quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

BRIDGESTONE – NÃO APENAS UMA FABRICANTE DE PNEUS, MAS UMA DESENVOLVEDORA DE TECNOLOGIA


A família de Shojiro Ishibashi possuía uma fábrica de calçados; no início da década de 1930, buscando novas oportunidades, ele começou a fabricar pneus, fundando em Kurume, subúrbio da cidade de Fukuoka, a Bridgestone Tire & Co. O nome da empresa derivava do próprio sobrenome do fundador (“Ishibashi”, em inglês, significa “Stonebridge”, ou “ponte de pedra”). Por questão de sonoridade, inverteu o nome, nascendo assim a BRIDGESTONE, que além de pneus começou logo a fabricar correias, mangueiras, componentes para isolamento de vibrações, bolas de golfe e borracha sintética..
Durante a Segunda Guerra Mundial a empresa dedicou-se a abastecer a máquina de guerra japonesa. Em 1942, devido à restrição na utilização de nomes americanos, a empresa passou a se chamar Nippon Tire, Co., nome que utilizaria até 1951.
Com o fim do conflito, apesar de ter parte de suas instalações destruídas, a empresa retomou a produção quase que imediatamente. Foi neste momento que a BRIDGESTONE começou a produzir pneus para motocicletas e aeronaves, além de comercializar o primeiro pneu japonês com bandas de rayon em 1951.
No início dos anos 60, a BRIDGESTONE lançaria no mercado o primeiro pneu radial do mundo.  Nesta época a empresa produzia uma vasta gama de produtos em borracha, além de pneus; era igualmente o primeiro fabricante japonês de bicicletas e tinha uma linha de produção de veículos, que construía mais de 5.000 automóveis e caminhões por mês. Em 1967, lançou o BRIDGESTONE RD10, o primeiro pneu radial do mundo para carros de passeio.
Ishibashi morreu aos 88 anos em 1976. Na época, além de dominar o mercado japonês de pneus, a BRIDGESTONE já os comercializava com sucesso no mercado norte-americano. Essa década ainda foi marcada pelo desenvolvimento de uma tecnologia para converter os pneus usados em combustível para fornos de cimento.
Em 1987, começou a comercializar a tecnologia RUNFLAT (RFT), que permitia ao pneu rodar com segurança  mesmo depois da perda de ar. O Porsche 959 foi o primeiro modelo de produção em série a utilizar pneus com esta tecnologia, que a principio fora pensada para equipar veículos de pessoas com deficiência física, que teriam dificuldade para substituir pneus murchos.
Em 1988, a BRIDGESTONE comprou a tradicional Firestone, então a segunda maior produtora de pneus dos Estados Unidos; em 2007 a empresa comprou a Bandag, fundada em 1957 e líder na produção de materiais e equipamentos para recapagem de pneus. A Bandag, que possui uma rede com mais de 900 revendas franqueadas, produz e comercializa pneus recapados, além de prestar serviços de gerenciamento na área.
Recentemente a empresa mudou radicalmente e inovou na venda de seus produtos. Hoje ela não só vende pneus, mas presta serviços aos seus clientes frotistas; a empresa desenvolveu sensores que são conectados a um software, que armazena dados sobre o desgaste dos pneus; através da leitura destes dados, a BRIDGESTONE dá feedback aos seus clientes, que podem gerenciar melhor o uso de seus pneus.
Atualmente a BRIDGESTONE fabrica pneus para carros de passeio, veículos para construção, veículos comerciais, máquinas agrícolas, ônibus, caminhões, aeronaves, motocicletas, carros de corrida e até mesmo trens de  metrô.