Note-se que esses cartões, com furos redondos, cuja imagem está logo abaixo, tinham 90 colunas, ao contrário dos IBM que tinham 80 - isso era muito vantajoso em termos de entrada de dados e lógica de programação.

Nessa onda de nostalgia, lembrei-me de um artigo que “New York Times” publicou há algum tempo acerca do desenvolvimento da linguagem Fortran, que quase todos os meus contemporâneos usaram - James Gray, um pesquisador na área de software que trabalhou para a Microsoft, chegou a dizer, parafraseando a Bíblia: “No princípio, era o Fortran”… Vale lembrar que Gray desapareceu no mar com seu veleiro em 2007.
Lembramos essas histórias porque julgamos oportuno dar aos nossos jovens profissionais e estudantes uma visão do passado, para que possam se preparar melhor para o futuro. Lembra o artigo que John Backus (que também morreu em 2007) trabalhava para a IBM, e em 1953, ao 28 anos de idade, solicitou aos seus superiores autorização para iniciar pesquisas acerca do que chamou de “uma melhor maneira de programar” – era uma época em que se usava linguagens de muito baixo nível, praticamente linguagem de máquina, o que tornava a programação extremamente complexa, trabalhosa, e consequentemente, lenta e cara.
O Fortran tinha seu foco mais no problema que o usuário tentava resolver utilizando o computador do que na máquina propriamente dita. Uma linha de código Fortran gerava várias instruções em linguagem de máquina, ao contrário dos Assemblers, em que a relação era quase sempre um para um; por essa razão, Fortran é considerada a primeira linguagem de alto nível.
O Fortran tinha uma performance quase tão boa quanto a dos Assemblers, em termos de tempos de processamento, o que era muito importante numa época em que esse era um recurso escasso e consequentemente, caro.
Em fevereiro de 1957 o Fortran foi apresentado formalmente, durante a “Western Joint Computer Conference”, em Los Angeles. Para a ocasião, a IBM pediu a seus clientes que apresentassem casos reais, como o cálculo do fluxo de ar para o projeto de asas de aviões, e promoveu um benchmarking, apresentando esses problemas a programadores Assembler e Fortran.
Os resultados foram impressionantes: em média, os programas em Fortran foram construídos cinco vezes mais rapidamente que aquelas em Assembler, sem perda significativa de performance em termos de tempo de processamento.
Ao encerrar-se o evento, os profissionais da área sabiam que uma nova era se iniciava – e essa era ainda não terminou: até hoje o Fortran é usado em aplicações de natureza científica.
Sua versão mais recente é o Fortran 2018.
O Fortran tinha uma performance quase tão boa quanto a dos Assemblers, em termos de tempos de processamento, o que era muito importante numa época em que esse era um recurso escasso e consequentemente, caro.
Em fevereiro de 1957 o Fortran foi apresentado formalmente, durante a “Western Joint Computer Conference”, em Los Angeles. Para a ocasião, a IBM pediu a seus clientes que apresentassem casos reais, como o cálculo do fluxo de ar para o projeto de asas de aviões, e promoveu um benchmarking, apresentando esses problemas a programadores Assembler e Fortran.
Os resultados foram impressionantes: em média, os programas em Fortran foram construídos cinco vezes mais rapidamente que aquelas em Assembler, sem perda significativa de performance em termos de tempo de processamento.
Ao encerrar-se o evento, os profissionais da área sabiam que uma nova era se iniciava – e essa era ainda não terminou: até hoje o Fortran é usado em aplicações de natureza científica.
Sua versão mais recente é o Fortran 2018.