sexta-feira, 24 de abril de 2015

“PACIÊNCIA” VOLTARÁ NO WINDOWS 10


A Microsoft retirou os jogos Paciência (Solitaire), Campo Minado e Copas de seu sistema operacional quando lançou o Windows 8, apesar de admitir que os três possuem fãs devotados. Como um presente para os órfãos desses games, a empresa decidiu trazer o Paciência (que tem versão para computador desde 1990) de volta ao Windows 10, que planeja lançar no verão americano (inverno brasileiro) em 190 países e 111 línguas.
Atualmente, para jogar esses games no Windows 8, é preciso fazer download deles na Windows Store.
No Windows10, será preciso apenas acessar o antigo atalho conhecido pela maioria dos usuários de PCs: Iniciar > Programas > Acessórios > Jogos, já que o aplicativo virá pré-instalado no sistema.
Como observado pelo site de tecnologia The Verge, a decisão é semelhante à de trazer o menu Iniciar de volta, ressuscitando recursos com os quais os usuários estão familiarizados e satisfeitos.
Os fãs de Campo Minado e Copas, no entanto, continuarão tendo que baixar os jogos na Windows Store – basta procurar por Minesweeper e Hearts. 
Para encerrar, uma confissão: nunca tive paciência (ou competência) para aprender esse jogo, embora tenha tentado desde quando os PCs não existiam...

sexta-feira, 17 de abril de 2015

NÃO GOSTA DE COZINHAR? UM ROBÔ FARÁ ISSO POR VOCÊ.

O jornalista Vitor Caputo, de Exame.com, informa que a empresa inglesa Moley Robotics desenvolveu um par de braços robóticos que é capaz de aprender a cozinhar e preparar pratos - veja aqui um vídeo mostrando mais detalhes .
O protótipo será apresentado em uma feira de tecnologias industriais na Alemanha. Lá, o robô irá preparar uma bisque de caranguejo (um prato francês que é uma espécie de caldo).

Os braços são um complexo sistema que envolve 20 motores, 24 articulações e 129 sensores. Um ponto interessante é que o robô é capaz de aprender a cozinhar ao observar um chef humano.
O responsável por ensinar o protótipo é o cozinheiro inglês Tim Anderson, que foi vencedor do reality show Masterchef da BBC em 2011.
De acordo com a Moley, o foco do robô não é em cozinhar em velocidade superior a um humano - é um robô que se move como uma pessoa se move e na mesma velocidade.
O plano é fazer o robô compatível com os apps de receitas que estão  disponíveis – com isso, ele poderia acessar e executar essas   receitas.
De acordo com a Moley, ele poderá ser vendido no mercado em dois anos. O preço estimado é de 15 mil dólares. Para muitos, o melhor de tudo é que o robô cuidará de parte da limpeza da cozinha!
Veja a animação abaixo e curta um pouco mais dessa tecnologia:

quinta-feira, 9 de abril de 2015

AIRLANDER - VOLTAM OS DIRIGÍVEIS?

Mais uma vez, tecnologia desenvolvida para fins militares tem uso civil, e desta vez, com caráter sustentável.
O exército americano desenvolveu um dirigível batizado Long Endurance Multi-intelligence Vehicle (LEMV); a ideia era que três dessas máquinas ficassem sobrevoando o Afeganistão  servindo como plataformas de comunicações e vigilância eletrônica.  Apenas um dirigível foi construído, tendo o primeiro voo ocorrido em 2013; a ideia foi abandonada, por diversas razões, entre elas a falta de recursos financeiros - imagens desse voo estão no vídeo abaixo.

Mas não foi o fim da ideia. A empresa inglesa Hybrid Air Vehicles (HAV), que havia desenvolvido o projeto inicial, comprou o dirigível que fora construído e obtendo recursos do governo britânico, da União Europeia e de pessoas comuns através do processo de crowfunding, vem preparando o relançamento do dirigível.
Batizada Airlander 10, a nave deve ser utilizada como plataforma de comunicações ou transporte de carga.  Os trabalhos vêm sendo desenvolvidos no Hangar 1 do aeródromo de Cardington, em Bedfordshire, Inglaterra – esse hangar foi utilizado para o desenvolvimento de diversos projetos de dirigíveis nos últimos 90 anos.
O Airlander tem 92 metros (300 pés) de comprimento, 43,5 metros de largura e 16 de altura. Para mantê-lo inflado, são utilizados 38 mil metros cúbicos de hélio. Seu casco é feito de um produto à base de Kevlar, Mylar e Vectran, que além de leve é resistente até mesmo ao fogo de armas de pequeno calibre. Tem quatro hélices, duas traseiras e duas laterais, à frente – elas são acionadas por 4 motores turbo diesel, V8, podendo atingir a velocidade  de 150 kmh transportando dez toneladas. É a maior aeronave já construída.
A HAV pretende utiliza-lo como plataforma para telecomunicações e transporte de cargas. Julga que sua operação será mais barata que a de aviões e caminhões, além de poder permanecer no ar por muito tempo – configurar-se-ia assim como um veículo sustentável.
Com frequência fala-se na volta dos dirigíveis, veículos pelos quais quase todos tem grande simpatia – vamos ver se desta vez as complicações de sua operação serão superadas pelas suas possíveis vantagens.

terça-feira, 31 de março de 2015

"IMPRESSÃO 3D" CHEGA AOS DRINKS

Barmen ou consumidores já podem preparar drinques em poucos segundos com um simples toque na tela de uma máquina. A Pernod Ricard Brasil, parte de um grupo que controla inúmeras marcas de prestígio no mercado mundial de bebidas, está tornando isso possível através de uma máquina, a Absolut Boozebox.
A ideia é disseminar a cultura de consumo de destilados e facilitar a produção de drinks – a empresa acredita que o consumidor brasileiro já viveu um momento parecido com esse quando as chopeiras domésticas chegaram ao mercado. 
A carta de drinks da máquina pode ser customizada de acordo com o operador e suporta mais de 200 drinks, que podem conter vodca, whisky, rum, cachaça e outros destilados do portfolio da Pernod Ricard Brasil.
Segundo a marca, o aparelho é fácil de manusear: em bares e restaurantes, a máquina deve ser abastecida   antes da casa abrir e, quando o drink é pedido pelo consumidor, basta um clique na tela touch para seleção da bebida desejada – a seguir a bebida é preparada em  alguns segundos e o barman pode finalizar o drink para servir o cliente.
Desenvolvida por engenheiros brasileiros, a Absolut Boozebox teve seu projeto iniciado no final de 2011, literalmente em uma conversa de bar: após uma longa espera por seus drinks em um bar de São Paulo, três amigos de infância   começaram a conceber o que chamaram de  "impressora de drinks", fazendo uma analogia com as impressoras 3D.
Nesse momento, em  fase  de projeto piloto, a Absolut Boozebox está em teste em alguns bares de São Paulo.

sábado, 28 de março de 2015

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL: UM PERIGO PARA O MUNDO?

Assim como a energia atômica, outra tecnologia começa a aparecer como um sério risco para a humanidade: a inteligência artificial.
O mais recente figurão dessa área que afirma pensar assim
Steve Wozniak
é Steve Wozniak, cofundador da Apple e um dos responsáveis pela revolução do computador pessoal.
Wozniak, que anteriormente negava essa possibilidade, diz ter mudado de ideia sobre os riscos do desenvolvimento de máquinas “superinteligentes”, tendo dito recentemente ao jornal Australian Financial Review: "Como pessoas incluindo [o físico] Stephen Hawking e [o cofundador da Tesla Motors] Elon Musk previram, eu concordo que o futuro é assustador ".
A grande preocupação desse grupo de futuristas, que inclui ainda Bill Gates e um crescente número de acadêmicos, é que estejamos nos aproximando de um nível de crescimento da capacidade das máquinas que as permita fugirem de nosso controle.
Também faz parte desse grupo o  professor Stuart Armstrong, da Universidade de Oxford, autor do livro "Smarter Than Us", em que apresenta um cenário mostrando como a inteligência artificial (IA) pode sair de nosso controle e provocar danos irreversíveis à Terra e à sociedade. 
Armstrong é um dos autores do estudo "12 Riscos que Ameaçam a Civilização Humana", do grupo sueco Global Challenges Foundation, que calculou em até 10% as chances de, se o cenário se concretizar, o impacto sobre a sociedade ser irreversível. A probabilidade é maior do que as calculadas para mudança climatica (0,01%), e guerra nuclear (0,005%).
A IA e um risco "único" porque quando um computador domina uma atividade, nenhum ser humano consegue faze-la melhor, em função de suas capacidades em termos de armazenamento de dados  concentração, paciência, velocidade de processamento e memória, todas muito superiores às nossas.
A combinação dessas características com “habilidades” econômicas ou sociais permitiria à IA controlar o mundo; um computador com habilidades sociais, por exemplo, poderia processar milhares de discursos políticos, estatísticas e referencias culturais rapidamente, escolhendo qual o argumento mais convincente para fazer um eleitor votar em um candidato ou defender certa bandeira politica – consta que na campanha para reeleição de Barack Obama alguma coisa desse tipo, muito rudimentar ainda, já foi usada.
Raciocínio semelhante vale para o mercado financeiro: um sistema poderia cruzar informações sobre indicadores econômicos, decisões politicas e balanços de empresas de modo mais rápido e mais preciso, esmagando concorrentes, por exemplo – note-se que software com algumas dessas características já opera no mercado de ações.
Os defensores dessas tecnologias rebatem dizendo que esses problemas podem ser evitados por meio de uma “programação ética”, que fizesse a maquina sempre optar pela "escolha moral" - como salvar uma vida em vez de um carro, por exemplo.
Diversos especialistas acham também que tudo isso está mais próximo de ficção científica, afirmando que computadores sempre podem ser desligados, e que jogar xadrez, uma das habilidades mais avançadas da IA atualmente, nem se compara à capacidade de calculo e ao volume e diversidade de informações necessárias para analisar o mercado financeiro deforma mais ampla.
Só resta à sociedade permanecer vigilante e esperar que esses especialistas que não acreditam nas previsões catastróficas estejam certos...

sábado, 21 de março de 2015

AMAZON DÁ MAIS UM PASSO NO USO DE DRONES

Em post de 2 de dezembro de 2013, dizíamos que a Amazon estava iniciando testes com drones para entrega rápida de pequenas encomendas. 

Neste 20 de março de 2015, esses testes começaram a ser feitos "no mundo real": pacotes começaram a ser entregues após   autorização concedida no dia anterior pela Administração Federal de Aviação (FAA - Federal Aviation Administration) para que a empresa opere em algumas na região de Miami, no sul da Flórida.

A FAA autorizou essa operação desde que os drones operem  a menos de 122 metros de altitude e somente durante o dia. Além disso, o operador da pequena aeronave deve possuir um certificado de piloto particular, não deve perder de vista o drone durante o voo e as condições meteorológicas devem ser boas.

Preocupações com segurança devem nortear essa operação: lembremo-nos que um drone utilizado para filmagens caiu ferindo algumas pessoas durante as recentes manifestações na Avenida Paulista, sem São Paulo.

A Amazon também terá que prestar mensalmente informações sobre a atividade dos drones, como número e horas de voo, erros no sistema,   perda involuntária de comunicação operador-drone etc. 

Esse novo serviço, denominado Prime Air, tem como meta reduzir para 30 minutos a entrega de pacotes, inclusive em lugares de difícil acesso.

Se eu fosse motoboy começaria a pensar em mudar de profissão...

sexta-feira, 20 de março de 2015

BEACONS - UMA FERRAMENTA PARA AUMENTAR AS VENDAS

Quando alguém olha os produtos expostos na vitrine de uma loja qualquer, esse comportamento geralmente não é percebido pelo lojista ou pelos vendedores; quase sempre a pessoa olha e vai embora – e é uma oportunidade de venda que se vai.
Dispositivos pouco maiores que uma caixa de fósforos podem reverter essa situação, dando ao lojista a possibilidade de tentar fechar negócios; conhecidos como beacons (farol, em inglês), esses dispositivos usualmente são fixados em paredes ou prateleiras da loja e conseguem identificar em que ponto da loja o consumidor está.
O beacon faz isso ao emitir sinais via bluetooth – se o smartphone captar esses sinais, tiver o aplicativo da loja e estiver com bluetooth  pode receber uma mensagem  do tipo “se você gostou desse sapato, temos uma oferta especial para você” – pode ser possível também alertar um vendedor para que aborde o cliente.

A movimentação do cliente dentro da loja, se monitorada por beacons, fornece informações que podem alterar a distribuição do produtos nas prateleiras e o layout das lojas, sempre procurando induzir o cliente a gastar mais, evidentemente.
No final de 2013, a Apple desenvolveu tecnologia que permite que seus iPhones comuniquem-se com beacons, aumentando o interesse pelo assunto. A cadeia de lojas de departamentos  Macy's instalou beacons em 800 lojas em 2014, e a expectativa é de que 85% dos 100 maiores varejistas americanos usem beacons em 2016.
Também no Brasil, o assunto começa a ser discutido. A Dafiti, empresa de comércio eletrônico de calçados e roupas, instalou beacons em nove pontos de São Paulo, dentre eles a Rua Oscar Freire e a Vila Madalena – sua ideia é poder enviar mensagens personalizadas aos clientes que passem por esses pontos. Redes de supermercados e empresas dos setores de alimentação e beleza estariam pensando em testar os beacons.

Mas há algumas barreiras a serem vencidas: é necessário que o app  da loja esteja instalado e o bluetooth ativado – muitos usuários não o ativam por elevar o consumo da bateria de seus smartphones. No entanto, talvez a maior das barreiras seja enviar notificações relevantes, pois se elas não forem adequadas, isso pode irritar o consumidor e afasta-lo da loja.  

sexta-feira, 13 de março de 2015

MEIJS MOTORMAN: UMA BICICLETA 100% ELÉTRICA

Como mais da metade da população do mundo vive em cidades com graves problemas de congestionamento de trânsito, faz  todo o sentido tentar desenvolver veículos que permitam contornar ou diminuir esse problema.

Esse cenário levou o holandês Ronald Meijs a conceber a Motorman, uma bicicleta elétrica com desenho retrô  que está “bombando” na Europa. 

A máquina pesa 45 quilos e é oferecida em duas versões, uma que pode chegar a 45 km/h e outra vai apenas a 25 km/h – está última, pela legislação europeia, não exige o uso de capacete.

A Motorman, que diferentemente de outras máquinas parecidas não tem pedais, tem uma bateria com autonomia de 70 e 100 quilômetros, dependendo da versão. A bateria pode ser recarregada em qualquer tomada doméstica em 6 horas, estando o custo por quilometro rodado ao redor de um cêntimo de Euro. Seus freios são a disco.

O preço, com impostos, é de 5750 e 6350 Euros, dependendo do modelo.

Vale a pena assistir ao vídeo produzido pela empresa


sábado, 7 de março de 2015

PARA OS SAUDOSISTAS: POLAROID Z2300

Durante algum tempo as câmaras Polaroid foram um sucesso: era possível fazer uma foto e imediatamente imprimi-la, ao contrário das demais máquinas da época, em que era necessário enviar o filme para revelação.

As primeiras Polaroids foram lançadas em 1948, ficando em produção até o início de 2008, saindo de linha devido à forte concorrência da fotografia digital. 

Agora a empresa relança suas máquinas com capacidade de impressão: a Z2300, com impressora integrada, é capaz de fazer uma cópia colorida de 5 por 8 centímetros   em menos de 1 minuto.

A tecnologia de impressão não envolve tinta, mas sim uma reação química no papel disparada por calor - no lugar de tinta de impressão comum, a Polaroid usa papel Zink (Zero-ink printing), que traz minúsculos cristais transparentes, que quando aquecidos transformam-se em cores – é mesmo  sistema   usado pelas Polaroids antigas. 
Com visor LCD de 2,5 polegadas e zoom 6x, a Z2300 faz fotos com resolução de 10 megapixels e vídeos com resolução HD de 720p. A capacidade de armazenamento de 32 megabytes é expansível para até 32 gigabytes por meio de cartão microSD.

A máquina é vendida no Basil por cerca de 800 reais; cada pacote do papel Zink, com 40 unidades custa cerca de 130 reais. Saudosistas, divirtam-se, mas lembrem-se que o dólar está subindo! 

quarta-feira, 4 de março de 2015

FORD LANÇA PROTÓTIPO DE BICICLETA INTELIGENTE

Está ficando cada vez mais comum a indústria automobilística lançar produtos de outros tipos – talvez seja uma preocupação com uma eventual retração violenta na venda de carros causada por problemas de ordem ambiental.
Nessa linha, mais uma novidade: a Ford lançou  no Mobile World Congress um protótipo  de bicicleta elétrica inteligente. Batizada de MoDe, seu guidão  vibra para indicar o caminho ao ciclista.
Para isso, basta que o usuário conecte seu smartphone por Bluetooth à bicicleta e defina a rota por meio do app MoDe:Link. O aplicativo permite planejar viagens incluindo trechos em transportes coletivos,   entre outros recursos. 
A MoDe tem duas versões: a MoDe: Pro, voltada para o uso profissional e que conta até uma espécie de bagageiro na parte de trás. Já a MoDe: Me foi pensada para uso urbano  e apresenta um design compacto.
A MoDe é dobrável e tem motor de 200 Watts; com freio a disco hidráulico, a bicicleta alcança velocidades de até 25 quilômetros por hora. 
Como se trata de um protótipo, a MoDe não tem previsão de chegada ao mercado. Sua criação é fruto de uma iniciativa da Ford que envolveu o desenvolvimento de mais de 100 propostas.
Veja aqui o vídeo da Ford sobre a MoDe:

terça-feira, 3 de março de 2015

CRESCIMENTO DA INTERNET E DO NÚMERO DE CELULARES DESACELERA

No dia 5 de março termina o  Mobile World Congress, evento promovido pela GSMA, associação das operadoras de telefonia celular – é o  maior evento do setor e acontece em Barcelona.
Estudos divulgados durante o evento dão conta que a expansão da internet e de seu principal motor,  os celulares, desaceleram  –   antes de a rede chegar à maior parte da população do planeta. Segundo esses estudos,  nos últimos sete anos 1,3 bilhão de pessoas tornaram-se usuárias de telefonia celular – o  ritmo de crescimento do número de usuários no período foi de 7,6% ao ano. Dizem os mesmos  que essa taxa deve ser reduzida quase à metade, a 4%, de agora até 2020. Os usuários desses aparelhos passarão dos atuais 3,8 bilhões para 4,6 bilhões. 
  
A tendência de desaceleração aparece também em dados apresentados pelo Facebook; segundo eles, se em 2008 o número de pessoas on-line crescia a um ritmo de 12,8% ao ano, em 2014 ficou em 6,6%.
Pouco menos de 3 bilhões de pessoas, cerca de 38% da população mundial, acessam a rede ao menos uma vez por ano – o número de internautas é menor do que o das pessoas com celular porque nem todos os aparelhos têm a capacidade de se conectar à Internet.
Observa-se  uma diferença sensível ao se comparar   os países desenvolvidos,  onde 75% da população está na rede,  com os países em desenvolvimento, onde o número está ao redor de 30%.

O impacto econômico dessa diferença é grande: a revista britânica "The Economist", estima que, nos países em desenvolvimento, um aumento de 10% no número de celulares gera  um aumento de mais de um ponto percentual na taxa de crescimento do PIB per capita.
Presente ao congresso, o presidente do Facebook, Mark Zuckerberg,  disse que "Conectar a outra metade do mundo vai ser diferente do que foi conectar as pessoas que já estão on-line”. Zuckerberg disse que para que o número de pessoas conectadas cresça, é preciso que as operadoras de telefonia celular   expandam-se de forma mais agressiva, mas estas  dizem  que a expansão exige muito investimento em infraestrutura e que esses investimento não deverá  trazer o retorno que julgam adequado.
Mas o problema principal talvez não seja esse, pois 75% da população do mundo vive em áreas onde há cobertura 3G, mas, como temos dito neste blog, o problema passa pelos custos dos serviços de telefonia e dos aparelhos e pela qualidade das conexões.
Há também problemas relativos à educação digital: há muitas pessoas que tem dificuldades em utilizar aparelhos e conectar-se à Internet, Algumas iniciativas nesse sentido ocorrem esporadicamente, como por exemplo o curso “Práticas com tablets e celulares”, oferecido gratuitamente pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC), da Universidade de São Paulo (USP) em São Carlos – apesar disso, concordamos com Zuckerberg no sentido de que o caminho será longo.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

BRIGADEIRO PACITTI: UM PIONEIRO DA COMPUTAÇÃO NO BRASIL

O Major-Brigadeiro Tércio Castro Pacitti, falecido aos 85 anos em 2014, foi um dos pioneiros da computação no Brasil. Natural de Piracicaba, o Brigadeiro formou-se em primeiro lugar na turma de 1952 do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Concluiu o mestrado em 1961 e doutorado dez anos depois no Departamento de Engenharia Elétrica e Ciência da Computação da Universidade da Califórnia em Berkeley, Estados Unidos. 
Reitor do ITA entre 1982 e 1984, idealizou e criou seu curso de Engenharia da Computação, tema pelo qual se apaixonou no início da década de 60, no Laboratório de Processamento de Dados do ITA, onde era professor. Nesse laboratório foram instalados os computadores IBM 1620 e IBM 1130 usados ao longo de dez anos nos cursos de graduação da instituição. 
Atuou também na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde foi o primeiro chefe do Departamento de Cálculo Científico, mais tarde, conhecido como Núcleo de Computação Eletrônica (NCE) e desde 2010 chamado Instituto Tércio Pacitti de Aplicações e Pesquisas Computacionais. Conduziu também o processo de introdução da informática na FAB.
Escreveu vários livros na área de informática: o Fortran Monitor - Princípios vendeu 250 mil exemplares entre 1967 a 1987 -  aqueles que usaram esse livro criaram a expressão   “levar o Pacitti para a sala de aula”;  Do Fortran à Internet, retrospecto história da informática no mundo está na terceira edição. O mais recente foi Paradigmas do Software Aberto, lançado em 2006. 
O Brigadeiro foi também presidente do Conselho de Informática do Estado do Rio de Janeiro de 1987 a 1990, pertenceu à Academia Nacional de Engenharia e foi consultor científico da presidência da Consist.
Sua atuação realmente foi fundamental no sentido de trazer tecnologia à nossa vida diária. Em um país como o nosso, seria interessante saber se existe alguma rua com seu nome ou se ele é ainda apresentado aos nossos estudantes...

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

OS SMARTPHONES XIAOMI ESTÃO CHEGANDO AO BRASIL

Há rumores no sentido de que a Xiaomi, quinta maior fabricante de smartphones  no mundo e líder na China, deve iniciar em março a produção dos seus primeiros protótipos no Brasil.
A empresa diz que pretende estrear no mercado brasileiro neste semestre – há rumores que as máquinas serão fabricadas aqui pela Foxconn, em suas fábricas de Jundiaí e Indaiatuba – a empresa  estaria adaptando uma das linhas de produção para fabricar os produtos da Xiaomi – é possível que a chegada ao mercado ocorra   no final de abril ou em maio. 
A Xiaomi já obteve homologação da Anatel para vender no Brasil o Redmi Note 4G, smartphone com tela de 5,5 polegadas (mesmo tamanho da tela do iPhone 6 Plus), câmera frontal de 13 megapixels e câmera traseira de 5 megapixels.
Como outros modelos da marca, o Redmi Note 4G roda uma versão modificada do Android; na Índia, esse aparelho custa o equivalente a 454 reais. 
Na Ásia, a Xiaomi vende seus produtos pela internet, diretamente aos consumidores. É uma maneira de reduzir custos e manter os preços baixos; ainda não se sabe qual será o sistema de vendas no Brasil. Rumores dizem que a empresa estaria negociando parcerias com operadoras.
A combinação de produtos atraentes com preços agressivos permitiu à Xiaomi conquistar a liderança   do mercado chinês em 2014, ultrapassando a Samsung, a antiga líder.
Mundialmente, a Xiaomi está atrás de Samsung, Apple, Lenovo/Motorola e Huawei, com 16,6% de participação no mercado no último trimestre de 2014. Seu crescimento em 2014, em número de aparelhos vendidos, foi de 179%.
EXAME.com experimentou o smartphone Redmi Note 4G; veja as impressões do pessoal de EXAME no vídeo abaixo:
Como curiosidade, vale lembrar que o vice-presidente de produtos e operações da Xiaomi é o brasileiro Hugo Barra, ex Google.    

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

BRIDGESTONE – NÃO APENAS UMA FABRICANTE DE PNEUS, MAS UMA DESENVOLVEDORA DE TECNOLOGIA


A família de Shojiro Ishibashi possuía uma fábrica de calçados; no início da década de 1930, buscando novas oportunidades, ele começou a fabricar pneus, fundando em Kurume, subúrbio da cidade de Fukuoka, a Bridgestone Tire & Co. O nome da empresa derivava do próprio sobrenome do fundador (“Ishibashi”, em inglês, significa “Stonebridge”, ou “ponte de pedra”). Por questão de sonoridade, inverteu o nome, nascendo assim a BRIDGESTONE, que além de pneus começou logo a fabricar correias, mangueiras, componentes para isolamento de vibrações, bolas de golfe e borracha sintética..
Durante a Segunda Guerra Mundial a empresa dedicou-se a abastecer a máquina de guerra japonesa. Em 1942, devido à restrição na utilização de nomes americanos, a empresa passou a se chamar Nippon Tire, Co., nome que utilizaria até 1951.
Com o fim do conflito, apesar de ter parte de suas instalações destruídas, a empresa retomou a produção quase que imediatamente. Foi neste momento que a BRIDGESTONE começou a produzir pneus para motocicletas e aeronaves, além de comercializar o primeiro pneu japonês com bandas de rayon em 1951.
No início dos anos 60, a BRIDGESTONE lançaria no mercado o primeiro pneu radial do mundo.  Nesta época a empresa produzia uma vasta gama de produtos em borracha, além de pneus; era igualmente o primeiro fabricante japonês de bicicletas e tinha uma linha de produção de veículos, que construía mais de 5.000 automóveis e caminhões por mês. Em 1967, lançou o BRIDGESTONE RD10, o primeiro pneu radial do mundo para carros de passeio.
Ishibashi morreu aos 88 anos em 1976. Na época, além de dominar o mercado japonês de pneus, a BRIDGESTONE já os comercializava com sucesso no mercado norte-americano. Essa década ainda foi marcada pelo desenvolvimento de uma tecnologia para converter os pneus usados em combustível para fornos de cimento.
Em 1987, começou a comercializar a tecnologia RUNFLAT (RFT), que permitia ao pneu rodar com segurança  mesmo depois da perda de ar. O Porsche 959 foi o primeiro modelo de produção em série a utilizar pneus com esta tecnologia, que a principio fora pensada para equipar veículos de pessoas com deficiência física, que teriam dificuldade para substituir pneus murchos.
Em 1988, a BRIDGESTONE comprou a tradicional Firestone, então a segunda maior produtora de pneus dos Estados Unidos; em 2007 a empresa comprou a Bandag, fundada em 1957 e líder na produção de materiais e equipamentos para recapagem de pneus. A Bandag, que possui uma rede com mais de 900 revendas franqueadas, produz e comercializa pneus recapados, além de prestar serviços de gerenciamento na área.
Recentemente a empresa mudou radicalmente e inovou na venda de seus produtos. Hoje ela não só vende pneus, mas presta serviços aos seus clientes frotistas; a empresa desenvolveu sensores que são conectados a um software, que armazena dados sobre o desgaste dos pneus; através da leitura destes dados, a BRIDGESTONE dá feedback aos seus clientes, que podem gerenciar melhor o uso de seus pneus.
Atualmente a BRIDGESTONE fabrica pneus para carros de passeio, veículos para construção, veículos comerciais, máquinas agrícolas, ônibus, caminhões, aeronaves, motocicletas, carros de corrida e até mesmo trens de  metrô.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

BULOVA: TRADIÇÃO E TECNOLOGIA


A história da marca BULOVA começou em 1875 quando um imigrante tcheco de apenas 23 anos, chamado Joseph Bulova, abriu uma pequena joalheria em Nova York, depois de ter trabalhado grandes joalherias como Tiffany & Co. e Young & Ellis. Em 1911 ele começou a produzir e vender relógios de mesa e de bolso, tendo no ano seguinte inaugurado sua primeira fábrica para produzir componentes de relógios na cidade de Bienne, Suíça.  -
-
A linha Caravelle New York, reforçando
 a ligação da marca com a cidade
Em 1920 a empresa mudou sua sede para a famosa Quinta Avenida, onde pouco depois instalou o Observatório Bulova: foi o primeiro observatório instalado no alto de um arranha-céu, coordenado por um matemático que registrava suas observações eletronicamente e as disponibilizava para os técnicos da empresa, que utilizavam essas informações para garantir a precisão das máquinas que fabricavam. Desde 2014, sua sede está instalada no famoso Empire State Building.
-
O nome BULOVA WATCH COMPANY foi adotado em 1923, época em que a empresa atingiu um nível de padronização e precisão tão grande que foi a primeira a fabricar relógios que podiam intercambiar entre si peças de modelos diferentes. Em 1924 é lançada a primeira linha de relógios femininos. Dois anos depois a marca veicula nacionalmente seu primeiro comercial de rádio, repetindo o slogan “At the tone, it’s 8 PM, B-U-L-O-V-A watch time”.

Em 1926, a BULOVA introduziu no mercado o primeiro rádio relógio do mundo. Os primeiros relógios elétricos foram produzidos em 1931, incluindo os relógios para serem usados em paredes, lojas, janelas e prédios de escritórios. No dia 1 de julho de 1941, a empresa lançou um o primeiro comercial para televisão do país: uma foto simples de um relógio e um mapa dos Estados Unidos, com o locutor dizendo a frase “America runs on Bulova time”. O comercial com 20 segundos de duração e exibido antes um jogo de baseball entre o Brooklyn Dodgers e Philadelphia Phillies, custou míseros US$ 4.
-
Durante a Segunda Guerra Mundial, todas as linhas de produção da empresa foram disponibilizadas para a manufatura de equipamentos militares de precisão - a empresa fornecia às forças armadas relógios, instrumentos de precisão e equipamentos aeronáuticos. A Joseph Bulova School of Watchmaking foi inaugurada em 1945 por Arde Bulova, filho do fundador da empresa, inicialmente para dar qualificação aos veteranos da Segunda Guerra Mundial que nela adquiriram alguma deficiência.

A partir da década de 50, a BULOVA iniciou um período de
O Bulova Accutron II
grande desenvolvimento, introduzindo no mercado produtos inovadores: em 1952 começou a desenvolver o modelo Accutron, primeiro relógio totalmente eletrônico, lançado em 1961 e até hoje em produção; no ano seguinte, lançou os relógios à prova de choque e com alarme; o modelo Caravelle se tornou o relógio mais vendido dos Estados Unidos em 1968; e no ano seguinte a empresa introduziu no mercado o modelo Accuquartz, primeiro relógio de quartzo do mundo.
-
O empenho da BULOVA em inovar aumentou o prestígio de seus relógios, gerando um  convite da NASA, na década de 60, para construir mecanismos de precisão usados nas missões espaciais da agência  Essas inovações usadas no espaço ajudaram a analisar o movimento da Terra tendo como referência outras estrelas além do Sol, aumentando a precisão e descobrindo que um dia sideral tem exatamente 23 horas, 56 minutos e 4 segundos.

Na década de 70 a empresa foi adquirida pela Loews Corporation. Nos anos seguintes a marca apresentou inovações, não somente em termos tecnológicos, mas também na área de design de seus relógios. No dia 10 de janeiro de 2008, a BULOVA foi comprada pela Citizen por US$ 247 milhões, se tornando uma subsidiária da empresa japonesa.


Para encerrar, um fato interessante: em 2008 um relógio BULOVA automático, perdido no mar por um marinheiro em 1941, foi encontrado após 67 anos e devolvido ao seu proprietário. O mais incrível desta história é que o relógio ainda funcionava...

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

OS NAVIOS PLATAFORMA - MESMO A MAIS MODERNA TECNOLOGIA PODE SOFRER ACIDENTES



Em 11 de fevereiro ocorreu uma
Um verdadeiro gigante 
explosão a bordo de um navio plataforma que opera na exploração de gás e petróleo em nossas costas.

Essas embarcações utilizam tecnologia muito atualizada, complexa. Neste post, procuraremos dar aos nossos leitores uma ideia de como elas funcionam, utilizando material de "O Estado de S. Paulo".

O navio acidentado, o “Cidade de São Mateus” foi construído em 2009, tem 74 tripulantes e capacidade para processar 10 milhões de metros cúbicos de gás por dia. 
O "Cidade de São Mateus"

O gás ou petróleo extraído dos poços submarinos é transferido por dutos até o navio, onde é processado e armazenado; periodicamente um navio petroleiro, chamado “aliviador” recebe o produto processado e o transporta para terra.

A operação
Vamos esperar que os feridos se recuperem rapidamente, as famílias dos mortos possam superar o trauma, que o acidente não piore a situação da já combalida Petrobrás e que o "São Mateus" volte logo a operar plenamente em nosso mar azul. 


terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

CUIDADO: SUA TV SAMSUNG PODE ESTAR TE ESPIONANDO!

A Samsung informou que seus aparelhos de TV podem transmitir dados de usuários a terceiros, tornando-se a mais recente empresa de tecnologia a enfrentar uma reação negativa sobre como os dados dos seus usuários são obtidos (e utilizados).
A maior fabricante de TVs do mundo disse que seus aparelhos com conexão à internet podem coletar conversas privadas quando os usuários ativam a função de reconhecimento de voz. Disse também que os consumidores podem ligar e desligar a função em qualquer momento – coisa que evidentemente poucos consumidores sabem ou fazem.  

Quando um usuário dá um comando de voz a uma TV conectada à internet, os dados são enviados a um servidor que vai procurar o conteúdo solicitado; a partir daí, outras conversas podem ser capturadas.
As práticas de coleta de dados pelas  TVs da Samsung estão contidas nos contratos de credenciamento do usuário, a chamada “click-to-agree screen” (“tela de clique para aceitar”), que aparece durante a instalação da tecnologia mais atual – mais uma vez, temos a certeza de que a absoluta maioria dos usuários simplesmente aceita, sem saber o que está aceitando...
O Google,  o LinkedIn e o Yahoo já foram processados por clientes por causa da forma com que coletam dados; a Apple atualizou suas políticas de privacidade no ano passado para garantir aos usuários que os dados estão seguros.
No mundo digital, terra sem lei, cautela nunca é demais...

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

PANERAI MARE NOSTRUM: DESIGN ANTIGO, TECNOLOGIA MODERNA

A Officine Panerai é uma empresa fabricante de relógios fundada em 1860, na cidade de Florença, Itália. Apesar de atualmente seus relógios serem fabricados em Neuchâtel, na Suíça, a marca sempre teve fortes vínculos com a Itália, inclusive fornecendo relógios para a Marinha Real Italiana (Regia Marina Italiana).
Brasão da Regia Marina
Em 1943, a Panerai apresentou o protótipo do “Mare Nostrum”, um relógio de altíssima qualidade para uso dos oficiais da Regia Marina, mas que jamais foi fabricado em série, pelo fato de a Itália ter se retirado da guerra naquele ano.
Mare Nostrum (Nosso Mar) é um termo que foi usado na Roma antiga para designar o Mar Mediterrâneo, pelo fato de a maior parte de sua costa ser controlada pelo Império Romano.
Muito tempo depois, na década de 1940, a Itália fascista voltou a referir-se a ele como Mare Nostrum, pois ao longo da Segunda Guerra Mundial era forte a presença da frota italiana na área.
O novo Mare Nostrum
Em 2015, durante o Salão Internacional de Alta Relojoaria que aconteceu em meados de janeiro, em Genebra, na Suíça, a Panerai apresentou um novo modelo Mare Nostrum, fabricado em titânio e utilizando um mecanismo moderno, muito sofisticado e preciso, com design similar ao do protótipo.
É mais um caso em que novas tecnologias evocam design antigo, criando um produto muito exclusivo: foram fabricadas apenas 150 unidades, que chegaram ao mercado  com um preço ao redor de € 35 mil.
Para os interessados, vale lembrar que a  Panerai conta com uma loja própria em São Paulo, no Shopping JK Iguatemi.