segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

COCA-COLA: CADA VEZ MAIS TECNOLOGIA

Desde sua fundação em 1886, a Coca-Cola sempre foi inovadora, tendo sido uma das pioneiras na venda de seu produto em garrafas próprias, latas, máquinas de venda automática (vending machines), garrafas descartáveis etc. Suas campanhas publicitárias sempre foram muito boas.
Certamente, essa postura ajudou-a a chegar onde está hoje, operando em mais de 200 países, faturando bilhões de dólares ao ano – só  nos Estados Unidos são vendidas cerca de 40 mil latinhas e garrafas  por segundo. O  Brasil é o terceiro maior consumidor, atrás somente dos Estados Unidos e do México – aqui, a bebida é vendida desde 1942 e fabricada desde 1943.
Sempre atenta à evolução da tecnologia e dos mercados, a empresa não descansa: depois  de cinco anos de desenvolvimento e pesquisas, em 2009 a empresa lançou   a Coca-Cola Freestyle, uma   máquina de venda automática que permite ao consumidor misturar 126 tipos de refrigerantes para criar sua própria bebida.
Imaginemos que alguém deseja um refrigerante que seja uma mistura de Coca-Cola Diet, suco de maça, chá verde,   Cherry Coke, com um toque de Sprite e uma pitada de Fanta (até alguns refrigerantes não pertencentes à Coca, como Dr. Pepper podem ser incluídos na beberagem). Para fazer o pedido, basta escolher os sabores em uma tela sensível ao toque e a máquina prepara a bebida. Ela é conectada a Internet, permitindo assim que informações como as preferências do consumidor em determinados horários e locais e a necessidade de novos carregamentos de ingredientes sejam enviadas mais facilmente à empresa.
Agora, mais um passo: a empresa anunciou que a partir de 2015 pretende vender máquinas que permitirão às pessoas prepararem seu refrigerante em casa, de forma similar à já oferecida pela israelense SodaStream, empresa muito menor mas que cresce muito rapidamente.
A novidade segue uma tendência, a possibilidade de produzirmos coisas em casa, de forma análoga à popularizada pelas impressoras 3D e pelos cafés Nespresso, cujas vendas tem crescido 30% ao ano.
A ideia faz todo sentido, pois permitirá à Coca reduzir seus custos, principalmente com fabricação, embalagens, armazenagem e transporte, que são os que pesam mais no custo total do produto –  afinal não faz sentido embalar, armazenar e transportar água, que é o maior componente da bebida; o consumo de energia para refrigeração em residências, supermercados, bares e restaurantes também seria menor. Fazer tudo isso com as pequenas capsulas de xarope, que é o núcleo do produto, seria muito mais fácil e barato.
Os custos para o consumidor quase que certamente não diminuirão, mas diversos componentes da cadeia de produção serão prejudicados:   funcionários das fábricas e distribuidores, transportadores, supermercados etc. devem acompanhar o assunto com atenção.