sexta-feira, 16 de março de 2012

DESTRUIÇÃO CRIATIVA: O PROCESSO SEGUE EM MARCHA

A imprensa anunciou nos últimos dias um fato que ilustra bem o conceito de “Destruição Criativa” que discutimos em nossas aulas: duzentos e quarenta e quatro anos depois de seu lançamento, chega ao fim a edição em papel da Enciclopédia Britânica, que em 1990 chegou a vender 120 mil exemplares.
Imaginemos os custos envolvidos na produção e distribuição da obra, composta   por 32 volumes... Além disso, os compradores tinham sua coleção rapidamente ultrapassada pelo advento de novos fatos – a Enciclopédia gerava um volume de atualizações a cada ano.
Os computadores permitem que as informações contidas na obra passem a ser facilmente atualizadas e acessadas, tornando a versão em papel obsoleta.
De qualquer forma, a empresa que edita a enciclopédia conseguiu sobreviver, mantendo um site com o conteúdo da obra, com acesso pago – neste momento faz uma promoção, permitindo o acesso grátis por uma semana, na tentativa de atrair assinantes.
Mas a roda continua girando: seu grande rival no momento parece ser a Wikipedia,  que embora sujeita a muitos erros em função de qualquer pessoa poder atualiza-la, tem mantido um bom sistema de correções, evitando que informações incorretas permaneçam no ar por muito tempo; um artigo publicado em 2005 na prestigiada revista “Nature”, afirmava que  a Wikipédia continha menos erros que a Britânica.
Um fato é inconteste: Schumpeter tinha razão quando formulou o conceito de destruição criativa.