domingo, 22 de fevereiro de 2015

BRIGADEIRO PACITTI: UM PIONEIRO DA COMPUTAÇÃO NO BRASIL

O Major-Brigadeiro Tércio Castro Pacitti, falecido aos 85 anos em 2014, foi um dos pioneiros da computação no Brasil. Natural de Piracicaba, o Brigadeiro formou-se em primeiro lugar na turma de 1952 do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Concluiu o mestrado em 1961 e doutorado dez anos depois no Departamento de Engenharia Elétrica e Ciência da Computação da Universidade da Califórnia em Berkeley, Estados Unidos. 
Reitor do ITA entre 1982 e 1984, idealizou e criou seu curso de Engenharia da Computação, tema pelo qual se apaixonou no início da década de 60, no Laboratório de Processamento de Dados do ITA, onde era professor. Nesse laboratório foram instalados os computadores IBM 1620 e IBM 1130 usados ao longo de dez anos nos cursos de graduação da instituição. 
Atuou também na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde foi o primeiro chefe do Departamento de Cálculo Científico, mais tarde, conhecido como Núcleo de Computação Eletrônica (NCE) e desde 2010 chamado Instituto Tércio Pacitti de Aplicações e Pesquisas Computacionais. Conduziu também o processo de introdução da informática na FAB.
Escreveu vários livros na área de informática: o Fortran Monitor - Princípios vendeu 250 mil exemplares entre 1967 a 1987 -  aqueles que usaram esse livro criaram a expressão   “levar o Pacitti para a sala de aula”;  Do Fortran à Internet, retrospecto história da informática no mundo está na terceira edição. O mais recente foi Paradigmas do Software Aberto, lançado em 2006. 
O Brigadeiro foi também presidente do Conselho de Informática do Estado do Rio de Janeiro de 1987 a 1990, pertenceu à Academia Nacional de Engenharia e foi consultor científico da presidência da Consist.
Sua atuação realmente foi fundamental no sentido de trazer tecnologia à nossa vida diária. Em um país como o nosso, seria interessante saber se existe alguma rua com seu nome ou se ele é ainda apresentado aos nossos estudantes...

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

OS SMARTPHONES XIAOMI ESTÃO CHEGANDO AO BRASIL

Há rumores no sentido de que a Xiaomi, quinta maior fabricante de smartphones  no mundo e líder na China, deve iniciar em março a produção dos seus primeiros protótipos no Brasil.
A empresa diz que pretende estrear no mercado brasileiro neste semestre – há rumores que as máquinas serão fabricadas aqui pela Foxconn, em suas fábricas de Jundiaí e Indaiatuba – a empresa  estaria adaptando uma das linhas de produção para fabricar os produtos da Xiaomi – é possível que a chegada ao mercado ocorra   no final de abril ou em maio. 
A Xiaomi já obteve homologação da Anatel para vender no Brasil o Redmi Note 4G, smartphone com tela de 5,5 polegadas (mesmo tamanho da tela do iPhone 6 Plus), câmera frontal de 13 megapixels e câmera traseira de 5 megapixels.
Como outros modelos da marca, o Redmi Note 4G roda uma versão modificada do Android; na Índia, esse aparelho custa o equivalente a 454 reais. 
Na Ásia, a Xiaomi vende seus produtos pela internet, diretamente aos consumidores. É uma maneira de reduzir custos e manter os preços baixos; ainda não se sabe qual será o sistema de vendas no Brasil. Rumores dizem que a empresa estaria negociando parcerias com operadoras.
A combinação de produtos atraentes com preços agressivos permitiu à Xiaomi conquistar a liderança   do mercado chinês em 2014, ultrapassando a Samsung, a antiga líder.
Mundialmente, a Xiaomi está atrás de Samsung, Apple, Lenovo/Motorola e Huawei, com 16,6% de participação no mercado no último trimestre de 2014. Seu crescimento em 2014, em número de aparelhos vendidos, foi de 179%.
EXAME.com experimentou o smartphone Redmi Note 4G; veja as impressões do pessoal de EXAME no vídeo abaixo:
Como curiosidade, vale lembrar que o vice-presidente de produtos e operações da Xiaomi é o brasileiro Hugo Barra, ex Google.    

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

BRIDGESTONE – NÃO APENAS UMA FABRICANTE DE PNEUS, MAS UMA DESENVOLVEDORA DE TECNOLOGIA


A família de Shojiro Ishibashi possuía uma fábrica de calçados; no início da década de 1930, buscando novas oportunidades, ele começou a fabricar pneus, fundando em Kurume, subúrbio da cidade de Fukuoka, a Bridgestone Tire & Co. O nome da empresa derivava do próprio sobrenome do fundador (“Ishibashi”, em inglês, significa “Stonebridge”, ou “ponte de pedra”). Por questão de sonoridade, inverteu o nome, nascendo assim a BRIDGESTONE, que além de pneus começou logo a fabricar correias, mangueiras, componentes para isolamento de vibrações, bolas de golfe e borracha sintética..
Durante a Segunda Guerra Mundial a empresa dedicou-se a abastecer a máquina de guerra japonesa. Em 1942, devido à restrição na utilização de nomes americanos, a empresa passou a se chamar Nippon Tire, Co., nome que utilizaria até 1951.
Com o fim do conflito, apesar de ter parte de suas instalações destruídas, a empresa retomou a produção quase que imediatamente. Foi neste momento que a BRIDGESTONE começou a produzir pneus para motocicletas e aeronaves, além de comercializar o primeiro pneu japonês com bandas de rayon em 1951.
No início dos anos 60, a BRIDGESTONE lançaria no mercado o primeiro pneu radial do mundo.  Nesta época a empresa produzia uma vasta gama de produtos em borracha, além de pneus; era igualmente o primeiro fabricante japonês de bicicletas e tinha uma linha de produção de veículos, que construía mais de 5.000 automóveis e caminhões por mês. Em 1967, lançou o BRIDGESTONE RD10, o primeiro pneu radial do mundo para carros de passeio.
Ishibashi morreu aos 88 anos em 1976. Na época, além de dominar o mercado japonês de pneus, a BRIDGESTONE já os comercializava com sucesso no mercado norte-americano. Essa década ainda foi marcada pelo desenvolvimento de uma tecnologia para converter os pneus usados em combustível para fornos de cimento.
Em 1987, começou a comercializar a tecnologia RUNFLAT (RFT), que permitia ao pneu rodar com segurança  mesmo depois da perda de ar. O Porsche 959 foi o primeiro modelo de produção em série a utilizar pneus com esta tecnologia, que a principio fora pensada para equipar veículos de pessoas com deficiência física, que teriam dificuldade para substituir pneus murchos.
Em 1988, a BRIDGESTONE comprou a tradicional Firestone, então a segunda maior produtora de pneus dos Estados Unidos; em 2007 a empresa comprou a Bandag, fundada em 1957 e líder na produção de materiais e equipamentos para recapagem de pneus. A Bandag, que possui uma rede com mais de 900 revendas franqueadas, produz e comercializa pneus recapados, além de prestar serviços de gerenciamento na área.
Recentemente a empresa mudou radicalmente e inovou na venda de seus produtos. Hoje ela não só vende pneus, mas presta serviços aos seus clientes frotistas; a empresa desenvolveu sensores que são conectados a um software, que armazena dados sobre o desgaste dos pneus; através da leitura destes dados, a BRIDGESTONE dá feedback aos seus clientes, que podem gerenciar melhor o uso de seus pneus.
Atualmente a BRIDGESTONE fabrica pneus para carros de passeio, veículos para construção, veículos comerciais, máquinas agrícolas, ônibus, caminhões, aeronaves, motocicletas, carros de corrida e até mesmo trens de  metrô.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

BULOVA: TRADIÇÃO E TECNOLOGIA


A história da marca BULOVA começou em 1875 quando um imigrante tcheco de apenas 23 anos, chamado Joseph Bulova, abriu uma pequena joalheria em Nova York, depois de ter trabalhado grandes joalherias como Tiffany & Co. e Young & Ellis. Em 1911 ele começou a produzir e vender relógios de mesa e de bolso, tendo no ano seguinte inaugurado sua primeira fábrica para produzir componentes de relógios na cidade de Bienne, Suíça.  -
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A linha Caravelle New York, reforçando
 a ligação da marca com a cidade
Em 1920 a empresa mudou sua sede para a famosa Quinta Avenida, onde pouco depois instalou o Observatório Bulova: foi o primeiro observatório instalado no alto de um arranha-céu, coordenado por um matemático que registrava suas observações eletronicamente e as disponibilizava para os técnicos da empresa, que utilizavam essas informações para garantir a precisão das máquinas que fabricavam. Desde 2014, sua sede está instalada no famoso Empire State Building.
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O nome BULOVA WATCH COMPANY foi adotado em 1923, época em que a empresa atingiu um nível de padronização e precisão tão grande que foi a primeira a fabricar relógios que podiam intercambiar entre si peças de modelos diferentes. Em 1924 é lançada a primeira linha de relógios femininos. Dois anos depois a marca veicula nacionalmente seu primeiro comercial de rádio, repetindo o slogan “At the tone, it’s 8 PM, B-U-L-O-V-A watch time”.

Em 1926, a BULOVA introduziu no mercado o primeiro rádio relógio do mundo. Os primeiros relógios elétricos foram produzidos em 1931, incluindo os relógios para serem usados em paredes, lojas, janelas e prédios de escritórios. No dia 1 de julho de 1941, a empresa lançou um o primeiro comercial para televisão do país: uma foto simples de um relógio e um mapa dos Estados Unidos, com o locutor dizendo a frase “America runs on Bulova time”. O comercial com 20 segundos de duração e exibido antes um jogo de baseball entre o Brooklyn Dodgers e Philadelphia Phillies, custou míseros US$ 4.
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Durante a Segunda Guerra Mundial, todas as linhas de produção da empresa foram disponibilizadas para a manufatura de equipamentos militares de precisão - a empresa fornecia às forças armadas relógios, instrumentos de precisão e equipamentos aeronáuticos. A Joseph Bulova School of Watchmaking foi inaugurada em 1945 por Arde Bulova, filho do fundador da empresa, inicialmente para dar qualificação aos veteranos da Segunda Guerra Mundial que nela adquiriram alguma deficiência.

A partir da década de 50, a BULOVA iniciou um período de
O Bulova Accutron II
grande desenvolvimento, introduzindo no mercado produtos inovadores: em 1952 começou a desenvolver o modelo Accutron, primeiro relógio totalmente eletrônico, lançado em 1961 e até hoje em produção; no ano seguinte, lançou os relógios à prova de choque e com alarme; o modelo Caravelle se tornou o relógio mais vendido dos Estados Unidos em 1968; e no ano seguinte a empresa introduziu no mercado o modelo Accuquartz, primeiro relógio de quartzo do mundo.
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O empenho da BULOVA em inovar aumentou o prestígio de seus relógios, gerando um  convite da NASA, na década de 60, para construir mecanismos de precisão usados nas missões espaciais da agência  Essas inovações usadas no espaço ajudaram a analisar o movimento da Terra tendo como referência outras estrelas além do Sol, aumentando a precisão e descobrindo que um dia sideral tem exatamente 23 horas, 56 minutos e 4 segundos.

Na década de 70 a empresa foi adquirida pela Loews Corporation. Nos anos seguintes a marca apresentou inovações, não somente em termos tecnológicos, mas também na área de design de seus relógios. No dia 10 de janeiro de 2008, a BULOVA foi comprada pela Citizen por US$ 247 milhões, se tornando uma subsidiária da empresa japonesa.


Para encerrar, um fato interessante: em 2008 um relógio BULOVA automático, perdido no mar por um marinheiro em 1941, foi encontrado após 67 anos e devolvido ao seu proprietário. O mais incrível desta história é que o relógio ainda funcionava...

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

OS NAVIOS PLATAFORMA - MESMO A MAIS MODERNA TECNOLOGIA PODE SOFRER ACIDENTES



Em 11 de fevereiro ocorreu uma
Um verdadeiro gigante 
explosão a bordo de um navio plataforma que opera na exploração de gás e petróleo em nossas costas.

Essas embarcações utilizam tecnologia muito atualizada, complexa. Neste post, procuraremos dar aos nossos leitores uma ideia de como elas funcionam, utilizando material de "O Estado de S. Paulo".

O navio acidentado, o “Cidade de São Mateus” foi construído em 2009, tem 74 tripulantes e capacidade para processar 10 milhões de metros cúbicos de gás por dia. 
O "Cidade de São Mateus"

O gás ou petróleo extraído dos poços submarinos é transferido por dutos até o navio, onde é processado e armazenado; periodicamente um navio petroleiro, chamado “aliviador” recebe o produto processado e o transporta para terra.

A operação
Vamos esperar que os feridos se recuperem rapidamente, as famílias dos mortos possam superar o trauma, que o acidente não piore a situação da já combalida Petrobrás e que o "São Mateus" volte logo a operar plenamente em nosso mar azul. 


terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

CUIDADO: SUA TV SAMSUNG PODE ESTAR TE ESPIONANDO!

A Samsung informou que seus aparelhos de TV podem transmitir dados de usuários a terceiros, tornando-se a mais recente empresa de tecnologia a enfrentar uma reação negativa sobre como os dados dos seus usuários são obtidos (e utilizados).
A maior fabricante de TVs do mundo disse que seus aparelhos com conexão à internet podem coletar conversas privadas quando os usuários ativam a função de reconhecimento de voz. Disse também que os consumidores podem ligar e desligar a função em qualquer momento – coisa que evidentemente poucos consumidores sabem ou fazem.  

Quando um usuário dá um comando de voz a uma TV conectada à internet, os dados são enviados a um servidor que vai procurar o conteúdo solicitado; a partir daí, outras conversas podem ser capturadas.
As práticas de coleta de dados pelas  TVs da Samsung estão contidas nos contratos de credenciamento do usuário, a chamada “click-to-agree screen” (“tela de clique para aceitar”), que aparece durante a instalação da tecnologia mais atual – mais uma vez, temos a certeza de que a absoluta maioria dos usuários simplesmente aceita, sem saber o que está aceitando...
O Google,  o LinkedIn e o Yahoo já foram processados por clientes por causa da forma com que coletam dados; a Apple atualizou suas políticas de privacidade no ano passado para garantir aos usuários que os dados estão seguros.
No mundo digital, terra sem lei, cautela nunca é demais...

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

PANERAI MARE NOSTRUM: DESIGN ANTIGO, TECNOLOGIA MODERNA

A Officine Panerai é uma empresa fabricante de relógios fundada em 1860, na cidade de Florença, Itália. Apesar de atualmente seus relógios serem fabricados em Neuchâtel, na Suíça, a marca sempre teve fortes vínculos com a Itália, inclusive fornecendo relógios para a Marinha Real Italiana (Regia Marina Italiana).
Brasão da Regia Marina
Em 1943, a Panerai apresentou o protótipo do “Mare Nostrum”, um relógio de altíssima qualidade para uso dos oficiais da Regia Marina, mas que jamais foi fabricado em série, pelo fato de a Itália ter se retirado da guerra naquele ano.
Mare Nostrum (Nosso Mar) é um termo que foi usado na Roma antiga para designar o Mar Mediterrâneo, pelo fato de a maior parte de sua costa ser controlada pelo Império Romano.
Muito tempo depois, na década de 1940, a Itália fascista voltou a referir-se a ele como Mare Nostrum, pois ao longo da Segunda Guerra Mundial era forte a presença da frota italiana na área.
O novo Mare Nostrum
Em 2015, durante o Salão Internacional de Alta Relojoaria que aconteceu em meados de janeiro, em Genebra, na Suíça, a Panerai apresentou um novo modelo Mare Nostrum, fabricado em titânio e utilizando um mecanismo moderno, muito sofisticado e preciso, com design similar ao do protótipo.
É mais um caso em que novas tecnologias evocam design antigo, criando um produto muito exclusivo: foram fabricadas apenas 150 unidades, que chegaram ao mercado  com um preço ao redor de € 35 mil.
Para os interessados, vale lembrar que a  Panerai conta com uma loja própria em São Paulo, no Shopping JK Iguatemi.

sábado, 24 de janeiro de 2015

CERVEJA EM LATA: 80 ANOS DE SUCESSO

Algumas das primeiras latas da Krueger
Em 24 de janeiro de 1935 foram comercializadas as primeiras cervejas em latas de 350 mililitros. O fato ocorreu em Richmond, no estado da Virgínia (EUA), onde a Gottfried Krueger Brewing Company, em sociedade com a American Can Company, entregou 2 mil latas a alguns consumidores escolhidos, dos quais   91%  aprovaram a cerveja enlatada.
Desde o final do século 19, latas eram fundamentais no acondicionamento e distribuição de alimentos, mas foi somente a partir de 1909 que a American Can Company passou a fazer experiências com latas para cerveja. Os primeiros testes foram malsucedidos e a American Can teve de esperar até o fim da Lei Seca nos Estados Unidos antes de se lançar a novas tentativas.
Finalmente, em 1933, após muita pesquisa, a American Can desenvolveu uma lata  resistente à pressurização  e com revestimento interno que impedia a reação da bebida com o metal da lata.
Apesar de muitos consumidores resistirem às latas (como
Latas mais modernas
ocorreu no Brasil), o produto foi um sucesso: em três meses, mais de 80 por cento dos distribuidores optaram pela cerveja em lata da Krueger pela maior facilidade de manuseio e transporte, sem as costumeiras quebras das cervejas em garrafas. Rapidamente a companhia conquistou um bom pedaço do mercado das “três grandes” cervejarias nacionais - Anheuser-Busch, Pabst e Schlitz. Os competidores logo passaram a fabricar também cervejas em lata e, em 1935, alcançou-se a marca de cerca de 200 milhões de latas  vendidas em um ano.
A popularidade continuou a crescer ao longo dos anos 1930 e explodiu durante a Segunda Guerra Mundial, quando as cervejarias embarcaram milhões de latas de cerveja para os soldados em todos os rincões onde combatiam.

Depois da guerra, as grandes companhias de cerveja passaram a tirar vantagem da distribuição em massa que a lata tornava possível e, com isso, consolidaram seu poder, quebrando pequenas cervejarias que até então tinham forte presença no mercado, mas que não puderam controlar custos e operações tão eficazmente quanto as principais concorrentes. Hoje em dia, a cerveja enlatada corresponde aproximadamente à metade dos 20 bilhões de dólares anuais produzidos pela indústria cervejeira.

domingo, 21 de dezembro de 2014

FACEBOOK EM PERIGO?

O Facebook matou o Orkut, que matou o MySpace, que matou o Friendster....  A história não é bem essa, mas parece que o Facebook corre perigo, embora ele mude constantemente suas estratégias para garantir sua sobrevivência.  
Uma luz amarela deve estar acesa no QG Facebookiano: a agência Bloomberg divulgou os resultados de uma pesquisa feita pela consultoria Frank N. Magid Associates, dando conta que a  popularidade do Face  entre adolescentes continua a diminuir, com os mais jovens migrando para apps de troca de mensagens e para o Twitter.
Segundo a pesquisa, a parcela dos jovens americanos entre 13 a 17 anos que usam o Facebook caiu de 95% em 2012 para 88% em 2014, enquanto o Twitter cresceu 2% no mesmo período. De acordo com o estudo, uma razão para que os jovens deixem o site é a falta de confiança que eles têm na rede social.
Apenas 9% dos pesquisados descreveu o Facebook como "seguro" ou "confiável". Por comparação, quase 30% dos jovens entrevistados descreveu o Pinterest com essas palavras.
O Facebook e seu app de troca de mensagens, o Messenger, ainda são os líderes de mercado, mas a base de usuários fica cada vez mais velha, segundo o relatório. De acordo com a pesquisa, 55% dos usuários do Messenger têm mais de 37 anos.
Em comparação, 86% das pessoas que usam o Snapchat têm menos de 37 anos - o Facebook tentou comprar o Snapchat por 3 bilhões de dólares no início deste ano, mas sua oferta não foi aceita.

Em tecnologia, o envelhecimento da base de usuários é um risco muito grande.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

SIR CLIVE SINCLAIR - UM PIONEIRO

Para os que atuam na área de tecnologia, sempre é útil conhecer os pioneiros do ramo.
Em TI, um dos mais importantes (e menos conhecidos) pioneiros foi o britânico Sir Clive Sinclair, que em 1982, ao lançar seu PC ZX Spectrum, acabou por se tornar um dos responsáveis pelo surgimento de toda uma geração de programadores, cujo trabalho é extremamente importante no mundo atual. Nascido em 1940, sempre foi fascinado pela eletrônica, tendo lançado em 1972 a primeira calculadora eletrônica de bolso, a Sinclair Executive
Os primeiros usuários de computadores no Brasil - onde a informática sofria com as regras que previam reserva de mercado e dificultava importações, estão familiarizados com a série TK, clones dos computadores ZX, criador pelo empreendedor britânico.
As máquinas de Sir Clive ZX80 e ZX81, os primeiros computadores pessoais produzidos em massa  na Grã-Bretanha, deram origem, no Brasil, aos TK82 e TK85, respectivamente. 
Mas foi o ZX Spectrum que realmente se tornou um fenômeno - para os brasileiros, ele era o TK90X, um clone desenvolvido em 1985 pela companhia paulista Microdigital; acompanhavam o TK cabos que permitiam liga-lo a um aparelho de TV e a outros periféricos,  e também alguns jogos; a ele se seguiu o TK95, em 1986.
Os modelos originais do Spectrum tinham uma memória RAM de 16 ou 48 kbytes e levavam cinco minutos para carregar programas a partir de uma fita cassete - mas eles mudaram a vida de muita gente, pois como disse Mike Talbot, um criador de games, "antes dos produtos idealizados por Sir Clive, os computadores pessoais eram apenas kits com um teclado numérico e algumas LEDs; a série ZX levou os computadores para fora dos laboratórios “.
Os críticos diziam que as máquinas de Sir Clive eram estranhas, que as  telas misturavam as cores; o criador admitia que suas máquinas eram um tanto esquisitas, mas argumentava que os consumidores não se importavam com isso.
Na época, chegou a dizer que seus modelos superariam os PCs da IBM. Hoje, ele admite que seu Spectrum não tinha chances reais de conseguir esse feito, face ao poder da IBM.
Apesar de sua trajetória, Sir Clive não usa email, nem internet e sequer tem um computador. "Não gosto de distrações", explica.
Seus interesses mudam radicalmente: recentemente, tornou-se um grande jogador de pôquer, tendo aparecido   nas primeiras três temporadas da série de TV “Late Night Poker”, inclusive ganhando uma temporada, bem como outras competições.  
Agora, diz que prefere dedicar seu tempo a veículos elétricos e conta que está trabalhando em uma bicicleta "muito radical" que vai abalar o mercado, e qure talvez um dia retorne ao mundo dos computadores.

Quem viver, verá...

domingo, 7 de dezembro de 2014

ADEUS AOS CLIP ARTS

A Microsoft anunciou na semana passada que vai deixar de oferecer os Clip Arts, aquelas figuras que faziam parte do Office desde os anos 1990 e que eram utilizadas para ilustrar textos  Word e apresentações PowerPoint. 

A empresa recomenda  aos seus usuários que usem o Bing Imagens para buscar ilustrações para seus documentos e apresentações; evidentemente outros buscadores como o Google Imagens também podem ser usados.

A existência dos Clip Arts justificava-se em uma época em que existiam poucas imagens na Web. A empresa divulgou um manual de instruções para ajudar quem quiser usar imagens sem infringir a lei – basicamente basta apenas buscar imagens com licenças Creative Commons ou similares. 

É mais um caso em que o avanço tecnológico torna obsoleta uma tecnologia que um dia foi muito útil. 




segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

AMAZON INSTALA MAIS 15 MIL ROBÔS

A Amazon  instalou mais de 15 mil robôs em 10 de seus depósitos nos Estados Unidos, uma medida que tem como objetivo cortar  20% dos custos operacionais e entregar produtos mais rapidamente.   

A empresa fez uma demonstração para a mídia no domingo 30 de novembro, que antecede a Cyber Monday, o maior dia de compras online do ano e que se segue à Black Friday – em 2013, na semana que antecedeu a Cyber Monday, a Amazon vendeu   36,8 milhões de itens,  cerca de 426 itens por segundo. 

Os robôs são  tecnologia desenvolvida pela Kiva Systems, uma empresa que a Amazon comprou por 775 milhões de dólares em 2012; baixinhos, pintados em laranja, pesam cerca de  145 quilos e se movimentam sobre rodas.


Preparando o pacote (o Kiva sob a estante)
Antes da chegada dos robôs, os empregados da Amazon buscavam os produtos que compunham cada pedido em prateleiras instaladas nos armazéns; agora, eles permanecem parados em seus postos e os robôs buscam as prateleiras e a trazem até o empregado, que apanha o produto e libera o robô para entregar a prateleira a outro trabalhador, enquanto o empregado prepara o pacote a ser enviado ao comprador (Henry Ford fez mais ou menos isso quando implementou suas linhas de montagem, que começaram a operar em 1º de dezembro de 1913). 

Um fato curioso é que pelo fato de os funcionários não precisarem mais transitar pelos corredores, estes podem ser bem mais estreitos, gerando economia de espaço nos armazéns que pode chegar a 50%.

Em breve os robôs estarão operando também no armazenamento de produtos que chegam aos depósitos da Amazon: hoje, os mesmos são desembalados e colocados manualmente nas prateleiras, segundo informações geradas por algoritmos processados em computador, de forma a acelerar o processamento quando da remessa dos produtos comprados.

Como sempre dizemos quando tratamos de robôs: eles são ótimos, mas precisamos estar preparados para vivermos num mundo em que o trabalho braçal (ou quase) vai diminuindo cada vez mais - aqui, uma visão do trabalho num depósito da Amazon

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

O ACASO E O SURGIMENTO DE NOVOS PRODUTOS

O senso comum afirma que as descobertas científico-tecnológicas que dão origem a novos produtos que se tornarão muito populares em nossa vida diária, são fruto de longas pesquisas.
Isso quase sempre é verdade, mas há algumas situações muito curiosas em que o acaso teve papel importante – vejamos alguns exemplos:
MICRO-ONDAS - Em 1945, Percy Spencer, um engenheiro da empresa norte-americana Raytheon Corporation, estava trabalhando em um novo projeto de radar. Ao testar um novo equipamento conhecido como “magnetron”, ele descobriu que uma barra de chocolate que tinha no bolso havia derretido. Ele repetiu o teste com outros alimentos e concluiu que o calor foi gerado a partir da energia gerada pelo magnetron. O primeiro micro-ondas pesava 340 kg e custava US$ 500 (na época uma pequena fortuna)
RAIO-X - Em 1895, o físico alemão   Wilhelm Roentgen estava trabalhando com um tubo de raios catódicos, que gerava feixes de elétrons. Apesar de o tubo estar coberto, Roentgen viu que uma tela fluorescente brilhou quando o tubo foi ligado. Os raios, de alguma forma, iluminaram a tela. Roentgen tentou bloquear os raios colocando a mão na frente do tubo, mas percebeu que  podia ver seus ossos na imagem que foi projetada na tela. Ele substituiu o tubo por uma chapa fotográfica para captar as imagens, criando os primeiros raios-x. A tecnologia foi logo adotada por instituições médicas
VELCRO - Em 1941, o engenheiro suíço George de Mestral foi caminhar pelos Alpes com seu cão. Ao voltar para casa, percebeu que as sementes da planta arctium haviam colado em sua roupa e no pelo do cachorro. Ele não tinha a intenção de criar um sistema de fixação, mas depois de constatar o quão firme essas sementes aderiram tecido, decidiu desenvolver o material que conhecemos como Velcro. O material se tornou popular depois que foi adotado pela Nasa
MASSINHA DE MODELAR - A massinha que as crianças brincam desde 1930 não foi inventada para ser um brinquedo. Foi inicialmente concebida pelo americano Noah McVicker, que trabalhou com seu irmão Cleo em uma empresa de sabão – eles pensavam criar um limpador de papel de parede, que não funcionou bem. Mas antes que os McVickers desistissem, a professora Kay Zufall apontou outro uso para o produto: crianças poderiam modelar objetos usando o produto. Os irmãos decidiram remover o detergente contido no produto e adicionar corante, criando a massinha com que nossas crianças brincam
FLOCOS DE MILHO - A receita dos  flocos de milho, saiu de uma tentativa fracassada de cozinhar trigo em 1894. Naquela época, o americano John Kellogg era superintendente do Sanatório de Battle Creek, uma unidade de saúde baseada em princípios Adventistas do Sétimo Dia. John e seu irmão William, estavam tentando elaborar dietas saudáveis para os pacientes. Um dia, colocaram um pouco de trigo para ferver, mas acidentalmente deixaram cozinhar por muito tempo. A massa ficou ressecada;  então, os irmãos  passaram-na por cilindros para afiná-la, esperando fazer longas folhas de massa de pão, mas só conseguiram flocos crocantes. Depois de algumas experiências, verificaram que o mesmo feito podia ser conseguido utilizando milho, e a receita para o Corn Flakes nasceu 
VIAGRA - Salvador de casamentos e dos homens em geral (ao que dizem...), o Viagra também foi obra do acaso. Farmacêuticos do laboratório Pfizer sintetizavam o Cidrato de Sidenafila para tratar hipertensão. Durante os testes, a droga se mostrou ineficaz para doenças cardíacas, mas os pesquisadores  observaram que ela causava outro efeito: ereções mais fortes e mais duradouras
Esperemos que o acaso (e também muita pesquisa) possam tornar nossa vida melhor...


domingo, 23 de novembro de 2014

VITROLAS – UMA TECNOLOGIA QUE RENASCE

O fonógrafo
As vitrolas, conhecidas na atualidade como toca-discos, tem suas origens nos antigos fonógrafos, tendo recebido esse nome em função da empresa que as fabricou entre 1901 e 1929, a The Victor Talking Machine Company.
O fonógrafo, primeiro equipamento que reproduzia sons, foi lançado por Thomas Edison em 1877; os sons eram armazenados em cilindros de metal. Depois, o cilindro foi substituído pelos discos, inicialmente feitos de cera, depois de baquelite, até chegar-se ao   vinil no fim da década de 1940.
Nessa época, pré TV,  as radio vitrolas, conjunto de rádio e toca-discos instalados em elegantes móveis eram as rainhas das salas de estar das casas brasileiras; eram fabricadas por empresas tradicionais, como Philips, Zenith, Telefunken e outras.
Uma rádio vitrola Philips
Os discos de vinil foram sucedidos pelas fitas cassete, CDs, DVDs e outros meios digitais; a Internet parecia ser a tecnologia que mataria definitivamente a vitrola e os vinis, inclusive aquele que a revista Rolling Stone considerou em 2003 o melhor álbum de todos os tempos, o Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, gravado pelos Beatles em 1967.
Mas a dupla vitrola/vinil vem ressurgindo: a Polysom,  única fabricante de discos de vinil da América Latina,   produz cerca de 8 mil discos por mês. Havia sido fechada, mas reaberta em 2011, vem registrando aumento na produção de discos a cada ano; segundo a empresa, a qualidade do som é a maior responsável pelo ressurgimento da tecnologia, além do gosto do público pelo retrô; o público mais jovem também se interessa muito pelas vitrolas.
A Trapemix é uma   loja online especializada em produtos retrô que vende
O CTX Classic
cerca de 500 toca-discos por mês – seu proprietário acredita que em 2014 serão vendidos 35% mais que em 2013. 
Seus aparelhos custam entre   650 e 2 mil reais; o CTX Classic, modelo mais vendido do site, custa 770 reais; alguns aparelhos à venda na Trapemix são capazes de converter o som do vinil em arquivos MP3 e de se conectar por Bluetooth com tablets e smartphones.
É mais uma tecnologia que volta – a consciência de que isso pode acontecer é importante para aqueles que vivem o ambiente empresarial.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

O PROCESSO DE TRATAMENTO DE ÁGUA

Nestes tempos de seca, fica mais evidente a necessidade de pouparmos água.

Infelizmente, além daqueles que desperdiçam água em casa, lavando quintais e calçadas, por exemplo, temos em nosso país um grande volume de água tratada desperdiçada em função de tubulações defeituosas, roubo de água através de ligações clandestinas etc. - em nosso país, cerca de 40% da água tratada é desperdiçado por esses motivos - em alguns lugares, como Porto Velho (RO), a perda chega a 70%.

Estima-se que se as 100 maiores cidades do Brasil reduzissem o desperdício em 10%, haveria uma economia anual de cerca de R$ 1,3 bilhões.

A animação que vemos aqui mostra o processo de tratamento de água - através dele, podemos ver como, além de tudo, é um processo trabalhoso e caro e nos conscientizarmos de que é importante evitar o desperdício.




quinta-feira, 13 de novembro de 2014

ROBÔS E OUTRAS MÁQUINAS AUMENTARÃO O DESEMPREGO - COMO FUGIR DISSO? ESTUDANDO MAIS...

Pesquisa recentemente publicada pela empresa  de consultoria financeira Deloitte mostra que mais de um terço dos empregos gerados no Reino Unido poderão ser automatizados nos próximos vinte anos. O estudo foi realizado pela Deloitte em parceria com pesquisadores da Oxford Martin School e da Universidade de Oxford.
A estimativa é que chegue a 10 milhões o número de vagas
Rosie Jetson era uma brincadeira...
que deixarão de existir, pelo menos para humanos. A pesquisa aponta que as funções que pagam menos (até 30 mil libras, cerca de R$ 120 mil por ano) são as que mais devem ser substituídas por robôs e outros tipos de máquinas nas próximas décadas.
Cargos ligados a serviços administrativos, vendas, transportes, construção e mineração correm maior risco de serem desempenhados por sistemas artificiais nos próximos anos - por outro lado, os que trabalham com computação, engenharia, estudos científicos, artes, comunicação, educação, saúde ou mercado financeiro  podem ficar tranquilos, ao menos por enquanto.
De acordo com a pesquisa, os avanços tecnológicos tendem a ajudar na execução de trabalhos repetitivos e de escritório, enquanto   os humanos  continuam sendo os melhores  em questões relacionadas a pensamento estratégico e habilidade criativa.
Os autores da pesquisa, Carl Benedikt Frey e Michael A.
mas os robôs industriais substituindo milhares
de operários já são realidade.
Osborne, também fizeram uma análise similar nos Estados Unidos em 2013, concluindo que nesse país o percentual de empregos que poderão ser substituídos por robôs ultrapassa os 40%.
Mesmo hoje em dia,  já se pode ver a extinção de alguns empregos: há quanto tempo   não enviamos uma carta pelos correios? Por quantos anos mais   as empresas ainda pagarão alguém só para fazer a leitura dos seus registros de água e energia das casas (veja post de 17.10.2013)? E os apps de táxi conectando o cliente ao taxista? Certamente eliminarão   as centrais de radio-táxis – desde já há inúmeros exemplos.
É muito oportuno ler  artigo da revista Super  Interessante que nos lembra que  a tecnologia faz mudanças profundas no mercado de trabalho, hoje e sempre. Além das lembranças, o artigo nos traz alguns insights interessantes acerca de mudança de posturas.
Para encerrar: a sugestão para não perder emprego é seguir se capacitando,  continuamente, pois de acordo com a pesquisa da Deloitte, empregos com bons salários e que requerem melhor capacitação têm cinco vezes menos chances de ser automatizados.
Se você queria um motivo para estudar mais um pouco, aí está – estudar mais não é apenas continuar indo à escola – só o diploma não vale quase nada, é preciso aprender (muito). 

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

SERÁ QUE AS TELAS DOBRÁVEIS ESTÃO VIRANDO REALIDADE?

Muitas pessoas (eu inclusive) têm dificuldades para lidar com smartphones em função do tamanho de suas telas.

É difícil ler as mensagens e digitar - quase sempre em função do tamanho das telas.

Agora, parece surgir uma solução: pesquisadores japoneses criaram uma tela sensível ao toque com tecnologia OLED que se dobra em três. O projeto foi apresentado na Display Innovation 2014, que aconteceu na semana passada na cidade de Yokohama, no Japão.

A tela de 8,7 polegadas é chamada de "Foldable Display" (algo como "Tela Dobrável") e tem resolução de 1 080 por 1 920 pixels, com densidade de 254 pixels por polegada.
Um projeto semelhante já havia sido apresentado em junho, durante um evento chamado SID 2014, pela mesma empresa, a Semiconductor Energy Laboratory - a  diferença é que a tela tinha 5,9 polegadas e não possuía sensibilidade ao toque.
Essa tecnologia abre caminho para a criação de aparelhos  que tenham o tamanho de um tablet, por exemplo, mas que possam ser dobrados para caber no bolso - tomara que chegue logo ao mercado!
Clique na imagem para assistir a um vídeo sobre o assunto.