sábado, 13 de outubro de 2018

VOO COMERCIAL MAIS LONGO DO MUNDO ATERRISSA EM NEWARK

O voo comercial mais longo do mundo chegou nesta sexta-feira, 12, ao aeroporto de Newark, em New Jersey, após quase 18 horas de viagem a partir de Cingapura. De acordo com o portal do aeroporto, o voo SQ22 aterrissou às 5h29 local (6h29 de Brasília), após ter decolado às 23h37 de Cingapura, após 17h52 de voo - a previsão inicial era de 18h25 de voo. A aeronave transportou 161 passageiros: 67 na classe executiva e 94 na "econômica premium" - não há classe econômica e muitos dos passageiros desembarcaram kusando os souvenires que receberam: bonés, camisetas, chaveiros etc.

Com este voo, a Singapore Airlines recupera o primeiro lugar no ranking das empresas que fazem as viagens mais longas. O voo tirou do primeiro lugar o 921 da Qatar Airways entre Auckland e Doha, de aproximadamente 18 horas. No entanto, esta não é a primeira vez que a companhia aérea fez essa rota, que já existiu há nove anos antes de abandoná-la em 2013, quando os preços do petróleo acabaram com sua rentabilidade.

Dois pilotos e dois copilotos se revezaram no comando do Airbus A350-900 ULR (ultra longo alcance), que percorreu 16,7 mil quilômetros entre a cidade-Estado do sudeste asiático e os EUA. A tripulação, com 13 auxiliares de cabine, trabalhou em turnos para que todos tenham as quatro horas de descanso mínimo regulamentar.

O tempo de voo é um desafio para os passageiros que puderam recorrer a um catálogo de filmes e programas de televisão com uma duração acumulada de 1,2 mil horas, o equivalente a sete semanas. O menu a bordo contou com pratos selecionados para que os clientes se sentissem à vontade no voo.

Para melhorar a experiência de voo e reduzir a tensão de uma viagem de quase um dia, o avião tem um teto mais elevado que o habitual, janelas mais amplas e uma iluminação LED especial que altera as cores com o objetivo de reduzir o "jetlag" e os efeitos da mudança de horário provocados por uma viagem intercontinental.

A Airbus entregou seu primeiro A350-900 ULR a Singapore Airlines em setembro. O avião da série A350 (longa distância) amplia seu percurso de 8.100 milhas náuticas (aproximadamente 15.000 km e 16 horas de voo) a 9.700 milhas náuticas (quase 18.000 km e até 20 horas de voo) graças a uma otimização do sistema de combustível que permite gastar 25% menos.

sexta-feira, 12 de outubro de 2018

UM GRANDE ESCÂNDALO DE ESPIONAGEM OU UMA GRANDE BARRIGA?

A última edição da  Bloomberg Businessweek traz uma história que, se confirmada, deve trazer enorme impacto ao mundo da computação. 
Segundo a revista, três grandes companhias, a Amazon, a Apple e uma das maiores companhias americanas de telecomunicações estavam sendo espionadas. Isso era feita por um chip instalado clandestinamente em servidores utilizados pelas empresas; esses servidores são fabricados pela Supermicro, uma empresa americana de propriedade de chineses, que também ocupam os principais cargos executivos e de engenharia na empresa.
A existência do chip, que não constava do projeto original das máquinas, teria sido descoberto durante uma auditoria de segurança feita pela Amazon; o   problema localizado pelos consultores da Amazon estava na placa mãe dos servidores, uma placa montada na China com componentes produzidos por diversos fabricantes.
Segundo a Bloomberg Businessweek, o chip transmitia dados processados pelo servidor a outra máquina instalada na China e a Amazon, tão logo fez a descoberta, comunicou o caso ao FBI. A Amazon, não surpreendentemente, nega tudo. 
Se a história for verdadeira, estamos todos diante de uma encruzilhada: o que fazer, já que praticamente todo o hardware utilizado no mundo é fabricado com componentes chineses ou por companhias controladas por chineses?
Vamos aguardar os próximos capítulos. Seria o maior escândalo de espionagem digital da história ou uma grande barriga? Em jornalismo, barriga é a publicação de um fato falso, por falta de checagem, sem a intenção de enganar o leitor.

segunda-feira, 8 de outubro de 2018

CARROS ELÉTRICOS E HÍBRIDOS GANHAM ESPAÇO NO PRÓXIMO SALÃO DO AUTOMÓVEL

Carros híbridos e elétricos ainda têm participação muito pequena no mercado brasileiro: neste ano, até setembro, 0,2% ou 2.754 unidades foram vendidas no Brasil, em um total de 1,78 milhão de automóveis. 

Modelos híbridos e elétricos, contudo, começam a aparecer nas ruas brasileiras e estarão na 30.ª edição do Salão do Automóvel de São Paulo, no próximo mês.
i3

Twizy
Mais de 20 automóveis de variadas marcas estão confirmados para a mostra, que ocorrerá entre os dias 8 e 18 de novembro no São Paulo Expo. Alguns poderão ser dirigidos pelos visitantes em área reservada para testes, entre os quais o BMW i3 e o i8 e Renault Twizy e o Zoe. No primeiro dia do evento haverá uma carreata pela cidade com cerca de 30 carros movidos a eletricidade.

Um empurrão ao mercado de híbridos (com um motor elétrico e um a combustão) e 100% elétricos será dado a partir do próximo mês, com a entrada em vigor da nova tabela do Imposto sobre Produtos Industrializados. O IPI para híbridos vai variar de 7% a 20% e, para elétricos, de 7% a 18%, dependendo da eficiência energética e do peso do carro - hoje o IPI é de 25%. A medida deve aumentar a oferta de modelos menos poluentes ou totalmente limpos no País, mas parece não ser suficiente para promover uma massificação. 

Bolt
Leaf
Ainda assim, quase todas as montadoras devem mostrar no salão modelos importados que já estão à venda ou que serão lançados até o próximo ano. A General Motors apresentará o Bolt, compacto 100% elétrico com autonomia de 400 quilômetros, e a Nissan o novo Leaf, ambos para início de vendas em 2019.

Dos 2.754 veículos “verdes” vendidos neste ano, apenas 158 são elétricos e os demais são híbridos. Em igual período de 2017 foram vendidos 2.352 veículos, sendo 111 elétricos e os outros híbridos.

Deve-se observar que, no mundo todo, a venda de modelos puramente elétricos ainda é pequena pois, além do custo elevado, é preciso infraestrutura para abastecimento. Já as vendas de híbridos crescem mais rapidamente e o mesmo deve ocorrer no Brasil, mas no longo prazo. 

Prius
Niro
A BMW levará ao salão três híbridos plug in, o i3 e o i8 – com preços entre R$ 200 e R$ 800 mil -, e uma novidade ainda não revelada. Já a Toyota trará o inédito Prius Híbrido Flex, que usa etanol no lugar da gasolina para gerar eletricidade. O carro foi testado em percurso de São Paulo a Brasília e agora passa por adaptações. A Lexus, marca de luxo do grupo, vai mostrar o NX 300, que custa R$ 220 mil. A Audi terá quatro híbridos no estande (A6, A7, A8 e Q8), a Ford duas versões do Fusion, a Kia três (Soul EV, Optima e Niro) e a Volkswagen o Golf GTE.

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

UMA CAIXA PARA LEVAR DADOS À NUVEM

Costumamos dizer que em Tecnologia da Informação, há "ondas", que vão e voltam - ao menos em sentido figurado. 

Agora parece estar "rolando" uma dessas ondas:  no passado as empresas perfuravam seus dados em cartões que eram levados em caixas aos birôs de serviço, para processamento; agora, seus dados são levados em caixas para serem transportados à nuvem. 

Trata-se de uma nova solução da  Microsoft  para quem não quer consumir muita banda da empresa na hora de subir arquivos para a  nuvem: uma caixa. Anunciada durante o
Ignite, evento da companhia para seus clientes corporativos, a Azure Data Box faz as vezes de um "pen-drive" gigante,  mais seguro e confiável, com direito a criptografia dos dados - ela substitui as caixas em que eram transportados os cartões perfurados.... O dispositivo foi criado apenas para transferir arquivos de um computador para um servidor Azure, mas sem precisar de internet para isso.
Azure Data Box foi revelada no ano passado, mas até agora estava em fase de testes. Ela pesa pouco mais de 20 quilos e armazena até 100 TB. A ideia é que o aparelho cheio de dados seja levado por algum serviço de entregas até a Microsoft e ela mesma faça o upload dos arquivos para um servidor do Azure. São cobrados a locação das caixas e depois, claro, o armazenamento. 

Há uma versão maior da caixa, a Azure Data Box Heavy  com capacidade de um  petabyte, que também foi anunciada durante o evento, mas que ainda está em fase de testes.
Os equipamentos  têm uma página dedicada a eles em português, mas o serviço está, por ora, disponível apenas nos EUA e na Europa. E por mais que tudo isso seja novidade, já há concorrência por lá: a Amazon oferece as Snowballs e até um caminhão, o Snowmobile para levar dados a servidores do AWS e o Google tem os Transfers Appliances.

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

5G ENTRA NO AR EM 2019. NO BRASIL, SÓ DEUS SABE...

Estados Unidos, Coreia do Sul, China e outros países correm para ser pioneiros no lançamento da tecnologia 5G em 2019. A tecnologia deve trazer avanços, como a possibilidade de médicos fazerem cirurgias à distância, por meio de robôs conectados à internet. Outra inovação será a popularização da  Internet das Coisas, que permitirá que eletrodomésticos “aprendam” as preferências de seus usuários com o uso de inteligência artificial. 
Na América Latina, porém, o 5G só deve chegar em 2020 e não deve se massificar até 2025, prevê a GSMA, associação global de operadoras móveis. Ainda não se sabe qual será o primeiro país da América Latina a usar o 5G, no  caso do 3G, o primeiro experimento se deu no Chile, e o 4G começou no Uruguai.
O Brasil possui hoje 218 milhões de conexões móveis ativas, sendo 79% em smartphones. Pouco mais da metade (55%) já usa o 4G. Apesar de serem os maiores números da América Latina, segundo a GSMA, os dados refletem o atraso da região. No México, sede da Claro, são 109 milhões de conexões móveis ativas, 63% por smartphones e 24% com 4G.
O avanço em direção ao 5G será lento. Para 2025, a associação prevê que apenas 8% das conexões móveis da América Latina se darão pelo 5G e, inicialmente, em negócios entre empresas e nas conexões máquina a máquina.
Como quase sempre, seguimos na vanguarda do atraso...

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

HP LANÇA IMPRESSORA 3D PARA QUE PRODUZ PEÇAS METÁLICAS

A  HP anunciou sua  linha de impressoras 3D que produz peças metálicas  - é uma tecnologia que começa a amadurecer e tem potencial para revolucionar o ambiente industrial.  
Essas máquinas serão muito caras e devem demorar cerca de dois anos para começarem a ser vendidas; a HP está aceitando reservas ao preço de US$ 400 mil, para entrega em 2020.  As HP Metal Jet 3D não são as primeiras a produzir objetos de metal a partir dum arquivo digital, porém são mais rápidas e  baratas que as da concorrência, o que começa a torná-las interessantes para a indústria, substituindo a técnica de injetar metal líquido em moldes, utilizada hoje. Neste vídeo, Stephen Nigro, executivo da HP, fala sobre o tema. 
Mas essas máquinas permitem personalização do objeto a ser construído, sem os custos e tempos envolvidos na criação de moldes quando essa personalização é necessária; basta alterar o programa que controla a impressora e produzir a nova peça. 
A Volkswagen alemã já tem alguma destas máquinas em teste; por enquanto, produzem peças simples, como o nome do modelo do veículo para ser afixado na parte traseira do mesmo e chaves personalizadas com as iniciais do dono. Por enquanto, são estudos para definir como estas máquinas podem se adequar às linhas de montagem. Os próximos passos são claros:  inicialmente imprimir peças de maior porte, e no futuro,  o carro todo, imprimindo não apenas metais mas diferentes materiais.
Isso deve revolucionar toda a cadeia produtiva e de logística: fábricas, transportadoras, armazéns, lojas,  todos devem ser afetados. O colunista Pedro Doria, do Estadão, da um exemplo mencionando um calçado:  o cliente escolhe um modelo de sapato, um scanner 3D examina seus pés, e ele recebe o sapato no tamanho perfeito e já com palmilha milimetricamente adequada. Para isso, basta ir ao birô de impressão da esquina que "imprimirá" o sapato. A marca venderá não a peça, mas a licença para  a impressão do arquivo digital. Como ficarão todos aqueles que produzem  sapatos e os fazem chegar até a loja? 
Quem constrói pode escolher  no catálogo da fabricante as torneiras que deseja, o vaso sanitário, as luminárias. E as imprime. Serão possíveis texturas, recortes, padrões e cores que a tecnologia atual de injeção em moldes simplesmente não permite produzir a custos aceitáveis. Já há experiências com a compra do projeto da casa inteira. As peças são impressas para serem montadas como um Lego.
Tudo isso deve acontecer em alguns anos, não daqui a décadas. E, como quase sempre acontece, o Brasil não está formando a mão de obra para esta indústria e nem pensando em seu impacto.

terça-feira, 11 de setembro de 2018

O FUTURO DO TRABALHO


Participamos do programa Clipping Eletrônico, falando sobre o futuro do trabalho, especialmente em função das alterações que estão sendo trazidas pela tecnologia da informação. 

O programa pode ser visto neste link.

sábado, 8 de setembro de 2018

PRESTE ATENÇÃO NAS TECLAS "F" E "J" DE SEU TECLADO

Se você prestar atenção nas teclas "F" e "J" de seu teclado, provavelmente vai  notar nelas duas pequenas saliências, como mostrado na figura ao lado. 

Essas saliências servem para que possamos digitar mais rapidamente e com menos erros - os teclados mais comuns são do chamado padrão QWERTY, em função dos primeiros caracteres que estão em sua linha mais alta de teclas alfabéticas.

Esse teclado foi inventado  por Chiristopher Sholes, que colocou na primeira fila do teclado todas as letras necessárias a se escrever a palavra "typewriter" (máquina de escrever), de forma a que durante demonstrações de sua máquina de escrever, esta pudesse dar a impressão de a datilografia ser ainda mais rápida e sem erros.  

A máquina inventada por Sholes (foto ao lado) teve sua patente vendida à Remington, fabricante de armas que procurava novos mercados e que mais tarde entrou também no ramo de computadores. As máquinas de escrever conquistaram o mercado no final do século XIX, e o teclado de Sholes transformou-se num padrão, que foi aperfeiçoado com a criação das pequenas saliências, quando se buscava datilografar mais rapidamente e com poucos erros - lembremo-nos que  apagar algo datilografado sem deixar marcas era praticamente impossível, diferentemente do que ocorre com os editores de texto de nossos computadores. 

Observem que, se colocarmos nossos dedos indicadores sobre o "F" e o "J", os demais dedos se apoiam sobre as teclas da direita e da esquerda, podendo os polegares acionarem a barra de espaço sendo o "G" e o "H"  facilmente alcançados pelos indicadores. O "F" e o "J" podem ser localizados sem que se olhe para o teclado; em alguns teclados essas saliências são substituídas por pontos.

Muitos teclados já estão saindo de fábrica sem essas saliências, pois na atualidade a datilografia é mais instintiva, mas no passado  elas foram muito úteis, quando escrever à máquina rapidamente e sem erros era muito importante.





segunda-feira, 3 de setembro de 2018

PARECE FOLCLORE MAS NÃO É: PAPEL ALUMÍNIO NOS ROTEADORES

Pode parecer folclore, mas pesquisadores do Dartmouth College, tradicional instituição norte-americana, concluíram que o uso de papel alumínio ao redor de roteadores pode melhorar o sinal wi-fi em ambientes domésticos ou em pequenos escritórios.

A ideia é cercar o roteador com papel alumínio, e deixar uma “abertura” na direção em que se deseja ter o sinal mais forte. Os roteadores domésticos normalmente são omnidirecionais, ou seja, seu sinal é enviado para todos os lados; ao encontrar a barreira de alumínio, o sinal volta e se concentra na direção da abertura. Essas barreiras também podem ser construídas a partir de latas de bebidas.

Os pesquisadores apresentaram uma solução um pouco mais sofisticada: um aplicativo que calcula um formato ótimo para a barreira em função do layout do ambiente onde ela será instalada. A seguir, esta é produzida por uma impressora 3D e recoberta com alumínio, inclusive melhorando a aparência do produto final. 

Há ainda uma vantagem adicional: a barreira pode impedir a propagação do sinal para direções não desejadas, aumentando a segurança da instalação.

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

MAIS ROBÔS PODEM SER NECESSÁRIOS




ROBÔS E TROLLS RUSSOS SEMEIAM MENTIRAS SOBRE VACINAS NO TWITTER

A análise de 1,8 milhão de tweets publicados entre julho de 2014 e setembro de 2017 revelou que robôs e perfis falsos baseados em território russo usam o Twitter para diminuir a confiança da população em campanhas de imunização em massa, especialmente difundindo inverdades.

Nos Estados Unidos, principal alvo das notícias falsas, 93% do conteúdo disponível sobre o assunto na rede social contém afirmações hostis à vacinação ou links perigosos – tudo produzido sob medida para combater as campanhas de imunização, que são essenciais para a saúde pública.

São produzidos posts que associam a vacinação a questões polêmicas, como preconceito de classe (a elite recebe vacinas mais puras que as pessoas comuns), sociedades secretas (não tome vacinas, os Illuminati estão por trás delas) e religião (eu não acredito em vacinas, eu acredito na vontade de Deus). 

Os tweets não necessariamente se opõem à prática: alguns zombam dos conspiradores, sempre de maneira ofensiva (não dá para consertar estupidez, deixe que eles morram de sarampo. Eu apoio a vacinação!) - a ideia parece ser dar a entender que há debate acerca do assunto.

Pais desinformados geralmente recorrem à internet para sanar dúvidas sobre a vacinação de seus filhos – e acabam sendo expostos a tantas mentiras que podem acabar pensando que não há consenso cientifico sobre a prática. 

Aqui mesmo no Brasil, a fraca adesão a campanhas de vacinação contra a pólio e o sarampo, por exemplo, já está ajudando a volta do sarampo ao nosso país, doença que era dada como erradicada por aqui. Pela primeira vez em 16 anos, todas as vacinas indicadas a menores de um ano no Brasil  ficaram abaixo da meta do Ministério da Saúde, que prevê imunização de 95% deste público. A maioria tem agora índices entre 70,7% e 83,9% —a exceção é a BCG, ofertada nas maternidades, com 91,4%. Os dados são do PNI (Programa Nacional de Imunizações).  

Temos que tomar muito cuidado com tudo isso e buscar esclarecer aqueles que nos cercam a respeito da importância da vacinação. A infectologista Letícia Lastória, da UNESP- Botucatu falou sobre o assunto à Rádio 9 de Julho - vale a pena ouvir. 

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

ESPECIALISTA FALA DE CIBERSEGURANÇA, RANSOMWARE E CIBERTERRORISMO

Segurança cibernética deve ser uma preocupação de todos, como relata Luiz Milagres, executivo dessa área na empresa de consultoria Ernst & Young (E & Y) em entrevista dada à TV Mackenzie. 

De acordo com relatos históricos, os gregos implementaram uma estratégia única para dominar a cidade de Troia, com a qual estavam em guerra. Após cercar a cidade por uma década, visando resgatar Helena (esposa do Rei de Esparta Menelau, sequestrada por Paris de Troia), os gregos construíam um cavalo de madeira gigante, e esconderam uma tropa de elite no seu interior. O restante do exército retirou-se por mar, levando os troianos a acreditarem que a guerra estava ganha e a trazer para o interior da cidade murada o imenso troféu. Durante a noite, o exército grego navegou de volta, enquanto os soldados escondidos no interior do cavalo abriram as portas da cidade, que foi destruída.
De acordo com o Relatório Global de Risco de 2018 (Global Risks Report 2018) publicado pelo Fórum Econômico Mundial, ataques cibernéticos contra negócios praticamente dobraram nos últimos cinco anos, com significativo impacto financeiro. Uma das modalidades mais utilizadas de ataques é o ransomware (“ransom”, em inglês, significa “resgate”) - e os ransomwares utilizam, em geral, uma técnica de invasão chamada “Cavalo de Troia”. O usuário recebe um e-mail, clica em um link falso e seus dados ficam indisponíveis. A liberação destes dados está condicionada ao pagamento de determinada quantia para o invasor, usualmente em criptomoedas para dificultar o rastreamento. Apenas em 2016, ainda segundo o Fórum Econômico Mundial, mais de 350 milhões novos de tipos de malwares (programas com objetivos nocivos aos usuários) foram detectados, e - pior ainda - qualquer um poderia comprar um “cavalo de Troia” por cerca de quinhentos dólares.
Mas a ameaça é ainda mais séria. Em maio de 2017 o mundo conheceu o ransomware “WannaCry” (traduzindo, “quer chorar”), que se propagou velozmente explorando uma vulnerabilidade do sistema Microsoft Windows que havia sido detectada e publicada alguns meses antes por outro grupo de hackers. A Microsoft disponibilizou as correções necessárias antes do surgimento do WannaCry, mas diversas empresas que não estavam com as atualizações em dia ou que estavam utilizando versões do sistema operacional que não estavam mais sendo suportadas foram infectadas. Poucos dias depois, a solução definitiva para o ataque (que foi originado na Coréia do Norte) foi disponibilizada - mas não antes de mais de duzentos mil computadores em cerca de 150 países serem infectados. Os setores impactados incluíram ministérios, rodovias, bancos, provedores de serviços de telecomunicações, de energia, fabricantes de carro e hospitais.
Isso significa que a própria infraestrutura das cidades - água, luz, esgoto, gás, ferrovias, aeroportos, rodovias, ruas - torna-se perigosamente vulnerável a ataques em uma sociedade conectada e supervisionada por sistemas artificiais. Tais ataques podem ter motivações políticas ou simplesmente pessoais, como no episódio protagonizado por Vitek Boden. Insatisfeito por não ter sido contratado pela companhia de esgotos de uma das regiões do estado de Queensland, na Austrália, Vitek invadiu o sistema da empresa no ano 2000 e fez com que oitocentos mil litros de esgoto fossem jogados em parques e rios do condado de Maroochy, a cerca de cem quilômetros de Brisbane.
O ciberterrorismo já é considerado uma ameaça real por governos ao redor do mundo, e muitos acreditam que as guerras do futuro serão travadas nesta arena. Com bilhões de pessoas e objetos conectados através da Internet das Coisas, torna-se imperativo que governos, empresas e indivíduos estejam cientes destas ameaças e capacitados a obter a proteção necessária.  

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

A ROBÓTICA AJUDANDO AS CRIANÇAS COM AUTISMO

O autismo,  a Síndrome de Asperger e alguns outros distúrbios similares são agora chamados em conjunto de  Transtornos do Espectro Autista – TEA.

Os portadores de TEA   se caracterizam pela dificuldade na comunicação social e comportamentos repetitivos, embora com intensidades diferentes.  O TEA pode ser associado com deficiência intelectual, dificuldades de coordenação motora e de atenção e, na adolescência, seus portadores podem desenvolver ansiedade e depressão.

Algumas pessoas com TEA podem ter dificuldades de aprendizagem em diversos estágios da vida, quer no ambiente escolar quer em atividades  da vida diária, como, por exemplo, tomar banho ou preparar a própria refeição. Algumas poderão levar uma vida relativamente “normal”, enquanto outras poderão precisar de apoio especializado ao longo de toda a vida.

A tecnologia traz agora uma ferramenta que pode auxiliar no tratamento de crianças com TEA: trata-se de um robô desenvolvido por cientistas ligados  à Universidade de Luxemburgo, o QTrobot, que promete se conectar com as crianças por meio de expressões faciais (seu “rosto” é uma tela de LCD), movimentos corporais e conversas, gerando uma    interação envolvendo a criança e os profissionais que a atendem (médicos, psicólogos, pedagogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos etc.), tornando o tratamento mais eficaz , aliviando a ansiedade e reduzindo comportamentos típicos de autistas, como bater palmas com frequência. O robozinho vem com diversos programas educativos que incluem jogos, histórias, coreografias e até atividades esportivas; um vídeo sobre ele pode ser visto aqui. 

Em termos tecnológicos, os fabricantes garantem que ele pode ser facilmente programado e que funciona por horas seguidas. Por enquanto, a novidade só está disponível para profissionais das áreas de  saúde e  educação, mas os pesquisadores estão trabalhando em uma versão que possa ser usada em casa por mães e pais. Para mais informações, é preciso se cadastrar no no site da LuxAi.   

   

terça-feira, 14 de agosto de 2018

O ROBÔ QUE PREPARA 12O PIZZAS POR HORA

A robótica é cada vez mais usada no dia a dia das pessoas. Tanto que ela chegou à produção de alimentos. Um dos exemplos mais interessantes é o da empresa francesa Ekim, que apresentou uma máquina que pretende substituir os pizzaiolos de carne e osso.


A máquina é um robô de três braços que é capaz de preparar 120 pizzas por hora. Dessa forma, ele é três vezes mais rápido que um pizzaiolo humano.

Com investimentos da ordem de 2,2 milhões de euros, a máquina que recebe pedidos via internet. Depois, prepara a pizza, deixando-a pronta para entrega ou retirada pelo cliente, devidamente colocada na embalagem e cortada.

Há um cardápio pré-definido, mas os clientes podem pedir alterações na pizza, desde que sejam utilizados os ingredientes disponíveis. A massa é elaborada manualmente, da forma convencional.

A empresa francesa também está criando uma marca, a Pazzi (loucos, em italiano). Por meio de um sistema de franquia, ela pretende desenvolver uma rede de pizzarias robotizadas, que iniciará suas atividades no final deste ano, na França.

A ideia é vender pizzas com preços entre sete e catorze euros, dependendo dos ingredientes, e funcionar 24 horas por dia. O plano ainda é que sejam pizzarias pequenas, instaladas em lugares com grande fluxo de pessoas, como shopping centers e estações rodoferroviárias.

Aqui, você pode assistir a um vídeo (em francês) do robô pizzaiolo em pleno funcionamento.

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Andrew Kay, um pioneiro da informática e o Kaypro II

Andrew Kay
Após formar-se em engenharia pelo MIT, Andrew Kay foi trabalhar no grupo Bendix e logo depois no Jet Propulsion Laboratory, da NASA, onde participou do projeto do Redstone, o primeiro grande míssil balístico americano.
Mais tarde, fundou sua própria empresa, a Non-Linear Systems, uma fabricante de instrumentos digitais famosos por sua robustez e por essa razão utilizados em aplicações de missão crítica, como naves espaciais e submarinos – ali, inventou o primeiro voltímetro digital, um grande avanço tecnológico para a época.

Em 1981, participando da West Coast Computer Faire,  conheceu o primeiro computador “portátil”, criado por Adam Osborne (veja o post “O primeiro computador portátil está fazendo 30 anos”); Kay apaixonou-se pelos portáteis.

Na feira do ano seguinte, Kay apresentou na feira sua própria máquina, o Kaypro II (o “II” para aproveitar o sucesso do Apple II). A máquina era vendida por US$ 1.795, valor hoje em torno de US$ 4.500, pesava cerca de 12 quilos e era chamado por muitos “luggable” (algo como “bagajavel”, equivalente a uma mala) ao invés de portátil; como mostra o anúncio abaixo, dizia-se que o software era gratuito - era uma estratégia de comercialização muito comum na época. 


Na medida em que a empresa de Osborne naufragava, o Kaypro tornou-se  o computador portátil mais vendido no mundo; em 1983, vendia 10.000 máquinas por mês - era a 5ª maior fabricante de computadores do mundo. Tinha usuários ilustres, como  Arthur C. Clarke que usando um deles escreveu “2001 – uma odisseia no espaço”. O empreendedor Stephen Case ligou-o a um modem, dando inicio aos trabalhos que levaram à criação da AOL — America Online, uma das maiores companhias de Internet de todo o mundo.

Mas como acontece com frequência no mundo da tecnologia, Kay cometeu um erro estratégico fatal: demorou a perceber que o MS-DOS tornara-se um padrão, o que acabou levando sua empresa à falência em 1990.

Kay, no entanto, continuou apaixonado por computadores – até os 90 anos continuou produzindo máquinas de forma artesanal, vendendo-as em uma pequena loja no sul da Califórnia.

Morreu em 28 de agosto de 2014, aos 95 anos.  

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

A ADOÇÃO DE UM MODELO ÚNICO DE CARREGADOR DE CELULAR

A União Européia vem estudando medidas para tornar obrigatória a utilização de um modelo único de carregador de celular, após observar a falta de progresso dos fabricantes de celulares em relação a esse objetivo - 14 empresas, incluindo Apple, Samsung, Huawei e Nokia haviam se comprometido a adotar o carregador universal a partir de 2011, o que não aconteceu.
Além das queixas dos usuários acerca do uso de diferentes carregadores para seus telefones, a UE lembra que são geradas mais de  51 mil toneladas de lixo eletrônico ao ano, apenas pelo descarte de carregadores. 

terça-feira, 7 de agosto de 2018

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL MAL USADA PODE GERAR PROBLEMAS

O portal Superinteressante publicou matéria dando conta que no final de 2016, a Amazon lançou o Rekognition, um serviço online que usa inteligência artificial para analisar e classificar imagens. 

No ano seguinte, a empresa começou a oferecê-lo para a polícia: várias cidades dos EUA, como Orlando e Washington County (Oregon), se tornaram usuárias do sistema, que consulta bancos de dados com dezenas de milhões de fotos e consegue reconhecer até 100 pessoas numa só imagem.

Isso despertou o receio de que o Rekognition possa ser usado para monitorar a população e gerou polêmica nos Estados Unidos, onde 70 ONGs assinaram uma carta pedindo à Amazon que pare de fornecer essa tecnologia para uso policial

Mas ele tem uma característica que pode ser ainda pior: é impreciso. Uma experiência feita pela American Civil Liberties Union, uma entidade de defesa dos direitos civis, comparou fotos de todos os congressistas (deputados federais) dos EUA com uma base de dados com 25 mil imagens de pessoas que haviam sido presas. O teste custou apenas US$ 12 (pagos à Amazon pelo uso do serviço).

O robô comparou todos os rostos, e afirmou que 28 dos 425 deputados eram criminosos. O engano significa que, na prática, o Rekognition pode levar a polícia a prender as pessoas erradas. Em alguns grupos, como o de deputados afrodescendentes, a margem de erro foi ainda maior – 40% dos parlamentares injustamente acusados eram negros.

A Amazon se defendeu afirmando que a ACLU usou o software de forma errada, e que a polícia não confia cegamente nele (toda identificação feita pelo sistema tem de ser revisada por um humano).

Com tudo que temos visto sobre políticos, será que o software estava mesmo errado?????

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Serviços online de aluguel de imóveis são pressionados

O New York City Council (NYCC), uma espécie de Câmara Municipal daquela cidade, aprovou, unanimemente, proposta de lei que restringe as atividades do Airbnb e de outros serviços online de aluguel de imóveis.

A ideia é dificultar o aluguel de apartamentos a turistas que visitam New York; segundo o NYCC, esse tipo de aluguel agrava a crise habitacional na cidade, pois os proprietários de imóveis podem ganhar mais alugando-os por curtos períodos do que a pessoas que iriam efetivamente morar neles. Segundo um estudo, esses proprietários ganharam em 2016 um adicional de US$ 616 milhões alugando via serviços online.

Se transformada em lei, a proposta colocaria a cidade em pé de igualdade com lugares como San Francisco, New Orleans, Barcelona e Vancouver, que já têm regras similares às que estão sendo propostas: basicamente, um apartamento apenas poderá ser alugado por períodos inferiores a 30 dias se o proprietário residir no local.

New York é o maior mercado para o Airbnb: cerca de 50.000 apartamentos são regularmente alugados por esse meio – em San Francisco, quando a lei entrou em vigor, os aluguéis feitos com auxílio desse serviço caíram pela metade.

O Airbnb reagiu à proposta afirmando que se trata de medida fomentada pelos hotéis, que estão vendo sua taxa de ocupação cair; a empresa inclusive publicou uma lista de doações eleitorais feitas pelos hotéis aos membros do NYCC.

É mais uma briga resultante do crescimento do uso das modernas tecnologias que, para o bem e para o mal, estão se consolidando.