
Seus fundadores, Brian Chesky e Joe Gebbia tinham uma ideia, mas não tinham dinheiro - para conseguir algum, aproveitaram a campanha eleitoral americana daquele ano que opunha Barak Obama a John McCain e lançaram no mercado cereais cujas caixas mostravam caricaturas dos candidatos. Cada cereal tinha um nome divertido e ligado ao candidato: ObamaO's para o democrata e Cap'n McCain's, para o republicano.
Os próprios fundadores, que eram designers, projetaram as caixas, mandaram imprimir mil delas, compraram cereais baratos que já estavam no mercado (Cherrios e Captain Crunch) e os embalaram - fizeram isso em seu apartamento, fechando as caixas com uma pistola de cola quente.
Um ano depois, a empresa tinha quinze funcionários,
trabalhando no mesmo apartamento; para abrir espaço, Chesky deixou o local e
foi viver em um imóvel locado via Airbnb. Mas a ideia já era realmente um êxito:
até o final de 2010, investidores colocaram quase 8 milhões de dólares na
empresa, que já havia vendido mais de 700 mil noites de hospedagem.
O crescimento tem sido continuo: escritórios foram abertos
em diversos países e novos tipos de serviço criados, desde a oferta de imóveis
mais luxuosos até aqueles de custo muito mais baixo, destinados a vítimas de
desastres naturais, como o tufão Sandy, que atingiu Nova Iorque em 2012 e a
refugiados e imigrantes ilegais.
As empresas hoteleiras têm procurando, sem muito sucesso,
combater a Airbnb, acusando-a de concorrência desleal, porém parece que a
trajetória de crescimento deve continuar, já se falando na abertura do capital
da empresa neste ano de 2019.