A família de Shojiro Ishibashi possuía uma
fábrica de calçados; no início da década de 1930, buscando novas oportunidades,
ele começou a fabricar pneus, fundando em Kurume, subúrbio da cidade de
Fukuoka, a Bridgestone Tire
& Co. O nome da empresa derivava do próprio sobrenome do
fundador (“Ishibashi”, em inglês, significa “Stonebridge”, ou “ponte de
pedra”). Por questão de sonoridade, inverteu o nome, nascendo assim a
BRIDGESTONE, que além de pneus começou logo a fabricar correias, mangueiras,
componentes para isolamento de vibrações, bolas de golfe e borracha sintética..
Durante a Segunda Guerra Mundial a empresa
dedicou-se a abastecer a máquina de guerra japonesa. Em 1942, devido à
restrição na utilização de nomes americanos, a empresa passou a se chamar
Nippon Tire, Co., nome que utilizaria até 1951.
Com o fim do conflito, apesar de ter parte de
suas instalações destruídas, a empresa retomou a produção quase que
imediatamente. Foi neste momento que a BRIDGESTONE começou a produzir pneus
para motocicletas e aeronaves, além de comercializar o primeiro pneu japonês
com bandas de rayon em 1951.
No início dos anos 60, a BRIDGESTONE lançaria
no mercado o primeiro pneu radial do mundo. Nesta época a empresa produzia uma vasta gama
de produtos em borracha, além de pneus; era igualmente o primeiro fabricante
japonês de bicicletas e tinha uma linha de produção de veículos, que construía
mais de 5.000 automóveis e caminhões por mês. Em 1967, lançou o BRIDGESTONE RD10, o primeiro pneu radial do mundo para
carros de passeio.
Ishibashi morreu aos 88 anos em 1976. Na época,
além de dominar o mercado japonês de pneus, a BRIDGESTONE já os comercializava
com sucesso no mercado norte-americano. Essa década ainda foi marcada pelo
desenvolvimento de uma tecnologia para converter os pneus usados em combustível
para fornos de cimento.
Em 1987, começou a comercializar a tecnologia RUNFLAT (RFT), que permitia ao pneu rodar com segurança mesmo depois da
perda de ar. O Porsche 959 foi o primeiro modelo de produção em série a
utilizar pneus com esta tecnologia, que a principio fora pensada para equipar
veículos de pessoas com deficiência física, que teriam dificuldade para
substituir pneus murchos.
Em 1988, a BRIDGESTONE comprou a tradicional
Firestone, então a segunda maior produtora de pneus dos Estados Unidos; em 2007
a empresa comprou a Bandag, fundada em 1957 e líder na produção de materiais e
equipamentos para recapagem de pneus. A Bandag, que possui uma rede com mais de
900 revendas franqueadas, produz e comercializa pneus recapados, além de prestar
serviços de gerenciamento na área.
Recentemente a empresa mudou radicalmente e
inovou na venda de seus produtos. Hoje ela não só vende pneus, mas presta
serviços aos seus clientes frotistas; a empresa desenvolveu sensores que são
conectados a um software, que armazena dados sobre o desgaste dos pneus; através
da leitura destes dados, a BRIDGESTONE dá feedback aos seus clientes, que podem
gerenciar melhor o uso de seus pneus.
Atualmente a BRIDGESTONE fabrica pneus para
carros de passeio, veículos para construção, veículos comerciais, máquinas
agrícolas, ônibus, caminhões, aeronaves, motocicletas, carros de corrida e até
mesmo trens de metrô.