Os
mais de um bilhão de celulares que utilizam tecnologia Android podem contribuir
para o desenvolvimento de projetos de pesquisa, tais como os que buscam a cura
de certas doenças, produzir modelos que explicam o comportamento clima ou procuram identificar novas estrelas.
O
aplicativo que permite a prática desse tipo de voluntariado digital, pelo qual
os aparelhos podem processar dados das
pesquisas enquanto ociosos, foi criado pela Universidade da Califórnia, em
Berkeley, nos Estados Unidos, como parte do projeto Berkeley Open
Infrastructure for Network Computing (BOINC). A capacidade de processamento
desses mais de um bilhão de celulares supera
a dos supercomputadores convencionais.
O
usuário que quiser participar pode baixar o programa BOINC na Google Play Store
do próprio aparelho; a seguir, escolhe o projeto de pesquisa científica com o
qual quer colaborar.
O BOINC
então passa a utilizar o aparelho para processar informações – mas isso ocorre
apenas quando quando o aparelho está
conectado à rede elétrica para recarga, o que não gasta bateria. A
transferência de dados só ocorre quando há
wi-fi disponível, custos de conexão para
o usuário.
O
aplicativo foi financiado pelo Instituto Max Planck, da Alemanha, pelo Google e
pela Fundação Nacional de Ciência (NSF, na sigla em inglês), dos Estados Unidos
e é mais uma tentativa de usar recursos de processamento ociosos, como já
ocorria com um projeto da NASA que usava computadores pessoais ociosos para
tentar encontrar sinais de vida extraterrestre.