domingo, 11 de outubro de 2015

ÀS VEZES, TREINAMENTO E DISCIPLINA SÃO MAIS EFICAZES QUE TECNOLOGIA

Temos visto com frequência pessoas, deslumbradas com tecnologia, simplesmente repudiarem tudo aquilo que não tem embutido a última palavra em termos de técnica e ciência.
Polícia Montada Canadense
Na área de segurança pública, uma das coisas menos “tecnológicas” é o policiamento a cavalo. No entanto, sua eficácia é comprovada pela existência de unidades dessa espécie em áreas extremamente desenvolvidas – talvez a mais conhecida delas seja a Royal Canadian Mounted Police, a Polícia Montada Canadense, pela qual os cidadãos daquele país tem verdadeira devoção e cujas origens remontam a 1868; outras como o Mounted Branch (1873) da Polícia de Londres também são muito tradicionais.
Algumas unidades de polícia montada estão radicalizando em termos de abrir mão de tecnologia: a Mounted Patrol Unit de Houston, Texas, está considerando a possibilidade de não mais ferrar seus cavalos, dar-lhes uma dieta mais natural e chegar até mesmo a fazer com que os policiais montem descalços.
Tradições e curiosidades à parte, a existência de unidades montadas é plenamente justificada, pois sua atuação em locais de grande concentração de pessoas é altamente eficaz, em face das vantagens proporcionadas pelo emprego do cavalo. O homem a pé se dilui no meio da multidão e só tem condições de ver e atender aqueles que estão mais próximos, havendo necessidade de saturação da área a ser patrulhada para sua maior efetividade.
Por outro lado, a utilização de viaturas nesses locais é prejudicada pelas vias quase sempre congestionadas, e pelo fato de que o campo de visão de seus ocupantes é restrito. 
Soldados do 9 de Julho em São Paulo
No estado de São Paulo, a Polícia Militar mantém o Regimento de Policia Montada 9 de Julho, cujas origens remontam a 1832; além das funções policiais, o Regimento desenvolve atividades ligadas à equoterapia, um método que utiliza o cavalo como principal recurso terapêutico, visando o desenvolvimento e reabilitação de pessoas portadoras de deficiências ou necessidades especiais.
O 9 de  Julho desfilando
Recentemente, participando da comemoração do , aniversário do Regimento, pudemos assistir ao Carrossel, uma exibição da tropa em que fica evidente seu alto nível de treinamento e disciplina. O Carrossel é uma das heranças deixadas pela Missão Militar Francesa que esteve instruindo a então Força Pública do Estado de São Paulo no início do século XX; é um conjunto de evoluções hípicas realizadas com o acompanhamento de um arranjo musical próprio, sendo um herdeiro dos torneios medievais de cavalaria e uma das manifestações mais prestigiosas da grande tradição equestre francesa. O vídeo abaixo nos mostra algumas cenas do Carrossel: 
Para dar um toque tecnológico, um drone filmou o Carrossel.  

domingo, 4 de outubro de 2015

SMARTPHONES PODEM CAUSAR DOENÇAS

Tão logo surgiram os celulares, começaram a correr boatos
O Professor Südhof
de que eles causariam doenças, especialmente em função de “ondas eletromagnéticas” e coisas parecidas; algumas cidades aprovaram leis dificultando a instalação das antenas, sempre visando evitar essas doenças.
Tudo isso nunca foi abordado de forma científica – esses boatos assustam pessoas crédulas e fazem com que políticos querendo agradar seus eleitores proponham essas leis – é a pseudociência em ação.
Agora, no entanto, uma voz autorizada afirma que os smartphones podem sim causar doenças; em sua edição deste domingo, a publicação alemã Frankfurter Allgemeine Sonntagszeitung traz matéria em que o bioquímico Thomas Südhof, Professor da Stanford University, prêmio Nobel de Medicina em 2013, garante que os smartphones geram um estresse contínuo com consequências patológicas como o chamado "burnout", a síndrome de esgotamento.
O cientista diz não se surpreender com o fato de que muita gente sofra 'burnouts' em função do atual estilo de vida, e que os smartphones, segundo ele, tem parte nisso na medida em que levam à conectividade permanente.
Disse também que "nunca estamos ilocalizáveis, sempre estamos de guarda e através do e-mail temos contato minuto a minuto com nosso trabalho. A longo prazo isso não pode ser bom”. Com frequência essa situação conduz a um estresse  contínuo que gera transformações no cérebro, explicou.
Südhof recomenda usar o bom senso e fazer pausas no uso do smartphone.  Segundo ele, tudo o que nos distrai ajuda, seja esportes, ioga, um bom livro ou música. O cientista  se impõe limites para o uso dos aparelhos eletrônicos, afirmando que "às oito da noite desligo tudo e só volto a ligá-los na hora do café da manhã", disse.

Südhof pesquisa a comunicação entre os neurônios, e o que ocorre com eles em situações de burn out e, ironicamente, recebeu a notícia de que tinha recebido o Nobel através de seu celular, quando estava a caminho de um congresso.
Para encerrar, um folheto do Hospital Israelita Albert Einstein que pode nos ser útil:

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

A VOLKSWAGEN É UMA EMPRESA CRIMINOSA, ATÉ PROVA EM CONTRÁRIO...

É impressionante a constatação de como empresas mundiais, tidas como modelo, adotam práticas criminosas sem muita cerimônia.
É o caso da Volkswagen, agora envolvida em um escândalo de manipulação das emissões de gases poluentes em milhões de seus veículos. O crime (não é possível utilizar expressão mais amena) foi descoberta por um grupo de pesquisadores   da Universidade da Virgínia Ocidental, nos Estados Unidos,    e do Conselho Internacional do Transporte Limpo.
A investigação sobre o caso foi iniciada em 2013, como parte de um projeto para avaliar as emissões em circunstâncias reais de operação de veículos leves nos EUA. Para isso, foram testados três veículos, Volkswagen Jetta, Volkswagen Passat e BMW X5.
Os especialistas verificaram que nas avaliações, feitas em cinco formas distintas de condução, desde em trechos urbanos, até rurais, as emissões de óxido de nitrogênio do Jetta foram entre 15 e 35 vezes superiores ao limite estabelecido pela Agência de Proteção do Meio Ambiente.
Quanto ao Passat, o índice foi entre cinco e 20 vezes superior ao aceitável, enquanto no veículo produzido pela BMW, as emissões estiveram dentro dos parâmetros do órgão regulador. Os veículos da Volkswagen, no entanto, lançavam quantidade normal de gases quando parados.
A informação obtida nos testes foi enviada no ano passado para outros órgãos que investigaram o assunto. A conclusão, quase unânime, é de que estas divergências aconteceriam por causa de um software que está instalado atualmente em todos os veículos, para controlar o funcionamento do motor.
O programa detectaria quando o carro está sendo testado para verificar as emissões e ativaria um ciclo do motor que reduz as emissões de óxido de nitrogênio, gás que é responsável pela fumaça e poluição das cidades.
Os responsáveis pelas investigações ainda não sabem se o software detecta a falta de movimento do volante ou o desligamento do sistema de controle de tração, duas circunstâncias ocorridas quando os veículos estão sendo submetidos a testes de emissão quando estacionados. Imaginem o que estão fazendo por aqui...

A indignação pode diminuir um pouco quando se descobre que cabeças estão rolando na VW e que o valor de suas ações chegou a cair cerca de 35%. Mas seria ainda melhor ver os responsáveis na cadeia...

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

PORNOGRAFIA NO CELULAR? CUIDADO!


O Portal EXAME publicou um artigo que começa com uma provocação: e se um aplicativo  pornô que você baixou no seu smartphone Android tirar uma foto sua sem o seu consentimento? E mais: e se esse aplicativo fizesse uma chantagem pedindo o pagamento de 500 dólares para que a fotografia não fosse divulgada? Pois é isso que um aplicativo chamado Adult Player está fazendo.
A descoberta desse golpe em  foi feita pela empresa americana de segurança Zscaller, que informa que a técnica é chamada de ransomware. A ideia é ameaçar a reputação do internauta com algum tipo de informação, como uma foto imprópria.
Esse tipo de tática tem se tornado comum nos últimos tempos. Segundo a Intel Security, o crescimento do uso dessa chantagem virtual vem sendo significativo.
O Adult Player, que promete acesso a vídeos de pornografia gratuitamente, não está disponível na Google Play Store, a loja oficial dos dispositivos Android. Para instalá-lo, o usuário precisa habilitar, no menu de configurações do sistema, a instalação de apps que venham de fora dessa loja virtual – uma prática que, por si só, pode representar uma ameaça à segurança, já que os aplicativos da Google Play Store são analisados constantemente pelo Google.
De acordo com a BBC, há um grupo que fez esse tipo de chantagem por meio de aplicativos nativos ou web e ganhou 75 mil dólares em 10 semanas. Esse tipo de ameaça é mais comum em computadores. Entretanto, a Intel Security indica que esse pode ser o princípio de uma tendência.
Caso você tenha sido vítima desse ransomware, o jeito é reiniciar o seu smartphone Android em modo de segurança. Dessa maneira, você poderá apagar os aplicativos maliciosos do seu aparelho. Vale lembrar que essa técnica é a mesma usada para quem precisa remover programas, como os do Baidu, do computador. 
Ainda sobre ransomware (ransom significa “resgate”, no sentido de um valor pago para liberar algo ou alguém): recentemente uma prefeitura do interior de São Paulo teve seus computadores invadidos e “travados” por sequestradores virtuais que pediram um resgate de US$ 5 mil. 

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

BRASIL: TEMOS MAIS WINDOWS PHONES DO QUE iPHONES

Segundo pesquisa divulgada pela consultoria Kantar Worldpanel, existiam em julho passado no Brasil, mais Windows Phones que iPhones, e que os smartphones com tecnologia Android continuam muito à frente dos demais. 
O market share no Brasil foi alterado fortemente em relação ao mês de setembro de 2014. Naquele mês, os Androids lideravam com 88,2%, seguidos pelos    iOS com 6,1% e pelos Windows Phones  com 3,6%.
Os números de julho de 2015 mostram uma grande alteração do cenário. O sistema do Google ainda mantém a liderança com 89,5%, mas agora é seguido pelo Windows Phone com surpreendentes 5,9% e pelo sistema da Apple com  3,5%.
Essa inversão é surpreendente –  resta ver o que nos reserva o futuro

terça-feira, 18 de agosto de 2015

HARMONY OF THE SEAS – O MAIOR NAVIO DE PASSAGEIROS DO MUNDO


A companhia Royal Caribbean anunciou que em maio de 2016 entrará em operação o maior navio de cruzeiro do mundo. Batizado de Harmony of the Seas, o transatlântico terá 361 metros de comprimento. Colocada "em pé", a embarcação superaria a altura de monumentos como a torre Eiffel (324 metros) e o edifício Burj al Arab, em Dubai, que mede 321 metros. Note-se que o porta aviões americano John F. Kennedy, cuja construção está se iniciando, medirá 333 metros de comprimento.
O Harmony of the Seas poderá comportar até 5.479 passageiros em cabines duplas (o maior transatlântico da última temporada brasileira de cruzeiros, o MSC Preziosa, conseguia levar 4.345 hóspedes). Somados os mais de 2.300 tripulantes, quase 8.000 pessoas estarão em alto-mar nas viagens do navio.
As outras características do Harmony também serão superlativas: além dos 361 metros de comprimento, o navio deslocará 227 mil toneladas (o futuro Kennedy, "apenas" 100 mil). O deslocamento, em termos náuticos, é o volume de água deslocada pelo navio quando flutuando, e é geralmente expresso em toneladas - é o "peso" da água deslocada.

Esses dois dados contribuem para transformá-lo no maior transatlântico do mundo: hoje, o navio de cruzeiro de maior porte no planeta, o Allure of the Seas, também da Royal Caribbean, desloca 225 mil toneladas, tem 360 metros de comprimento e comporta 5.400 passageiros em ocupação dupla. O Harmony terá 2.747 cabines; o Allure tem 2.706. Apenas para os tripulantes, serão 1.197 cabines.

A título de comparação, o maior navio construído no Brasil é o petroleiro João Cândido, com 274 metros de comprimento e deslocamento de 180 mil toneladas - cargueiros e petroleiros usualmente tem grande deslocamento, pois uma parte maior deles fica sob a água.
Nos 16 decks (andares) do novo navio, os passageiros poderão encontrar atrações como toboáguas,   carrossel, spa, restaurantes e até um bar onde as bebidas serão servidas por robôs; acesso rápido à Internet estará disponível em todo o navio.
A partir de maio de 2016, o navio fará cruzeiros de sete noites pelo Mediterrâneo, partindo de Barcelona;  em novembro do mesmo ano ele chegará ao seu porto-base em Ft. Lauderdale, na Florida, onde passará a oferecer saídas de sete noites pelo Caribe.
Sua construção, pelos estaleiros franceses Chantiers de l'Atlantique, de Saint-Nazaire,  custará cerca de 1,3 bilhões de dólares. Abaixo, visão de uma de suas cabines. 

sábado, 8 de agosto de 2015

ENCHER O TANQUE DO CARRO COM CERVEJA? JÁ É POSSÍVEL...

A EXAME.com traz uma notícia interessante: a Nova Zelândia, que tem uma tradição forte de consumo de cervejas, traz uma inovação que promete mexer no mercado de combustível local: já é possível    encher o tanque do carro com cerveja nos postos do país.
Em realidade, não é bem cerveja: a novidade atende pelo nome sugestivo de “Brewtroleum”  (combinação de cerveja em inglês, "brew", e petróleo, "petroleum") – é um biocombustível  que começou a ser produzido recentemente pela cervejaria neozelandesa DB Export.
O Brewtroleum é feito a partir de subprodutos da fermentação natural da bebida, como as leveduras, que passam por múltiplos processos de destilação até se obter apenas etanol.
O etanol é, então, misturado à gasolina na proporção de 10%, dando origem a um combustível que, segundo a empresa, é capaz de reduzir as emissões de carbono em 8%, comparado à gasolina convencional.
"Cada vez que uma pessoa bebe uma cerveja da DB Export, ela está ajudando a criar um biocombustível ambientalmente amigável que pode ser utilizado em qualquer motor a gasolina", diz a empresa em nota à imprensa.

A DB Export publicou vídeos gabando-se da invenção que ela considera "capaz de salvar o planeta".  



segunda-feira, 3 de agosto de 2015

sábado, 1 de agosto de 2015

SAMSUNG ANUNCIA SMARTPHONE FLIP, COM TELA DOBRÁVEL

Os celulares do tipo ”flip”, dobráveis, foram lançados em 1996 - o pioneiro foi o Motorola StarTAC, um grande sucesso de vendas. Era uma época em que se buscava diminuir o tamanho dos aparelhos, para tornar seu transporte e uso mais práticos.
Na atualidade, com os smartphones, são necessárias telas (e aparelhos) maiores, para que se possa usa-los de maneira confortável, o que vinha inviabilizando os flips.
Mas parece que vem chegando ao mercado uma novidade: a Samsung informa que planeja lançar ainda neste ano seu primeiro smartphone com tela flexível, que pode ser 
dobrada.
Ao que parece o telefone poderá ser dobrado de duas maneiras: com a tela para dentro, como os celulares flip tradicionais ou com a tela para fora.   
Há um problema, a tela não poderia ficar dobrada por muito tempo, mas segundo a Samsung, o dispositivo alertaria a pessoa de que seria preciso abri-lo, de forma a  aliviar a tensão para não causar danos.
Dentre as vantagens de um smartphone com flip, estariam o fato de   a tela estar mais protegida, a portabilidade, e principalmente o fato de ele não ficar para fora do   bolso (como o LG G4, o Samsung S6 e o iPhone 6 Plus), chamando a atenção dos amigos do alheio.  

terça-feira, 28 de julho de 2015

segunda-feira, 27 de julho de 2015

AUMENTA A PRESENÇA DE ROBÔS NO DIA A DIA DOS JAPONESES

A população do Japão envelhece rapidamente: segundo o censo de 2014, 25% da população - o equivalente a 32,6 milhões de japoneses - têm mais de 65 anos. Os aposentados já são mais que o dobro que os 16,3 milhões de cidadãos abaixo de 15 anos - o que jamais havia acontecido no país.
Devido à queda na natalidade, os idosos deverão ser 30% dos japoneses até 2025. Essa é uma situação de crise, para qual o país não se preparou adequadamente. Como comparação, a Organização Mundial da Saúde (OMS) espera que, até 2050, a população global com mais de 60 anos fique em torno de 22%.
Essa situação gera problemas de disponibilidade de mão de obra, e as empresas japonesas do setor de tecnologia estão atentas ao problema, trazendo, entre outras soluções, um aumento no uso de robôs, como diz o UOL.
Nos próximos meses, o aeroporto internacional Haneda, em
O robô da  Cyberdyne
Tóquio, colocará em operação onze robôs, encarregados de serviços pesados, como transportar bagagens e limpar os saguões dos terminais. A operadora do aeroporto assinou um acordo com a Cyberdyne Inc. para testar os novos robôs da companhia num ambiente real de trabalho.
Os robôs começam a aparecer em não só em aeroportos, mas em restaurantes, bancos, hotéis e canteiros de obras, mas é provável que eles sejam cada vez mais usados no setor de cuidados de idosos, onde há grande falta de mão de obra.
O robô-enfermeiro Riba (sigla de Robot for Interactive Body
O Riba
Assistance), por exemplo, se assemelha a um urso de pelúcia e foi desenvolvido para ajudar a transportar pacientes. Ele pode erguer mais de 60 quilos em seus braços, reconhece rostos e responde a até 30 comandos de voz.
Outro robô que, num futuro não tão distante, poderá ser encontrado em hospitais e asilos de idosos é o Hospi-Rimo (abreviação de Remote Intelligence and Mobility), criado para atuar como um intermediário na comunicação entre médicos e pacientes com problemas de locomoção. Trazendo um rosto sorridente no monitor, o androide se movimenta de forma autônoma.
A mais recente inovação do setor é o Human Support Robot
O HSR
(HSR), desenvolvido pela Toyota. Com um corpo cilíndrico, braços dobráveis e ampla mobilidade, ele pode apanhar objetos do chão e de prateleiras. Como disse a Toyota em comunicado à imprensa, "a inteligência artificial ainda não é um substituto para humanos quando se trata de cuidar das pessoas queridas; o   HSR pode, por isso, ser operado remotamente por parentes e amigos, com a voz e o rosto do operador sendo transmitida em tempo real."
Ao que tudo indica, a presença de robôs não vai se restringir ao setor de cuidados médicos. A companhia Tmsuk, em parceria com a Alacom, está criando um robô-segurança, capaz de detectar intrusos e que  se locomove a 10 km/h, guiado por um controlador que pode ver as imagens em tempo real - inclusive por telefone celular - e é capaz de neutralizar um estranho, com uma espécie de rede, até que as forças de segurança cheguem ao local.
Já no Hotel Hen-na (na tradução literal "hotel estranho"), robôs uniformizados já trabalham na recepção e levam as bagagens dos hóspedes para o quarto. O estabelecimento foi aberto recentemente em um parque temático nos arredores de Nagasaki, e foi propagandeado como o primeiro hotel do mundo com funcionários androides.
"É difícil estabelecer um ponto de partida para o início da era dos robôs, já que vem havendo certa 'fluência tecnológica', mas eles estão certamente se espalhando em nosso dia a dia", diz Tim Hornyak, autor do livro Loving the Machine (amando a máquina, em tradução livre), sobre a relação dos japoneses com robôs.
Segundo Hornyak, o Japão é há muito tempo reconhecido como líder no setor de robótica doméstica, mas viu essa liderança ser abalada quando a americana iRobot lançou o Roomba, o primeiro robô aspirador de pó.
O Pepper em uma feira no Japão
O especialista se mostra empolgado com a chegada do Pepper, um robô humanoide desenvolvido pela SoftBank. "Ele é notavelmente sofisticado e vem sendo vendido a um preço bastante razoável, cerca de 1.550 dólares mais US$ 260 mês a título de taxa de manutenção", diz Hornyak.
Ele aposta que a habilidade de colocar pratos numa lava-louças, separar roupas sujas ou arrumar a casa pode fazer do Pepper o primeiro robô genuinamente dedicado a serviços domésticos.
"A SoftBank está disposta a perder dinheiro com o Pepper nos primeiros quatro anos, mas, até lá, haverá uma abundância de aplicativos que tornarão a invenção muito mais atraente", conclui.
Realmnente, parece que Rosie Jetson está chegando à nossa vida diária...

sexta-feira, 17 de julho de 2015

TECNOLOGIA DE PRIMEIRO MUNDO: O POLO AUTOMOTIVO JEEP

O Polo - uma vista aérea
Foi recentemente inaugurado em Goiana, Pernambuco, o Polo Automotivo Jeep, construído pela Fiat. São 530 mil metros quadrados de prédios industriais, uma das fábricas de automóveis mais modernas do mundo. Foram investidos mais  de R$ 7 bilhões na planta Jeep e no parque de fornecedores, construído no mesmo complexo. É possível produzir 250 mil veículos por ano – 45 por hora . O Polo  é considerado a fábrica mais desenvolvida da Fiat, onde trabalham 9 mil pessoas e operam 700 robôs.
Do ponto de vista tecnológico destacam-se:
A linha de produção
Prensas. As duas linhas de prensas, com capacidade para 18 estampos por minuto, são extremamente velozes. Com motores elétricos, tornam possível o movimento de enormes pesos com precisão de décimos de milímetros.
Funilaria. Há uma inovação projetada e executada para o Polo com exclusividade. O objetivo era aplicar 100 pontos de solda na carroceria em 60 segundos, em uma única estação – processo que geralmente acontece em três, comprometendo a precisão da geometria e causando problemas futuros, como ruídos. Com o desenvolvimento de 18 robôs no piso e no teto, a meta foi alcançada preservando a qualidade total da peça.
Pintura. Além de consumir menos energia e emitir menos produtos químicos na atmosfera, a inovação nessa área, a tecnologia primerless, assegura a durabilidade da pintura e a qualidade final do veículo.
Montagem. Ferramentas ajudam os trabalhadores a executarem tarefas com conforto – como um software de simulação em 3D de montagem de peças que serve para indicar ao operador a melhor forma e posição para colocá-las; e a acoplagem do powertrain com o carro, que envolve movimentação de muito peso e é feita na linha automaticamente.
Communication Center. Com 11 mil metros quadrados de área construída, localiza-se no centro da fábrica e concentra os resultados físicos de cada etapa da produção, o que assegura tomada de decisão rápida, organização eficiente da planta e aumento no conhecimento do negócio.
Embora os holofotes se voltem para os desafios vencidos com tecnologia e precisão nos processos – afinal, toda atividade crítica que poderia causar danos é realizada por robôs –, há outro fator importante para esse conjunto de excelências, segundo Giuseppe Figliuolo, principal gestor do Polo Automotivo Jeep, que diz: “O coração dessa fábrica são as pessoas. Não é apenas uma das mais inovadoras do planeta do ponto de vista tecnológico, mas também no nível de organização do trabalho”. .

sábado, 27 de junho de 2015

MENOS PRIVACIDADE NO FACEBOOK

Por diversas razões, nem todos gostam de ser marcados em fotos no Facebook – não querem que outros saibam que estiveram em determinados lugares, simplesmente não gostam de fotos etc.
No entanto, se esconder dentro do Face  está cada vez mais difícil. O laboratório de inteligência artificial da empresa desenvolveu um algoritmo que permite identificar uma pessoa mesmo que seu rosto não apareça na foto – faz isso levando em conta características como cabelo, roupas, postura e formato do corpo. 
O site New Scientist (http://www.newscientist.com) fala acerca do assunto, usando como exemplo Mark Zuckerberg, chefe do Face, que usa sempre uma camiseta cinza; o site lembra que esse tipo de reconhecimento é natural nos seres humanos, mas agora está chegando aos computadores.
A equipe que desenvolveu o algoritmo testou-o a partir de 40 mil fotos obtidas no Flickr, obtendo uma taxa de acerto de 83% - a ferramenta foi apresentada na conferência “Computer Vision and Pattern Recognition” que ocorreu neste mês em Boston.
Apesar de ser uma ferramenta útil em algumas situações, como por exemplo, na investigação criminal,  é  mais uma ameaça à privacidade, tema que vem sendo cada vez mais objeto de preocupações, a ponto de o aplicativo “Momentos”,  do Facebook, que busca ajudar no compartilhamento de fotos ser de uso proibido na Europa, pois a União Europeia decidiu barra-lo,  pois seu código de conduta não garante a proteção à privacidade dos usuários.

terça-feira, 16 de junho de 2015

SMARTPHONE LG G4: MAIS UMA PÁ DE CAL NAS CÂMERAS FOTOGRÁFICAS AMADORAS

Testamos o novo Smartphone LG G4 para o portal Olhar Digital. Nosso foco foi o de um usuário comum do aparelho, não descendo a detalhes técnicos de hardware e software.
Concorrente direto do Galaxy S6 e do iPhone 6, o G4 é smartphone mais avançado da LG. Recém-lançado no Brasil, o aparelho possui uma câmera de dar inveja aos seus adversários, e que certamente ajudará a tornar obsoletas as câmeras fotográficas ainda hoje usadas por amadores: ela tem características que permitem maior qualidade às fotos e vídeos, com muitas opções que permitem configurar o aparelho para uso em situações específicas. 
No modo automático, usado por quase todos aqueles que fazem fotos com smartphones, também existem recursos muito interessantes, pois ela capta mais luz em função de sua abertura focal (f 1.8), o que leva a fotos mais naturais, sem distorções de cores. Possui também um estabilizador, que reduz os borrões gerados tremores da mãos do usuário. 
O design do G4 é clean; ligeiramente curvo, evita que a tela toque a superfície quando o aparelho é colocado virado para baixo – isso ajuda a evitar riscos, e segundo a empresa permite que a tela  resista melhor a eventuais quedas. Outro detalhe de design é a tampa traseira em couro (opcional).
Essa característica encarece um pouco o G4; ela é muito charmosa, mas será preciso ver como o desgaste trazido pelo uso normal afetará essa tampa. Ainda em termos de design, foi uma medida saudável a manutenção do smart button utilizado para ligar o aparelho e ajustar volumes, na parte traseira do aparelho –é possível alcança-los com facilidade ao se empunhar o G4.
O G4 roda o sistema Android 5.1, com um processador de 1,8 GHz Snapdragon 808, de seis núcleos.  Sua capacidade de armanezamento interno é de 32 GB, que pode ser ampliada com o uso de  cartões microSD, opção que  a Samsung retirou do Galaxy S6 e a Apple nunca forneceu em seus iPhones. 
Essas características permitem navegar na web e utilizar vários aplicativos ao mesmo tempo sem problemas de performance – aqui vale a pena recomendar ao usuário cuidados no sentido de deletar de seu smartphone tudo aquilo que não mais será utilizado; quanto mais lixo a bordo, pior a performance para qualquer dispositivo. O G4 tem ferramentas que podem auxiliar nesse processo.
Muito importante para o usuário, a tela de 5,5 polegadas do G4 tem uma resolução muito boa, por utilizar a tecnologia QHD (Quad High Definition), de resolução superior à full HD e que só agora está chegando aos smartphones – a   resolução é de 1.440 x 2.560 pixels; a tela é brilhante, com cores mais intensas e brilhantes que as de outros aparelhos.
Já o áudio, parece ser o ponto mais fraco do G4. Com apenas um alto-falante,  localizado na parte inferior traseira,  oferece apenas um canal - a qualidade de som é mono. Não testamos essa possibilidade, mas parece que pode-se conectar um par de fones de ouvido com fio e sem fio (Bluetooth) ao telefone ao mesmo tempo, e ouvir a mesma coisa em ambos, o que melhoraria o som. Já a qualidade e o volume das chamadas e avisos é muito boa.
A bateria também não é excepcional, mas a presença um monitor de bateria nativo bastante útil permite selecionar facilmente os aplicativos que estão usando muito a bateria e fechá-los quando isso for possível. O equipamento suporta a tecnologia Quick Charge, que permite um carregamento rápido da bateria, mas para isso é preciso adquirir esse acessório. 
Resumindo: o G4 é um belo aparelho, que apesar de não possuir nenhuma característica realmente revolucionária (exceto no que se refere às câmeras), deve ser um importante player em seu segmento de mercado. No Brasil, a versão básica custa ao redor de R$ 3 mil; a capa de couro custa mais cem reais.   

quarta-feira, 10 de junho de 2015

APLICATIVO AJUDA PESSOAS COM DEFICIÊNCIAS NA FALA

Emanuel Carvalho
A WWDC é a conferência oficial da Apple para desenvolvedores, que está acontecendo em San Francisco, com a participação de grupo de professores e alunos da Faculdade de Computação e Informática (FCI) da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Nela são apresentadas novidades na área e premiados profissionais que produziram aplicativos que se destacaram.
O aluno da FCI Emanuel Carvalho foi reconhecido pelo seu
A "cara" do Lana
aplicativo Lana, que se propõe a ajudar pessoas com deficiência na fala – a ideia é que as pessoas possam fazer os exercícios em casa, e o médico possa acompanhar à distância, com o app fazendo com que os exercícios se adequem da melhor maneira às necessidades do paciente.
Basicamente, o app funciona com reconhecimento de voz e cards. Conforme o paciente vai respondendo e participando os resultados são enviados ao médico que os avalia. A identificação de cards é um dos exercícios propostos para a evolução do paciente, que demandava deslocamento até o consultório e um limite diário de sessões; agora o paciente pode se exercitar reduzindo suas idas ao consultório e tornando o tratamento mais eficiente. 

sexta-feira, 29 de maio de 2015

TECNOLOGIA CRIANDO RECEITAS

O sistema IBM Watson tem como objetivo potencializar o uso do conhecimento humano, armazenando-o em computadores e, usando técnicas de inteligência artificial, fornecendo respostas a questões objetivas, propondo linhas de ação para a solução de problemas, etc. São exemplos clássicos de sua possível utilização o auxílio a médicos no processo de diagnóstico e a avaliação de riscos em processos de contratação de seguros.
A IBM tem procurado incentivar pesquisas para incentivar seu uso em inúmeros campos, bem como estimulado a comunidade acadêmica a explora-lo – a Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie está trabalhando nesse sentido.
Para darmos uma ideia das inúmeras possibilidades de uso dessa tecnologia, basta lembrar artigo recentemente publicado pelo Estadão, tratando de seu uso na culinária: foi lançado o livro “Cognitive Cooking with Chef Watson”, um livro com receitas criadas pelo Watson e vendido pela Amazon por US$ 20.25. Como ainda estamos em fase inicial do uso do sistema, as receitas geradas foram testadas pelo Institute of Culinary Education (NY). Algumas combinações são estranhas, como o burrito austríaco de carne e chocolate. E isso se explica pelas habilidades do chef Watson: ele tem enorme capacidade de compreender e relacionar informações. E geralmente surpreende.
O pessoal da IBM o alimentou com mais de 30 mil receitas, além de tabelas com a composição molecular dos ingredientes. Isso permite que ele consiga calcular o resultado da combinação de sabores. É a similaridade de compostos de sabor que determina a combinação dos ingredientes - quanto mais compostos de sabor em comum, melhor funcionam em receitas – por exemplo, morango e abacaxi têm compostos em comum e o abacaxi também divide um composto com os cogumelos. Assim o chef Watson vai montando suas receitas.
Além do livro, as receitas podem ser geradas por meio de um aplicativo gratuito. O funcionamento é semelhante, mas neste caso, o banco de dados básico é menor – são 10 mil receitas da revista americana “Bon Appétit”. O usuário digita o nome dos ingredientes que quer usar (e os que não quer). Escolhe também tipo de prato e a origem do mesmo – Itália, por exemplo. Um ícone indica o quanto os ingredientes possuem em comum. Além dos compostos de sabor, Watson leva em conta a frequência com que ingredientes aparecem juntos. Quanto mais incomum a combinação, maior será a “surpresa”. Um strudel pode levar cereja e nozes ou cranberry e gergelim, por exemplo.
Segundo a IBM, o Watson pode criar um quintilhão de receitas; um quintilhão é o número 1 seguido de 18 zeros – muito mais do que qualquer um de nós cozinhará na vida – poderíamos usar o aplicativo todos os dias sem nunca encontrar uma receita idêntica.
Mas as receitas criadas pelo chef Watson podem não dar certo. O próprio aplicativo adverte: “Lembre-se de que Chef Watson come informação, não comida de verdade”. Humanos podem se beneficiar de suas instruções para descobrir novas maneiras de usar ingredientes. Mas o veredito depende de nossas papilas gustativas.
O Chef Watson pode ser acessado através de conta do Facebook ou da IBM – a partir dai, basta seguir as instruções; por enquanto, o Watson não fala português.

É divertido usa-lo, mas há uma sugestão: salve as receitas geradas, pois em uma próxima rodada, a receita gerada poderá ser diferente, a menos que entremos com as informações exatamente da mesma maneira – por enquanto, Watson é apenas um sistema de computador...

quarta-feira, 27 de maio de 2015

PILÚLA ROBÓTICA – UMA NOVA ESPERANÇA?

Indústrias farmacêuticas estão apostando em tecnologias inteligentes, trabalhando em conjunto com a startup norte-americana Rani Therapeutics em uma "pílula robótica", pretendendo substituir a administração de drogas através de injeções.

A Rani está fazendo estudos de viabilidade para verificar se medicamentos  podem ser transferidos para a corrente sanguínea usando a nova tecnologia.
A cápsula da Rani, que é engolida como uma pílula normal, contém agulhas minúsculas feitas de açúcar que são empurradas contra a parede do intestino para liberar a droga.
A Rani, cujos apoiadores incluem a unidade de capital de risco do Google, acredita que sua tecnologia pode ser usada para a aplicação de insulina e outros medicamentos injetáveis, incluindo tratamentos para artrite reumatoide, psoríase e esclerose múltipla.
É uma esperança na busca de tratamentos mais eficazes e também para aqueles que têm medo de agulhas...


segunda-feira, 25 de maio de 2015

NOTAS E MOEDAS DEIXARÃO DE EXISTIR?

As primeiras moedas foram cunhadas na Ásia, há 2,6 mil anos, dando início a uma revolução no comércio em escala mundial – antes delas, havia a simples troca de mercadorias, o que tornava muito difícil fazer negócios, o que era um entrave ao progresso.
Hoje, com o avanço da tecnologia, especialmente as ligadas à telefonia celular e aos cartões, podemos perguntar: ainda faz sentido manter o dinheiro físico em circulação?
Aos poucos, esse questionamento leva a ações concretas; recentemente o governo da Dinamarca anunciou que pretende dar fim ao uso de moedas e cédulas de dinheiro em lojas, postos de gasolina e restaurantes até 2016.   Seu objetivo no longo prazo é tornar-se o primeiro país do mundo a eliminar a circulação de dinheiro físico. Vale lembrar que no início deste século, Cingapura já pretendia fazer isso até 2008, o que acabou não acontecendo.
A medida foi apresentada como parte de um pacote de propostas para fomentar a produtividade dos negócios, ao  cortar os consideráveis custos administrativos e financeiros envolvidos no uso de dinheiro físico.
Mas aqueles, que como nós, estão envolvidos com o tema, têm dúvidas: isso é possível? O governo dinamarquês acredita que sim, e parece estar em sintonia com os hábitos da população. Todos os adultos do país têm cartão de crédito e os pagamentos com dinheiro físico sofreram uma redução de 90% desde 1990; na atualidade,   apenas um quarto deles é feito desta forma.
Além disso, ali praticamente todos os pequenos negócios aceitam pagamentos com cartões; e os incentivos são cada vez maiores para que eles e os celulares sejam cada vez mais utilizados para pagamentos.
Mais perto do Brasil, temos o exemplo do  Equador, onde o governo  colocou em prática, em dezembro de 2014, um sistema de dinheiro eletrônico, que permite algumas transações básicas, como transferir dinheiro e pagar contas - a figura ao lado esquematiza o funcionamento do sistema. Um dos principais objetivos é lidar com a exclusão financeira da maior parte de sua população – custa caro manter contas em bancos e sua falta é um obstáculo sério aos negócios. Ali, cerca de 40% da população economicamente ativa não tem acesso a uma conta bancária, mas praticamente  100% dos domicílios tem um celular.
O sistema é administrado pelo Banco Central do Equador e permite realizar transferências entre usuários, compras e pagar passagens no transporte público. Em breve, também será possível pagar taxas públicas. Seu funcionamento é simples. Uma conta é aberta com o celular, sem uso da internet, teclando-se *153#. Ela pode ser recarregada em lojas, e as transações são feitas por meio de mensagens SMS – sistemas como esse já existem em países da África há alguns anos – há tecnologias mais avançadas para esse tipo de operações, mas muitas delas não estão disponíveis nos celulares mais simples.
O governo equatoriano acredita no sucesso da iniciativa, mas está ciente da existência de problemas: especialmente nas áreas pobres do país, há o problema de educação financeira que o governo pretende combater com um processo de formação, para que os cidadãos aprendam a usar o sistema e não sejam vítimas de golpes.
Mas além de remover obstáculos aos negócios, há outras vantagens trazidas pelo dinheiro eletrônico: moedas e cédulas têm custos elevados de produção, armazenamento, transporte, segurança etc., bancados por empresas, pessoas e governos.  
Mais vantagens:  um estudo da Universidade de Tufts, nos Estados Unidos, concluiu que cada americano passa 28 minutos por mês sacando dinheiro de caixas eletrônicos e que os mexicanos, em conjunto,   gastam 48 milhões de horas por ano desta forma – sua eliminação aumentaria a produtividade destas pessoas.
O dinheiro físico facilita também as operações ilícitas (negócios com armas e drogas por exemplo) e a  evasão fiscal: o governo americano perde US$ 100 milhões por ano com recebimentos em dinheiro não declarados.
Para encerrar:  o dinheiro físico é pouco higiênico. Em 2011, pesquisadores britânicos do Instituto BioCote chegaram à conclusão que tirar dinheiro em um caixa eletrônico deixa uma pessoa tão exposta a bactérias quanto usar  banheiros públicos muito sujos. 
Mais informações sobre o assunto, inclusive ligadas a privacidade e segurança, podem ser encontrados na tese que apresentamos à Universidade de São Paulo em 2009, “Contribuições ao processo de construção de estratégias para a bancarização da população de baixa renda com o uso de dispositivos móveis” , disponível em http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-06022010-221703/pt-br.php