Ao comemorarmos 50 anos da chegada do homem à Lua, vale relembrar um episódio interessante da corrida espacial que era disputada por americanos e soviéticos.
Dizia-se (o fato não é verídico), que quando
a NASA começou a pensar em lançar astronautas, constatou que as canetas esferográficas existentes não funcionavam nas astronaves, em função da gravidade zero. Para resolver este problema, contratou uma grande empresa de consultoria, a Andersen Consulting
(hoje Accenture), que gastou milhões de dólares desenvolvendo uma caneta que escrevesse em
gravidade zero, "de ponta cabeça", debaixo
d'água, em praticamente qualquer superfície e suportando variações de temperatura de
abaixo de zero até mais de 300 ºC, tudo isso enquanto os soviéticos, com orçamentos mais apertados usavam simplesmente... lápis-cera (grease pencils).
abaixo de zero até mais de 300 ºC, tudo isso enquanto os soviéticos, com orçamentos mais apertados usavam simplesmente... lápis-cera (grease pencils).
Na verdade, desde o início dos voos tripulados, astronautas americanos usaram esferográficas - eram um modelo fabricado pela empresa Tycam Engineering Manufacturing. Seu alto preço, US$ 128,89 cada (cerca de US$ 1.050 de 2019) provocaram críticas, tendo a NASA passado a buscar outras alternativas. Além das características acima, havia preocupação com incêndios, pois qualquer faísca poderia causar tragédias em ambientes ricos em oxigênio, como eram as cápsulas - a Apollo 1 foi uma dessas tragédias, matando três astronautas.
Nesse momento entro em cena o inventor Paul Fisher, que desde os anos 1950 vinha procurando aperfeiçoar as esferográficas existentes e inventou um novo tipo de carga, em que nitrogênio, pressionando a tinta permitia escrever nas condições exigidas - era a Fischer Space Pen.
A NASA testou intensamente a nova caneta, aprovou-a e em 1967 comprou 400 unidades a um preço de US$ 6 cada (cerca de US$ 46 de 2019).
A partir da missão Apollo 7 essas canetas passaram a ser utilizadas pelos astronautas, inclusive soviéticos, que compraram 100 canetas e 1.000 cargas para substituir os "grease pencils", que usavam antigamente.
Não se sabe se os astronautas continuarão usando as Fischer, afinal, o uso de tablets é cada vez mais popular, até mesmo nas missões espaciais, mas aqui na Terra, se quisermos, podemos comprar as Fischer, a preços a ao redor de US$ 60 - a linha de produtos da empresa pode ser vista aqui.
Não se sabe se os astronautas continuarão usando as Fischer, afinal, o uso de tablets é cada vez mais popular, até mesmo nas missões espaciais, mas aqui na Terra, se quisermos, podemos comprar as Fischer, a preços a ao redor de US$ 60 - a linha de produtos da empresa pode ser vista aqui.
Na foto abaixo, Walter Cunningham usa uma Fischer a bordo da Apollo 7.