sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

A TECNOLOGIA E AS ÁRVORES DE NATAL ILUMINADAS


Desde tempos imemoriais era usual na Europa decorar-se portas e janelas com ramos verdes para marcar o solstício de inverno, o dia mais curto do ano - isso simbolizava a esperança de volta da primavera, de vida eterna. Na medida em que o Cristianismo expandiu-se, por volta dos séculos III e IV, essa costume incorporou-se às tradições do Natal. 

Diz a tradição que a partir do século XVI criou-se o hábito de trazer árvores para dentro das casas na época do Natal e que Martinho Lutero teve a ideia de decorar essas árvores com velas, inspirado pela visão de árvores iluminadas pelas estrelas. 

Árvores assim iluminadas tornaram-se uma tradição em toda a Alemanha, que acabou sendo levada a outros países por imigrantes alemães. No entanto, isso ficou restrito a esses círculos de imigrantes até que uma ilustração publicada em 1848 pela revista inglesa "The Illustrated London News" mostrou a família real inglesa reunida ao redor de uma árvore de Natal iluminada - a mãe da Rainha Vitória era alemã e seu marido, o Príncipe Albert também. Essa gravura popularizou as árvores iluminadas - o que a família real fazia, virava moda... 

Mas essas árvores traziam um perigo muito grande: incêndios. Para evita-los, sempre havia baldes cheios de água próximo a elas - além disso, elas eram acesas quase sempre apenas na véspera de Natal. 

Mas a tecnologia chegou às árvores de Natal: em 1882, logo após Thomas Edison criar a lâmpada elétrica, seu amigo e sócio, Edward Johnson, criou as primeiras “Christmas lights”, um cordão com 80 lâmpadas vermelhas, amarelas e azuis, a ser colocado ao redor das árvores - o anúncio ao lado, de 1891 dizia que as lâmpadas poderiam até serem alugadas! A moda pegou rapidamente, em em 1895 a árvore de Natal da Casa Branca foi iluminada por centenas de lâmpadas - era início de um costume que persiste até os dias atuais.

Feliz Natal a todos!!!