Um drone no campo |
Nas últimas décadas, a tecnologia tem impulsionado fortemente o crescimento do
agronegócio no
Brasil. Graças à mecanização, à melhoria das técnicas
de plantio e à biotecnologia, o setor já responde por 23% do Produto Interno Bruto,
27% dos empregos e 44% das exportações do primeiro semestre deste ano. Na corrida para aumentar
a produtividade, centros de pesquisa e grandes empresas do ramo vêm desenvolvendo e adotando para
uso no campo, tecnologias inicialmente desenvolvidas para uso militar.
Uma delas são os drones, também chamados veículos aéreos não tripulados (Vants), que vêm despertando a atenção dos agricultores brasileiros. Munidos de câmeras potentes, eles usam técnicas de geoprocessamento para identificar, com mais precisão, problemas que possam causar prejuízos às propriedades, como pragas e falhas de plantio. Os primeiros drones foram usados no monitoramento de culturas como cana-de-açúcar, eucalipto, algodão, soja e milho, mas hoje eles já podem ser vistos em pastagens e plantações de frutas cítricas.
O Curiosity |
Além deles, em parceria com pesquisadores da USP, a Embrapa tem outro plano
ousado: aplicar, no campo, um equipamento inspirado no jipe robótico Curiosity, usado pela Nasa para
analisar rochas em Marte. No Brasil, a tecnologia dispõe de um laser capaz de
identificar os elementos químicos que compõem o solo, permitindo, por exemplo, que os agricultores corrijam
falhas através do uso de adubos, ainda durante a safra.
Associados a outras tecnologias, como
plantadeiras, tratores e colheitadeiras que usam a geolocalização por satélite para aumentar a produtividade, os drones e os robôs certamente ajudarão a
tornar o agronegócio
brasileiro ainda mais competitivo.