As emissões de CO2 decorrentes das
atividades ligadas à computação deverão crescer 775% até o ano de 2040.
É o que
afirma um estudo publicado na revista Nature por pesquisadores da universidade
chinesa de Wuhan. Esses profissionais alertam ser urgente ação imediata para
tornar este setor mais sustentável.
Segundo o
estudo, uma das principais causas desse aumento são as aplicações de
inteligência artificial, que requerem uma grande quantidade de energia para
serem processadas.
Outro fator
importante é o ciclo de vida cada vez mais curto do hardware, que requer cada
vez mais recursos naturais para sua fabricação, além dos volume cada vez maior
de material descartado.
Esse
descarte acarreta riscos ambientais em função das
substâncias perigosas presentes nos equipamentos, como mercúrio, chumbo e
cádmio, que podem contaminar o ar, o solo e a água.
Deve-se registrar que a produção global de lixo eletrônico foi de 53,6 milhões de toneladas em 2019, devendo atingir 74,7 milhões de toneladas em 2030.
Considerando todos esses fatores, se o setor digital fosse uma nação, ocuparia o quinto lugar entre os maiores emissores de CO2 do mundo, contribuindo com 3,8% do total de emissões; esse número é quatro vezes superior aos da França, um país desenvolvido e de grande porte