domingo, 29 de novembro de 2015

CHINA: A CAMINHO DA ROBOTIZAÇÃO NA VIDA DIÁRIA

A agência espanhola EFE divulgou interessante matéria acerca da World Robot Conference, iniciada em Pequim no último dia 23.
De acordo com a matéria, os robôs já preparam comida, limpam casas, dão aulas, escrevem notícias, realizam cirurgias, voam e, na China, principal mercado mundial do setor, executam diversas outras atividades.
No salão de exposições da conferência havia robôs que falavam, cantavam, dançavam e  jogavam futebol entre eles ou tênis de mesa com humanos.
Outras máquinas foram programadas para auxiliar no setor da saúde, em funções como reabilitação ou ajuda à mobilidade de incapacitados.
Algumas empresas apresentaram berços inteligentes com os quais os pais podem controlar à distância as condições do ambiente em que o bebê descansa.
O evento também contou com empresas cujos robôs foram programados para estabelecer contato com humanos e responder a seus pedidos, como se fossem garçons ou atendentes.
A Xiaoi, empresa responsável pelos serviços de atendimento ao cliente das grandes operadoras telefônicas chinesas está utilizando robôs para reduzir os custos trabalhistas e melhor o atendimento aos clientes.
A conferência em Pequim reuniu cerca de 120 empresas e 12 organizações internacionais de robótica, refletindo o momento vivido pelo setor dos robôs na China, principalmente no campo industrial.
A China representa 25% do mercado dos robôs industriais. No ano passado, 57 mil unidades foram vendidas naquele país, um crescimento de 55% em relação a 2013. Ao todo, 230 mil vendas foram registradas em todo o planeta em 2014.
No entanto, a "densidade de robôs" (a relação entre máquinas e trabalhadores) se situa, na China, em 36 para cada 10 mil trabalhadores, abaixo da média mundial (66) e bem distante das médias de países como Coreia do Sul (478 para cada 10 mil), Japão (315), Alemanha (292) e Estados Unidos (164).
Até 2013, os robôs industriais utilizados na China eram quase todos importados; no momento, a produção local cresceu e alimenta parte considerável do mercado daquele país.
A meta do governo chinês é que até 2020 os robôs de fabricação nacional cheguem a suprir metade da demanda interna. Com esse objetivo, está sendo elaborado um plano de cinco anos para conduzir a expansão do setor.
A robótica é uma das dez áreas assinaladas por Pequim como prioritárias em sua estratégia "Made in China 2025", que pretende remodelar a base industrial do país para orientá-la rumo a áreas mais intensivas em tecnologia e menos dependente de mão de obra barata.
É uma nova realidade no país, levantando as questões de praxe: o que fazer com a mão de obra a ser desempregada pelos robôs?  E se alguém hackear robôs? O vídeo abaixo pode dar uma ideia do que pode acontecer...