terça-feira, 15 de setembro de 2020

SUCESSO: MICROSOFT RETIRA SEU DATA CENTER DO FUNDO DO MAR

Em junho de 2018 falamos sobre o projeto Natick, da Microsoft, que instalou um data center no fundo do mar, com o objetivo principal de  pesquisar formas de refrigerar data centers e, assim, diminuir os custos com energia elétrica.

O data center dispõe de 864 servidores e 27,6 petabytes de armazenagem e foi colocado há cerca de 40 metros de profundidade, na costa da Escócia.

Agora, a empresa trouxe a estrutura à superfície, para analisar os impactos da permanência sob a superfície, concluindo ter o projeto sido um sucesso, não apenas pela redução no consumo de energia como também pela queda no número de falhas apresentadas.  

Esse número foi cerca de 12% do número des falhas apresentadas por data centers convencionais. Ele deveu-se principalmente aos baixos níveis de umidade e oxigênio presentes no ambiente do data center hermeticamente fechado. 

Esse número é importante em função da dificuldade  em reparar um data center submerso. 

O próximo passo do Projeto Natick é verificar a viabilidade de reaproveitar os data centers retirados do fundo do mar, tornando sua operação mais eficiente também do ponto de vista econômico.

Neste vídeo, há informações adicionais sobre o projeto. 


sexta-feira, 11 de setembro de 2020

AMAZONIA-1: UM SATÉLITE TOTALMENTE NACIONAL

Um satélite projetado e desenvolvido no Brasil pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Amazônia-1, já está em fase final de testes e deve ser lançado no início de 2021, marcando mais uma etapa de um processo que teve início há 12 anos. 

Sua missão principal será observar a Amazônia, mas poderá também coletar dados sobre a costa do país, cursos e reservatórios de água e desastres ambientais - principalmente inundações e queimadas.

O Amazônia-1 é um marco para o país; nunca um satélite desse porte foi totalmente concebido e desenvolvido no Brasil – anteriormente, houve casos de aquisição de tecnologia ou parcerias. 

Seu desenvolvimento é mais um passo dado pelo país na busca da autonomia na área, gerando conhecimento para profissionais brasileiros, fomentando a indústria nacional e permitindo que os dados coletados pelo satélite permaneçam sob controle de brasileiros. 

O Amazonas-1 foi desenvolvido a partir dos parâmetros estabelecidos pela Plataforma Multimissão, uma estrutura para construção de satélites, permitindo que partes comuns sejam utilizadas por engenhos que tem outros objetivos, como por exemplo, a observação do espaço. Esse conceito ajuda a diminuir o custo e o tempo de produção de novos satélites. 

O Amazonia-1 tem 2,5 metros de altura, pesa 640 quilos e tem entre outros componentes, 6 quilômetros de cabos e 16 mil conexões elétricas – é uma máquina complexa. Será levado ao espaço por um foguete lançador que partirá de uma base situada na Índia, para um voo que durará 18 minutos, após o que o satélite será liberado, a cerca de 750 quilômetros de altitude; a seguir, os técnicos do INPE assumirão o comando da missão a partir de São José dos Campos. 

Seria muito significativo se o veículo lançador pudesse ter sido um foguete brasileiro partindo da base de Alcântara, no Maranhão, mas, infelizmente a tragédia que ali ocorreu em 2003, quando um incêndio e explosões destruíram o foguete brasileiro VLS-1 e sua plataforma de lançamento, matando 21 técnicos, trouxe um grande atraso ao programa espacial brasileiro e o Amazonia-1 terá que partir de outro país, transportado por um foguete estrangeiro.

terça-feira, 8 de setembro de 2020

FAZENDO A CARGA DA BATERIA DE NOSSOS CELULARES DURAR UM POUCO MAIS

Você pode fazer com que a carga da bateria de seu celular dure um pouco mais.

Aqui você encontra algumas sugestões simples  que podem ajuda-lo a não ser surpreendido por uma bateria descarregada

domingo, 6 de setembro de 2020

AS BIG TECHS CORREM RISCOS?

Chamamos Big Techs às maiores empresas de tecnologia da informação que dominam o ciberespaçodesde os anos 2010; dentre elas destacam-se Amazon, Apple, Facebook e Google. 

Elas estão nas manchetes mais recentes, quer por seus extraordinários lucros, alavancados pela pandemia, quer pelas preocupações que vem despertando em razão do imenso poder econômico, social e político que acumularam.

Esse poder deriva da capacidade que essas empresas têm de capturar, processar e utilizar dados que transitam pela internet, a ponto de Clive Humby, um matemático inglês, ter cunhado uma frase que se tornou célebre: “os dados são o novo petróleo”.

Ao se ligar dados e petróleo, é oportuno lembrar que há até não muito tempo, as grandes empresas petroleiras tinham um papel similar ao que as Big Techs têm hoje, a ponto de uma delas, a Exxon, que usou no Brasil a marca Esso, ter sido, há cerca de dez anos, a empresa mais valiosa do mundo.

Hoje, apesar de continuar operando, a Exxon vale menos que a fortuna pessoal de Jeff Bezos, o fundador da Amazon. Além disso, suas ações deixaram recentemente de fazer parte do índice Dow Jones Industrial Average, que reflete as cotações da Bolsa de Nova Iorque, após nele permanecerem por mais de cem anos; foram substituídas pelas ações da Salesforce, uma empresa de tecnologia.

A maioria das pessoas não acredita que as Big Techs venham a perder importância, assim como a maioria das pessoas não acreditava que as grandes petroleiras deixassem de ser tão relevantes. 

Alguns creditam o declínio das petroleiras à sua lentidão no sentido de reagir às mudanças de cenário, especialmente ao crescimento das novas fontes de combustíveis fósseis e de energias alternativas e à imagem negativa que a opinião pública formou ao seu respeito, especialmente por questões de agressões ao meio ambiente e apoio a ditaduras em países produtores de petróleo. 

Executivos e investidores das empresas de tecnologia devem estar preocupados com a morte ou perda de relevância de suas empresas, especialmente pelo fato de a evolução da tecnologia, aliada a decisões equivocadas, poderem conduzir essas empresas a situações como as vividas pelas petroleiras. 

Tais preocupações devem estar sendo exacerbadas pelas pressões que essas empresas vêm sofrendo nos Estados Unidos em função de seu imenso poder, que muitos consideram exagerado. Cabe lembrar que em 1984 a AT&T, a maior empresa de telecomunicações daquele país precisou ser dividida em diversas empresas menores, como forma de diminuir seu poder. O mesmo aconteceu em 1911 com a Standard Oil, que entre outras, acabou gerando a Exxon. 

Parece que Andy Grove, que dirigiu a Intel, tinha razão quando deu ao seu célebre livro o título “Só os paranoicos sobrevivem”.


INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL BATE PILOTO DE CAÇA EM COMBATE SIMULADO



CHINESES VENDEM CELULARES COM MALWARE INSTALADO






segunda-feira, 17 de agosto de 2020

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO VERDE GANHA IMPORTÂNCIA


Tecnologia da Informação Verde, TI Verde ou Green IT são termos utilizados para designar   o uso de recursos da Tecnologia da Informação com a preocupação de reduzir o consumo de energia e os impactos ambientais gerados pela produção e descarte   de equipamentos eletrônicos.
O tema começou a ser discutido em 1972 durante a Conference on the Human Environment, promovida pela ONU e realizada na Suécia. O foco do evento foi a discussão das interações dos seres humanos com o meio ambiente; pode-se dizer que nesse evento surgiu o atual conceito de sustentabilidade, uma ideia ligada a estratégias de uso consciente dos recursos naturais, de modo a garantir sua conservação para as futuras gerações.
Em 1992, a   U.S. Environmental Protection Agency lançou o Energy Star, um programa ao qual as empresas produtoras de equipamentos eletrônicos aderiam voluntariamente e era destinado a promover e reconhecer a eficiência energética de terminais de computador, aparelhos de televisão, condicionadores de ar e outros equipamentos. Um resultado marcante desse programa foi a criação do “sleep mode”, adotado em equipamentos de uso doméstico e de escritório; o programa ampliou-se, tornando-se um padrão internacional.
Na mesma época, a organização sueca TCO lançou um programa de certificação destinado a promover a redução das emissões eletromagnéticas dos terminais de computador; mais tarde, o programa foi expandido, passando a abranger também consumo de energia, aspectos ergonômicos e o uso de materiais perigosos na construção de equipamentos de computação.
Na atualidade, a TI Verde vem ganhando importância,  focando-se   nos “data centers”: cerca de 1% de toda a energia elétrica produzida no mundo vai para essas instalações, sendo utilizada não apenas para fazer as máquinas funcionarem, mas também para refrigerá-las; computadores geram muito calor e tem problemas para funcionar em ambientes aquecidos.
Além disso, os “data centers” concentram-se no hemisfério norte, onde parte considerável da energia elétrica é produzida a partir da queima de carvão e petróleo, grandes geradores de gases causadores do efeito estufa.
Nessa área a ideia é tornar o “hardware” e os sistemas de refrigeração mais eficientes, bem como acelerar o uso de energias renováveis, como a solar e a eólica.
O descarte de equipamento eletrônico de forma inadequada gera danos ao meio ambiente. Esses produtos são compostos por substâncias altamente tóxicas, como berílio, mercúrio e chumbo, por exemplo, que podem contaminar o solo e as águas. Além desses, outros materiais como vidro e plástico demoram muito tempo para se decompor e seu   descarte inadequado gera lixo que ficará no meio ambiente por séculos.
Sem o devido cuidado, o descarte desses materiais pode gerar graves problemas de saúde pública; por outro lado, reciclá-los pode produzir resultados financeiros muito interessantes. O assunto é importante a ponto de ter sido tratado de forma explicita no Plano Nacional de Resíduos Sólidos, elaborado pelo governo federal.
As empresas, além de preocuparem-se com esses aspectos devem desenvolver ações de conscientização para informar e motivar seus empregados e   público externo a adotarem práticas de sustentabilidade no cotidiano, como redução de impressões, desligamento de equipamentos que não estão em uso, entre outras.
Há um ponto a observar: algumas empresas estão praticando o “greenwashing”, neologismo derivado das palavras “green”, verde, e “whitewash”, branquear ou encobrir, que é um termo utilizado para indicar o uso de técnicas de “marketing” e relações públicas para expressar uma falsa preocupação com o meio ambiente; sempre que possível, casos como esses devem ser denunciados de forma a desencorajar sua prática.
Uma genuína preocupação com o meio ambiente e procurar manter o tema na pauta de todos, certamente contribuirá para o tornar a TI mais verde e o meio ambiente mais saudável. 

sexta-feira, 14 de agosto de 2020

RANSOMWARE: UM CRIME CADA VEZ MAIS COMUM

Ransomware é um tipo de software que impede o acesso aos dados de uma empresa ou pessoa; aqueles que o utilizam cobram um resgate, usualmente em bitcoins, para que o acesso possa ser restabelecido. A palavra “ransom”, em inglês, significa resgate; caso ele não seja pago, os dados são apagados ou então tornados públicos, causando danos aos seus proprietários. 

Os criminosos que o utilizam geralmente têm como estratégia pedir valores relativamente pequenos, para que as vítimas paguem rapidamente ao invés de procurarem outras soluções, como o envolvimento da polícia, por exemplo - isso quase sempre é inútil, pois na maior parte dos casos o golpe é aplicado a partir do exterior. 

Empresas de grande porte, que utilizam poderosos sistemas de segurança da informação, usualmente não se tornam vítimas desse crime. 

Mas nos últimos dias, aconteceram dois casos envolvendo grandes corporações; no primeiro, a vítima foi a Garmin, uma empresa americana que desenvolve produtos de consumo baseados em GPS. Inicialmente a Garmin tentou ocultar o fato, dizendo que seus sistemas estavam fora do ar para manutenção, mas algumas horas depois admitiu ter sido atacada; ao que consta, a empresa pagou dez milhões de dólares para voltar a ter acesso aos seus dados. 

A vítima agora é a japonesa Canon, conhecido por produzir câmeras fotográficas e de vídeo, fotocopiadoras etc. A empresa não admite publicamente tratar-se de ransomware, mas diz “estar investigando problemas que afetam seus sistemas”. 

Diferentemente do que acontece na maioria dos casos de ransomware, quando os criminosos impedem o acesso aos dados criptografando-os, no caso da Canon parece que os dados foram realmente retirados de seus servidores, e estariam sendo mantidos como reféns. 

Vamos aguardar o desdobramento do caso, mas desde já é importante que todos se conscientizem da necessidade de adotar fortes medidas para a segurança de seus dados.

quarta-feira, 5 de agosto de 2020

NEW YORK TIMES FATURA MAIS COM VERSÃO DIGITAL DO QUE COM A IMPRESSA

O diário The New York Times acabou de anunciar que passou a ganhar mais dinheiro vendendo sua versão digital do que a impressa.

Entre abril e junho, faturou 185 milhões de dólares com a versão digital (assinaturas mais propaganda) contra 175 vindos da versão impressa.

É irreversível: jornais impressos estão chegando ao fim


terça-feira, 4 de agosto de 2020

ISSO É QUE É GUINCHO!!!!!



Não se trata de tecnologia trivial, de uso diário, mas certamente é tecnologia de ponta: dois navios de guerra americanos chocaram-se com navios mercantes de muito grande porte, sofrendo danos de grande monta - os mercantes quase não foram afetados. 

Os destróier USS John S. McCain (DDG 56) colidiu com o mercante Alnic MC enquanto estava navegando a leste do Estreito de Malaca e Singapura. Os danos no destróier provocaram 10 mortes e deixaram 5 tripulantes feridos. Os reparos do John S. McCain terão um custo estimado de US$ 223 milhões.

Já o USS Fitzgerald (DDG 62)  chocou-se com o mercante ACX Crystal de 29 mil toneladas, ao largo do Japão, provocando a morte de 7 militares. Os custos para reparos do Fitzgerald  foram estimados em US$ 367 milhões. 

Agora, em meados de 2020, os trabalhos foram terminados e o navio está sendo testado, tendo os custos chegado a US$ 523 milhões.

Os dois navios foram rebocados para portos próximos e serão transportados para os locais de reparo por navios de transporte pesado semi-submersíveis - a seção central desses navios afunda por baixo dos navios danificados e a seguir os ergue, podendo assim transporta-los. 

As colisões entre os destróieres e os navios mercantes, juntamente com outros incidentes semelhantes acontecidos nos últimos anos, indicaram a necessidade da Marinha dos EUA empreender estudos visando determinar melhor as causas sistêmicas desses incidentes - por enquanto, diversos oficiais que serviam a bordo dos navios foram punidos.

segunda-feira, 3 de agosto de 2020

MORRE BILL ENGLISH, UM DOS PIONEIROS DA COMPUTAÇÃO


Em 26 de julho passado morreu, aos 91 anos, William “Bill” English, um dos pioneiros da moderna computação.
Trabalhando com   Douglas Englebart no Stanford Research Institute, English ajudou a desenvolver o mouse, instrumento vital em nosso dia a dia.
Englebart era tido como um visionário, mas English tinha uma impressionante capacidade de captar ideias e transforma-las em coisas concretas, como no caso do mouse, que English construiu a partir de um esboço desenhado por Englebert. 
Em 1968 fez uma palestra,  que felizmente foi preservada em vídeo. Nela, que acabou sendo chamada “Mother of All Demos”, além do mouse lança ideias que mais tarde foram transformadas em ferramentas que transformaram o mundo. Dentre as ideias apresentadas, estão a internet, interfaces gráficas,  edição de textos, videochamadas, hipertexto e muitas outras.

segunda-feira, 27 de julho de 2020

SEGUEM OS TESTES DO MAIOR AVIÃO ANFÍBIO DO MUNDO

Em outro post, de 2017, falávamos do primeiro voo do AG600, o maior avião anfíbio do mundo.

Agora, o avião  chinês completou com sucesso seu primeiro voo sobre o mar no dia 26 de julho na cidade costeira de Qingdao, província de Shandong, leste da China, anunciou seu desenvolvedor. 


O bem-sucedido voo de domingo no mar é um grande avanço para a aeronave após seu primeiro voo  em 2017.

Chamado  Kunlong, o AG600 é  a primeira grande aeronave civil especializada desenvolvida independentemente pela China para atender às necessidades de resgate  e esforços de prevenção e controle de desastres naturais.

É capaz de realizar várias missões anfíbias, como combater incêndios florestais, realizar resgates na água e monitorar o ambiente marinho.

O avião de 37 metros de comprimento é do tamanho de um Boeing 737 e tem uma envergadura de 38,8 metros. Tem um peso máximo de decolagem de 53,5 toneladas e um alcance máximo de voo de 4.500 quilômetros.

sexta-feira, 24 de julho de 2020

JELLY 2: O MENOR ANDROID 4G DO MUNDO

Os primeiros celulares que chegaram ao mercado eram muito grandes; foram aos poucos sendo sucedidos por aparelhos menores - um telefone bem pequeno era sinal de status. 

Mais tarde, os maiores foram voltando à moda, pelo conforto que telas grandes trazem. 

Agora, depois do boom de celulares grandes, que mais parecem tablets, chega ao mercado um telefone que é praticamente do tamanho de um cartão de crédito, pesando 110 gramas e com uma tela de 3 polegadas. 

É o Jelly 2, que roda Android 10 e 4G, com RAM de 6 Gb, memória de 128 Gb, duas câmeras e bateria de 2.000 mAh.

Vai ser vendido ao público em geral a partir de dezembro por cerca de US$ 160, mais frete e impostos. 

Será que os minis vão voltar à moda?

quarta-feira, 22 de julho de 2020

OS CARRINHOS DA MESSERSCHMITT

AMesserschmitt produziu os mais famosos aviões de caça utilizados pelos alemães na 2ª Guerra Mundial, o Bf 109 e o Me 262, este, o primeiro jato a entrar em serviço.

Ao final da guerra, apesar de ter todas as suas instalações praticamente destruídas, a empresa sobreviveu, passando por inúmeras fusões até ser comprada em 1989 pela Deutsche Aerospace (DASA), que agora é parte do grupo Airbus. 

Terminada a guerra e inicialmente proibida de fabricar aviões, a empresa dedicou-se à produção de peças, até que em 1952 o engenheiro aeronáutico Fritz Fend  procurou a empresa propondo a fabricação do Kabinenroller (algo como Scooter com Cabine), um veículo de três rodas baseado em um veículo que Fend projetara para uso de inválidos (havia muitos na Alemanha daquela época). 

Diversos modelos do carrinho foram produzidos na fábrica da Messerschmitt entre 1955 e 1964; abaixo, fotos de alguns deles. 







BEIDOU: CADA VEZ MAIOR E MAIS PRECISO

Em janeiro de 2019 o sistema de navegação por satélite BeiDou (BDS), da China, rival do amplamente usado GPS americano, começou a operar em escala global, não mais apenas regional como vinha acontecendo até então. 

No mês passado foi lançado o último satélite que comporá o sistema, aumentando sua precisão e dando à China e a eventuais outros usuários total independência em relação ao GPS. 

BeiDou é o nome dado em chinês ao conjunto das sete estrelas mais brilhantes da constelação Ursa Maior; a ideia de desenvolve-lo tomou forma nos anos 1990, em função do interesse dos militares chineses em deixar de depender do GPS. Os primeiros satélites que o compõem foram lançados no ano de 2000, ano em que o sistema começou a funcionar de forma parcial, cobrindo apenas partes da China. 

Em 2013 o sistema passou a cobrir toda a região Ásia-Pacífico; em 2015, foi iniciada a terceira fase, visando cobrir todo o globo; essa fase se conclui agora com o lançamento de seu 35º satélite – o BDS já tem mais satélites que o GPS, que tem 31. Seus projetistas puderam aproveitar a experiência advinda do uso do GPS, construindo um sistema de operação e manutenção mais simples. 

O BDS tornará a rede de comunicações militares mais segura e os sistemas de armas mais precisos, evitando os riscos advindos do uso de recursos controlados por um eventual inimigo. Alguns de seus serviços, como os voltados ao controle de tráfego marítimo e à mitigação de efeitos de desastres já estão sendo utilizados por cerca de 120 países, como diz a imprensa chinesa; os primeiros usuários foram o Paquistão e a Tailândia. 

Muitos desses países fazem parte do que vem sendo chamado Nova Rota da Seda, iniciativa chinesa envolvendo vultosos investimentos, sobretudo nas áreas de transporte e infraestrutura, visando aumentar a influência do país, especialmente na Ásia e África. 

Apenas na China, mais de 70% dos celulares e milhões de taxis, ônibus, caminhões e embarcações já podem usar o BDS. Esses volumes devem impactar, do ponto de vista comercial, não apenas o GPS, mas também iniciativas similares como o GLONASS russo, o Galileo da União Europeia e o NavIC da Índia.

CALIFÓRNIA BANE VEÍCULOS DIESEL

O estado da Califórnia baixou regras segundo as quais a partir de 2045 não mais poderão ser vendidos no estado caminhões movidos a combustíveis fósseis – é mais um passo rumo aos elétricos. 

É o primeiro estado americano a baixar regra desse tipo; a Califórnia já havia determinado que a partir de 2029 somente poderão entrar em circulação ônibus elétricos. 

A mudança será gradual: em 2035 pelo menos a metade dos veículos vendidos pelos fabricantes de caminhões deverá ser elétrica; a partir do mesmo ano, os veículos que não circulam pelas ruas, como rebocadores e empilhadeiras, também não poderão ter motores diesel. Veículos comerciais de pequeno porte, como vans, devem seguir a regra a partir de 2040. 

A medida insere-se na luta contra a poluição do ar: os veículos movidos a diesel são 7% do total na Califórnia, mas são responsáveis por quase 80% da poluição do ar no estado. 

A medida tende a espalhar-se por todo o país; a Califórnia é pioneira no combate à poluição, e as regras que fixou no início dos anos 1990 são tidas como responsáveis pelo desenvolvimento de veículos híbridos e elétricos. Em 2019, quando o governo Trump revogou medidas do governo Obama que visavam a combater as mudanças climáticas, o estado fixou regras próprias, que foram acatadas por empresas como Ford, Volkswagen, Honda e BMW; esta última acaba de anunciar que pretende abandonar o desenvolvimento de veículos híbridos, concentrando-se nos totalmente elétricos. 

Alguns fabricantes tentaram barrar as novas regras, sem maior êxito. Muitos desses já estão produzindo veículos comerciais elétricos; outros estão preparando lançamentos, como Volvo, Daimler e Tesla. 

Há também startups entrando no mercado, como a Rivian, que está produzindo cem mil vans elétricas para a Amazon, após receber dessa um investimento da ordem de US$ 700 milhões em 2019. Dez mil dessas vans já deverão estar rodando em 2022 e as demais até 2030. A Ford também é acionista da Rivian. 

É mais um passo à frente na luta contra a poluição do ar e seu subproduto, as mudanças climáticas.

sexta-feira, 17 de julho de 2020

APPLE E SAMSUNG VENDERÃO CELULARES SEM CARREGADOR?

Circulam boatos dando conta que os compradores dos próximos lançamentos da Apple e a Samsung, se quiserem carregadores, deverão compra-los separadamente. 
Isso deve a razões de ordem econômica,  como forma de poder vender os próximos modelos pelo mesmo preço que os atuais. 
A Apple está fazendo uma pesquisa entre seus usuários tentando descobrir o que fazem com os velhos carregadores quando compram um novo telefone - os resultados devem ajudar a empresa a decidir se adotará ou não essa medida; a Apple também cogita passar a vender os fones de ouvido separadamente. 
Talvez seja uma boa ideia também do ponto de vista ambiental; afinal, em 2019 produzimos quase 54 milhões de toneladas de lixo eletrônico, e qualquer redução seria bem vinda. 

sexta-feira, 10 de julho de 2020

AR CONDICIONADO PORTÁTIL: UMA FERRAMENTA PARA ENFRENTAR O VERÃO




A Sony acaba de lançar no Japão, aproveitando o quente verão daquele país, um equipamento de ar condicionado portátil.

O equipamento, chamado Sony Reon Pocket, tem o tamanho de um mouse e deve ser colocado em um bolsinho situado na parte de trás de uma camiseta especial, próximo à nuca, e promete baixar a sensação térmica em até cinco graus. 

O produto tem um concorrente, um produto da Fujitsu chamado Comodo Gear.

É uma espécie de gargantilha que se propõe a esfriar o sangue enquanto esse passa pela carótida e consequentemente baixar a temperatura de todo o corpo.

Será que esses gadgets funcionam?

 

quarta-feira, 8 de julho de 2020

MAPEANDO UMA NOVA FRONTEIRA: O FUNDO DO MAR



Nosso planeta tem cerca de 70% de sua área cobertos pela água, dos quais apenas 20% estão adequadamente mapeados. 

Para sanar essa deficiência, foi criado o projeto Seabed 2030, conduzido por um grupo de organizações ligadas a governos e universidades, que pretende concluir o mapeamento do fundo do mar em 2030. Quando o projeto teve início, em 2017, apenas 6% da área estava adequadamente mapeada. 

O trabalho é enorme: a área já mapeada tem o dobro do tamanho da Austrália, mas ainda falta cobrir o equivalente ao dobro da área de Marte. 

Os mapas e os dados coletados durante sua elaboração estarão disponíveis a todos; poderão ser utilizados, entre outras coisas, para que possamos entender como os tsunamis se formam e sabermos quanto o nível do mar subirá em função das mudanças climáticas. 

Também serão úteis para as empresas que pretendem extrair óleo, gás e minerais do fundo do mar, bem como para as empresas de telecomunicações, que estão lançando e operando cabos submarinos para transmissão de dados. 

O trabalho é feito com o uso de equipamentos instalados em barcos, que disparam sinais sonoros em direção ao fundo do mar, que os reflete; o tempo que o sinal demora para voltar à superfície permite que algoritmos calculem a profundidade e à medida em que essa varia, mapeia-se o relevo, em alta resolução. 

Quanto mais profundo o local que está sendo mapeado, mais lento é o trabalho; se apenas um navio estivesse sendo empregado, estima-se que seriam necessários 350 anos para mapear apenas as áreas de profundidade maior que 200 metros, e a média das profundidades está ao redor de 3.800 metros. 

Espera-se que em breve o projeto possa utilizar submarinos não tripulados, que poderão tornar o trabalho mais rápido e menos custoso – a preços atuais, estima-se que ainda serão necessários mais US$ 3 bilhões para concluir o projeto.