O New York Times publicou
recentemente artigo afirmando que é importante prolongarmos a vida útil de
equipamentos de TI e celulares através de manutenção adequada e upgrades, ao
invés de pura e simplesmente trocarmos os equipamentos que ficam obsoletos ou
apresentam problemas.
É um comportamento baseado na
filosofia de anticonsumismo, que parece estar se espalhando: dados da indústria
sugerem que os consumidores estão esperando mais para adquirir novos celulares do que faziam no passado.
Quando os smartphones e os tablets
eram muito lentos e limitados em comparação com os computadores, era válido investir
em equipamentos novos com frequência.
Atualmente, os aparelhos móveis se tornaram tão rápidos e potentes
que é possível mantê-los por muito mais tempo – exemplo são os computadores,
que quase sempre chegando aos cinco anos
ainda funcionam muito bem hoje; estamos agora começando a chegar a esse patamar
com os celulares.
A atualização de smartphones e
tablets é fácil. Há dois aspectos importantes
que precisam de atenção: armazenamento de dados e capacidade da bateria. Se um
dispositivo está quase sem espaço de armazenamento, o sistema operacional fica
lento. E se a bateria está quase no fim de seu ciclo de vida, o equipamento vai
“morrer” mais rapidamente do que antes.
Como liberar espaço? Para celulares e
tablets Android, recomenda-se guardar arquivos pessoais em um cartão de memória
removível – isso é especialmente importante no caso de fotos. Isso vai abrir
espaço para armazenamento no dispositivo, permitindo que o sistema Android seja
executado mais rapidamente. Em iPhones e iPads, a que não se pode conectar cartões
de memória, lidar com a gestão do armazenamento é mais complicado.
Outra opção é apagar aplicativos pouco
usados ou fazer backup dos arquivos pessoais, reinstalar o
sistema operacional e instalar a menor quantidade de aplicativos possível.
Há a questão da bateria. Toda bateria
tem um número de ciclos, ou de vezes que ela pode ser esgotada e recarregada.
Em um iPhone ou iPad, é possível checar o número de ciclos usados ligando o
equipamento em um Mac e executando o aplicativo gratuito coconutBattery, que
mostra as estatísticas das baterias. O site da Apple diz que as baterias perdem
cerca de 20% de sua capacidade original depois de 500 ciclos. Para equipamentos
com sistema Android, o aplicativo gratuito Battery, da MacroPinch, pode revelar
a saúde geral da bateria.
Segundo o NYT, a regra de ouro é
trocar a bateria do celular a cada dois anos e a do tablet a cada quatro ou
cinco anos. Uma bateria nova custa de US$ 20 a US$ 40, dependendo do aparelho. As
baterias dos smartphones Android normalmente podem ser trocadas removendo a
tampa traseira; os passos para trocar baterias de iPhone podem ser encontrados
em sites como o iFixit.
Infelizmente, no Brasil isso não é tão fácil de fazer,
face às características de nosso mercado.
Também é importante, simples e
relativamente barato, instalar a maior quantidade possível de memória, o que
tende a deixar a máquina mais rápida.
Outro problema a ser atacado é o da
poeira, que pode infiltrar-se no gabinete, afetando partes móveis e gerando mais calor. A sugestão é tirar a
poeira das saídas de ar e ventiladores a cada dois ou três meses.
Em tempos de crise, dólar, e preços
altos, vale a pena preservar nossos investimentos.