O Major-Brigadeiro Tércio
Castro Pacitti, falecido aos 85 anos em 2014, foi um dos pioneiros da
computação no Brasil. Natural de Piracicaba, o Brigadeiro formou-se em primeiro lugar na turma de 1952 do Instituto Tecnológico de
Aeronáutica (ITA). Concluiu o mestrado em 1961 e doutorado dez anos depois no Departamento de Engenharia Elétrica e Ciência da Computação da Universidade da
Califórnia em Berkeley, Estados Unidos.
Reitor do ITA entre 1982 e
1984, idealizou e criou seu curso de Engenharia da Computação, tema pelo qual
se apaixonou no início da década de 60, no
Laboratório de Processamento de Dados
do ITA, onde era professor. Nesse laboratório foram instalados os computadores
IBM 1620 e IBM
1130 usados ao longo de
dez anos nos cursos de graduação da instituição.
Atuou também na Universidade
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde foi o
primeiro chefe do Departamento de Cálculo Científico, mais
tarde, conhecido como Núcleo de Computação Eletrônica (NCE) e desde 2010 chamado Instituto Tércio Pacitti de Aplicações e
Pesquisas Computacionais. Conduziu também o processo de introdução da
informática na FAB.
Escreveu vários livros na
área de informática: o Fortran Monitor - Princípios vendeu 250 mil exemplares entre 1967 a 1987 - aqueles que usaram esse livro criaram a
expressão “levar o Pacitti para a sala de aula”; Do Fortran à Internet, retrospecto história da informática no mundo está na terceira
edição. O mais recente foi Paradigmas
do Software Aberto, lançado em 2006.
O Brigadeiro foi também presidente do Conselho de Informática
do Estado do Rio de Janeiro de 1987 a 1990, pertenceu à Academia Nacional de
Engenharia e foi consultor científico da presidência da Consist.
Sua
atuação realmente foi fundamental no sentido de trazer tecnologia à nossa vida
diária. Em um país como o nosso, seria interessante saber se existe alguma rua
com seu nome ou se ele é ainda apresentado aos nossos estudantes...