A revista Cognition publicou recentemente um artigo (http://web.princeton.edu/sites/opplab/papers/Diemand-Yauman_Oppenheimer_2010.pdf) relatando pesquisa acerca da utilização de fontes para impressão de materiais escolares conduzida pelos professores Connor Diemand-Yauman e Daniel M. Oppenheimer da Princeton University e Erikka B. Vaughan da Indiana University.
É disseminada a crença de que material como apresentações em PowerPoint, apostilas etc., se elaborados de forma a terem sua leitura facilitada, com visual atraente e fontes como Arial e Helvética, levam a um aprendizado e retenção mais eficazes.
Os pesquisadores resolveram buscar evidências científicas que validassem essa crença, no entanto, concluiram exatamente o contrário: se o material se tornasse um tanto quanto “disfluente”, ou seja, mais difícil de ler e entender, acabaria levando os estudantes a dedicarem mais atenção ao mesmo, aumentando os níveis de aprendizagem e retenção. No que se refere às fontes, o uso de Monotype Corsiva, Comic Sans em itálico e Haettenschweiler contribuem para essa “disfluência”.
Após apresentarem os resultados de suas pesquisas, os autores concluem seu trabalho afirmando que se uma alteração tão pequena como essa pode melhorar o processo de aprendizagem, pode-se acreditar que outras alterações podem levar a uma grande melhoria da performance dos estudantes e do sistema educacional como um todo.