domingo, 21 de fevereiro de 2016

NOVAS TECNOLOGIAS DESAFIAM SEGURANÇA EM AVIÕES

Leisha Chil, da BBC, publicou matéria que se inicia com uma pergunta: você se sentiria confortável voando em um avião de passageiros sem piloto? Essa é uma questão à qual a maioria das pessoas provavelmente responderia com um sonoro "não".
No entanto, muitos especialistas dizem que esta perspectiva pode se tornar realidade dentro de algum tempo, especialmente, considerando-se o avanço no uso das tecnologias de pilotagem incorporadas aos drones. Há, inclusive uma anedota antiga, que na cabine dos aviões haverá um homem e um cachorro; o homem para alimentar o cão e este para impedir que o homem mexa emalgum equipamento...
Mas, à medida que a conectividade nos aviões de torna mais sofisticada, surgem novos desafios, já havendo na indústria aeronáutica quem diga que a ideia de que os computadores de bordo de um avião possam ser "hackeados" não é absurda.
O Boeing da Malaysia
Desde que do voo 370 da Malaysia Airlines sumiu do mapa há quase dois anos, teorias conspiratórias vem circulando sobre a possibilidade de o Boeing 777 ter sido sequestrado remotamente por hakcers. O primeiro ministro da Malasia, Mahathir Mohamed, chegou a mencionar tal possibilidade em um texto que publicou. 
Chris Roberts
O pesquisador de segurança aérea Chris Roberts fez subir a intensidade da discussão quando afirmou que teria conseguido entrar no sistema de computadores de um avião da United Airlines em que viajava, tendo acelerado uma das turbinas, fato que imediatamente passou a ser investigado pelo FBI.
Representantes da indústria desmentem esta possibilidade. "A imaginação de algumas pessoas é fértil", diz David Bruner, da Panasonic Avionics. "Não cremos que isso seja possível atualmente. Mas, ao ficarmos mais sofisticados, teremos que ter maiores cuidados  para garantir que isso nunca aconteça".
Para ilustrar esse nível de sofisticação, basta lembrar que os primeiros   Boeing 737 tinham cerca de 40 mil peças, enquanto um   Aibus A380 tem 4 milhões.
"Trabalhamos há anos em um 'super firewall' que isolará os controles de voo, de forma a garantir que ninguém será capaz de acessa-los do solo ou de outros equipamentos que porventura estejam a bordo", diz Bruner.
Consideradas as transformações tecnológicas por que passa a aviação, tudo indica que esta indústria depende de que seus avanços estejam sempre à frente dos que tentam burlar digitalmente esquemas de segurança. A credibilidade do setor depende cada vez mais de seu pioneirismo.