domingo, 4 de outubro de 2015

SMARTPHONES PODEM CAUSAR DOENÇAS

Tão logo surgiram os celulares, começaram a correr boatos
O Professor Südhof
de que eles causariam doenças, especialmente em função de “ondas eletromagnéticas” e coisas parecidas; algumas cidades aprovaram leis dificultando a instalação das antenas, sempre visando evitar essas doenças.
Tudo isso nunca foi abordado de forma científica – esses boatos assustam pessoas crédulas e fazem com que políticos querendo agradar seus eleitores proponham essas leis – é a pseudociência em ação.
Agora, no entanto, uma voz autorizada afirma que os smartphones podem sim causar doenças; em sua edição deste domingo, a publicação alemã Frankfurter Allgemeine Sonntagszeitung traz matéria em que o bioquímico Thomas Südhof, Professor da Stanford University, prêmio Nobel de Medicina em 2013, garante que os smartphones geram um estresse contínuo com consequências patológicas como o chamado "burnout", a síndrome de esgotamento.
O cientista diz não se surpreender com o fato de que muita gente sofra 'burnouts' em função do atual estilo de vida, e que os smartphones, segundo ele, tem parte nisso na medida em que levam à conectividade permanente.
Disse também que "nunca estamos ilocalizáveis, sempre estamos de guarda e através do e-mail temos contato minuto a minuto com nosso trabalho. A longo prazo isso não pode ser bom”. Com frequência essa situação conduz a um estresse  contínuo que gera transformações no cérebro, explicou.
Südhof recomenda usar o bom senso e fazer pausas no uso do smartphone.  Segundo ele, tudo o que nos distrai ajuda, seja esportes, ioga, um bom livro ou música. O cientista  se impõe limites para o uso dos aparelhos eletrônicos, afirmando que "às oito da noite desligo tudo e só volto a ligá-los na hora do café da manhã", disse.

Südhof pesquisa a comunicação entre os neurônios, e o que ocorre com eles em situações de burn out e, ironicamente, recebeu a notícia de que tinha recebido o Nobel através de seu celular, quando estava a caminho de um congresso.
Para encerrar, um folheto do Hospital Israelita Albert Einstein que pode nos ser útil: