O frenesi em torno disso ficou para trás depois que o consumidor aprendeu que quantidade de megapixels não é suficiente para garantir boas fotos, e que uma resolução muito alta pode até atrapalhar, gerando arquivos enormes que tomam toda a memória do aparelho. Agora, os smartphones top de linha estacionaram em resoluções que variam de 16 MP a 21 MP e a busca dos fabricantes pela diferenciação entra em uma nova fase: a adoção de inteligência artificial.
Isso acontece porque a câmera deixou de servir apenas para tirar fotos, mas tornou-se uma ferramenta inteligente com várias funcionalidades. Nessa nova fase, a inteligência artificial está sendo aplicada às câmeras com dois objetivos básicos, melhorar as próprias fotos e transformar a câmera em uma espécie de visor inteligente para a realidade ao redor do usuário, a partir de mecanismos de reconhecimento de imagem e realidade aumentada.
Na Sony, merecem destaque as funcionalidades de auto-foco preditivo e de auto-foco híbrido, presentes nos novos modelos da série Xperia. O auto-foco preditivo consiste na câmera perceber um objeto em movimento e tirar fotos antes mesmo de o usuário apertar o botão. O smartphone analisa e apresenta as melhores fotos para o usuário escolher quais quer salvar. O auto-foco híbrido, por sua vez, rastreia automaticamente o objeto que está sendo fotografado quando ele se move, garantindo que fotos de crianças ou animais sejam tiradas com nitidez.
Motorola, LG e Sony também têm parcerias com o Google, mas para a integração da câmera com o seu recurso de reconhecimento de imagens, o Google Lens.
Para o futuro, é esperado que as câmeras fiquem ainda mais inteligentes e ofereçam uma série de novos recursos, como por exemplo fazendo com que as câmeras sirvam como manuais de instrução. Ao apontar para um produto, este seria reconhecido e instruções de como manuseá-lo ou consertá-lo apareceriam na tela.
Nessa área, parece que realmente o céu e o limite, e como dizemos, se há 20 anos tivéssemos dito a um fabricante de câmeras que seu produto seria substituído por um telefone, seríamos considerados loucos...