sexta-feira, 9 de maio de 2014

Fabricar dinheiro em casa: não muito difícil, mas muito perigoso

Quando as copiadoras que fazem cópias coloridas, impressoras “jato de tinta” e os scanners se popularizaram, houve uma grande preocupação com a possibilidade  de que essas tecnologias tornassem a falsificação de dinheiro algo muito fácil, a ponto de desorganizar a economia. No entanto,   isso não aconteceu, especialmente em função das novas tecnologias adotadas na produção de notas verdadeiras, tais como marcas d’água, filetes plásticos etc.
Mas às vezes surgem alguns casos interessantes: a Bloomberg noticiou que uma cabeleireira de Richmond, estado da Virginia,  confessou a um tribunal federal (lá, falsificar dinheiro é crime federal) que falsificou cerca de 20 mil dólares em um período de dois anos. Seu advogado  diz que a mulher de 34 anos “criava seis filhos sozinha com uma renda modesta” e que “estava imprimindo dinheiro para suprir suas necessidades”.
A pessoa usava notas de 5 dólares para imprimir suas cédulas falsas: aplicando um produto de limpeza doméstica com uma escova de dente, ela tirava a tinta da nota. Após a cédula de 5 dólares ficar em branco, a cabeleireira imprimia nela  imagens digitalizadas de notas de 50 e 100 dólares,  usando uma impressora  HP.
Como o papel usado era o de uma cédula original, as falsificações ficavam com marca d’agua e também passavam no teste da caneta, que reage com o amido no papel. Mas a impressão não era boa o suficiente para passar no teste dos bancos - logo, esse dinheiro falso só poderia ser usado para pagar compras no comércio local. A falsificadora também não podia frequentar sempre os mesmos locais, já que se suas notas fossem descobertas, seria fácil  achá-la.

Isso traz uma lição: não é só porque você também tem uma impressora e os materiais em casa que deve começar a imprimir o seu próprio dinheiro. Além de ser ilegal, você não conseguirá ficar rico e nem  ficará impune por muito tempo.