quarta-feira, 14 de março de 2012

Brasil e Alemanha querem ampliar intercâmbio em TIC

A participação do Brasil na CeBIT  2012 pode produzir um efeito há muito desejado: ampliar o intercâmbio entre governos, universidades e companhias brasileiras e alemãs na área de Tecnologia da Informação e Comunicações (TIC), repetindo o que acontece há muitos anos, com muitas empresas alemãs atuando no Brasil, não só na área industrial, como Siemens, Volkswagen, como em alguns tipos de serviço, como no caso do Deutsche Bank.

Notamos haver um forte interesse dos alemães nesse sentido, não só ouvindo Dieter Kempf, presidente da Bitkom, associação que representa 1,7 mil empresas de TIC na Alemanha, como também em contatos mantidos com pesquisadores e professores de instituições como as Universidades de Bremen, Oldemburg, Hannover e Clausthal, que desejam fortemente receber estudantes brasileiros para seus cursos de graduação e pós – o uso do inglês ao invés do alemão nesses últimos facilita muito a ida de nossos estudantes .

A ampliação do intercâmbio comercial na área de TIC  entre os dois países deve beneficiar muito o Brasil:   vendemos aos alemães anualmente cerca de 111 milhões de euros em hardware, software e serviços, enquanto compramos deles cerca  421 milhões de euros – há oportunidades para que diminuamos esse deficit.
No caso das parcerias intelectuais, a expectativa é que dez mil brasileiros venham a estudar na Alemanha nos próximos anos (alunos de graduação e pós) dentro do programa Ciência sem Fronteira. É uma oportunidade para que nossos estudantes ganhem novas competências, desde idiomáticas até habilidades em pesquisa, organização e disciplina profissional. Estudantes brasileiros com quem mantivemos  mostram-se entusiasmados com as oportunidades de aprendizado e qualidade de vida que desfrutam naquele país.