em tecnologia, cerca de 10% do total investido na área em nosso país.
Especialista na indústria de serviços financeiros, o sócio da consultoria Deloitte, Paschoal Baptista evita dar ênfase à destruição de empregos produzida por essas mudanças. Prefere dizer que o trabalho dos bancários está em transformação: “Até agora, os bancos valorizavam funcionários especialistas em finanças; hoje, querem cada vez mais gente familiarizada com e-commerce e tecnologia”. Aos poucos, gerentes têm sido transferidos para escritórios centrais em que atendem os clientes por dispositivos a distância e em horários que não se restringem ao expediente convencional das agências. Ainda assim, Baptista observa que, em comparação com os avanços da nova experiência com os clientes, os sistemas internos dos bancos ainda são ineficientes, antigos e lentos. E é isso que deve mudar rapidamente.
Por isso, os bancos observam mais atentamente o movimento das fintechs, as startups dedicadas às finanças. São empresas que nasceram já no ambiente digital e perceberam a demanda por praticidade. Entre elas estão bancos exclusivamente digitais, como Nubank, facilitadores de crédito, robôs de investimento e guias financeiros.
A última versão do radar do FintechLab, grupo que monitora essas startups, contabilizou mais de 250 iniciativas no Brasil. No entendimento de um dos autores do radar, Marcelo Bradaschia, as fintechs ganham espaço porque “os serviços dos bancos continuam ruins e caros demais”.
Como desafio, a parceria entre bancos e fintechs brasileiras esbarra nas enormes diferenças do País. Nas áreas urbanas, 63,9% das moradias têm acesso à internet; mas nas rurais esse porcentual cai para 21,2%, segundo o IBGE. Mas o caminho rumo à digitalização indica que a frase de 1994 de Bill Gates segue válida: “Serviços bancários são necessários. Bancos não”.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

TR - 55: O AVÔ DOS PORTÁTEIS

Até não muito tempo, quase todos os produtos fabricados no Japão, inclusive os eletrônicos, gozavam de má fama: eram vistos como cópias sem qualidade de produtos feitos em outros países. 

Em 1954 as coisas começaram a mudar: a Sony, que naquela época chamava-se Tokyo Tsushin Kogyo negociou com a Western Electric e com os Bell Laboratories e obteve licença para produzir rádios transistorizados no Japão. No final desse mesmo ano, a parceria formada pea Texas Instruments e pela Industrial Development Engineering Associates (I.D.E.A.) lançara nos Estados Unidos o TR-1, o primeiro rádio transistorizado a ser comercializado, que no entanto não obteve sucesso. 

Em um processo baseado em tentativa e erro, que durou um ano, a Sony lançou o seu primeiro produto desse tipo, o TR-55, com cinco transistores, que tinha como principal apelo de vendas, a portabilidade. Media 89 x 140 x 38.5 mm e peças publicitárias diziam a respeito dele: “Os dias de rádios a válvula terminaram. Por que não fazer uma mudança em seu lar? O seu rádio transistorizado pode te acompanhar aonde você for”. Além de pequeno, seu design era bastante avançado para a época: diziam que sua parte frontal era baseada no painel dos automóveis Lincoln, fabricados pela Ford e que desde naquela época eram os concorrentes dos Cadillacs em termos de luxo.

Mas além da portabilidade, era barato, útil e, acima de tudo, confiável, tendo contribuido muito para mudar a imagem dos produtos japoneses; rápidamente novos modelos, aperfeiçoados a partir do TR-55, começaram a ser vendidos em todo o mundo. 

O TR-55 serviu de base para quase todos os dispositivos portáteis que usamos hoje - seu sucesso contribuiu decisivamente para que os transistores passassem a ser utilizados em equipamento eletronico de uso pessoal e doméstico, abrindo caminho para as TVs LCD, smartphones, tablets e todos os gadgets que já utilizamos e em que em breve passaremos a utilizar.

Para encerrar, um vídeo mostrando alguns detalhes do TR-55:

Esferográfica - revolucionando a tecnologia da escrita

Dos instrumentos de escrita ainda em uso, o lápis é o mais antigo: teria sido criado, aproximadamente na sua forma atual, em fins do século XVI. No início do século XIX, surgiram as penas de aço, que presas a um corpo de madeira, eram utilizadas para escrever com tinta, método que alguns calígrafos ainda utilizam, mergulhando a pena em um tinteiro. 


Waterman

Esses métodos de escrita tinham alguns inconvenientes: o que era escrito com lápis podia ser apagado facilmente e o uso das penas era pouco prático, pois era necessário transportar a pena, o tinteiro e o mata-borrão, o que além de incômodo às vezes gerava uma sujeira enorme, quando a tinta vazava... Lewis Edson Waterman patenteou em 1884 a caneta tinteiro, resolvendo parte do problema, a portabilidade; mas a secagem da tinta continuou sendo um problema, que em parte ainda persiste, apesar do aperfeiçoamento das tintas. 

Tentando uma solução melhor, o americano John L. Loud registrou em 1888 a patente de um antepassado das atuais esferográficas – o invento foi um fracasso, pois era difícil controlar o fluxo de tinta, o que gerava borrões e sujeira... De qualquer forma, o aparelho acabou sendo utilizado para escrever-se em couro e tecido, mas sem maior sucesso empresarial. 

Biró
O húngaro László Biró (1899-1985) era uma figura e tanto: estudou medicina, mas não terminou o curso. Trabalhou como hipnotizador, piloto de corridas e acabou se dedicando ao jornalismo. No jornal onde trabalhava, ficou intrigado com a diferença de tempos de secagem entre a tinta com que eram impressos os jornais (o papel ficava seco e livre de borrões rapidamente) e a tinta da sua caneta tinteiro (secagem lenta, que borrava muito); Biró juntamente com seu irmão György (um químico), resolveram estudar o assunto. 

A princípio, imaginaram fazer uma caneta tinteiro convencional que usaria o mesmo tipo de tinta utilizada na impressão dos jornais; mas a tinta era muito espessa e não fluía regularmente. Equiparam então, a ponta de um cilindro oco que conteria a tinta com uma pequena esfera que rolava quando a caneta deslizava sobre o papel, distribuindo a tinta. Essa esfera, o bico da caneta e a espessura e viscosidade da tinta deveriam ter características muito específicas, pois era necessário que fosse liberada apenas a quantidade de tinta necessária à escrita, sem que o restante descesse do reservatório para o papel ou tinta secasse no reservatório – era a antepassada próxima das atuais esferográficas.

Em 1938, os irmãos Biró patentearam sua caneta na Hungria, na França e na Suíça, mas com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, para escaparem das perseguições nazistas, fugiram para Paris, depois Madrid e finalmente chegara, à Argentina onde requereram a patente de sua caneta em 10 de junho de 1943. 

Mas para transformar uma boa idéia em um produto é necessário dinheiro. Buscando financiamento conheceram um inglês chamado Harry Martin, que tinha informações que a força aérea inglesa precisava de um instrumento de escrita que funcionasse bem em grandes altitudes – as canetas tinteiro vazavam em grandes altitudes em função da alteração da pressão atmosférica e só escreviam bem na horizontal. Martin conseguiu vender a idéia às forças aéreas inglesa e americana, e no final da guerra, a esferográfica já era utilizada no meio militar. 

Em 1945, quando a esferográfica começou a ser vendida ao público civil, foi uma sensação: no dia de seu lançamento, a Reynolds Pen vendeu oito mil unidades em uma loja de departamentos de Nova Iorque, a um preço de US$ 12,50 (cerca de US$ 150 a preços de hoje) – isso talvez ajude a explicar as filas formadas para as vendas de iPads em seu lançamento – talvez as pessoas tenham uma compulsão que as leva a tentar ser as primeiras a utilizarem uma nova tecnologia. 

A Birome original
Assim nasceu a esferográfica – em muitos países é chamada simplesmente “caneta”, mas na Argentina e Inglaterra, lembrando seus inventores, é chamada “birome” e “biro”, respectivamente. 

Mas o sucesso continuou: em 1944 Biró, licenciou a patente do seu invento para o francês Marcel Bich, que criou na França uma empresa para fabricar canetas esferográficas com o nome BIC. Modificou o design inicial de Biró e implantou um processo de produção em massa que reduziu significativamente o custo das canetas - isso permitiu que elas fossem vendidas a um preço incrivelmente baixo o que ajudou a empresa a crescer e passar a fabricar outros produtos. 

As campeãs de vendas
Até hoje, a BIC continua sendo a líder mundial no ramo das esferográficas. Em 2005 atingiu a marca de 100 bilhões de canetas vendidas. A BIC Cristal, líder de vendas, vende 14 milhões de unidades por dia. 

Mas foi preciso vencer resistências: em nossos tempos de escola primária (anos 50/60), não podíamos utilizar esferográficas, apenas canetas tinteiro. O motivo? Não sabemos! Um detalhe: no Brasil, eram vendidas esferográficas Johann Faber, com corpo de madeira verde escuro. Elas pareciam-se com lápis, e tinham a parte próxima à esfera e o topo vermelhos ou azuis, conforme a tinta que usavam. 


Na virada dos anos 40 para os 50, pessoa de nossa família, militar do Exército, foi ameaçado de prisão case insistisse em usar esferográficas na contabilidade da unidade em que servia; recebeu ordens de continuar usando canetas, daquelas de mergulhar no tinteiro, lançando os créditos em azul e os débitos em vermelho. Por que? Ele morreu sem saber...


Todos os que tentam implementar novidades nas organizações usualmente encontram grandes dificuldades.

TAMBÉM NA TECNOLOGIA O BRASIL TEM HERÓIS

Nestes tempos em que são cultuados os  heróis da bola, vale a pena lembrar um verdadeiro herói brasileiro: o padre jesuíta  Roberto Landell de Moura (1861-1928).  Em 3 de junho de 1900, em São Paulo, segundo relatou o Jornal do Commercio,  o padre  fez as  primeiras transmissões radiofônicas e radiotelegráficas, tendo repetido o feito algum tempo depois em Campinas. Abaixo, uma réplica de seu transmissor.

   Esse fato garante ao Pe. Landell o pioneirismo nessa área, superando o italiano Guglielmo Marconi (1874-1937), que também desenvolveu importantes trabalhos nessa área.  Marconi, no entanto, tinha uma visão muito mais empresarial, tendo conseguido transformar idéias (radiotelegrafia e radiofonia) em  negócios, o que evidentemente não tira seus méritos; já o Pe. Landell se preocupava apenas com o avanço da ciência,  tendo por essa razão demorado a se preocupar com a formalização dos resultados de suas pesquisas. 
Além disso, Marconi encontrou na Europa uma cultura favorável à inovação científico/tecnológica, o que o Pe. Landell não encontrou por aqui, tendo por essa razão mudado-se por alguns anos para os Estados Unidos, onde patenteou e aperfeiçoou seus inventos, que na  sua volta nossa Marinha   passou a utilizar a bordo de seus navios.
O Pe. Landell também realizou pesquisas objetivando a transmissão de imagens, sendo por essa razão considerado um dos precursores da televisão.
Antes de morrer foi elevado pelo Vaticano a Monsenhor e  nomeado Arcediago, justas homenagens por seu trabalho como sacerdote e cientista. Também o Exército homenageou-o, dando seu nome ao Centro de Telemática localizado em Porto Alegre. 

domingo, 22 de janeiro de 2017

MAIS UMA VEZ, FALA-SE EM CIDADES FLUTUANTES

A Polinésia Francesa é um território ligado à França, situado a 6.000 quilômetros a leste da Austrália. Tem área de cerca de 4.200 quilômetros quadrados e é constituída por cinco arquipélagos, onde vivem quase 300 mil habitantes. 

Um problema aflige o território: a provável elevação do nível do oceano,    deve cobrir dois terços do território. 

Buscando enfrentar o problema, o governo local   começou a desenvolver projetos para uma possível cidade flutuante no oceano cuja construção deve começar em 2019! 

A empresa responsável por esse empreendimento futurístico, a Seasteading Institute, vem desenvolvendo conceitos de cidades flutuantes há cinco anos, e agora tem a oportunidade de tirar a ideia do papel. “Além de lidar com o aumento do nível do mar, o projeto visa promover o crescimento tecnológico e econômico”, afirmou a empresa, em nota à imprensa.

De acordo com o diretor-executivo da Seasteading, Randolph Hencken, o projeto não só daria uma nova morada para habitantes das ilhas como também se tornaria uma experiência única para turistas do mundo inteiro, conforme disse   em entrevista à ABC News.

As águas relativamente calmas e pouco profundas da Polinésia Francesa apresentam condições favoráveis às cidades flutuantes. A ideia é começar construindo pequenos abrigos para uma dezena de moradores e, depois, expandir a cidade para abrigar centenas de pessoas.

Apesar de boa parte da população estar reticente com a possibilidade de morar em alto-mar, não dá para negar que as maquetes exibidas são sensacionais. 

A Seasteading acredita que se a experiência tiver sucesso, outras áreas ameaçadas pela elevação do nível do mar, como Miami, podem receber projetos semelhantes, que ao que parece já são tecnicamente viáveis, mas ainda extremamente caros. 

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

A BESTA – O CARRÃO DO TRUMP

O atual carro oficial do Presidente dos Estados Unidos, e que Hillary Clinton adoraria voltar a usar,  é um Cadillac, chamado de The Beast (A Besta) pelo pessoal ligado à segurança do Presidente.
A Besta
O carro utilizado a partir de hoje por Trump, também é chamado Limo One (por analogia com o Air Force One, o avião presidencial), assemelha-se ao Cadillac DTS, embora muitas de suas partes  sejam utilizadas também em outros veículos fabricados pela General Motors – o  chassis, por exemplo, é o do Chevrolet Kodiak, um pequeno caminhão. Acredita-se que cada um desses carros custe cerca de 1,5 milhões de dólares.
Boa parte das características do carro é mantida em segredo, por questões de segurança, mas sabe-se que seus pneus à prova de balas são fabricados pela Goodyear, e que além da blindagem convencional há também proteção contra ataques bioquímicos e sistema para extinção de incêndio. Há inclusive um estoque de sangue do mesmo tipo que o do Presidente, a ser usado em transfusões de emergência.
O carro pode transportar sete pessoas, com o motorista e mais uma pessoa no banco da frente, que é separado do
Obama e o Vice Joe Biden na limo
compartimento dos passageiros por uma divisão de vidro; nesse compartimento, há um assento para três pessoas voltado para a traseira e um assento reclinável para o Presidente e mais uma pessoa – entre esses dois assentos, pode ser desdobrada uma mesa de trabalho.
O carro tem equipamento que permite comunicação com um veículo que sempre o segue e que por sua vez pode fazer conexões de dados e voz com as redes do governo. O motorista é um agente do Serviço Secreto, treinado inclusive em primeiros socorros; normalmente é acompanhado no assento dianteiro pelo chefe da segurança presidencial.
Quando o Presidente deixa Washington, seu carro é
A Besta sendo embarcada
transportado por via aérea, normalmente por um  
C-17 Globemaster III da Força Aérea.  
Seu motor diesel de 6.5 litros consome cerca de 3 litros de combustível a cada 10 km para mover as oito toneladas que pesa A Besta; dizem que seu principal defeito é a baixa manobrabilidade, o que não é de surpreender em carro desse peso e tamanho: quase seis metros!
A Besta agrega bem mais tecnologia que o primeiro carro oficial de um presidente americano, um Stanley Steamer a vapor. usado por Theodore Roosevelt, que governou de 1901 a 1909, com a imagem do qual encerramos este post