Em post de
28/11/2012, tratamos de uma tecnologia que vem
crescendo significativamente, a Rapid Prototyping (Prototipagem Rápida), que
permite que objetos sejam construidos a partir de projetos desenvolvidos com
o uso de software.
Conhecidas como “impressoras 3D”,as máquinas que constroem
esses objetos operam agregando sucessivas camadas de material, geralmente
plástico. São de grande utilidade para a construção de modelos de objetos que
posteriormente serão produzidos com o uso de tecnologias convencionais, mas num
futuro remoto poderão revolucionar o ambiente de negócios, pois poderemos
chegar a um estágio em que, ao invés de comprarmos um dado objeto, compraremos
seu projeto e o construiremos em casa, utilizando uma dessas máquinas. Um vídeo
que trata do assunto está em http://www.youtube.com/watch?v=mWHAKrIHPFU.
Essas
máquinas tinham preços extremamente
elevados, estando ao alcance apenas de
grandes organizações, mas recentemente a imprensa noticiou que alguns modelos
começaram a ser vendidos em lojas de equipamentos para escritório, o que indica
sua popularização: a
Staples, maior rede americana desse tipo de loja, começou a vender uma dessas máquinas, a The
Cube, da 3D Systems, por US$ 1.299,99 (R$ 2,6 mil.
A Cube 3D |
Esse
equipamento foi lançado aqui no Brasil no mês passado pela Robtec,
ao preço de R$ 6.690, mais que o dobro do preço americano,
mas ainda assim “acessível” para nosso mercado.
Mas
será que vale a pena esse investimento, para uso doméstico? O blogueiro Camilo
Rocha, do Estadão, acha que ainda não. Ele sugere que imaginemo-nos em 1958,
falando da novíssima TV em preto e branco da Philco, com seu móvel de madeira,
antena enorme e recepção chuviscada da TV Tupi e diz que quando falamos de
impressão 3D em 2013, estamos nesse mesmo patamar.
As promessas de imprimir tênis, peças automotivas ou até mesmo comida
ainda estão bastante longe de chegar ao usuário comum. As impressoras
disponíveis se limitam a produzir pequenos objetos de plástico.
Relata que a Cube vem com
alguns desenhos prontos para impressão em plástico PLA. Um deles é uma peça de
Lego que, em teste feito pelo jornal, demorou 40 minutos para ficar pronta. O
resultado deixou a desejar, com rebarbas, acabamento grosseiro e
impossibilidade de se encaixar uma peça real de Lego – sem contar o custo...
É necessário um pen drive ou uma rede Wi-Fi para carregar outros
desenhos (ela não se conecta por cabo. Os arquivos têm de estar no formato
.cube, e o tamanho dos objetos não pode ser maior do que a área de impressão.
Um software – que vem com o aparelho – pode converter outros formatos de
desenho para o .cube.
A Cube, e máquinas do mesmo porte, podem ser úteis no ambiente profissional (estudos
de design, protótipos etc.), mas para o cidadão comum ainda é um item caro e de pouca utilidade.
Enquanto esperamos que a tecnologia melhore, vale a pena ter uma ideia de como ela funciona: