A SPG
Technologies apresentou nesta semana no Mobile World Congress, em Barcelona,
seu novo produto, o Blackphone. Diz a SPG que é o primeiro smartphone comercial do mundo que
foi desenhado para proteger a privacidade dos usuários e dar-lhes ferramentas
de controle e segurança, tudo isso graças a um sistema operacional próprio, o PrivatOS,
derivado do Android que incorpora técnicas avançadas de criptografia, firewall
e de limpeza remota para casos de perda, furto ou roubo.
Procurando
fechar todas as portas, a empresa também anunciou uma parceria com a
operadora holandesa KPN, que fornecerá uma rede segura, sem intermediários que
capturem hábitos de consumo e navegação
dos usuários.
Em nossa
opinião, o Blackphone é um passo adiante
na busca de privacidade e segurança, que estão em cheque no mundo digital,
especialmente ao protegerem seus usuários dos bisbilhoteiros não muito
sofisticados.
No entanto,
é preciso lembrar que os governos, especialmente o americano, possuem
ferramentas muito poderosas para interceptar e decodificar conversações
telefônicas e na forma de texto, que certamente podem ser utilizadas para
quebrar o sigilo prometido pelo Blackphone – além disso, fica sempre a dúvida:
será que as empresas que fornecem essa tecnologia não colaboram com esses
governos?
Deve-se
lembrar também que a maior parte das invasões e quebras de sigilo decorrem de
posturas dos usuários, desde aquele que revelam suas senhas a terceiros até
aqueles que ignoram o fato de que, ao utilizarem ferramentas Google estão
fornecendo a este dados que serão vendidos a outras empresas; poucos sabem
também que fotos feitas com celulares quase sempre contém as
coordenadas do local onde foram feitas, informação essa que pode ser útil a terceiros.
Em resumo:
acreditamos que os Blackphones podem ser vistos como uma evolução, não como uma
revolução.